UMA FRASE (37)
AS OPÇÕES CULTURAIS PELA REGIÃO E UM EDITORIAL NO J.C.
Leio no Editorial "Cultura é importante", do Jornal da Cidade, edição de 03/06, autoria da jornalista Carla de Oliveira (que não conheço), um arrazoado contra os percalços encontrados na atual gestão da Secretaria Municipal de Cultura de Bauru. Na seara dos percalços não entro mais, pois estão mais do que latentes. Nesse quesito deixo aqui uma frase atribuída ao mestre DARCY RIBEIRO e para bom entendedor meia palavra basta: “Perdi a maior parte das causas pelas quais lutei. Pior seria ter ficado ao lado dos vitoriosos”.
Dos relatos do texto algo me toca. Diz respeito à procura por opções culturais pela região de Bauru. Tudo bem que hoje essas opções são diminutas (praticamente não existem) dentro do poder público local (existem variadas em outros locais na cidade), mas sempre exerci o apregoado por Carla, ou seja, fazê-lo também pela região. Isso não é demérito para Bauru, pelo contrário, a integração é boa para ampliação de contatos, conhecimentos e vou aonde o espetáculo é da minha preferência. E faço isso sem problemas, com um só impedimento: brecado pela falta de recursos.
Em Lençóis Paulista já fui assistir uma linda peça, “Vestido de Noiva”, do Nélson Rodrigues, encenada pelo grupo Satyros e ao show do Kleiton & Kledir na praça ao lado da biblioteca Orígenes Lessa. Em Pederneiras fui à Festa das Nações do ano passado assistir os Paralamas do Sucesso. Em Jaú fui várias vezes, numa festa do Peão assisti show com Zé Ramalho, voltei várias vezes ao teatro Elza Muneratto, ver a peça com José de Abreu, show com Yamandú Costa e depois com o performático Antonio Nóbrega. Em Ourinhos vou sempre que posso ao Festival de Música, assim como no de Avaré, o Fampop. Em Pirajuí fui ver Tito Madi por duas vezes. No Circuito Cultural Paulista estou sempre indo para São Manuel, Garça, Paraguaçu, Garça, Lins, etc. Nesse final de semana mesmo existem três ótimas opções a me dividir. Em Garça, “Cabeça de Orfeu”, dança com J.Garcia & Cia, convidado por Susy May, a diretora cultural de lá, em Tupã seria ótimo rever o grupo paranaense “Maxixe Machine” e em Boracéia, no novíssimo Centro Cultural Nê Pereira, a apresentação dos alunos da amiga e mestra em música, Rosa Tolon, num concerto de câmara (eles gostariam muito de um convite para apresentações no Teatro Municipal ou Automóvel Clube). E para os que dizem que não gosto de sertanejo, no próximo final de semana, lá no distrito de Estiva, pelas bandas de Pirajuí, Tião Carreiro e Pardinho, numa festa junina, que com toda certeza deve ter a mãozinho do violeiro Levi Ramiro, lá residente. Hoje, sexta, antes de adentrar esse mafuá para não mais sair, fui dar uma caminhada/espiada na Festa Junina da USC, mas fiquei pouco tempo, antes de começar a rolar a música no palco, pois ela era daquelas que considero “desgosto cultural”. Fugi antes, com um copo de quentão na mão.
Quanto ao “circo horroroso” citado por Ana, peço paciência, pois como nos diz um velho ditado: “Não há mal que sempre dure e nem bem que nunca se acabe
Henrique
ResponderExcluirEssa frase do Darci Ribeiro é magistral. Uma verdadeira lição em quem vai aceitando tudo só para continuar do lado dos que estão no poder.
Muito bem usada e no momento oportuno.
Paulo Lima