primeiro algo da política local, estadual e federal
VOTARAM EM QUE MESMO?Nem sei direito porque, mas ando pensando muito nos traidores. Me veio à mente algo ocorrido recentemente na Argentina quando os opositores do regime ultra-direitista de Javier Milei, um impondo as maiores barbaridades ao vizinho país (igual nos faz a incomPrefeita Suéllen Rosim em Bauru) diziam horrores dele na tribuna do que vem a ser a Câmara dos Deputados e Senado deles. O pau comeu literalmente por lá. Dentre os opositores, discursos e mais dircursos, a maioria muito incisivos contra a perversidade em curso. Estava para ser votada a tal de Lei Ônibus, uma pacote de Milei praticamente colocando a Argentina de joelhos (quase igual ao que fez aqui Suéllen quando nos impôs a concessão da água e esgoto, numa votação que deverá ser revertida lá na frente pela Justiça). Chega o dia da votação e algo paira no ar. Pelo que se percebe alguns dos opositores estão claudicando e isso se comprova quando da votação. Não deu outra, a votação pró Milei, aprovando sua escabrosa Lei Ônibus saiu vitoriosa e na somatória, quando da conferência dos votos, lá estavam alguns daqueles que até então falavam alto contra Milei, mas quando do voto, se renderam e optaram por trair tudo. Evidente ter acontecido algo no meio do caminho. Andei até sonhando com isso e também me lembrei de um samba imortal da lavra do Nei Lopes e do Wilson Moreira, quando apregoa algo de quem faz acordo com a parte contrária, o Fidelidade PArtidária. Eis a letra:
O que é fidelidade partidária?”.
Pergunta assim tão sumária
Tem que ter a necessária resposta
E eu respondo certo o que é fidelidade partidária.
Por verde-amarelo na indumentária
(É fidelidade partidária...)
Feijão com arroz na sua culinária
Ajudar quem tem situação precária
Não fazer acordo com a parte contrária
Nem demagogia com a classe operária
Gritar que tem gringo pintando na área
Gostar de partido igual tia Rosária
Isso é fidelidade partidária...
Rejeitar propina na conta bancária
(É fidelidade partidária...)
Não ter filial nem subsidiária
Amar a patroa mais que a secretária
Só fazer amor na sua faixa etária
Mas dar uma força pras celibatárias
Que tenham bons dentes na arcada dentária
Gostar de partido igual tia Rosária
Isso é fidelidade partidária...
(É fidelidade partidária...)
Não ter filial nem subsidiária
Amar a patroa mais que a secretária
Só fazer amor na sua faixa etária
Mas dar uma força pras celibatárias
Que tenham bons dentes na arcada dentária
Gostar de partido igual tia Rosária
Isso é fidelidade partidária...
Quando acompanhando ele, Nei Lopes, cantando, daí entendi tudo, pois a história se repete, cada vez mais e mais: https://www.youtube.com/watch?v=r5aBQdWofZw
e depois, minhas histórias colhidas, coletadas pela aí
CADA DIA COM ALGUÉM DE MINHA LAIA, HOJE COM ROSE BARRENHAEm cada novo dia estou por aí e pela aí, gastando sola dos sapatos em lugares diferentes e também com pessoas diferentes. Isso me move. Nesta terça atendo chamado de Rosângela Maria Barrenha, a Rose Flag, idealizadora da Casa da Frida. e do bloco Loucos por Alegria, entre outros. Ela queria que a fosse socorrer. Chego a vejo com um gesso já decorado com algo de alguém por quem nutre mais do carinho, a mexicana Frida Kahlo. Confesso, seu gesso ficou divinal. Ela tinha em sua área uma infinidade de caixas, todas já lacradas e queria que levasse para doação aos gaúchos, indo até uma agência dos Correios. Fomos na do Redentor, lotando o carro, mal sobrando espaço para ela sentar. Ela, muito criteriosa, já havia separado tudo, uma caixa só para sapatos, outra para lingerie e assim por diante. Nos Correios, a decepção, estavam a partir de hoje recebendo somente alimentos. Nos indicaram deixar numa igreja evangélica, mas preferiomos não fazê-lo, pois vimos que ali muita propaganda em cima do que estão recebendo. Não estávamos afim de colaborar para alavancar o pastor. Fomos deixar lá no prédio alugado pela Jalovi, dos Antos da Cidade e nos espantamos com o que estava a contecer por lá. Mas isso já é história para outra postagem. Ela ainda foi comigo na UNesp, quando conhecemos a história de Dona Cida. Foi uma tarde edificante, como todas as que tenho me envolvido, quando me junto a diletos amigosd, como ela. Este meu jeito de ir tocando a vida, juntando histórias e quando possível e permitido, produzindo algum relato por aqui.
PS.: Claro, evidente, parei em sua residência, grudada com a da Frida, para reforçar a alimentação, numa tarde com café e bolos.
DONA CIDA, 30 ANOS DE UNESPAparecida da Conceição Sales Dionetti é a dona Cida, pessoia das mais conhecidas lá pelos lados não só da Unesp Bauru. Ela, essa simpática e conversadora senhora, 74 anos muito bem vividos, não gosta de ser chamada pelo seu primeiro nome, mas do restante tem muito orgulho, enfim, foi sendo chamada de dona Cida por tudo quanto é lugar que acabou se transformando numa espécie de bem tombado dentro dá área territorial da Unesp Bauru.
Sua história começou bem antes da Unesp, lá na rua presidente Kennedy, quando nos anos 80 tinha o restaurante Prato Cheio, ou simplesmente, a Pensão da Cida, movimentando extensa clientela, principalmente os da área bancária do centro da cidade, num tempo quando os bancos tinham funcionários saindo pelo ladrão. Suas histórias dessa época vem lá do fundo da memória. Ela se lembra de muitos dos personasgens que por ali passavam e alguns, por serem sui generis, marcaram também sua vida. Boa de prosa, se deixar, ela abandona o balcão de seu quiosque logo depois do portão principal do campus Bauru da Unesp e fica a relembrar algo de um passado, que segundo conta, muito a orgulha.
De lá, veio para defronte a Unesp, em uma construção alugada e ficou até seus últimos dias, quando mesmo ainda com contrato, vieram lhe avisar que tudo iria ser colocado abaixo. Isso já se passaram alguns anos e até hoje, pelo visto, o projeto que iria ali vingar, não deu certo. Porém, nada podia mais ser ali revivido, pois fizeram questão de destruir com tudo. Não guarda mágoa, pois a ele foi destinado, um belo de um estabelecimento dentro da Unesp, onde está fixada desde então e hoje, com ajuda de uma das filhas e algumas dedicadas funcionárias, toca alegremente sua vida.
"Eu tive a sorte de não pegar a tal da Covid, pois fechei tudo, abaixei logo as portas e junto dos meus, aguardei tudo passar. Consumi todas minhas economias, mas cá estou, feliz da vida, superando aquele momento com a força dos estudantes, estes que sempre estiveram me rodeando e acreditando no que faço", conta. O restaurante do lado de fora fechou em 2019 e desde então, está do lado de dentro, só tendo mesmo fechado tudo no período crítico da pandemia. "Voltamos devagar e logo depois engrenamos novamente. Eu só não estou aqui há mais tempo que uma pessoa, o meu amigo Baiano, o do bar do lado de fora do portão da Unesp. A diferença é que ele vive ali num quartinho, junto do seu bar e eu, vou e volto, morando no Geisel, mas permanecendo a maior parte do dia aqui junto dos estudantes", conclui.
Pergunto como se chama seu estabelecimento e ela ri. "A moçada de hoje nem sabe de onde vem o nome, mas ele se chama Quiosque Giga. Esse foi o nome da cantina interna lá da escola da série da TV Globo, a Malhação e na época quem me deu o nome foram os próprios estudantes, que viram no que fazia muita similaridade com aquele da televisão. Continuará sendo assim chamado, pois assim presto homenagem a quem me enxergou como sempre fui, uma dona de cantina, um bar sem bebida alcóolica dentro de uma universidade e aqui convivendo com todos, cada qual com uma história de vida. Vivencio essas histórias diariamente e elas me encantam, assim como todos eles. A gente se entende muito bem, eu a eles e eles a mim", conta.
Uma história muito rica e comprida, impossível de ser contada assim em poucos parágrafos. Certa vez, ela conta, quando estavam para derrubar a edificação do lado de fora, pediu para um então estudante de Jornalismo se podia escrever sua história e ela não quiz. Ela se foi, tudo veio abaixo e agora, só restam suas histórias e as fotografias, muitas delas ainda guardadas. Conto aqui, bocadinho disso tudo, até para aguçar a curiosidade de alguém do atual Curso de Jornalismo, alguém que possa descrever com mais detalhes e passar adiante toda a saga desde empreendedora do circuito universitário, que se encontrou na vida atuando junto a estes e diz querer ir até quando puder. Ela, permanece na ativa durante os dois períodos do dia e uma das filhas no período noturno e assim o Quiosque Giga segue com suas portas abertas e luzes sempre acesas.
OBS.: Quem esteve hoje lá comigo foi a Rose Maria Barrenha, a dodivina amiga, aposentada da Cultura bauruense e inquieta personagem, criadora, mantenedora, abastecedora e investidora da Casa da Frida, além de criadora do bloco Loucos por Alegria, Ou seja, outra inquieta pessoa.
Vejam as fotos, a bela história conto em drops por aqui, ou seja, aos poucos. Eu sou assim, não me contenho e tasco as fotos nas redes sociais e depois, quando der tempo, coloco a escrevinhação. Como agora, desta feita, demorou um bocadinho, mas acaba acontecendo. Pois bem, nas andanças ontem com Rose Barrenha, ela fez campanha pelos seus grupos e lotou quinze caixas de doações para os gaúchos. Tudo separadinho. Nos Correios não conseguimos que fossem encaminhadas, mesmo existindo propagando deles dizendo que ali poderiam ser depositadas.
Partimos para a loja Jalovi, a dos Altos da Cidade, na rua Antonio Alves. Ela no caminho vinha me dizendo que a loja havia alugado um barracão do lado da loja e ali centralizou o trabalho. Chegamos e nos surpeendemos, pois como também havia me dito, teriam apenas dois funcionários designados para recepcionar todas as doações. O que vimos foi uma legião de senhorinhas, todas ali de forma generosa, trabalhando com bastante afinco. O barracão era uma perdição de caixas para todos os lados.
Na frente, separados os alimentos e principalmente, o fardos com água mineral. Numa vã ali no local, essa ficando abarrotada. Seria levada para quem faz o transporte. Me dizem ser o pessoal da Rodonaves e outros. Conversamos com as voluntárias e essas nos dizem que, das caixas recebidas, todas necessitam de averiguação antes do envio, pois muita coisa é também inservível. Tem muita coisa velha, descartada mesmo e isso não será enviado ao Sul do país. Em sua maioria, tudso mais do que aproveitável, mas por terem notado algumas caixas com objetos fora do recomedado, a triagem, atrasa e as faz pedir para que mais pessoas ali compareçam e dêem também seu quinhão de colaboração.
Na frente, separados os alimentos e principalmente, o fardos com água mineral. Numa vã ali no local, essa ficando abarrotada. Seria levada para quem faz o transporte. Me dizem ser o pessoal da Rodonaves e outros. Conversamos com as voluntárias e essas nos dizem que, das caixas recebidas, todas necessitam de averiguação antes do envio, pois muita coisa é também inservível. Tem muita coisa velha, descartada mesmo e isso não será enviado ao Sul do país. Em sua maioria, tudso mais do que aproveitável, mas por terem notado algumas caixas com objetos fora do recomedado, a triagem, atrasa e as faz pedir para que mais pessoas ali compareçam e dêem também seu quinhão de colaboração.
Elas, as voluntárias, verdadeiro formigueiro em ação, cada qual se desdobrando e dando o máximo de si. Enquanto estivemos por ali, outros carros iguais ao nosso, lotados de produtos iram chegando e o barracão, que já estava lotado, ia se multiplicando, mais e mais. A ideia da Jalovi pegou e vingou. Ela deve ser mais uma dentrer tantas outras ocorrendo na cidade neste exato momento. Registrar isso, a abnegação de algumas pessoas, que saem de suas residências, a maioria aposentados e estudantes, tudo para colaborar é gratificante. A solidariedade é algo surpreendente e, neste momento, juntada a bela ação sociual empreendida pelo Governo Federal, tenta minimizar as agruras de quem perdeu tudo e, neste momento com as águas baixando, se depara com ver o que restou e tocar a vida adiante.
O recado que me pedem para passar adiante é de agradecimento e para que, continuem contribuindo com o que puderem, mas algo aproveitável e não descarte. E, algo muito importante, que surjam mais e mais voluntários, pois o serviço é grande e mesmo o salão alugado sendo grande, estava já ficando cheio, daí a separação precisa ser feita mais rapidamente e, daí a consequente distribuição para quem levará tudo através das estradas de rodagem. Eu e Rosa, saímos de lá meio que recarregados e diante de tudo o presenciado, a certeza de que, como sempre, quem menos tem é quem mais doa. Como é perceptível isso, a pessoa que tem pouco, separa algo, mesmo que aquilo lhe faça falta, mas doa, pois entende e se solidariza com o seu semelhante.
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