Nesta semana, você viu o que acontece quando deixamos chifrudos no poder.
Uma coisa nós já sabemos: eles não vão mudar.
Por isso, temos uma missão para 2026 - nor organizarmos para derrotar a boiada no Congresso.
Eis um vídeo a ser compartilhado e espalhado por aí:https://web.facebook.com/reel/1484919199263015
A China sabe o poder dos trens ou por que o Brasil não tem trens de passageiros?:
Eis o vídeo gravado pelo Rafael, explicitando o crime ambiental:https://web.facebook.com/rafael.santanadelima.52/posts/pfbid02fcpHbn97wKRnRdLbgUiGbLLbPAnP3XUQVxLz78JvGCzbrbDBXWf9yBTqwNuLSXSgl
"NOTÍCIAS SOBRE A REUNIÃO DO ARBORICÍDIO MARY DOTA COM RESQUÍCIO DE CRUELDADE PELA SEMMA/ECOVITA.
A reunião onde queremos que nos apresentem as autorizações para tamanha crueldade, estão convidados SEMMA/DEFESA CIVIL/POLÍCIA AMBIENTAL/VEREADORES/COMUPDA/ASSOC MORADORES/REPRES EXECUTIVO/ REPRES CÂMARA MUNICIPAL/JORNAL DA CIDADE/TV TEM/ MORADORES DO MARY DOTA. Apresentamos outro vídeo que mostra mais de 20 árvores arrancadas das calçadas e umas 70 da área, moradores estão em prantos, num total desespero quando assistiram abalados toda BARBÁRIE AMBIENTAL.", Rafael Santana de Lima
A reunião onde queremos que nos apresentem as autorizações para tamanha crueldade, estão convidados SEMMA/DEFESA CIVIL/POLÍCIA AMBIENTAL/VEREADORES/COMUPDA/ASSOC MORADORES/REPRES EXECUTIVO/ REPRES CÂMARA MUNICIPAL/JORNAL DA CIDADE/TV TEM/ MORADORES DO MARY DOTA. Apresentamos outro vídeo que mostra mais de 20 árvores arrancadas das calçadas e umas 70 da área, moradores estão em prantos, num total desespero quando assistiram abalados toda BARBÁRIE AMBIENTAL.", Rafael Santana de Lima
Meus pais compraram a casa onde nos mudamos quando tinha sete anos, ali nas barrancas do rio Bauru. Vivi nela toda minha adolescência e juventude. Depois me casei, me fui, mas quando me separei vim cuidar de meus pais - e eles de mim. Vivi ali com os dois enquanto viveram. Sai de novo, meu pai ficou, mas ia e voltava diariamente. Ele faleceu, a casa ficou de herança para mim. A transformei no meu mafuá e lá todo meu acervo de livros, discos e papéis, muitos papéis. Tivemos muitos cachorros ao longo do tempo e por fim, o Charles, vivo até hoje, cego, 17 anos, vivendo num outro local. Depois de muitos revezes, consegui vender a casa e com o dinheiro comprei uma quitinete aqui perto de onde moro, duas quadras, meu novo Mafuá. O Charles está muito melhor cuidado do que quando vivia tendo que nadar para escapulir de enchentes. A casa foi comprada, tentaram a reformar, mas por fim a demoliram. Sofri com isso, mas tive que desapegar, pois perdi também muita coisa por lá.
Em cada dia de chuva, como hoje, tinha que sair de onde moro e ir para lá, indendente do horário. Já fui muitas vezes no meio da noite, com os vizinhos me ligando, tudo para salvar meu cão. De meu acervo de livros e discos, que considero grande, teria muito mais, pois muita coisa se foi em cada enchente. Hoje, ao ver a situação da região, desta feita por vídeos postados, não tem como não sentir uma dor interna muito intensa. Vivenciei aquilo tudo até uns três anos atrás. Ali trata-se de uma região esquecida da cidade. Um canto de vila, contando cada vez com menos moradores, pois a cada enchente algum desiste e se vai, vejo que, nada será feito pelos atuais administradores da cidade, insensíveis até a medula. Outros também não fizeram. Aquela região precisa de um amplo trabalho, de pesquisa arquietônica, constatando a necessidade real da permanência de moradores naquela região. Continuar do jeito que está, só prejuízos anuais para quem por ali permanece. No restante do ano, um belo local para se viver, mas quando se inicia o período das chuvas, ninguém dorme com qualquer ameaça de chuva forte. Hoje durmo em paz, mas penso muito nos tantos conhecidos que por lá permanecem. Eu ainda, mesmo hoje morando no 12º andar de um prédio bem distante do rio e de enchentes, não deixo de me preocupar. Aquilo foi meu território, parcela significativa de minha existência foi vivida ali.
CINCO GATINHOS
Eu tenho um cão, o Charles, hoje distante de mim. Continuo dando-lhe toda a atenção possível. No meu novo Mafuá, distante duas quadras de onde moro, um pequeno quitinete, meu santuário, cheio até as tampas de livros e discos. Parte considerável de minha vida está ali guardada. Vou e volto ali algumas vezes ao dia. Não existe nada igual a chegar, abrir aquela porta, pegar um disco e colocá-lo na vitrolinha, buscar um livro e começar a ler, ora deitado numa rede na sala ou mesmo sentado numa das duas mesas do local. Quando estou sumido, creio não ser preciso gastar muita sola de sapato para me procurar. Se forem bater nesta porta, grande chance de lá estar. Estar no meio disso tudo para mim é VIDA.
Desde quando para lá mudei, percebo gatos no entorno do prédio. Moro no térreo e comecei a tratar de um. De início deixei-o adentrar o apartamento, mas ele convidou outros tantos para lhe fazer companhia. Estava virando uma grande bagunça. Fechei as entradas e passei a tratá-lo do lado de fora. De início deu certo, depois surgiram problemas no condomínio. Por sorte, uma casa vizinha, fechada há alguns anos e nela vivendo vários gatos, cinco no total, inclusive o que tratava. Passei a dar meu quinhão para a sobrevivência deles todos. Não sou o único. Outros tantos fazem a mesma coisa. Vez ou outra cruzo com alguns trocando a água defronte a casa, enchendo os potinhos com ração. Eu faço isso diariamente entre 18 e 19h.
Minha rotina é chegar, e quando estaciono o carro, eles todos me rodeiam. Fico encantado com a cena. Conversando com outros, me disseram para não ficar muito cheio de si, pois aquilo é fome. O fato é que, chego com o carro, sou rodeado, algo lindo. Eles sabem que estaciono o carro e adentro o portão do prédio, voltando em alguns minutos com um potinho cheio de ração. Voltam a me rodear e mesmo os mais ariscos, quando estou com a ração na mão deixam que os acaricie. Depois não, de barriga cheia são diferentes, mais ariscos, gatos de rua. Não me importo, faço a minha parte. Trato deles e isso me faz bem.
Hoje mesmo, vendo-os todos os cinco reunidos após a forte chuva, quando até então nenhum outro havia ainda passado para lhe trazer o rango do dia, eles estavam a devorar o que lhes havia trazido e fico ali, diante deles, olhando-os meio que embasbacado. Quando outros chegam antes e enchem os potinhos, eu volto com minha ração, mas percebo que gostam da minha, largam até a que estão comendo e parece me pedirem para colocar dessa. Por sorte a chuva hoje parou no meio da tarde e pude estar com eles. Com chuva eles devem passar fome ou se virar de outro jeito, pois não existe lugar coberto para colocar a comida. Volto feliz com a cena deles todos se alimentando. São meus gulosos e famintos amiguinhos. Por enquanto cinco. Não me dão trabalho algum, só o de não me atrasar muito no que faço diriamente com grande prazer. Esqueço de tudo o mais quando estou com eles.
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