O QUE ME FAZ COLOCAR O “BLOCO NA RUA”
Repudio veementemente a palavra ‘balada’. Sou de outro tempo e mesmo nesse atual, continuo exercitando algo que gosto muito, a boêmia. Ela é feita com sentido e não possui a futilidade do termo 'baladeiro'. Nelson Gonçalves, o cantor, numa de suas mais conhecidas canções diz que, “boêmia aqui me tens de regresso”. Regresso a ela sempre que posso. E prefiro fazê-lo nos dias de semana, utilizando os dos finais de semana para descansar. A exercito bem menos do que gostaria e o faço dessa forma pelas imposições de trabalho e do restrito bolso. Mas continuo em exposição. Vejam alguns locais onde estive ou poderei estar (alguns boêmios, outros não):
1. Estar ao lado dos amigos e comparecer em seus ‘debus’, isso é primordial. Regina Ramos me convidou para ir à abertura do Projeto Bioescultura na Praça, contemplado pelo Programa de Estímulo à Cultura. Foi no dia 03/09, uma quinta e chovia a cântaros. Fui assim mesmo e vi só o monumento a tomar chuva. Depois Regina me passou essa mensagem: “No dia do lançamento da Bioescultura, nós íamos fazer o plantio das árvores e mudas em tempo real, enquanto acontecia o teatro e a finalização da oficina de grafitagem realizada por alunos da UNESP, mas a chuva veio para abençoar e deixamos o plantio para o outro dia”. Perdi a festa, mas rendo aqui uma singela homenagem a VAL RAI, que merecidamente deve levar o nome da praça surgindo defronte à escola lá no Geisel. Dela também o texto sobre os motivos do Projeto: “Praça Cultura Viva é um Projeto piloto de intervenção cultural para a apropriação do espaço público por considerar que estes espaços são fundamentais para desencadear um processo de reflexão sobre questões artístico-culturais, sociais, econômicas e políticas. Sugere a possibilidade de se restaurar o conceito grego de "ágora" que eram onde os cidadãos discutiam, refletiam e decidiam sobre os rumos da cidade. É de se considerar a quase que ausência da noção da esfera pública no conjunto da população que se expressa na quase que constante referência que se faz dos espaços públicos, como sendo "propriedade" das esferas do poder em si, confusão que tende a caracterizar o espaço público como sendo algo de ninguém. Assim, considera-se que as áreas de lazer e conforto comunitárias só podem florescer pelo esforço dos usuários/moradores dentro de uma proporcionalidade. O segredo é dar aos espaços públicos uma forma, que a comunidade se sinta pessoalmente responsável por eles e contribua para um ambiente com o qual se possa relacionar e se identificar”. Se isso for conseguido, ótimo para todos nós.
2. Na última quarta, 09/09, primeiro fui assistir 19h, junto do amigo Ademir Elias, debaixo de um toró de dar gosto (éramos 200) um jogo do Noroeste (1x0 no América de SJRP). De lá, num pique só, fui assistir o show da Mart’Nália, no SESC. Ela veio com uma banda de arrasar quarteirão e encantou a todos, até os céticos que a achavam arrogante. Não se limitou aos seus sucessos. Na parte final, ficou bem uns 20 minutos só tocando clássicos do samba (lembrou de Adoniran, João Nogueira e Roberto Ribeiro, entre outros), fez uma bela homenagem a Angola (ao nosso lado, o bauruense Hernani, morador de Luanda, com seu neto dormindo no colo) e comandou sua banda, num batidão forte de samba de quadra, daqueles de Escola de Samba. Sai de lá em êxtase e dela ouvi algo em agradecimento ao ginásio quase lotado: “Obrigado pelos que vieram nesse dia chuvoso, com Seleção e a novela do Raj na TV dividindo interesse. O samba sempre sai vencendo”. Fiz as opções mais acertadas da noite.
3. Fazia tempo que não revia o Marinheiro, muito conhecido pelos restaurantes onde atuou. Ontem, sexta, fui ao Boteco do Marinheiro (nova denominação de sua casa de petiscos), dessa vez instalada lá na Wenceslau Brás, na Vila Falcão. Mesmo com o corpo dolorido após uma cansativa viagem, dei uma rápida passada para ver e ouvir o Grupo Álibi, do amigo Humberto Biazon, um que resiste ao tempo, só tocando sucessos dos áureos tempos e bossa nova. Tomei as de praxe, comi carne de sol e papeei longamente com o cinegrafista Almir Cardoso, que me contava quase ter se quebrado todo num acidente de moto (eu disse quase, pois dessa ele escapou, devendo ter se utilizado de uma das suas sete vidas de gato). Falou do seu novo Programa na TV Prevê, o ‘Kizomba na TV’ (Sábado 11h30 e Domingo 13h30 e 23h00). Ele na câmara e o Dênis nas entrevistas, ambos aprontando em eventos variados pela cidade. Fiquei de assistir e comentar. É o que farei.
4. Domingo de manhã, além do jogo do Noroeste (contra o líder Sertãozinho – lá estarei) e o projeto de Música Erudita no SESC (iniciativa da Rosa Tolon), tem início algo novo. “Um canto no Jardim Botânico”, às 10h30, com Regina Mancebo e Marquinhos Belinasi. Nas palavras de Audren Victorio, da Assessoria da Prefeitura algo sobre o Projeto: ”Ele nasceu do desejo de unir música, natureza e público de uma forma mágica e o espaço oferecido pelo Jardim Botânico de Bauru, pareceu ser perfeito para a concretização desse projeto. É uma iniciativa da equipe que coordena a área, ligada à Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Bauru. O Jardim Botânico Municipal de Bauru foi criado em 04 de março de 1994, em uma área adquirida pelo município no início do século passado, com a finalidade de preservar mananciais para garantir o abastecimento de água potável para o vilarejo de Bauru. Localiza-se na região sudeste do município e compreende uma área de 321 hectares de vegetação nativa”. É uma ótima dica, num ótimo local. Mais uma iniciativa cultural, sem a participação da Secretaria Municipal de Cultura, o que deixa de ser novidade, para cair na rotina.
Repudio veementemente a palavra ‘balada’. Sou de outro tempo e mesmo nesse atual, continuo exercitando algo que gosto muito, a boêmia. Ela é feita com sentido e não possui a futilidade do termo 'baladeiro'. Nelson Gonçalves, o cantor, numa de suas mais conhecidas canções diz que, “boêmia aqui me tens de regresso”. Regresso a ela sempre que posso. E prefiro fazê-lo nos dias de semana, utilizando os dos finais de semana para descansar. A exercito bem menos do que gostaria e o faço dessa forma pelas imposições de trabalho e do restrito bolso. Mas continuo em exposição. Vejam alguns locais onde estive ou poderei estar (alguns boêmios, outros não):
1. Estar ao lado dos amigos e comparecer em seus ‘debus’, isso é primordial. Regina Ramos me convidou para ir à abertura do Projeto Bioescultura na Praça, contemplado pelo Programa de Estímulo à Cultura. Foi no dia 03/09, uma quinta e chovia a cântaros. Fui assim mesmo e vi só o monumento a tomar chuva. Depois Regina me passou essa mensagem: “No dia do lançamento da Bioescultura, nós íamos fazer o plantio das árvores e mudas em tempo real, enquanto acontecia o teatro e a finalização da oficina de grafitagem realizada por alunos da UNESP, mas a chuva veio para abençoar e deixamos o plantio para o outro dia”. Perdi a festa, mas rendo aqui uma singela homenagem a VAL RAI, que merecidamente deve levar o nome da praça surgindo defronte à escola lá no Geisel. Dela também o texto sobre os motivos do Projeto: “Praça Cultura Viva é um Projeto piloto de intervenção cultural para a apropriação do espaço público por considerar que estes espaços são fundamentais para desencadear um processo de reflexão sobre questões artístico-culturais, sociais, econômicas e políticas. Sugere a possibilidade de se restaurar o conceito grego de "ágora" que eram onde os cidadãos discutiam, refletiam e decidiam sobre os rumos da cidade. É de se considerar a quase que ausência da noção da esfera pública no conjunto da população que se expressa na quase que constante referência que se faz dos espaços públicos, como sendo "propriedade" das esferas do poder em si, confusão que tende a caracterizar o espaço público como sendo algo de ninguém. Assim, considera-se que as áreas de lazer e conforto comunitárias só podem florescer pelo esforço dos usuários/moradores dentro de uma proporcionalidade. O segredo é dar aos espaços públicos uma forma, que a comunidade se sinta pessoalmente responsável por eles e contribua para um ambiente com o qual se possa relacionar e se identificar”. Se isso for conseguido, ótimo para todos nós.
2. Na última quarta, 09/09, primeiro fui assistir 19h, junto do amigo Ademir Elias, debaixo de um toró de dar gosto (éramos 200) um jogo do Noroeste (1x0 no América de SJRP). De lá, num pique só, fui assistir o show da Mart’Nália, no SESC. Ela veio com uma banda de arrasar quarteirão e encantou a todos, até os céticos que a achavam arrogante. Não se limitou aos seus sucessos. Na parte final, ficou bem uns 20 minutos só tocando clássicos do samba (lembrou de Adoniran, João Nogueira e Roberto Ribeiro, entre outros), fez uma bela homenagem a Angola (ao nosso lado, o bauruense Hernani, morador de Luanda, com seu neto dormindo no colo) e comandou sua banda, num batidão forte de samba de quadra, daqueles de Escola de Samba. Sai de lá em êxtase e dela ouvi algo em agradecimento ao ginásio quase lotado: “Obrigado pelos que vieram nesse dia chuvoso, com Seleção e a novela do Raj na TV dividindo interesse. O samba sempre sai vencendo”. Fiz as opções mais acertadas da noite.
3. Fazia tempo que não revia o Marinheiro, muito conhecido pelos restaurantes onde atuou. Ontem, sexta, fui ao Boteco do Marinheiro (nova denominação de sua casa de petiscos), dessa vez instalada lá na Wenceslau Brás, na Vila Falcão. Mesmo com o corpo dolorido após uma cansativa viagem, dei uma rápida passada para ver e ouvir o Grupo Álibi, do amigo Humberto Biazon, um que resiste ao tempo, só tocando sucessos dos áureos tempos e bossa nova. Tomei as de praxe, comi carne de sol e papeei longamente com o cinegrafista Almir Cardoso, que me contava quase ter se quebrado todo num acidente de moto (eu disse quase, pois dessa ele escapou, devendo ter se utilizado de uma das suas sete vidas de gato). Falou do seu novo Programa na TV Prevê, o ‘Kizomba na TV’ (Sábado 11h30 e Domingo 13h30 e 23h00). Ele na câmara e o Dênis nas entrevistas, ambos aprontando em eventos variados pela cidade. Fiquei de assistir e comentar. É o que farei.
4. Domingo de manhã, além do jogo do Noroeste (contra o líder Sertãozinho – lá estarei) e o projeto de Música Erudita no SESC (iniciativa da Rosa Tolon), tem início algo novo. “Um canto no Jardim Botânico”, às 10h30, com Regina Mancebo e Marquinhos Belinasi. Nas palavras de Audren Victorio, da Assessoria da Prefeitura algo sobre o Projeto: ”Ele nasceu do desejo de unir música, natureza e público de uma forma mágica e o espaço oferecido pelo Jardim Botânico de Bauru, pareceu ser perfeito para a concretização desse projeto. É uma iniciativa da equipe que coordena a área, ligada à Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Bauru. O Jardim Botânico Municipal de Bauru foi criado em 04 de março de 1994, em uma área adquirida pelo município no início do século passado, com a finalidade de preservar mananciais para garantir o abastecimento de água potável para o vilarejo de Bauru. Localiza-se na região sudeste do município e compreende uma área de 321 hectares de vegetação nativa”. É uma ótima dica, num ótimo local. Mais uma iniciativa cultural, sem a participação da Secretaria Municipal de Cultura, o que deixa de ser novidade, para cair na rotina.
Oi Henrique, boa noite!
ResponderExcluirVi seu blog hj e só para atiçar o seu lado "boemia", veja alguma das coisas que "rolou" lá em Bonito MS, no 10.o Festival de Inverno.
A Mart'Nália esteve lá, gente finissima e muito simpática, andou por tudo e participou de tudo que era atração no festival.
Sr. Jorge, Banda Acaba, Vanessa da Mata, Familia Spindola, Elba Ramalho e um monte de gente que não lembro agora.
Abraços!
ACPavanato