CIRO, UM JAPA FAZENDO E ACONTECENDO EM AVAÍ
Ciro Haruo Yukisaba é meu amigo. Vim a conhecê-lo por intermédio do Marcelo Pavanato, lá de Pirajuí. Durante anos Ciro recebia o jornal O Alfinete, via postal lá no Japão, onde trabalhava na Toyota. E o jornal fazia o maior sucesso entre a colônia, afinal eram notícias fresquinhas, chegando toda semana. Em 2006 ele voltou para o Brasil, instalou-se junto da mãe em Avaí e foi trabalhar na Prefeitura Municipal, primeiro na administração do Reinaldo e agora na do prefeito Sérgio. É uma espécie de faz tudo na cidade, cuida do Rotary, Defesa Civil, possui as chaves das portas de entrada e saída da Prefeitura (as do cofre forte eu não tenho certeza), mas no cartão de visitas a designação é só de Assessor de Gabinete. Ciro é uma pessoa diferenciada, faz de tudo para agradar e quem não o conhece, perde muito com isso. E além de tudo, ele é noroestino (como eu), desses de não perder um jogo sequer aqui em Bauru.
Fui até Avaí semana passada e revi Ciro. Longos papos. Ele acabou me contando a triste história do seu retorno para o Brasil. Nós, brasileiros padecemos muito nos aeroportos e com ele não foi diferente. Na volta, bagagem com eletrônicos, recordações mil e até o terno com a logo da empresa onde trabalhou por lá. Fez a viagem com duas escalas, uma em Chicago e outra em Miami. Além de todo transtorno que nós, latinos somos obrigados a passar, com as constantes revistas, ele teve suas duas malas desaparecidas. Notou no desembarque no Brasil. Prestou queixa e iniciou um longo processo com a American Airlines, empresa norte-americana de aviação.
Acharam uma mala, devolvida sem os eletrônicos, mas a outra nunca voltou. A empresa sempre lhe ofereceu quantias irrisórias. Nessa semana o desenlace. Defronte o juiz acabou aceitando um valor e me disse: “Preferi fazer um acordo, pois essa empresa possui só um vôo com o Brasil. Podem parar tudo de uma hora para outra com essa crise e sem representação no Brasil, ficarei a ver navios. Sempre foram muito frios no tratamento e para não me chatear mais, selei algo onde não fiquei de todo contente”. O que mais o chateou foi ter perdido um terno da Toyota, pois os eletrônicos ele acabou comprando outros. E a forma nada elegante de tratarem os clientes.
Sua casa é uma espécie de santuário japonês, bem no centro de Avaí. Logo na entrada uma cúpula de vidro só para guardar os bonecos tradicionais japoneses. Na parede, fotos de sobrinhos e dos netos de dona Regina, a mãe, sempre prestativa e atenta a tudo. No barzinho, várias bebidas, quase todas japonesas, mais para serem vistas, que consumidas (uma pena!). Ciro continua mais ativo do que nunca. Mesmo depois de todos os cursos que já fez na vida, faz uma viagem à Bauru, saindo diariamente às 18h40 e chegando de volta 0h30, tudo para estudar no IESB e poder emoldurar mais um diploma na parede. Ser amigo do Ciro é dessas coisas impagáveis, tornando o mundo mais leve.
Ciro Haruo Yukisaba é meu amigo. Vim a conhecê-lo por intermédio do Marcelo Pavanato, lá de Pirajuí. Durante anos Ciro recebia o jornal O Alfinete, via postal lá no Japão, onde trabalhava na Toyota. E o jornal fazia o maior sucesso entre a colônia, afinal eram notícias fresquinhas, chegando toda semana. Em 2006 ele voltou para o Brasil, instalou-se junto da mãe em Avaí e foi trabalhar na Prefeitura Municipal, primeiro na administração do Reinaldo e agora na do prefeito Sérgio. É uma espécie de faz tudo na cidade, cuida do Rotary, Defesa Civil, possui as chaves das portas de entrada e saída da Prefeitura (as do cofre forte eu não tenho certeza), mas no cartão de visitas a designação é só de Assessor de Gabinete. Ciro é uma pessoa diferenciada, faz de tudo para agradar e quem não o conhece, perde muito com isso. E além de tudo, ele é noroestino (como eu), desses de não perder um jogo sequer aqui em Bauru.
Fui até Avaí semana passada e revi Ciro. Longos papos. Ele acabou me contando a triste história do seu retorno para o Brasil. Nós, brasileiros padecemos muito nos aeroportos e com ele não foi diferente. Na volta, bagagem com eletrônicos, recordações mil e até o terno com a logo da empresa onde trabalhou por lá. Fez a viagem com duas escalas, uma em Chicago e outra em Miami. Além de todo transtorno que nós, latinos somos obrigados a passar, com as constantes revistas, ele teve suas duas malas desaparecidas. Notou no desembarque no Brasil. Prestou queixa e iniciou um longo processo com a American Airlines, empresa norte-americana de aviação.
Acharam uma mala, devolvida sem os eletrônicos, mas a outra nunca voltou. A empresa sempre lhe ofereceu quantias irrisórias. Nessa semana o desenlace. Defronte o juiz acabou aceitando um valor e me disse: “Preferi fazer um acordo, pois essa empresa possui só um vôo com o Brasil. Podem parar tudo de uma hora para outra com essa crise e sem representação no Brasil, ficarei a ver navios. Sempre foram muito frios no tratamento e para não me chatear mais, selei algo onde não fiquei de todo contente”. O que mais o chateou foi ter perdido um terno da Toyota, pois os eletrônicos ele acabou comprando outros. E a forma nada elegante de tratarem os clientes.
Sua casa é uma espécie de santuário japonês, bem no centro de Avaí. Logo na entrada uma cúpula de vidro só para guardar os bonecos tradicionais japoneses. Na parede, fotos de sobrinhos e dos netos de dona Regina, a mãe, sempre prestativa e atenta a tudo. No barzinho, várias bebidas, quase todas japonesas, mais para serem vistas, que consumidas (uma pena!). Ciro continua mais ativo do que nunca. Mesmo depois de todos os cursos que já fez na vida, faz uma viagem à Bauru, saindo diariamente às 18h40 e chegando de volta 0h30, tudo para estudar no IESB e poder emoldurar mais um diploma na parede. Ser amigo do Ciro é dessas coisas impagáveis, tornando o mundo mais leve.
Obs.: Esse texto, com algumas modificações, saiu publicado no semanário O Alfinete, de Pirajuí, edição de 02/05/2009.
Conheço o Ciro, concordo com o texto.
ResponderExcluirContinue sempre com sua tenacidade,retidão e seu carater.
Que Deus continue abençoando os seus passos.
Carinhosamente.
Júlia
Estive conversando com o Ciro...
ResponderExcluirEle havia comentado da matéria que foi publicada e do Blog do Henrique.
Adorei tanto a matéria como o Blog.
Em relação ao Ciro, posso afirmar que sempre o admirei e posso afirmar que o matéria representa a minha opinião.
Continue nesta luta!
Força e coragem Cirão!
Parabéns ao Blog, adorei!
A partir de agora serei mais um assíduo leitor do Blog do Henrique.
Abraço.
Américo Kunio
Faz dois meses que retornei do Japão.
ResponderExcluirTrabalhei com o Ciro durante alguns anos e sempre ele compatilhava o Jornal "O Alfinete" com todos os brasileiros.
Ele sempre comentava do Jornal e o quadro que mais apreciava era a coluna do Henrique P. Aquino.
Fiquei sabendo da matéria publicada do Ciro (na ocasião que estive em sua casa).
Posso dizer que durante os anos que estivemos trabalhando ele foi a pessoa que mais me ajudou(principalmente nas traduções e no processo de serviços na fábrica).
A matéria foi ótima, infelizmente houve o problema da mala.
A matéria retrata a pessoa que Ciro é! (Shimada - Ribeirão Preto)
Hope your visit.
ResponderExcluirGreetings from TIW.