segunda-feira, 30 de junho de 2025

MÚSICA (249)


TARCÍSIO E A SUA FIXAÇÃO POR RADARES NAS RODOVIAS PAULISTAS
Pra quem votou no malvadão do Tarcísio de Freitas como governador paulista, tudo deve ser creditado em sua caixinha de culpas. Enfim, a primeira cagada foi votar num cara totalmente desconhecido do povo paulista, simplesmente pelo fato dele representar o bolsonarismo, este viés destruidor de uma nação. Votaram, preferiram este ao um renomado professor e daí poucos podem se lamentar das sucessivas cagadas sendo implementadas dentro do estado de São Paulo. Não tem nada de bom advindo da canetada deste pérfido governador, mas assim mesmo tem quem puxe muito seu saco e continue lhe dando apoio, até para que concorra para a Presidência da República no próximo ano. Poderia escrevinhar longamente sobre a banalização da política exercida com maestria por gente como este Tarcísio, mas me atenho a um só fato. Escrevo desta imensidão de radares sendo pomposamente inaugurados por estes dias nas rodovias paulistas. Pego como exemplo uma rodovia simples, a Bauru/Arealva, trecho de uns 30 km e nele já prontinhos para serem colocados em funcionamento dois radares, um na entrada no Colina Verde, sentido quem adentra Bauru e outro logo depois do posto combustível, chegando no trevo que leva para Arealva e depois, pasmem, outro no meio dessa vicinal de 8km. O sentido é só um, nada educacional, mas só arrecadatório. O sacana quer juntar grana de forma fácil e assim, multiplica os radares e assim, faz bufar os cofres do governo do estado, sem que ocorra uma untilização plausível. Este desGovernador é o exemplo vivo de como o país ficou decrépito e elevado a um grau de baixaria explícita. Gente como ele, estão aí só para danar com os reais interesses do povão, querem privatizar até nossa alma, suprimir todos os direitos duramente conquistados e ficar apregoando que isso é modernidade. Este tal de Estado Mínimo é uma aberração contra o povo e essa enxurrada de radares é só o começo. Quem votou nessa desgraça deve se contentar e não pdoe reclamar, pois vem muito mais por aí. São PAulo caminhando prum atoleiro meio que sem volta.

NO MESMO BALAIO, VEREADORES BAURUENSES E DEPUTADOS DO CONGRESSO NACIONAL
IA de FERNANDO REDONDO
Falem com toda a sinceridade, existe alguma mínima diferença entre o que o Congresso Nacional fez semana passada quando legislou em prol de uma minoria e contra os interesses nacionais e a decisão da Câmara de Vereadores de Bauru, quando uma CEI decide pelo arquivamento da investigação de suposto desvio de bens públicos municipais para uma igreja pertencente à familia da alcaide Suéllen Rosin? No Congresso, comandando pelo que de pior temos, bolsonaristas jogando contra os interesses nacionais a todo instante, só para não favorecer o governo do presidente Lula. Para estes, dane-se o Brasil, dane-se o bem do povo, tudo para criar problemas. Perversidade elevada à sua máxima potência. Denominar estes de bando de insensatos é fichinha, perto do que estão a fazer. Em Bauru, guardadas todas as proporções, quem está capitaneando o comando da Câmara são também bolsonaristas e estes fazendo uso de sua maioria, decidem que a investigação sobre prováveis desvios de itens públicos municipais devem ser encerrados, sem uma declarada conclusão. Simples assim, o placar dos favoráveis à alcaide hoje deve estar em 17 x 4, dentro de 21 vereadores, se não já aumentou para 18 x 3. O vice líder dela na Câmara preside a tal da CEI e mesmo diante de mais de uma centena de celulares recebidos e desaprecidos dentro da estrutura da funcional da atual administração, dizem que uma coisa não tem nada a ver com a outra e dão por encerrada a questão, enfim, nada como tapar o sol com a peneira. De tudo, continuo, mesmo que a investigação policial também não tenha caminhado de forma a definir onde estariam os tais materiais desviados - e agora os celulares -, creio que, mais dia menos dia, tudo isso vai terminar num plantão policial. Pipocam casos similares Brasil afora e quando os vejo sendo anunciados em rede nacional, sinto uma aproximação latente, pulsante com a somatória de casos gritantes, clamando por solução. Em ambas as situações, deixo uma meu questionamento em forma de um simples pergunta: que esperar de um Congresso Nacional e uma Câmara Municipal com bolsonaristas no comando? Desesperança total e absoluta.


IMPLICAÇÃO COM MINHA VITROLINHA
Nem deveria dar atenção para um que dias atrás me cobrou pela insistência em inciar cada novo dia postando uma nova música, que intitulo de VITROLINHA DO HPA. Eu sempre fui um colecionador, primeiro de fitas cassetes, que me desfiz, depois de LPs, o bolachões e por fim de CDs. Juntando tudo tenho ainda guardados no meu novo Mafuá, um pequeno apê, estilo quitinete, todo meu rico acerco. Passar todos os dias por lá e ligar a vitrolinha é mais do que um lazer e um contentamento. Trata-se de um privilégio conquistado ao longo de tantos anos de ajuntamento. Junto deste acervo musical estão os livros, ainda espalhados pelo local, sem uma melhor catalogação, o que sempre deixo iniciar no dia seguinte. "Vou fazer", digo e vou adiando. E peguei gosto em ir mostrando algo do que me move. Publico junto de meus diários escritos uma pequena resenha do que tenho lido e diariamente estou novamente reproduzindo e mostrando um bocadinho no que me move na área musical. "Mas isso é coisa de quem não tem o que fazer", ouvi outro dia. Para mim, isso é exatamente o contrário. Isso aqui, estar junto destes livros e discos move a minha vida e dá sentido a ela. 

Consegui este espaço após vender o antigo Mafuá, a casa herdada dos meus pais lá nas barrancas do rio Bauru. Era para ter muito mais, mas tendo tudo na beirada de um rio e suas frequentes enchentes, fui obrigado ao longo de muitas décadas a colocar tudo na calçada, para  ser recolhido como lixo, após a ocorrência de mais uma enchente. Vendi o imóvel, me desfiz com muita dor do antigo Mafuá do HPA, local de tantos encontros varonis. Com este valor e com a ajuda da companheira de todas as horas, Ana Bia, cá estou, num local duas quadras de onde moro. Este é meu santuário, local de minha diária devoção. E como venho aqui para escrever, ler e ouvir música, achei por bem ir mostrando, pouco a pouco, algo do que vai dentro de minha cabeça, também na forma da exposição de minhas preferências. Creio que o papel das redes sociais, além de tantos outros, é também este, o de expor as pessoas. E já que estamos todos expostos, exponho este meu outro lado. Mostro diariamente com meus escritos, o que vai pela minha cabeça, o que penso e como penso, depois com as leituras, as quais gostaria de aumentá-las mais e mais, pois ciente de que o tempo pela frente está a cada dia diminuindo, quero tirar o tempo perdido e por fim, a música. Olho para os discos e CDs aqui deste espaço e querendo multiplicá-los os exponho. Não existe pretensão nenhuma de se mostrar, mas de levar a música adiante. Minha intenção é somente essa. Isso me arrebata, junto da luta diária por dias melhores para este nosso mundo. Alio tudo, junto tudo no mesmo balaio e assim dou prosseguimento, sentido para a minha vida, agora a de um senhor, com seus 65 anos completados e navegando na incertitude do que vislumbro pela frente. Eu remo, navego sempre em frente e a música que ouço diariamente me ajuda muito neste sentido.

CENA BAURUENSE (265)


MAIS FOTOS DESTE HPA PUBLICADAS DURANTE MAIO DESTE ANO
01. Publicado em 01.05.2025: Nas prateleiras da Casa do Norte, lá no Jardim Redentor, na encruzilhada levando para diferentes bairros, uma imensa variedade de bebidas trazidas do Nordeste, para aquecer ainda mais a barriga do já aquecido ambiente, proporcionado pelas questiúnculas bauruenses.

02. Publicado em 04.05.2025: Quina de um dos barracões, balcões ou hangar da resistente edificação do Aeroclube de Bauru, feita toda em madeira, por trabalhadores ferroviários, numa história que necessita ser melhor preservada.

03. Publicado em 05.05.2025: Quando quase não mais existem bancas de jornais de revistas nas ruas, vejo algumas resistindo bravamente, como essa na rua Rio Branco, quase esquina com a avenida Rodrigues Alves, só com revenda de publicações de usadas, principalmente para colecionadores, algo como naquela inesquecível obra literária, "O Último dos Moicanos".

04. Publicado em 07.05.2025: Mensagem criptografada no alto de uma laje na Nações Unidas, ali pertinho de onde tem uma agência dos Correios, numa esquina, me faz fotografá-la e me por a pensar.

05. Publicado em 09.05.2025: Passei pelo Tauste da Rio Branco meio que rapidamente e quando a caminho do banheiro, as vi lanchando no meio da tarde. Achei a cena linda, um grupo de senhoras, certamente num encontro previamente combinado e além da comida, jogando conversa fora.

06. Publicado em 10.05.2025: São os tais jeitos e modos de ganhar a vida. Ele estava hoje numa rua lateral do centro comercial bauruense, a Ezequiel Ramos, defronte uma modesta loja, em cima de uma perna de pau, roupa de um super-herói, circulando pela calçada e junto das janelas dos carros. Movimentou o pedaço.

07. Publicado em 11.05.2025: O "Japa" é só um dos aproximadamente 20 nomes como o proprietário do famoso bar na rua Primeiro de Agosto, bem ao lado do Banco do Brasil, local point de encontro de parte de uma geração de senhores da terceira idade é chamado. Ele ri quando questionado por qual nome deve ser chamado: "Qualquer um, desde que continue vindo aqui e me prestigiando". Seu bar é um dos resistentes do centro da cidade, ele há mais de trinta anos atrás do balcão.

08. Publicado em 13.05.2025: No coração da vila Cardia, reduto operário de Bauru, quase ao lado da Tilibra, existia uma fábrica, muito lembrada até hoje, a Anderson Clayton e nesta foto algo do que restou dela, seus silos, ponto mais alto e ainda em pé, visto por todos os lados. Essa foto tiro do estacionamento do Tenda/Lerroy Merlin, ou seja, da vila Santana. São alguns resquícios de uma Bauru que já deixou de existir há algum tempo, mantendo marcas, sinais permanecendo ao longo do tempo.

09. Publicado em 14.05.2025: Fazia muito tempo não me deparava com um bilheteiro pelas ruas de Bauru. Eu que não jogo mais na loteria faz tempo, na federal nunca joguei, mas me lembrei na hora de minha avó Maria, que religiosamente comprava seus bilhetes toda semana. E diante de todos esses avanços, com loterias internéticas, descubro talvez, se não o último, um destes últimos profissionais exercendo este antigo ofício. Foi hoje na Feira Noturna das Nações.

10. Publicado em 17.05.2025: Quem disse que em Bauru não existe um castelo ao estilo medieval? Ele existe e está fincado na quadra 10 da rua Rubens Arruda, na antiga denominação do bairro Altos da Cidade.

11. Publicado em 20.05.2025: Por favor, não confundam, em Bauru não existe um Obelisco nos moldes do de Buenos Aires e o que se vê ali plantado na Agenor Meira, quadra debaixo da Duque de Caxias é mera torre de mais uma igreja evangélica na cidade. Comparações distorcem a realidade dos fatos.

12. Publicado em 21.05.2025: Por onde circule, as lembranças de antanho pululam dentro de mim. Neste casarão na avenida Octávio Pinheiro Brisola, acho que confluência com a José da Silva Martha, coisa de uns 15 anos atrás, entrevistei para uma exposição na então edificante Cultura bauruense, o artista de rua, pintor de fachadas, Marivaldo Pinheiro de Oliveira, que ali residia. Era uma pensão, com seus vários quartinhos e hoje, pelo que vejo, a transformação num hotel, local todo repaginado e embelezando ainda mais a região. Passo por ali quase todos os dias e a lembrança de Marivaldo, que depois voltou para sua Barra Bonita, continuando a pintar as coisas de ruas, me enche de saudade de tempos idos. O local deu seu passo adiante nisso que é a sua eternização, conseguindo dar a tal volta por cima. Sucesso.

13. Publicado em 22.05.2025: Para quem nunca tinha ouvido falar numa carnal relação amorosa patriótica, eis o que sugere a união da bandeira do supermercado Atacadão, ao fundo e à frente, a fachada do Motel das Nações, no que pode ser resumido como o desfraldar da bandeira.

domingo, 29 de junho de 2025

O QUE FAZER EM BAURU E NAS REDONDEZAS (186)


O FECHAMENTO DA DOCE FEST - TENTANDO ENTENDER DOS MOTIVOS
Dias atrás, andando pela quadra 9 da rua Primeiro de Agosto, justamente onde funciona hoje a unidade central do Bom Prato, me deparo na esquina desta rua com a Antonio Alves, canto esquerdo baixo da praça Rui Barbosa e lá mais um ponto comercial fechado. Por décadas funcionou ali a DOCE FEST e ouvindo uma moradora, que prefere não se identicar, relata a mim sua versão dos motivos dela hoje estar não só fechada, mas toda lacrada com tapumes, com letreiros retirados e no lugar uma placa de Aluga-se. 

"A região vive um medo generalizado. Pode reparar aqui no entorno, tudo fechado ou em vias de fechar. Os comerciantes não estão mais seguros, diante da licenciosidade desta região.O caso dessa loja, frequentada por todos os moradores aqui da região e muito conhecida na cidade foi a violência urbana. Conviver com moradores em situação de rua é uma coisa, mas hoje existe junto a eles outro tipo de pessoas, muito mais violentas. Criaram problemas com o pessoal da loja e pela repetição da violência, ficou claro, não mais permitiriam o seu normal funcionamento. Preferiram fechar as portas e encerrar o ciclo. Foram vencidos", me conta.

Não satisfeito, na manhã deste domingo, me acerco de um antigo guardador de carros, atuando sempre na região e ele me conta outra história: "O problema maior foi o aluguel. A região, como se vê está muito degradada, porém, o aluguel se mantém muito alto. Pagavam por volta de R$ 20 mil reais e na atual situação, sem negociação, preferiram encerrar, assim como o Empório Barres o fez meses atrás". Ele se diz amigo do proprietário e quando lhe digo da violência urbana, ele me aponta outras tantas, fechadas bem antes, como a Academia do Ciborg e a Churrascaria Gaúcha. "A situação não está fácil pra ninguém. Na esquina da Araújo com a Primeiro de Agosto, o chinês que tinha lanchonete também se foi. Pouco a pouco o comércio está sendo inviabilizado por aqui. O senhor se lembra da aniga padaria que tinha aqui e funcionava 24 horas? Naquele tempo isso aqui era bem diferente".

Sim, eram outros tempos. A Padaria Cidinha fez sucesso pro ali, como no andar superior a rádio 710 AM, tempos também da Churrascaria Gaúcha e de um anúncio feito na época, quando em Curitiba começou a funcionar a famosa rua 24h e foi aventada a hipóteses de algo parecido vingar por aqui. Não vingou e com o passar dos anos, o centro todo se deteriorou, porém, essa região, este canto da praça parece ter sofrido mais que os demais.

Procuro um antigo conhecido, hoje vivendo como morador em situação de rua. Tempos atrás, das vezes que por ali passava, me abordou pelos menos umas três e pediu, se podia comprar uma caixa de passocas ou doces ali na Doce Fest. Fazia algum dinheiro vendendo os doces dali da loja. Hoje o encontro no meio da feira e o questiono do fechamento. "O melhor é a gente ficar quieto. Eu não entrava na loja. Pedia sim para que me comprassem algo e depois saia revendendo. Não tinha problemas com eles lá na loja, mas sei de gente que teve. Tem muita gente de paz nas ruas, mas tem outros tantos que não são. Quero viver em paz, só isso. O que posso te dizer é só isso", me diz.

No mesmo dia em que via a loja fechada, um amigo comigo no carro, disse passar pela região frequentemente durante o dia e sente uma diferença enorme de uns anos para cá: "O tipo de abordagem feita para quem aqui circula é muito diferente. O morador em  situação de rua é de paz, quer ir tocando sua vida, sem problemas e quando nos abordam é pra pedir algo, sem nenhum tipo de violência. Percebo existir um outro tipo de pessoas junto destes, muito mais violentos. Circular por aqui depois que escurece é algo impraticável". O mesmo me diz uma moradora do prédio junto ao antigo Hotel Colonial: "Tudo o que tenho que fazer na rua faço na parte da manhã, mais tranquilo, pois à tarde já começa a mudar o ambiente e à noite só mesmo em caso de extrema urgência. Se vou em algum lugar à noite, quando me trazem, sempre de carro, peço até para descerem comigo e me esperar passar pela portaria. Moro aqui há dezenas de ano e a situação só tem piorado. A praça está em petição de miséria. Tudo mal feito, veja a questão do chafariz, lá na praça da Prefeitura funciona que é uma beleza, mas o daqui a Suéllen tirou e colocou grama no lugar. Ouço dizer que ela quer fazer uma limpa na praça para quando chegar o próximo período eleitoral. Me mostre algum estudo sério para resolver esse problema criado aqui com a chegada do Bom Prato?".

Tento argumentar da necessidade do Bom Prato existir e ter continuidade, não sendo ele o motivador da deterioração do centro. Ela insiste e junto o que me diz com tudo o mais, querendo entender e buscar uma solução para o que vejo ali. Circulo pela quadra 9 da Primeiro de Agosto na manhã deste domingo e dois locais estão com portas arrombadas, demonstrando por ali entrarem e sairem pessoas. Na verdade, a região mantém dois edifícios residenciais, ambos na rua Antonio Alves, outro menos na esquina da Araújo com a Antonio Alves e nenhum ponto comercial funcionando mais à noite. Na quadra de cima da praça, uma lanchonete tenta funcionar até mais tarde, mas não abre mais à noite. Ali defronte a agência do Banco do Brasil, bem defronte a praça, encontro mais um morador da região e este me conta: "Está cada vez mais difícil. Dialogo com muitos frequentadoires da praça, atravesso ela durante o dia, quando tem policiamento e as lojas da Batista estão abertas. Até vir ao banco aqui quando escurece é algo mais do que arriscado. Eu também não sei o que aconteceu com a loja fechada recentemente. Não é a primeira e pelo visto não será a última. Com certeza algum problema deve ter tido, pois eu já tive vários e corto volta de certas pessoas que vejo por aqui".

Tento localizar alguém da loja para pegar sua versão dos fatos, mas pela internet nada encontro. O máximo que encontro é que a loja fechou e só. Nenhum sinal dos motivos. Mais do que conhecidos todos os problemas da região, inclusive os sociais, cada vez mais agravados e para revitalizar algo por ali, nada ocorrerá sem o atendimento e um olhar com muita atenção para o crescimento desmedido de pessoas vivendo em situação degradante, não só no entorno da praça, mas junto aos vários instrumentos existentes em seu amparo. Longe de querer culpá-los de alguma coisa. Na verdade, algo já é feito para ampará-los, existe toda uma rede assistencialista funcionando na região, inclusive com alimentação sendo servida quando do não funcionamento do Bom Prato. O quarteirão estão com cada vez menos lojas funcionando e os resistentes, uma loja de motos, uma de perfumes, outra de ferramentas, virando a esquina um tradicional açougue, do outro lado da rua uma floricultura e cada vez mais imóveis fechados e seus proprietários sem saber o que fazer para os verem alugados novamente. O fato é que a DOCE FEST já se foi. Questionando um pouco mais, com certeza, chegarei aos motivos de seu fechamento, mas o que interessa mesmo é o todo, o que está em evidência, o processo por inteiro, este muito mais complexo e de difícil solução.

LINDA A "PRAGA" ROGADA PELO POETA BRANDÃO AOS LADRÕES DE LIVROS, LEMBRANDO ALGO PRESCRITO MUITO TEMPO ATRÁS
Para quem surrupiou meu exemplar "Sonata ao luar", primeiro livro de Dalton Trevisan, raríssimo, agora mais raro ainda:

"Àquele que rouba, ou pede um livro emprestado e não o devolve ao seu dono, que a sua mão se transforme em serpente e o morda. Que fique paralisado e sejam condenados todos os seus membros. Que desfaleça de dor, suplicando aos gritos misericórdia, e que nada alivie o seu sofrimento até que pereça. Que as traças-dos-livros lhe roam as entranhas como fazem os remorsos que nunca terminam. E que quando, finalmente, desça ao castigo eterno, que as chamas do inferno o consumam para sempre."

Aviso exibido na biblioteca do mosteiro de San Pere de les Puelles de Barcelona, do livro "Uma História da Leitura" (1996), de Alberto Manguel.

sábado, 28 de junho de 2025

BEIRA DE ESTRADA (196)


HOJE É DIA DE RELEMBRAR ANTONIO PEDROSO JR, O CHINELO, EXATOS QUATRO ANOS SEM SUA PRESENÇA

QUATRO ANOS SEM PEDROSO JR - RELEMBRO ALGO DO LEGADO DEIXADO POR ELE
Quando Antonio Pedroso Jr, o Chinelo, voltou para residir em Bauru, escolha sua para passar sua última estada em sua cidade, escolheu junto um lugar específico no Bar do Genaro. O bar o adotou e ele, ao mesmo tempo, divulgou o bar, pois fez dali o seu escritório, ponto de encontro e de bate papo quase diário. Quando não era visto em sua pequena casa, era visto ali, sentado sempre no mesmo lugar e tendo ao seus pés, a famosa mala. Isso mesmo, veio muitas vezes direto da rodovoiária para o bar. No final, bebia bem menos que dantes, mas ali continuava, pois conseguia no lugar fazer o que mais gostava, propagar através de muita conversa, suas ideias e entrelaçar flechadas e disparos, muitos deles certeiros para todos os lados.
Pedroso construiu muitas histórias desta forma e jeito. Uma delas, foi mencionada pelo narrador da noite, o jornalista Gerson de Souza, depois relembrada por mim junto do fotógrafo Pedro Romualdo. Certa vez, também num bar, ele e Pedro, militando no PDT, após a desistência do candidato do partido a governador, bolaram e fizeram vingar o nome do Pitolli - não o da rádio, pelo amor, hem! -, hemérito representante da esquerda, como candidato a governador do estado de São Paulo. Pedro maquinava coisas deste tipo e desta forma, instigando, provocando, articulando e aprontando muito, sempre com tiradas incríveis, soube ir arquitetando pelas beiradas uma resistência dessas para endoidecer gente sã. Ousadia nunca lhe faltou.
Escreveu seus livros desta forma e jeito, pesquisando e juntando cacos e casos, numa junção que só ele mesmo conseguia produzir. E fez muito, pois em algo também lembrado ontem quando do evento para lembrar dos quatro anos sem ele, foi dito: ele deixou registrado histórias de uns tantos que, de outra forma, não seriam mais lembrados. Daí, a importância do que fez, sempre muito bem. Registrou como se deu a resistência aos constituídos donos do poder em Bauru, resgatando algumas de suas vitórias e, principalmente, como se deu essas vidas, envoltas em "sangue, suor e lágrimas". Ele optou por isso, contar essas histórias e também ajudou outro tanto a resgatar a dignidade, quando conseguiram reaver direitos, com indenizações recheadas de um senso comum, o de fazer valer direitos perdidos quando da ditadura. Ficou também conhecido por causa deste trabalho.
Foi uma noite para, de conversa em conversa, ir revendo passagens e confirmando de sua importância, não só na historiografia bauruense, como na forma como enfrentar poderosos de todas as matizes. Criou caso com muitos destes e, por outro lado, foi um fiel amigo para uma legião de pessoas que o circundavam. Pedrosinho não gostava de navegar sózinho. Estava sempre rodeado e isso o alimentava, numa espécie de recarregamento de baterias. De tudo, conversando com Ana Celia Ferreira Albuquerque, sua esposa e Pedro, o filho, o desejo de juntar seus escritos, todos reunidos em uma grande mala e deixado após sua morte aos cuidados de Milton Dota, que também já se foi. O trabalho agora é o de resgatar esses papéis, escritos inéditos e originais, publicando-os num livro que ele tinha já construído em sua cabeça nos últimos tempos, o de causos, todos políticos. Isso vai dar muito trabalho para o filho Pedro, que hoje, além disso tem a intenção de montar um site, onde irá disponibilizar a história de seus pai e ali também, de forma gratuita, todos os seus livros.

O danado contou a história de muita gente, mas ninguém ainda contou a sua história. A grande recuperação a ser empreendida agora é essa, o resgate dessa história. Ou seja, reencontros como o deste sábado, não só só importantes para nos revermos e falarmos de alguém como o Chinelo, mas para com sua história, demarcar um território, o do resgate de como seu deu a luta, o enfrentamento desta cidade contra as perversidades lhe impostas ao longo do tempo. Quem resistiu e enfrentou isso tudo, merece ter essa história retratada. Deixo aqui meus parabéns para o Pedro Romualdo que, convidadndo o Gerson de Souza, juntou tudo o que encontrou sobre o Pedroso - inclusive o que eu já tinha publicado, me disse - e apresenta um documentário de alto valor. Assistimos todos contritos, calados, olhos e ouvidos colados na projeção, vendo como essa luta foi feita e continua sendo travada cidade afora. Pedroso fez a sua parte e agora é com os que ficaram. Quanto mais gente tomar conhecimento de como seu deu, melhor, pois serve de incentivo para que a chama nunca se apague. Saio deste evento revigorado e redespertado para tudo o mais que teremos pela frente. Poderia escrevinhar uma noite inteira sobre ele, revivendo suas histórias e feitos, mas no momento, é o que consigo.


RECEBO O LIVRO TRÊS ANOS GUARDADOS, PELAS MÃO DO JORGE, FILHO DO DARCY RODRIGUES
Essa história eu tenho que contar. Darcy Rodrigues se foi há três anos e desde antes de sua morte havia me dito deste livro, "LAMARCA - OUSAR LUTAR, OUSAR VENCER", publicado pela Casa da Resistência de Feira de Santana BA. Contava detalhes de como foi entrevistado, sendo um dos que, com sua história, não só enriqueceu o relato, como elucidou fatos ainda em dúvida. Tinha o maior orgulho de sua passagem ao lado de Lamarca e este assunto sempre foi um dos seus preferidos. Deixando falava horas a respeito. Ouvi muito dele sobre sua passagem pela resistência armada na ditadura.

Pois bem, o livro saiu e logo a seguir Darcy faleceu. Dos exemplares encaminhados a ele, seu filho, o querido Jorge me disse desde aquele período ter um exemplar guardado para mim. Um dia cheguei a ir lá perto de onde mora, nas imediações do Rasi, mas ele estava ausente. Sabia que o exemplar estava bem guardado. Jorge esteve hoje no evento marcando os quato anos sem Pedroso Jr, o Chinelo e estava com o livro embaixo do braço. Sabia ali me encontraria. Dito e feito. Vi muita emoção em seus olhos marejados ao me entregar o livro e relembrarmos juntos algumas histórias vivenciadas num passado saudoso.

Tive o prazer da convivência próxima de Darcy Rodrigues e gravei muita conversa dele, uam delas relembrada por Jorge, dias antes dele falecer, vestindo uma camiseta regata do Palmeiras. Como sempre, naquele dia, mesmo já adoentado, falou grosso e forte, incisivo e preciso. Do livro, hoje o tenho em mãos, como uma jóia rara. Vou direto na Nota de Abertura feita por ele e de lá retiro este trecho: "Lamarca me honraste chamando 'mano'. (...) A história com certeza gravará o nome do 'mano' Lamarca com letras douradas, crevejadas de brilhante na história de nossa Pátria da mesma forma que depositará a vasilha de excremento ao autor e mandante do ato de vandalismo contra meu eterno comandante. Comandar (co-mandar) significa mandar junto. Portanto, continuarei sob seu comando".

Terei eternamente um apreço mais que especial por Darcy, por tudso o que representou e por me aconselhar muitas vezes, em conversas contínuas. Ao receber o livro, relembro com carinho tantas histórias e momentos. Um dia ele me pegou pelo braço e me levou até Três Lagoas. Queria me mostrar uma cidade que o acolheu. Passamos um dia inteiro por lá, andanças inesquecíveis. E depois, quando retornei de Cuba, foi o primeiro a me recepcionar, querendo saber se fui nos lugares indicados por ele, inclusive uma escola onde lecionou. Hoje, relembrei de Pedroso Jr e de Darcy Rodrigues, dois valentes destas plagas, que ousaram enfrentar o poder local com muita garra e perseverança. Inesquecíveis para todo o sempre. O livro não sairá de minha cabeceira enquanto não o ler adequadamente.

OBS. FINAL: Não existe nada mais reconfortante na vida do que ser reconhecido. Jorge, o filho do Darcy me disse algo ao pé do ouvido, onde choramos juntos. Depois, Ana Celia, esposa do Pedroso, disse que a entrevista Lado B que fiz com ele, lhe serviu para tirá-la da depressão onde se encontrava, quando lhe perguntei sobre Sorocaba, ela e o filho. Depois, Gerson de Souza, jornalista dos bons deste país, hoje residindo em Ribeirão Preto, diz me ler diariamente, "mesmo os textões" e isso me enche de orgulho e contentamento. De tudo, se acerto em algo, tô feliz da vida e me vendo trilhando um caminho salutar.

sexta-feira, 27 de junho de 2025

COMENDO PELAS BEIRADAS (164)


É HOJE, BATE PAPO COM DEP.ESTADUAL DONATO E CANDIDATO PRESIDENTE ESTADUAL DO PT
17H, pelo link abaixo, papo revelador sobre os rumos do país e onde o PT se situa nisso, o PED, que é o processo eleitoral de cargos administrativos do partido e aquela conversa franca, sobre esses novos tempos e o papel de um partido de esquerda. O Núcleo de Base DNA Petista se antecipa e propõe uma ampliada conversa, onde convidamos todos a participar e discutir juntos questões candentes no cenário local e nacional.

Quando os integrantes do DNA decidem sair do Diretório Municipal do PT Bauru, era uma decisão pensada e focada numa transformação que, sabíamos não ocorreria dentro da estrutura como concebida. Ninguém saiu do PT, ninguém abandonou a luta e sim, fomos em busca de focar nossa ação em algo realmente transformador, bem diferente do que se vê acontecendo nos últimos tempos dentro da sigla em Bauru. A proposta é por um PT de luta, verdadeiramente de resistência e enfrentando seus adversários e inimigos com mais arrojo, sem acordos com a parte contrária e clmando o que as bases deste partido sempre exigiram, estarmos num campo de luta se identificando com a história petista. Donato representa isso tudo. Quem o conhece sabe disso. Sua trajetória nos revela caminhos a ser trilhados juntos.

Conheça um pouco mais de DONATO clicando a seguir: https://donatopt.com.br/ Donato: “Queremos um PT sem medo de fazer oposição a Tarcísio e de defender o governo Lula! O PT precisa se preparar para a eleição de 2026 e a solução está na militância do nosso partido, não está em outro lugar. Precisamos ouvir mais a militância, que está na linha de frente das lutas cotidianas. A nossa força vem da luta do povo e é isso que a gente quer destacar nesse processo". Donato observou que o estado de São Paulo foi decisivo para a vitória do presidente Lula em 2022 e o PT paulista precisa começar a se organizar desde já para a disputa do ano que vem, para manter no mínimo o mesmo desempenho da eleição presidencial passada. Ele ressaltou ainda que vai usar a campanha do Processo de Eleições Diretas (PED) para mobilizar os filiados para ganhar o PT “e colocar nosso partido para ousar, sem medo de fazer oposição, de enfrentar o governador Tarcísio e sem medo de defender o governo do presidente Lula”.

Eis o link, para a partir das 17h, adentrar a sala e participar: https://teams.live.com/meet/9327033885672...
Te aguardamos por lá. Essa não é uma conversa restrita a petistas. Muito pelo contrário. O que está em curso é o nosso destino e para tanto, se faz necessário estar alinhado com quem decididamente lute não só ao nosso lado, mas junto, mesmo ideal e persistência. Vamos juntos?
HPA, pelo DNA Petista Bauru

OBS AO FINAL DA PROSA:
Sim, na verdade o ocorrido entre os participantes do lado de cá e o deputado estadual DONATO do lado de lá, foi uma boa prosa. Os do lado de cá reclamaram da situação atual do PT, quando a direção estadual, por exemplo, quando do último pleito municipal, viraram às costas para a decisão do Diretório Municipal bauruense e impuseram candidatos ao cargo de prefeito em total desacordo com as necessidades, sem ouvir a ninguém, mas atendendo interesses até agora inconfessáveis. A repetição disto desanima a militância, desacredita o partido, que deveria agir exatamente ao contrário, pois se trata de algo valoroso, denominado lá atrás como PARTIDO DOS TRABALHADORES. A Chamada para conversar com o candidato ao PED, que almeja dirigir o partido no estado de São Paulo é por ver nele uma real possibilidade de mudar o atual estado de coisas. E foi assim que tudo fluiu. Deixou claro, "o centro de nossa atuação é a luta política. Proponho o óbvio, ajudar os Diretórios onde existem problemas e ir na raiz deles. Eu vi coisas no PT que é melhor tirar as crianças da sala. A máquina existe e está aí, portanto, isso de vê-los lutando dentro de um Núcleo de Base é salutar, porém, não se esqueçam da luta nas nossas instâncias. Estou aqui para romper a ausência de debate político. Temos políticos valorosos em todas as intâncias de nosso partido. Devemos seguir unidos, coesos, porém ampliando e atendendo quem hoje está descontente e reprimido em seus anseios enquanto militante".

De uma prosa que deveria durar uma hora, se estendeu para hora e meia, ainda com muita coisa a ser tratada. Faltou tempo suficiente para tantos assuntos engasgados na garganta dos militantes e simpatizantes presentes. Todos queria desabafar e encontrando eco do outro lado, a prosa fluiu e ao final, quando o deputado, tendo que cumprir outro compromisso ainda naquela noite, ficou demarcado, combinado e sacramentado, ele viria para uma conversa mais ampla em Bauru. Perdendo ou ganhando, se faz necessário a construção de um novo PT, pois não dá mais para existir dentro de um partido como o PT, dito e visto como de esquerda, com uma miltância tão vigorosa e valorosa, estar submetido a práticas que condenamos em partidos de direita, de cunho neoliberal. A proposta é romper com essas práticas e arejar o partido. Forçar a porta para recuperar o apoio e confiança dessa militância, clamando por ter de novo o velho e bom PT na ativa.

A decisão que se faz necessária e foi discutida é a de FORÇAR A PORTA, não aceitando mais um partido passivo e com práticas copndenáveis. Por exemplo, numa eleição interna, como a do PED passado, uma cidade com 70 filiados, ter 69 de votos favoráveis para um segmento e dentre estes, muito já falecidos. Não se traz para a luta alguém, que quando convidado a participar de renião do partido, já no primeiro contato se vê diante de grupos se digladiando e cada um propondo que essa pessoa se alie a ele e não para a proposta coletiva de luta. Também se faz necessáriuo uma melhor participação do partido nas redes. A burocracia é uma muralha, confirma DONATO, um parasita que está matando a árvore. Por fim, ele repete o prescrito pelo ditado: "Ou o parasita mata a árvore ou a árvore mata os parasitas". Essa a luta para renovação, algo necessário dentro do maior partido de oposição e resistência, de defesa da classe trabalhadora e dos interesses populares. A missão futura mais importante é encarar estese outros problemas internos e resolvê-los, pois desta forma, existirá eco junto da militância e estes novamente terão ânimo para lutar e voltarem a atuar nas ruas e lutas com a disposição de sempre. DONATO sabe de suas dificuldades para ser eleito e nem por causa disto desiste. Este trabalho não se encerra com a eleição do PED petista. Trata-se de um trabalho de luta para sempre, nele embutido a própria sobrevivência do PT enquanto força livre, de luta e resistência. Se um candidato possui este discurso, fala desta forma com suas bases, como nesta noite, creio é com ele que devemos estar.


algo ainda sobre a PM sendo chamada na Cultura municipal
COMPAREM A JUSTIFICATIVA ESFARRAPADA DA CULTURA MUNICIPAL E A DOS ARTISTAS E ENTENDA DOS MOTIVOS DA MANIFESTAÇÃO CONTRA INÉRCIA
Na matéria de hoje publicada pelo Jornal da Cidade, fácil entender onde reside a razão:

"VÁRIAS QUEIXAS - Artistas protestam em Bauru contra gestão da Cultura, que rebate
Por Tisa Moraes.
Um grupo de artistas protestou na tarde de ontem no prédio do Teatro Municipal de Bauru contra a gestão da Secretaria de Cultura. Os manifestantes falaram ao microfone e empunharam cartazes, além de protocolarem um ofício na pasta, sediada no mesmo prédio, cobrando posicionamento do secretário Paulo Eduardo Campos, que não estava no local.

Em nota (leia a íntegra mais adiante), a Secretaria de Cultura de Bauru afirma que a manifestação realizada nesta quinta-feira (26) se deu em cima de uma "fake news" de que a verba deste ano da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB) será perdida.

O grupo foi surpreendido, contudo, com a chegada da Polícia Militar (PM), chamada pela Secretaria. Durante o protesto, os artistas apresentaram uma série de queixas, como a publicação de editais confusos, demora na divulgação de resultados, execução de leis de estímulo à cultura com valores defasados, falta de diálogo e descaso com a categoria - problemas que estariam impedindo o desenvolvimento da cultura na cidade.

Reclamaram, por exemplo, que o município tem até o dia 30 de junho para realizar ao menos 60% dos pagamentos da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB) 1 para ter condições de aderir ao Ciclo 2 ainda em 2025. Porém, alegam que nem mesmo os resultados dos editais da PNAB 1, no valor de R$ 2,4 milhões, foram divulgados. Agora, o grupo pede a confecção de um calendário com prazos para a aplicação da iniciativa.

Os manifestantes também alegaram que houve redução de recursos obrigatórios no orçamento da Secretaria de Cultura, além de a pasta não solicitar manifestação do Conselho de Política Cultural antes da publicação de editais, o que estaria resultando em erros nestes documentos, como o não cumprimento de cotas para pessoas trans e negras.

Outra queixa é que estes editais estabeleceriam prazos curtos para os artistas apresentarem seus projetos, além de ofertarem valores defasados. Como exemplo, citaram um recente, o "Cultura em Ação", que contratará 34 apresentações no valor total de R$ 102 mil, enquanto a prefeitura opta por trazer à cidade artistas de alcance nacional com cachês que ultrapassam os R$ 500 mil. Os manifestantes lamentaram ainda o aumento do valor do aluguel do Teatro Municipal, de R$ 600 para R$ 4 mil, e relataram que fizeram um levantamento de preços na região, cuja média seria de R$ 500,00 a R$ 600,00, com valor mais alto cotado em Presidente Prudente, de R$ 2 mil. Por fim, apontaram a atrasos e negligência na realização da Semana do Hip Hop.

FALA A CULTURA
Em nota encaminhada ao JC, a Secretaria de Cultura afirmou que o ato desta quinta "se deu em cima de uma fake news de que a verba deste ano da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB) será perdida, o que não procede".

Segundo a pasta, "diante de questionamentos que surgiram sobre a opção de alguns proponentes por concorrer pelas cotas étnico-raciais, a Secretaria de Cultura definiu pela instalação de uma comissão de heteroidentificação para dar uma resolução a esses casos".

"A pasta aguarda neste momento um posicionamento da Secretaria dos Negócios Jurídicos sobre a forma de implementação da comissão dentro da legalidade. Até lá, visando a lisura do processo, foram suspensas todas as publicações de resultado da PNAB", menciona.

O governo admite que "não será possível executar os 60% das verbas exigidos pelo Ministério da Cultura até a data de aferição", mas salienta que "não há risco de perder os recursos, ocorrendo somente o adiamento do Ciclo 2 para 2026". "A pasta vai seguir todas as etapas de solicitação dos recursos para Ciclo 2, como já tem feito, com escutas públicas, realizadas entre abril e maio, com participação do Conselho de Política Cultural, criação de um Grupo de Trabalho, que já realizou a primeira reunião, elaboração do Plano de Alocação de Recursos, com prazo até 31/8/2025. Portanto, secretaria está trabalhando dentro dos prazos definidos pelo Ministério da Cultura", acrescenta. A secretaria disse lamentar "que um pequeno número de pessoas que se dizem representantes do setor tenham atitudes como essa, com desinformação e mentiras".

"Sobre a presença da Polícia Militar, a Secretaria de Cultura respeita o direito de livre manifestação, o que ocorria fora do prédio, no entanto, os manifestantes entraram no imóvel e começaram a ofender servidores e outras pessoas presentes e a PM foi acionada para garantir a integridade física de todos".

quinta-feira, 26 de junho de 2025

O QUE FAZER EM BAURU E NAS REDONDEZAS (185)


MANIFESTAÇÃO HOJE NA CULTURA E CHAMAM A POLÍCIA PARA INTERVIR CONTRA OS ARTISTAS
Que a Secretaria Municipal de Cultura de Bauru deixa a desejar, isso até as pedras do reino mineral sabem. Nenhum novidade. Dentre as últimas trapalhadas, embaralhamentos e corpo mole para execução do que lhes é por direito fazer - e não fazem -, o adiamento da divulgação dos contemplados em editais culturais. A imensa maioria das cidades brasileiras já está numa etapa posterior e Bauru patina na inércia. Isso, como já é do conhecimento público, faz parte do procedimento usual desta administração, uma nada interessada em atender reivindicações do setor cultural. Jogam descardamente contra a Cultura. Estão aí, todos os com postos de comando, para criar empecilho e ir inventando esfarrapadas desculpas para nada fazer em prol da classe artítica.

Diante deste quadro desolador, nada como um protesto. Enfim, o prazo para entrega final dos contemplados pelo PNAB, a lei Aldir Blanc 2025 se encerra dia 30/06. Marcado um ato, artistas comparecem diante do Teatro Municipal na tarde desta quinta, a partir das 14h e lá, com uso de uma caixa de som, se revezam em falas a demonstrar não só o descaso, como um procedimento que já é rotina. Nos anos anteriores tudo ocorreu da mesma forma e jeito. Sem pressão nada ocorre. Alguns fizeram uso do microfone e depois, todos foram para a parte interna, o hall de entrada da SMC - Secretaria Municipal de Cultura. Além do protesto a inteção era protocolar um documento com exigências de explicações convincentes para a demora, o atraso e a quase perda do prazo, prejudicando centena de artistas da cidade de Bauru.

Ninguém ousou botar as caras pra fora da SMC, ou seja, o sectário, ops, digo, secretario de Cultura, dizem não compareceu ao seu local de trabalho nesta tarde e ninguém ousou assinar o documento. Adentraram o espaço diante do balcão e ali continuaram o necessário e justo protesto. Foi quando, a PM - Polícia Militar foi chamada e compareceu ao local. Só assim, surge detrás de uma porta, uma funcionária, conversa com os policiais e aceita ouvir o motivo principal de todos estarem ali. Os policiais ouviram os dois lados e ao final um deles, disse para alguns manifestantes: "Eu também gosto muito de frequentar lugares culturais e se estes deixam de acontecer, todos saímos perdendo".

Todos os manifestantes, em sua maioria artistas e pessoas ligadas com a cultura na cidade, são conhecidos do pessoal lá na SMC. Sebem que nada ocorreria além dos protestos, das falas e das justas reivindicações, mas como não teinham argumentos para rejeitar o que ali acontecia, preferiram se fazer de vítimas e chamar a PM. Foi algo desnecessário e até patético. Algo a demonstrar claramente como age a atual administração e seus asseclas. Por fim, o documento foi assinado e como deu para perceber, nenhuma providência está em curso no momento para cumprir os prazos e fazer valer a lei federal e incentivo à Cultura.

É mais do que compreensível o posicionamento dos servidores municipais, todos acuados diante dessa administração. Estes não tem mesmo que se manifestar e quem tem de fazê-lo é a administração da SMC, porém essa foge de qualquer diálogo e, como hoje, nem comparece ao seu local de trabalho. Como agir diante destes a atravancar o bom desenvolvimento de uma Secretaria que, deveria estar ao lado dos artistas, porém, nada faz por estes e diante de justas reivindicações, foge e ainda por cima chama a polícia, para estes intervirem contra a classe artística? O descrédito do atual sectário é enorme, pois nem o próprio Conselho Municipal de Cultura é mais ouvido. Todas as decisões são tomadas por ele e um grupo muito restrito, seguindo cegamente as vontades da atual mandatária da cidade, a incomPrefeita Suéllen Rosin. Que os acontecimento de hoje sirvam como amostragem do que de fato acontece na SMC, como age e algo ocorra para reestabelecer alguma normalidade por lá. Dia 30 se aproximando e novos atos sendo marcados. Deu para perceber com todas as ocorrências de hoje quem de fato está com a razão.

Comentários ao meu texto:
1.) "A extrema direita é calhorda, só é brava mas redes sociais", Dextter Paes Leme.

2.) "Isso não dá um belo material para ser enviado ao ministério público? Não a intervenção policial, mas sim o desleixo com as datas limites, o não cumprimento de prazos e deixar todos sem os recursos e sem o próprio cumprimento da lei do pnab? Ou estou sendo ingênuo?", Luís Paulo Cesari Domingues.

3.) "A direita é forte na cidade não permite balbúrdia mas não vai atrás de ladrão aliás esses dias mataram um rapaz daquele jeito sem preparação nenhuma era mais fácil dar tiro uns 10 15 tiros e dai ficaram em paz conseguiram acertar o alvo ,conseguiram parar o rapaz, e segundas informações era um rapaz com depressão mas a polícia não está preparada para lidar com esse tipo de situação aliás nenhuma digo isso até por experiência própria", Renato Munhoz da Costa.

4.) "Uma secretaria de cultura que chama a polícia em uma manifestação pacífica de ARTISTAS é a máxima degradação possível. Situação absurda e insustentável! Vamos continuar denunciando e exigindo que o direito constitucional à cultura seja garantido", Marisa Meira.

5.) "Estou estarrecida trabalhei 34 anos né Secretaria de Cultura, nunca vi tanto descaso e esse absurdo de chamar a polícia... calamidade total", Neli Maria Fonseca Piotto.

6.) "Faz mais de 1 ano que estamos precisando de professora/professor de dança, na modalidade em especial de dança do ventre, porque a nossa atual está passando por problemas de saúde. O candidato ao concurso fez todas as etapas e resolveram não contratar ninguém. Contrataram professores que não necessitavam no momento. Há possibilidade de extinção do curso se continuar nesse impasse e vai fazer falta, tanto que há sempre um número recorde de inscrições todo ano", Ana Sichiere.

7.) "Nos últimos anos sem comentários. Eles deviam respeitar quem sempre fez cultura. Qdo alguém sai fora de Bauru e está na mídia ou faz sucesso elogiam .... mas nunca apoiaram ... além de que... são nossos funcionários.. todos eles desde a prefeitura aos secretários... aliás somos nós que pagamos seus salários... é uma pena... uma cidade tão rica de talentos.. ficar deste jeito... não é de hj...sei disso a mais de 30 anos... porém cada dia está pior... e Viva quem faz cultura e batalha a cada dia... pois que eu saiba é uma das únicas cidades que não apoiam quem trabalha em pro da arte.... muito triste.....", Paulo Villaça.

8.) "Cultura gera pensamento crítico. Cultura gera conhecimento. Cultura gera posicionamento político apurado. Cultura gera emprego e renda. Cultura gera mobilização. Eles têm medo", Maria Cristina Zanin Sant'Anna.

9.) "PARABÉNS A TODOS ENVOLVIDOS, QUE ABSURDO CHAMAR A POLÍCIA MILITAR PARA OS ARTISTAS, ISSO É DESCONHECER MESMO A CLASSE ACHANDO QUE TEM BANDIDOS, SECRETÁRIO NÃO SAI DA TOCA PRA DIALOGAR, MOÇO DESPREPARADO E NÃO DEVERIA ESTAR A FRENTE DE UMA PASTA COM TAMANHO RELEVO...
mas esse governo adora apanhar, vivo falando que não ouvem nem respeitam os Conselhos, no caso o moço que está a frente da pasta adora aparecer em eventos ao lado da Prefeita, mas trabalhar para ter uma cultura que contemple também nossos artistas, ele não move uma palha, estive numa audiência pública e desafiei em uma Câmara repleta de artistas, inclusive ele também, que se alguém soubesse somente um pedacinho de uma música de HUGO E GUILHERME que pagaram 350.000,00, eu viria pelado de volta ao Mary Dota, é uma vergonha. Deveriam PUBLICITAR EM TODA IMPRENSA, que disponibilizariam funcionários exclusivamente bem preparados para ajudar os artistas elaborarem projetos, afinal esse recurso ALDIR BLANC de 2.400.000,00 poderiam ficar aqui no município, além de dar oportunidade a tantos talentos da cidade, mas é claro que é mais fácil devolver, afinal não dá nenhum trabalho, e a crítica não é para funcionários e sim para ocomandante da pasta.
Por outro lado não posso deixar passar em branco, que JA PREVENDO ESSA VAGABUNDAGEM, trabalhei pra trazer uma agente Cultural de Novo Horizonte da Associação Cultural Sebastião Godoy daquela cidade, ela chegou a vir uma vez, e se prontificou a vir outra vez para dar curso de captação de recursos e elaboração de Projetos, no caso esse do Aldir Blanc, e ainda acompanhar os andamentos dos Projetos pela enorme experiência, Á CUSTO ZERO...mandei para mais de 150 artistas no WhatsApp, para mais 3 grupos de Cultura que integram mais ou menos 200 artistas, e ACREDITEM...NINGUÉM SE MANIFESTOU OU COMPARECEU, inclua-se nisso a FEIRA UBÁ, que aliás é da Secretaria de Cultura e está LITERALMENTE ABANDONADA, E FEIRA DA ECONOMIA CRIATIVA, FALANDO COM DIRETORA E SECRETÁRIO JURANDIR DA SEDECON, ALIÁS O ÚNICO QUE REALMENTE SE INTERESSOU E POIS A PASTA Á DISPOSIÇÃO...
por isso não fui a essa reunião, AFINAL OS ARTISTAS TAMBÉM PRECISAM FAZER SUA PARTE, SE ESPERAREM INTERESSE DESSE SECRETÁRIO VOCÊS CONTINUARÃO ASSISTINDO ARTISTAS NACIONAIS, CANTORES E PASTORES GOSPEL E ATÉ O CANETA AZUL COM POLPUDOS CACHES, ATÉ O FIM DESSE "CULTUROSO" MANDATO...EPISÓDIO NEGATIVO E TRISTE NÉ, TEMOS QUE MARCAR ESSA DATA E CANTAR PARABÉNS E PIQUE PIQUE PRO SECRETÁRIO, A GENTE DÁ BOLO PARA OS POLICIAIS TAMBÉM", Rafael Santana de Lima. 

VÍDEOS GRAVADOS POR MIM:
01.) SOCIÓLOGO, EDUCADOR E PRODUTOR CULTURAL, O DJ VNCN FALA DURANTE A MANIFESTAÇÃO CONTRA OS DESMANDOS DA CULTURA BAURUENSE, NA TARDE DESTA QUINTA, 26/06, DEFRONTE O TEATRO MUNICIPAL - Eis o link: 

02.) PROFESSOR, CIENTISTA POLÍTICO E PRODUTOR CULTURAL CELSO ZONTA E SUA FALA NA MANIFESTAÇÃO CONTRA OS DESMANDOS DA CULTURA, NA TARDE DESTA QUINTA, 26/06, DEFRONTE O TEATRO MUNICIPAL - Eis o link:https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/videos/1449111076525627

quarta-feira, 25 de junho de 2025

BAURU POR AÍ (240)


POR FAVOR, ME DEIXEM AO MENOS RIR
O bibliotecário cego pergunta ao investigador William de Baskerville: – O que você realmente deseja?
Baskerville responde: – Eu quero o livro grego, aquele que, segundo vocês, nunca foi escrito. Um livro que só trata de comédia, que vocês odeiam tanto quanto riem. Este é provavelmente o único exemplar conservado de um livro de poesia de Aristóteles. Há muitos livros sobre comédia. Por que este livro é tão perigoso?
O bibliotecário responde: – Porque é de Aristóteles e vai fazer rir.
Baskerville replica: – O que há de perturbador no fato de que os homens possam rir?
O bibliotecário: – O riso mata o medo, e sem medo não pode haver fé. Aquele que não teme o demônio não precisa mais de Deus.
O nome da Rosa / Umberto Eco

A REPORTAGEM SOBRE A GUERRILHA DO VALE DO RIBEIRA, COM O BAURUENSE DARCY RODRIGUES, FEITA PELO JORNALISTA LUCIUS DE MELLO, CENSURADA PELA TV GLOBO E NUNCA LEVADA AO AR
Convivi com Darcy Rodrigues, sargento do Exército e muito próximo de Carlos Lamarca, desde então, quando abandonou o quartel dom armas, participou da lutar armada e depois, preso, foi trocado por um dos embaixadores sequestrados, tendo permanecido por mais de dez anos em Cuba. Suas histórias do Vale do Ribeira, ouvi dele pessoalmente e em detalhes. Depois as contou também para Antonio Pedroso Jr e este escreveu um belo livro sobre sua história. Darcy é de Avaí, ganhou o mundo cedo e por fim, depois do retorno de Cuba, se instalou em definitivo em Bauru. Estivemos juntos na campanha vitoriosa de Tuga Angerami à Prefeitura, 2005 e depois, o acompanhei até quand ode sua morte. Foi um bravo guerreiro, como se fazem poucos, cada vez menos, nos dias atuais. Conversar com ele e desfrutar de sua sapiência é algo pelo qual nunca mais me esquecerei. Qualquer dia escrevrei um livro relatando passagens minhas com pessoas que já nos deixaram e tenho uma capítulo inteiro para tratar sobre Darcy.

Hoje, quando vi a postagem do Lucius de Mello, relatando uma reportagem feita por ele, sob encomenda da direção da TV Globo, indo ao Vale do Ribeira com quem lá esteve enfurnado, dentre estes Darcy, tudo me voltou à mente. Li o texto e decidi compartilhar, pois essa história de Lucius é mais um capítulo dentro de como age o jornalismo brasileiro, sempre tendo um lado e dele, neste detalhes, sempre fazendo questão de deixar bem evidente, nunca favorecer algo resvalando com a esquerda ou a defesa das lutas populares. O texto do Lucius e a revelação feita com essa publicação deixa isso bem claro. Aproveito para rever algo mais de Darcy e assim, todos ficam cientes e conhecem bocadinho mais de dois fatos, destes que não podem cair no esquecimento: a história de Darcy no Vale da Ribeira e a de como age a TV Globo.

"Minha reportagem censurada em plena democracia. Era 1999. Eu voltara com 3 ex-guerrilheiros do grupo de Carlos Lamarca (VPR) ao centro de treinamento deles no Vale do Ribeira. Felizmente, consegui guardar comigo uma cópia da matéria editada", jornalista Lucius de Mello. Eis o link para ler o relato de Lucius e clicando noutro link algo mais da reportagem: https://www.brasilconfidencial.com.br/a-reportagem-jamais-exibida/?fbclid=IwY2xjawLIvvdleHRuA2FlbQIxMQBicmlkETFCU3RrSWVsbURqanQ3ckhMAR7OV0yRxRRasV3vkrynxgZ-CWfuhAzqFD46Si9Lt-5CJ3O3ysfkuAZBxtyZSA_aem_KZ3WwhsVyWb5_ROCBe8K2g

ERRAM NO VAREJO E NO ATACADO - AGORA NO PREÇO PARA UTILIZAÇÃO DO TEATRO MUNICIPAL
Eu não pego no pé dos atuais impostos administradores da Cultura pública municipal bauruense. Na verdade, pela sucessão de atos que produzem, um mais bestial que o outro, eles mesmo se denunciam e se atolam, cada vez mais, num precipício sem volta. São ações descabidas e onde, quando inqueridos, não conseguem explicar o significado real da mesma, simplesmente, por não existirem. Fazem tudo sem planificação, sem respaldo técnico e, principalmente, sem conhecimento. Diante de tudo isso, estão sempre emaranhados e enrolados com explicações, nenhuma convincente e todas gerando perplexidade e revolta.

Escrevo essa introdução para comentar a mais nova impropriedade comunicada à cidade pelo atual sectário, ops, digo, Secretário Municipal de Cultura. Reformaram o Teatro Municipal e para tanto, efusivos parabéns. A grande besteira foi denominar o feito de Reinauguração. Foi querer laurear além do necessário o fato da reforma. Coisa de gente necessitando de paparicos e afagos por tudo o que faz. O vejo em plena condições de uso, ótimo. Isso, por si só não basta. Qualquer teatro deste porte necessita de regras de funcionamento. Algo não pensado somente por uma cabeça, mas por um grupo de pessoas. Isso não deve ocorrer no caso bauruense. Explico.

O que veio à tona dias atrás foi a exorbitância do preço cobrado pelo aluguel do teatro, passando de R$ 600 para R$ 4 mil pelo seu aluguel. E o fizeram de forma generalizada, sem entrar em detalhes - mais que necessários -, de cada um a das formas utilizadas. É R$ 4 mil e pronto. Quando inquerido, o sectário - já sem a correção - disse ter sido feito uma média entre outros teatros do interior paulista. Balela. Foram pesquisar e a média não passa de R$ 2 mil. Ele gaguejou e, como sempre, tropeçou nas palavras. Existe um sectarismo em tudo feito nas hostes suellistas, este só mais um belo exemplo. São injustificáveis em tudo que fazem. Que o teatro deva cobrar pelo seu uso, algo natural, porém, em Bauru, como nada é discutido amplamente, ainda predomina uma decisão de cima para baixo, autoritária e depois, diante da pressão e demonstração da irracionalidade, a conclusão mais óbvia: "Estamos estudando para rever o que foi feito". Banalidade elevada aos píncaros da glória.

Rir pra não chorar.