BARGANHA, BARGANHA, BARGANHA
Devoro artigos pelos jornalões da vida, ainda mais quando são escritos por gente que admiro. SÉRGIO AUGUSTO é um desses. Jornalista da velha-guarda, com um estilo contundente, ácido, recheado de citações e muito bem escritos. Faz minha cabeça desde que o descobri nas páginas do falecido O Pasquim. Tendo algo assinado por ele, leio de cabo a rabo. Guardei um aqui no mafuá, aguardando o momento oportuno para reproduzir alguns trechos. Eis que surge o tal momento. A artigo tem o título desse meu texto, saiu publicado no Caderno 2, do Estadão, em 16/11/2008 e no subtítulo algo mais explícito: "A médica Jandira Feghali é a mais nova evidência de como a pasta da Cultura virou reserva de cargos de consolação". Na verdade, após as eleições, isso não é privilégio só da pasta da Cultura. É corriqueiro o tal do loteamento para os que estiveram na dita campanha, tenham ou não qualificação. Em alguns casos dá até certo (Jandira foi à luta no Rio e está provando ser eficiente), já em outros lugares nem tanto. Vamos ao texto:
"A Cultura costuma ser a Gata Borralheira de todos os Governos e Administrações. Com ela ou em seu nome, governantes fazem apenas farol, dão festas e distribuem comendas. Cultura: o ministério suplérfluo, a secretaria secundária, o lanterninha orçamentário, o ralo das vaidades, o picadeiro dos elefantes brancos. (...) Feghali é a mais nova evidência de como prefeitos, governadores e presidentes usam a pasta da Cultura para barganhar, como reserva de cargos de consolação. (...) Ela não é do ramo, e o fato de frequentar muito o teatro e rodas de choro, tocar bateria e já ter lido três vezes os livros de João do Rio, não a habilita a cuidar da cultura de uma cidade como o Rio. Médica, Feghali causaria menos apreensão à frente da Secretaria de Saúde do Rio. Mas sua atuação em favor de Paes, no segundo turno das eleições, não obstante fervorosa, afinal rendeu bem menos dividendos do que ela e seu partido (o PC do B) esperavam. (...) Já que nossa Cultura está doente, talvez faça sentido entregá-la aos cuidados de uma médica, gracejou um desafeto do atual prefeito".
O trecho citado cala fundo quando analisamos muitas experências em andamento. Serve para reflexões variadas. Por outro lado, a salvação da lavoura reside no fato de que os prefeitos (esses porque tomaram posse agora) que agiram dessa forma, satisfizeram os que estiveram ao seu lado na campanha, porém quando esses não correspondem, deixam a desejar, se mostram ineficientes, despreparados, passado um curto espaço de tempo, a troca se faz mais do que necessária. Nesse momento a escolha terá que merecer outros critérios, ou a casa pode cair totalmente e não só aquela pequena e desprezada edícula cultural. Por fim: "Qualquer semelhança..."
Henrique
ResponderExcluirQuero te dar uns toques.
Percebo que tens comentários em vários dos seus escritos. Nesse nenhum. E não os terá.
É tudo muito simples. Pela cidade toda os comentários são somente um. O cara é muito ruim, fraco e deprimente no cargo. Só que isso acontece nas rodas, ninguém tem coragem suficiente para assumir publicamente isso. Ou poucos tem. Para que ocorra o que todos querem, algo precisa ser feito, gente precisa por a cara para bater e escancarar as coisas.
Eu faço esse comentário aqui e também não me identifico. Não quero problemas para mim, como ninguém os quer.
Deu para entender.
Agora, que o cara é ruim, disso até as pedras sabem.
M.
Meu caro blogueiro
ResponderExcluirO prefeito de Bauru está precisando da ajuda de vocês. Sabe qual é essa ajuda. Essa pessoa que está ocupando esse cargo, que a cidade inteira já nomeou como desqualificado, recebe criticas de todos os lados, mas nada de concreto, nada colocado no papel. Ninguém apareceu até agora, em cartas para os jornais dizendo isso tudo que ouvimos pelas esquinas. O prefeito precisa da colaboração de todos, pois assim terá respaldo para tomar a atitude que precisa tomar. Está na cara que isso está para acontecer, mais dia menos dia, mas a classe artística poderia colaborar e muito. O prefeito irá agradecer a ajuda de todos vocês.
Quem escreve aqui é alguém muito próximo dos gabinetes e sei o que falo.