JAZZ NO SESC COM O TRADITIONAL, FILMES CLÁSSICOS E UM SITE PRA LÁ DE ESPECIAL
Quarta à noite, 16/12, 21h, um show de despedida do ano no SESC Bauru (tudo gratuito) e lá vou eu, junto do filho assistirmos algo encantador, a apresentação do TRADITIONAL JAZZ BAND, uma preciosidade única, uma reunião magistral de uns quase irmãos trabalhando juntos a 45 anos (sabe o que é isso? Eu tenho 49). Tenho LPs deles aqui no mafuá. Convencer o filho a deixar seus games e jogos para estar comigo é algo bom. Melhor ainda foi constatar que ele não me perguntou nem uma só vez, “Falta muito para acabar, pai?”. Gostou do que viu e ouviu, tirou fotos e saboreou até o último instante a convivência naquele espaço tão peculiar de arte e cultura. Fiquei a papear com amigos, diante do balcão (Sivaldo de Camargo, Vilelinha, Artur do Cartório...) e quase ao final do show, fomos sentar no chão, bem diante do palco, onde saboreamos o melhor da noite, quando Alcides “Cidão” Lima (bateria), tocou o instrumento “washboard”, uma tábua de passar roupa, cheia de metais fixados, que produzem um som gostoso quando tocado com dedal. O original lá dos EUA era tocado pendurado ao pescoço, como o Russo Jazz Band apresenta, circulando entre as mesas (vi eles no Alameda e Shopping), mas este não deixa nada a desejar. Ótimo, por sinal. Gravei Carlão e os “meninos” do Traditional executando algumas preciosidades. Sabe aqueles dias tensos, cheios de preocupações mil, onde tudo é recompensado com uma boa música. Cantaram e encaram com seu jeito jocoso: "Olha o lado bom que a vida tem... A vida é uma beleza, a morte é uma certeza, aproveite enquanto dá... Olha o lado bom que a vida tem... Uma boa gargalhada faz a gente remoçar...". Tento fazer exatamente isso a cada momento vivido, na sua plenitude. Eu e Siva saímos de lá, ambos ostentando um boné da banda e ele, com dois CDs duplos, que ficou de tirar cópia para mim (estava meio desprovido no momento). Na saída, Sivaldo com fome, passamos para um lanche na Santa Fé (uma de nossas únicas padarias abertas 24h, essa lá na Duque) e quando o filho diz se daria tempo para locarmos um filme, iniciamos um papo sobre os grandes clássicos do cinema e os ditos filmes imperdíveis. Divagamos enquanto a chuva caia lá fora. Levamos Siva em sua casa e foi impossível resistir ao convite para adentrarmos seu quarto/camarim/discoteca/acervo, com uma coleção de clássicos que poucos possuem. O papo dos filmes foi longe e o filho saiu de lá com nove DVDs, todos clássicos, para uma reiniciação de entendimento do que vem a ser a Sétima Arte. Vejam a lista: “Cinema Paradiso” (1988), de Giuseppe Tornatore; “Era uma vez no Oeste” (1968), de Sergio Leone; “2001: Uma Odisséia no Espaço” (1968), de Stanley Kubrick; “Um dia de cão” (1975), de Sidney Lumet; “Z” (1969), de Costa Gravas; “Golpe de Mestre” (1973), de George Roy Hill; “Casablanca” (1942), de Michael Curtiz; “Dersu Uzala” (1975), de Akira Kurosawa e “Os irmãos Cara-de-Pau” (1980), de John Landis. Tento incluir muita coisa interessante no meio dos filmes que ele assiste, mas esses todos, de uma só batelada me impressionaram. Ele escolhia com gosto e ouvia Siva falar de cada um deles com um carinho que me deixou mais orgulhoso do que já sou. Com uma lista dessas e tudo isso em mãos, acho que já sei como será meu próximo final de semana, com 9 filmes e 4 Cds da banda de jazz para curtir na vitrolinha. Rever isso tudo é sempre um grande contentamento. Faz um bem danado de bom.
Minha gente, tudo isso só para pedir que acessem o site da banda, o http://www.traditionaljazzband.com.br/ . Lá tudo sobre esses maravilhosos "meninos", encantando gerações e emocionando velhotes, como eu e jovens, como meu filhão de 15 anos. No site, música deles tocando direto. Deixe ela rolando enquanto você faz outras coisas. Com algo assim a embalar nosso dia-a-dia, mesmo nas adversidades, a coisa fica bem mais suave, amena e tudo acaba fluindo de um jeito mais saboroso.
Em tempo: A Rosângela, do SESC anuncia que o recomeço das atividades por lá em 2010 será dia 13/01, quarta, show gratuito com nada menos que, o som cubano de FERNANDO FERRER E ORQUESTRA. Será que já posso permanecer esperando no portão?
Filminho agora, Henrique?
ResponderExcluirGostei demais do som deles e sinto por não ter estado lá.
Abri o site deles e gostei demais do som.
Marisa
Oi Henrique!
ResponderExcluirVamos socializar a sua cópia? kkkk
Abração
W.Leite