sexta-feira, 22 de novembro de 2024

BEIRA DE ESTRADA (187)


FOI POR POUCO - E EM BAURU, HEM!!!
No final de 2022, Lula nem havia ainda tomado posse e quase perdemos o país para uma cambada de golpistas, criminosos da pior espécie. Queriam matar Lula e tudo o mais que estivesse pela frente, os impedindo de continuar no poder. Foi por pouco. 

Hoje, se tivessem obtido vitória, creio eu, talvez nem mais estivessemos por aqui. Com toda certeza, os contestadores e se mostrando abertamente contrários ao que fazem, seriam todos impedidos de falar e escrever como sempre o fizemos. Vozes seriam caladas e os que, ousassem tentar continuar, a morte. Sim, muitos de nós já estaríamos mortos. A ultradireita não permite vozes dissonantes, divergentes. 

Acordo nesta sexta pensando nisto. Dessa vez, volto a repetir, foi por pouco. Da outra também, pois eles estão a tentar golpes a todo instante. Mas até quando conseguiremos resistir? Os todos que nos querem mortos - muitos aqui convivendo ao nosso lado, aquio em Bauru -continuam bem vivos e pela aí.

ESSES TIPOS SÃO CAPAZES DE TUDO
Victor Hugo Morales foi perseguido

Sim, escrevo da tentativa de golpe no Brasil. Mais uma, mas escrevo também de algo similar, muito parecido e ocorrido com o jornalista da rádio 750AM argentina, Victor Hugo Morales. Ele é conhecido opositor do desGoverno de Javier Milei e apresenta um programa, o La Mañana, de segunda a sexta, das 9às 13h. Ali, o pau come e Milei e os donos do Clárin passam apurados. Este, Magnetto, manda no país, como o fazia Roberto Marinho, até com graus de maior perversidade. Milei e Magneto são criminosos, destes capazes de fazer de tudo e mais um pouco contra opositores. São chamados no ar e durante o programa, pela voz inclemente de Morales, como integrantes de uma "Máfia".

Pois bem, três meses atrás, Morales foi abordado na saída de sua casa, quando ia pegar um táxi, quase atropelado e agredido. O sujeito lhe disse, entre outras coisas, saber todos seus horários e lhe ameaçou. Morales foi até a polícia, chegou a ver as imagens do agressor, mas nada avançou e agora, 3 meses depois, dizem que, tudo deveria ter continuidade por outro setor. Ou seja, na Argentina, as investigações já não ocorrem de forma séria. Algo as interrompe. Cristina Kirchner sofreu um atentado, prenderam o cara na hora, sua arma falhou o que a salvou. Ele foi preso, mas juridicamente, tudo atravancado. Nos tempos de Milei, quem é declarado opositor pena e padece. Sofre represálias e ameaças, piorando neste momento, com a divulgação de um grupo armado, aberto e público, que dizem, defenderá Milei e seus ideais. Ou seja, uma declarada milícia.

Estes são os tempos onde a ultradireita escancara que, estará fazendo de tudo para se perpetuar no poder. Matar é algo, como mero acidente de percurso. Ou seja, estes, tanto os de lá, como os de cá, são mais que perigosos. Na verdade, constituem-se num bande de criminosos. Os tempos são estes. Vivemos e estamos no meio destes. O golpe descoberto no Brasil tem militares e muito de milícia, ações onde ninguém estaria mais a salvo dos tentáculos destes. Na Argentina, estão num grau já acima, estão mais escancarados e atuantes. Morales disse que, se algo lhe ocorrer novamente, se alguém voltar a lhe ameaçar, não sabe ao certo como reagir, pois percebe, não será a polícia quem lhe auxiliará. Se nada fizermos, isso será uma rotina daqui por diante. Um medo coletivo e absoluto. É isso o que nos propõe desGovernos como o de Milei e de Bolsonaro, o Victor Urban, na Hungria e bem palpável, o de Trump nos EUA. Daí, defender o que ainda nos resta como Justiça, algo mais do que importante. Ouçam Morales contar sua história e a transportem para algo que pode muito bem acontecer aqui mesmo na nossa Bauru, diante de nossos olhos.

O link da história de Victor Hugo Morales, contada ontem no ar para os ouvinte do La Mañana: https://www.pagina12.com.ar/784475-grave-denuncia-de...


A INDIFERENÇA BRASILEIRA

O país deveria estar de pernas pro ar, com muita gente nas ruas e encurralando os golpistas, que sem saída, eles próprios se entregariam para as autoridades e entrariam em cana sob o chicote de uma revoltada nação. Vejo muita gente revoltada, o tal do 50% que venceu o pleito e trouxe de volta Lula, salvando o país, mesmo que momentaneamente das garras dessa insana e criminosa ultradireita. Principalmente pelas redes sociais, observo algo substancioso, mas nada nas ruas. Será que, estamos mesmo só conseguindo nos manifestar por essa via e quase mais nada pelo modal presencial? Isso, confesso, não é bom. Ver o povo nas ruas, consternado e a demonstrar isso nas ruas é sempre mais consistente.

Escrevo isso meio que entristecido, pois também me manifesto só por essa via, a internética. Consigo apoios e compartilhamentos no que posto e escrevo. Mais ao sair nas ruas, andar pelas quebradas e por onde circula o povo mais simples, sinto que o problema que o aflige é outro. Alguns comentam, enxergam o absurdo do quase golpe, mas não conseguem ver que, se estivessemos nas ruas, tudo se resolveria mais rapidamente. Essa indiferença talvez seja o fator primordial para Bolsonaro, mesmo diante de tanta evidência, não ter sido preso até o presente momento. Mas como? Já se provou de tudo, ele já aprontou tanta coisa, perdeu os direitos políticos, mas continua cantando de galo pros do seu terreiro, meio que indiferente a tudo o mais, até por saber que, existe aqueles que mesmo diante de tudo, não enxergarão a grandiosidade e malefícios do que quase conseguiram fazer.

O Brasil tem ido cada vez menos pras ruas se manifestar contra seus maiores bandidos. Isso é um horror. nem ao menos uma grande manifestação foi organizada e irá acontecer nos próximos dias, para dar sustentação pra quem foi ameaçado de morte. Já fui pra rua por muito menos e vejo este momento atual, não só do Brasil, mas do mundo num todo, como que as pessoas num estado de letargia, provocado pela froma como somos conduzidos a tocar nossas vidas. Sem querer, essa maquininha que tanto adoramos, o celular, possui todas as informações necessáriasp ara estarmos muito bem informados, porém, o direcionamento que cada um recebe o conduz a permanecer contido, preocupado mais com outras coisas do que apressar a solução final deste e de outros problemas de percurso. Isso me preocupa e muito. E assim, como se isso fosse mais um acontecimento dentro de tantos outros, seguimos a vida e não resolvemos nossos maaiores embaraços.


ATÉ QUERO IR LÁ E PRESTAR UMA AJUDA PRA AFUNDAR MAIS RAPIDAMENTE...

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