sábado, 14 de março de 2009

UMA ALFINETADA (51) e COLUNA NO JORNAL BOM DIA (12)

REVENDO TITO MADI – Esse saiu n’O ALFINETE, edição de hoje
Ir ao Rio de Janeiro e não rever o amigo Tito Madi é como ir a Roma e não ver o papa (isso para os pirajuienses). Passei em sua casa em Copacabana na tarde de terça, 10/03 e trago notícias fresquinhas sobre a quantas anda o estimado representante pirajuiense em terras cariocas. Pois bem, como sabemos, Tito passou poucas e boas, devido a um AVC, ocorrido há exatamente um ano atrás. Está em franca recuperação, comunicativo, cheio de planos, tendo ao lado uma fisioterapeuta e um fonoaudiólogo. Agitação é o que não falta por lá. Acabou de finalizar uma revisão completa na gravação de um CD, tendo como parceiro Gilson Peranzzetta. Praticamente regravou toda a voz, até chegar no ponto. Começa a procura de ambos por uma gravadora que abrigará esse mais recente trabalho. Fala com entusiasmo das visitas recebidas, dos amigos (as) que lhe preenchem o dia. Muitos artistas e gente que trabalhou ao seu lado uma vida toda. Tito não esmorece, sabe que uma recuperação dessas precisa ser lenta, gradativa e necessita de muita persistência. Dedicado como é, não se entrega. Repete a rotina de exercícios diários, numa abnegação que dá gosto de ver. Que dizer, Tito caminha para um retorno em breve. Fez questão de dizer que sai de casa várias vezes para prestigiar shows e eventos de colegas de trabalho. Sentar ao seu lado, ouvir suas histórias, relatos de vida é um eterno aprendizado, do qual não abdico. Tanto que, no retorno para lá, no começo de abril, já está mais do que confirmado, um passeio com ele por algum evento que estiver acontecendo em terras cariocas. Vê-lo aos 80, com essa disposição e sempre acreditando na volta ao palco é sempre gratificante. Só vendo para crer.
Em tempo: Tito é pirajuiense, cantor dos mais famosos e O Alfinete, semanário de Pirajuí.

COLÉGIO TÉCNICO DA UNESP – Esse saiu no jornal BOM DIA, edição de hoje
Excelência no ensino, esse o conceito do CTI (Colégio Técnico Industrial), da UNESP Bauru. Muito disputada, essa escola comprova que um ensino de qualidade é mais do que possível na rede pública.

Fui agraciado com a aprovação de meu filho nesse colégio. Ele sempre estudou em escola pública, primeiro na EM Stélio Machado Loureiro e depois na EE Mercedes Paes Bueno. Estava todo apreensivo, um medo do que iria encontrar e dos comentários de que “lá o bicho pega”.

O bicho não pegou e ele hoje, passado um mês de aulas está radiante. O ritmo é outro, acelerado e cheio de regras. Está mais do que integrado. Pai de aluno nem pensa em reclamar de professor austero. Ouço na rua: “Ganhaste na loteria, teu filho estuda na melhor escola de Bauru”. O que sei é que ela é um primor. E por que consegue ser assim e as demais públicas não? Qual o segredo?

Se lá existe mais austeridade e os alunos gostam, defendem o modelo com unhas e dentes, algo está errado. Nem sinal sonoro para adentrarem a sala de aula existe e ninguém chega atrasado. Ninguém entra sem uniforme, em alguns dias o horário é integral e todos têm aulas aos sábados pela manhã.

Se a diferença é tão gritante, por que não aplicar em toda rede de ensino pública? A salvação da lavoura, ou melhor, do ensino público. Lembro com saudade dos meus tempos na escola pública, lá na EE Christino, dirigida por Danilo da Cás e de uma EE no Jd. Pagani, pelo prof. Jurandir. Exemplos existem, basta segui-los.
Em tempo: Esse texto publico em homenagem ao meu filho, pois em 15/03, completa 15 anos.

Um comentário:

  1. Henrique, o Tito é mais uma mostra de como estamos perdendo as grandes referencias. Ele é um grande nome de nossa musica brasileira, mas assim como outros, está escondido por grande parte de nossa imprensa, a molecada de hoje nem faz idéia de quem é Tito Madi. Uma pena, porque os valores desaparecem e cada vez somos regidos a uma tecnocracia, sem arte, sonhos e lutas.

    Marcos Paulo
    Mov. Comunismo em Ação

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