REENCONTRO DOIS DILETOS AMIGOS E O OCORRIDO COM UM VEREADOR
1.) MARCIO TEIXEIRA, ECOLOGIA, SUA SAÚDE E ONDE ESTÁ SITUADO"Bom dia! Tô melhor, mais tranquilo agora. Passei por um momento de muito nervosismo. A gente vem de bastante estresse, muita pauta na Câmara… Fiz aquele plantio de 1.200 árvores, e logo depois aconteceu essa devastação ambiental. Aquilo me abalou demais, fiquei muito nervoso. Fui medicado, fiz vários exames, inclusive de enzimas. Não foi infarto — foi estresse extremo. Eu tava com os braços duros, dor no peito… Mas agora tá tudo bem. Saí de lá às 10 horas da noite UPA Mary Dota e já tô firme de novo. Agora é seguir em frente: cuidar da cidade e continuar plantando árvores.
Abraço!", vereador bauruense do PL, Márcio Teixeira.
Abraço!", vereador bauruense do PL, Márcio Teixeira.Conheço o Márcio de longa data. Queria porque queria ser vereador. Conseguiu. Foi eleito pela atuação a favor da causa ecológica. Continua sua luta. A grande contradição é o partido político onde se encontra filiado e atuando. O PL - Partido Liberal é o pior de todos, vota tudo contra os interesses do país e lá está o maior foco hoje da corrupção brasileira. Totalmente incompatível fazer a defesa e luta ecológica dentro deste partido. Marcio diz conseguir. Não se sabe como. Adoecer será só a ponta deste iceberg.
Tempos atrás o questionei sobre continuar votando tudo ao lado dos interesses da alcaide, muitos contra o que profeça. Sua resposta foi abominável: "Eu até quero, mas se o fizer terei problemas. O partido fecha questão. Não tem como". Ou seja, continua lá, numa simples questão de escolha. É sua casa. O que ainda, pelo visto, não havia percebido é da impossibilidade de defender o meio ambiente dentro do PL. Teve um periqipaque, preocupou a todos. Já está melhor, mas as sequelas permanecerão ad eternum. Que mais escrever disso tudo. Talvez mais um toque, para cuidar melhor de sua saúde e se quiser mesmo melhorar, cair fora o quanto antes de permanecer ao lado dos devastadores da natureza e do erário público.
"Só em Bauru mesmo: Vereador do PL passa mal ao ver árvores derrubadas
no Mary Dota! Isso não é nada comparado ao que o partido dele aprovou no Congresso! Será que ele sentiu-se mal também com a aprovação da PEC da destruição! A verdade é uma só: Ou ele bem toma o lado dos ecologistas e muda de partido ou continua sendo hipócrita! Não dá para conciliar Ecologia com destruição! Ou ele terá sérios problemas de saúde sendo uma contradição ambulante...", Dirceu Mosquette Mjunior.
Sentamos e colocamos a prosa toda em dia. Falamos muito do bloco do Tomate e da primeira vez que desceu conosco, foi quando passei a conhecê-lo melhor. Eu já o conhecia de outros carnavais, inclusive o vitorioso com o Império da Nova Esperança, do Roque Ferreira, mas afinidade mesmo deslanchou quando certa feita, apareceu num dos desfiles envergando um jaleco branco e fazendo um "Xô Preconceito", escrito nas costas com caneta Bic. Daí em diante, ele esteve conosco em todos os desfiles e quando o Silvão Selva disse estar cansado de fazer as marchinhas, ele naturalmente passou a nosso letrista. Trata-se, desde então, de um parceria de grande monta e envergadura. Maurinho é desses que você dá a idéia, passa os tópicos e em instantes surge um samba pronto, com a cara e o jeito tomatista. Ou seja, o cara é muito bom e é dos nossos. Conhece nossa pegada e não desaponta. Vai na veia - não na véia, viu!.
Maurinho está cansado, reclamão como todos os que, com o passar dos anos, começam a sentir o peso da envergadura nos costados. Cansado, mas não entrega os pontos. Falamos da Itália, onde anos atrás passou três meses visitando a filha, dos seus trabalhos profissionais, das escolas bauruenses onde seu samba vingou, da Bauru de hoje, agruras presenciadas in loco, do seu livro e das andanças de agora. "Minha sorte, Henrique, lá onde moro, fui sorteado com um apartamento no térreo", me disse. Isso é assunto para prolongar a prosa e perder a hora de fazer o almoço lá de casa. Ele tem samba novo nas paradas e outros tantos na cabeça. Maurinho é a efervescência em pessoa, diria mesmo, em ebulição, destes que, diz querer se manter distante, mas sem o conseguir. Tem um bichinho dentro dele não o deixando se acomodar. Nos despedimos na esquina da Primeiro de Agosto com Gustavo, onde tiramos uma foto. Dois coroas, cujas aposentadorias não representam muita coisa, pois continuam botando o bloco na rua.
3.) CARLÃO GRANDINI, 89 ANOS, ME PEDE ENVIE PEDIDO PESSOAL À LULA
Carlão Grandini é meu tio. Foi casado com minha tia Edi Perazzi, irmã gêmea de minha saudosa mãe. Funcionário do antigo IBC, lembranças inenarráveis dos tempos quando lá morava e íamos todos, a família inteira domingar em sua casa, jogando bola num campinho lá nos fundos. Morou por décadas bem defronte uma das entradas da antiga FEB, coração da vila Falcão e hoje, aposentado já há algumas décadas, segue forte e altaneiro, tendo renovado recentemente sua habilitação e hoje, o reencontro sem querer querendo, numa agênciua bancária lá nos altos da Getúlio Vargas. O danado saiu de sua casa lá perto do Habib's das Nações e estava a pé, alguns quilômetros de distância. Está esbanjando vitalidade, algo que tento conquistar junto dele, no sistema de "chupeta", numa espécie de recarregamento de baterias.Meu tio é destes que não perde as sessões diárias da TV Câmara e Senado. Acompanha tudo e lulista de quatro costados. Continua comprando brigas homéricas com todos que venham, de alguma forma, querer desmerecer o que o Governo Lula tem feito de bom para o Brasil. Não adiante tentar convencê-lo do contrário e sem convincentes argumentos, pois ele os tem em demasia e os que tentaram, saíram fragorosamente derrotados. Suas histórias dos embates já ocorridos pela aí dariam um livro. É uma delícia cada vez que o reencontro e ele, ciente de estarmos no mesmo time, entabulamos uma conversa dessas sem hora pra acabar. Hoje, tinha uma fila atrás da gente e por ali permanecemos am alto e bom som, pois tínhamos garrafas vazias para vender.
O melhor de tudo foi quando, na hora das despedidas, tiro as fotos, envio para a prima Célia Albiero Grandini, lá em Palmas TO, ele me puxa pelo braço e diz que, se possível, tenho que tentar transmitir um recado para o presidente Lula. E me diz o recado no pé da orelha: "A gente sabe que o Lula vai ganhar a eleição do ano que vem. O cara além de ser muito bom, dá um jeito neste país, mesmo com toda essa criminosa oposição, mas para facilitar ainda mais, ele tem que convidar a Simone Tebet para ser sua vice. Ele deve saber disso melhor que ninguém, mas não custa a gente ficar reafirmando, pois ela vai ser uma ótima vice". Nos abraçamos, adentro meu carro, correndo para outro compromisso, quase esquecido diante da conversa e o vejo descendo a pé a Getúlio, sem aceitar carona, pois diz necessitar andar, andar e andar. E o danado esbanja mesmo saúde, tanto que, ao enviar a foto para a distante prima, a faço com uma legenda: "Você sabe me dizer quem tem 89 e quem tem 65 na foto?".
Eis o link para a gravação da entrevista:
Vale a pena assistir a entrevista com os escritores/pesquisadores/documentaristas das entranhas deste caso, que abala Bauru desde 1970, o casal Celso e Junko Sato Prado, oriundos de Santa Cruz do Rio Pardo. Na entrevista, Celso vem junto da filha, a advogada Lorana Prado. A entrevista do Colim se junta aos demais materias tentando desvendar e entender o ocorrido, inclusive seus desdobramentos.







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