segunda-feira, 11 de março de 2024

DROPS - HISTÓRIAS REALMENTE ACONTECIDAS (226)


ANTES URGÊNCIA, AGORA NÃO MAIS. ENTENDA OS MOTIVOS
A política não é uma caixinha de surpresa. Nada mais surpreende, ainda mais quando diante de um desGoverno como o atual, apoiador do genocídio na pandemia e fundamentalista até o último fio de cabelo. Minha revolta atual é para descrever aqueles que, até ontem tinham a certeza da vitória da votação da concessão da água/esgoto, a sua privatização e assim exigiam urgência dos vereadores para sua votação. Tudo mudou e agora, na recontagem interna dos votos, pelo que se percebe, a vitória não é mais certa. Na situação atual, os que antes contavam com uma arrebatadora vitória, contundente e arrasadora, estão neste momento, cientes da derrota. E o que decidem diante disso? Simples.

Agora não existe mais urgência na votação e para tanto algo precisaria ser feito. E foi. Um vereador da situação, ligado umbilicalmente com a linha adotada pelo atual desGoverno, sobe na tribuna da Câmara e descaradamente PEDE TEMPO, o adiamento da votação, pois necessita se orientar melhor - ou seja, o vento bate contrário. Um truque antigo e sórdido, até que, algo ocorra nos bastidores e a maioria consiga ser restabelecida, daí, ele mesmo poderá retirar o pedido feito para postergar a votação.

De tudo, algo bem simples. Não se pode mais perder. E quando diante da certeza da derrota, o uso de uma artimanha conhecidíssima dos bastidores mais sórdidos da política brasileira.

O atual presidente da Câmara dos Deputados, o indefectível Artur Lira, do Progressistas de Alagoas é useiro e vezeiro em atuar desta forma e jeito. Já fez isso infinidade de vezes. Coloca votações das mais sérias em somente em momentos quando tem absoluta certeza da vitória dos seus interesses e dos seus apaniguados. E quando não quer, não existe meios dele colocar em votação. Não existe mais um ritual a ser seguido, pois este se utiliza dele ao seu bel prazer.

Hoje, aqui em Bauru, um vereador conhecido de todos, no seu terceiro mandato e que, até o presente momento, votou tudo bem juntinho da alcaide, descobre assim inesperadamente ter algo mais a ser entendido e pede tempo. Uma vergonha. Mas este desGoverno não possui vergonha nenhuma em agir desta forma e jeito. Na sessão da Câmara, nesta de hoje e na da semana passada, o tal vereador é desmascarado, com acusações de outros da tribuna, escancarando a situação, feitas em alto e bom som, sem que o mesmo se ruborize, pois sua decisão é casada com a da alcaide.

Não vai mudar e, podem reparar, só vai reconsiderar, rever o pedido feito de TEMPO, quando algo ocorrer nos bastidores e tudo voltar ao considerado por eles como normalidade. Nada mais do que a vitória da concessão/privatização da água e esgoto na cidade Bauru.

Não preciso identificar pessoalmente o tal do vereador. Ele me conhece e eu a ele. Ele deve imaginar o quanto estou decepcionado com sua atuação - eu e a torcida do Corinthians. No primeiro mandato, foi mais comedido, mas depois, ano após ano, mostrou a que veio. Hoje não existe mais dúvida nenhuma do lado onde se encontra e o que defende.

FÁBULA COM PERSONAGENS REAIS - MAS NEM UM  POUCO BAURUENSES, TUDO DE UM REINO BEM DISTANTE, LÁ ONDE O JUDAS PERDEU AS BOTAS
O bicho é ladino, cheio de artimanhas. Na última, ele age mais uma vez na defesa dos seus princípios e em busca somente da acumulação do vil metal. Da boca pra fora, apregoa para quem estiver ao seu lado, mesmo não sendo natural daquele lugar, amar o torrão onde vive acima de todas as coisas - nunca a rainha a lhe permitir certos privilégios.

Uma falácia que, tempos atrás, muitos cairam como patinhos, ou melhor, entraram de gaiatos no navio, mas hoje, após repetidas pisadas na bola e pela continuidade da falastronice, poucos são os incautos. Quem ainda cai na do bicho ladino é porque pensa igual a ele ou também, no mínimo, tira proveito da proximidade com a abelha rainha. Enfim, pensam estes, se está dicícil viver puxando o saco da abelha rainha, a dureza da vida deve pegar muito mais quando desatrelado das benesses de quem vive de migalhas e concessões advindas de estar sempre dizendo amém e rezando na cartilha da colméia.

Na verdade, essa cartilha atual começou a ser escrita quando a abelha conseguiu galgar o posto de rainha, numa eleição meio sem querer. Ela concorreu com o intuito de fazer o nome e depois, mais na frente, conseguir algo mais concreto. Não era sua intenção chegar ao posto máximo na colméia assim de bate pronto. Pela deficiência dos concorrentes, teve seu nome elevado aos píncaros da glória. E com ela os bajuladores, ou melhor, os que conseguem ir tocando eventos, festas e afins só por dizer amém a tudo o que a nova rainha lhe impõe. Para ter direito a continuar promovendo essas festas variadas durante várias datas no ano, almejando com isso ganhos inolvidáveis, se faz necessário não mijar fora do penico. Ou seja, a rainha é dura e inflexível, porém permite que o seu púpilo até ganhe algo grandioso fora das quatro linhas, mas exige subserviência, obediência e devoção absoluta. E como tudo na vida, sempre é chegado o dia de ter que pagar a conta.

A rainha é esperta, age em família. Na verdade, ouve somente a estes. O restante sua muito  a camisa pra ter algo. A rainha é nova no ramo, mas seus projenitores não. Estes já possuem um casco mais duro, anos tentando conseguir chegar no patamar atual. Penaram, bateram cabeça, algumas vezes perderam tudo o que tinham, se endividaram e saíram corrídos de outras colméias. Até se depararem com este reino, onde as "graças do Senhor" lhe abençoaram. Diante disso, se aproveitam se sugam ao máximo o mel existente. Néctar não falta, mas para tanto se exige alguns riscos. Porém, o no entorno uma comunidade não tão combativa e mais contemplativa, aceitando o jogo sem grandes questionamentos. Descobrem facilidades e delas se aproveitam para irem a fundo na extração do vil metal.

E uma vez rainha, pouco tempo no exercício do reinado, a percepção de que as benesses são mais que boas. E para tudo ter continuidade sem sobressaltos, se faz necessário aceitar o jogo de alguns, pois estes também querem mamar deste favo de mel. Para alguns é concedido o consentimento, uma espécie de permissão para obter algum lucro com festas, atividades extra-curriculares, porém, como toda rainha que se preze, ela os deixa ganhar algum, desde que aceitem rezar cegamente na cartilha criada em torno do novo reinado. Regras explícitas. Aquele querendo continuar gravitando e usufruindo de benesses extras e adicionais, em ocasiões especiais se faz necessário ter que demonstrar isso de forma mais contundente e até em público. Dou um exemplo. Num caso raro de ocorrer disputa contraditória, com real possibilidade da rainha vir a perder importância significativa num lance vital de acumulação para seus cofres, este que um dia foi beneficado é chamado a adentrar o campo de jogo e furar a bola. Furar a bola ou ter que escondê-la até tudo ser amenizado e o jogo ser reinicado em condições mais favoráveis pra rainha. E o beneficiado terá condições de se recusar a atender chamado tão desconsertante proposto por sua rainha mãe de todos e todas? Este não querendo perder o já conquistado, vai lá e se submete as regras a ele estabelecidas e sem pestanejar. E dane-se o que lhe dirão os ainda conseguindo se opor aos impulsos ditatoriais de tão prestimosa rainha.

OBS.: Para bom entendedor meia palavra basta ou decifra-me ou te devoro. 

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