quinta-feira, 7 de maio de 2009

PERGUNTAR NÃO OFENDE ou QUE SAUDADE DO ERNESTO VARELA (01)

AS PRIMEIRAS PARA SKAFF E TUMA
Começo aqui uma nova série, relembrando o imortal ERNESTO VARELA, personagem do jornalista Marcelo Tas. A irreverência e a coragem foi o marcante nos programas onde aparecia. Perguntava de tudo, não tendo medo. Uma ousadia para a época, ainda com resquícios da Ditadura Militar. Hoje, Marcelo comanda e atua no CQC (programa semanal de humor da TV Band) e não é nem um arremedo do que já foi no passado. O CQC é mais um e acho até que já “perdeu a mão”. Em homenagem ao tempo de ousadia, já não mais existente, lanço aqui perguntas que poderiam ser feitas às nossas “autoridades de plantão”, mas nunca são feitas. Dentro do esquema atual nem dá para imaginar Marcelo invadindo o STF, indagando seu presidente, Gilmar Mendes sobre o modo autoritário de sua atuação. Teria um pedido de sua cabeça em questão de minutos. Essa é a liberdade de expressão atual. Pode-se falar de tudo, mas existem temas intocáveis, piores que vespeiro. Deixo aqui duas perguntas para personagens que circularam por Bauru nesses dias:

1. Paulo Skaff, mandarim da FIESP tem o seu nome e o da entidade que preside envolvido em levantar dinheiro de empreiteiras para partidos políticos. Está em plena campanha para o governo paulista. Passou, com festa, por aqui e Marília. Ninguém foi ousado o suficiente para questioná-lo:
- Sr Skaff, me explique, por favor. O que o sr e a federação das Indústrias, a mais notória do país queria patrocinando políticos? Obviamente isso não tem nada a ver com interesse público. Ou tem?

2. Romeu Tuma, o xerife, figura proeminente da época negra dos porões do antigo DOPS, tema que ele faz questão de esquecer. Veio para a inauguração de um comitê político na cidade. Circulou sem problemas, sem que ninguém viesse a desferir a pergunta:
- Senador Tuma, uma curiosidade, o sr ainda mantém contato com aquela turma da pesada lá da Barra Bonita, seu ex-assessores, que tanta desgraça trouxe para Bauru? Eles ainda fazem parte do seu rol de colaboradores, auxiliares de campanha e prestadores de serviço?

Ernesto Varela faria essas e outras perguntas. Quem não se lembra dele diante de um Nabi Abi Chedid, então presidente da CBF, que após várias perguntas inoportunas, estão às beiras de uma trégua. Foi quando o jornalista disse que faria um pergunta séria. Nabi concordou e ele veio com essa: “Caro Nabi, qual será a sua próxima jogada?”. Depois o bicho pegou e o programa acabou ali mesmo. Será possível alguém reviver isso? Sugestões de perguntas e personagens são bem vindas.

4 comentários:

  1. Colega Henrique aqui em Bauru tem um Ernesto varela bem bocudo capaz de fazer essas perguntas vc sabe quem. é nosso amigo.
    Bruno mt

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  2. caro bruno
    É verdade, acho que é o único.
    Eu ainda me incluo no rol dos que deixam de fazer perguntas para uns. Esse que você diz, farei uma homenagem para ele, por esses dias, aguarde. É o nosso "Último dos Moicanos".
    Um abraço
    HPA, direto do Mafuá

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  3. Henrique:
    Será que ele perguntaria pro João Jabbour: que negócio é esse do dinheiro e documentos da cultura terem ido pro vinagre, como saiu hj no JC?

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  4. Essa é para o último Anônimo:

    É claro que sim. Perguntaria isso e te proporia algo mais significativo. Uma brincadeirinha talvez. Chegaria para ti, tão impoluto e proporia algo inusitado:

    - Por que você, que se diz o maioral, não senta numa mesa junto com o mesmo Viangre e ambos mostram a folha corrida de cada um, a tal da capivara? O Jabbour, citado por ti, poderia publicar ambas lá no jornal, que acha?

    Topas ou não topas?

    Henrique, direto do mafuá

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