quinta-feira, 15 de outubro de 2009

UM COMENTÁRIO QUALQUER (54)

COMPANHIA ESTÁVEL DE DANÇA e MEMORIAL CIESP/MÓDULO II MUSEU FERROVIÁRIO
1. Acaba de ser sancionada pelo prefeito Rodrigo Agostinho a lei que cria a COMPANHIA ESTÁVEL DE DANÇA de Bauru, com "o objetivo de desenvolver, difundir e dar suporte ao estudo da dança, buscando o desenvolvimento integral dos adolescentes e jovens da comunidade local". Sob coordenação da Secretaria Municipal de Cultura, ela será formada por doze bailarinos bolsistas. Não quero me aprofundar nos detalhes da lei, essa não é a intenção desse toque, e sim, fazer aqui a valorização de duas pessoas, SIVALDO CAMARGO e DUÍLIO DUKA DE SOUZA, que na administração passada se debruçaram sobre muitos textos, formatando-os e adequando-os para que pudessem ter o encaminhamento ocorrido. Tudo foi feito e idealizado por eles, bem lá atrás e como nada li a respeito, faço aqui o devido reconhecimento. A iniciativa, como bem me lembro, foi uma tentativa de resolver o problema das "meninas", que estavam dando aula sem qualquer tipo de remuneração, tudo pela causa. Essa foi a leitura. No texto aprovado, o mesmo apresentando por ambos (sem tirar, nem por), não cabe a inclusão dos seus nomes, mas aqui sim. Lembrar isso é algo importante, pois serve para demonstrar, mais uma vez, que muito do que foi idealizado lá atrás, felizmente teve alguma solução de continuidade. Pelo menos nesse caso, o final foi feliz. Da cabeça desses dois, fervilha cultura em algo que já não observo com a mesma intensidade no atual momento da Cultura municipal. Rendo minhas homenagens à SIVALDO E DUKA, uma dupla do barulho (e pelo barulho).

2. O jornal BOM DIA de ontem dá o furo, de que a decisão pelo utilização do galpão defronte a Feira do Rolo, um antigo Armazém da Cia Paulista, deve ser mesmo utilizado como MEMORIAL DA INDÚSTRIA, bancado pela CIESP. A edificação ainda não está liberada para a Cultura local e o diretor da entidade, Domingos Malandrino consegue o aval do prefeito no seu intento. A decisão bate de frente com interesses da Cultura e do Projeto Ferrovia para Todos, que sonhava em ver no local um Módulo II do Museu Ferroviário. Analiso aqui as duas hipóteses. Na primeira, o sonho do Módulo II, antigo e emperrado, sem avanços. Na primeira administração de Tuga foi feito uma planta e um projeto, utilizado até hoje. Nos quatro anos que atuei no setor, nada podia ser feito na busca de recursos, pois a cidade estava com situação de débito junto ao Governo Federal (situação resolvida no final daquela administração, pela austeridade empreendida por Tuga) e tínhamos uma posse provisória da Estação, não do Armazém (situação que persiste). Hoje a vinda desses prédios está facilitada, basta empenho, interesse e projetos claros e a ida nos locais certos. Devem estar tratando disso, não tenho certeza. Persiste o sonho do Módulo II, não existindo projeto (só uma idéia), nem os meios de se recuperar o local. Esperar que a recuperação ocorra com recursos próprios da Prefeitura é continuar sonhando e para que ocorra algo por leis de incentivo, esperar sentado não é a melhor solução. E nada foi feito. Dito isso, a conclusão é a de que tudo continua no campo do sonho. Por outro lado, existe algo de concreto, a CIESP através do projeto do Malandrino, que não nutro simpatia, correu atrás, está com projeto pronto e inclusive os recursos para sua viabilização, implantação, execução (aqui o cuidado deverá ser redobrado, pois onde existe dinheiro público, fiscalização extremada e contínua) e até administração inicial, inclusive garantindo a recuperação da área interna (plataformas e trilhos) e externa (a praça e o entorno, onde hoje ocorre a Feira do Rolo). Analiso a situação do prefeito, que parece ter optado pelo projeto da CIESP. Diante de algo ainda cru, insipiente e algo concreto, palpável, optou por esse. A bola já havia sido cantada na última reunião do CODEPAC há um mês atrás e nesse período, nada avançou no setor público e a "roda continuou girando" no privado, com ida para São Paulo no setor de concessões de áreas férreas, finalização do projeto, culminando com a reunião com o prefeito. Eu, que já perdi inúmeras batalhas ao longo da vida, aconselho, antes tarde do que nunca, uma união de interesses entre o Ferrovia para Todos e a Associação de Preservação Ferroviária de Bauru, pois ambos almejam a mesma coisa. Algo de grandioso está em vias de se tornar realidade,um imenso MUSEU DO TREM nos antigos galpões das Oficinas da NOB e o Ferrovia para Todos não pode ficar de fora dessa. Integrar as Oficinas com as Estações, a Central, ao lado do Museu Ferroviário e a da Cia Paulista, junto ao MIS é um sonho palpável e possível. Ver tudo sendo feito de forma separada me dói. Superar ressentimentos e birras se faz necessário, a causa é muito maior que tudo isso.

2 comentários:

  1. Henrique
    Você continua sem medo de colocar o dedo na ferida. E o faz com critérios. P|odemos até discordar, mas nos instiga a debater cada vez mais.

    Paulo Lima

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  2. meu caro Henrique

    O Duílio é hiper competente e se especializou em projetos, coisa que essa administração não possui. O Sivaldo mantinha uma linha de eventos no teatro, que zéfini, evaporou. Nem sei quem está no lugar dele? Quem é mesmo, dizem até que é artista, mas não faz, não sabe e não pode fazer sem autorização, sem aval, sem pedir para o chefe.

    Já o caso do barracão, fico triste pela decisão do prefeito, mas sei que tomou a decisão mais acertada, pois nada ocorreria lá sem projeto e sendo tocado da forma como está hoje. Onde iriam buscar verba. Nem adiantamento a Cultura possui mais. Vive-se à mingua por aqui.

    Tuga saiu da administração debaixo de cr´piticas, deixando 25 milhões no caixa. O dinheiro já não mais existe e o final de ano vai ser minguado, com linha mais dura do que na época anterior. Já tem gente com saudades.

    Falei demais e não posso colocar meu nome aqui, pois a coisa anda mais feia do que voce possa imaginar. Venha ver como está o clima na montagem do Revelando São Paulo. Sinta o drama.

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