segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

UMA FRASE (46)

LÁ FORA A DITA "GLOBALIZAÇÃO" e AQUI A DESDITA "NÃO REALIZAÇÃO"
A tal da globalização era para ser uma perfeita interação entre os povos do continente, mas na verdade, diante de algo que o capitalismo sabe fazer tão bem, tudo foi um tanto disvirtuado e o que vemos é ela estar sendo utilizada e reutilizada para expandir os males do globo, de uma forma praticamente instantânea. Tudo pode ser maravilhosamente explicado num e-mail que recebi tempos atrás e guardei para dele fazer uso aqui.

Pergunta: Qual é a mais correta definição de Globalização?
Resposta: A Morte da Princesa Diana..
Pergunta: Por quê?
Resposta:
Uma princesa inglesa
com um namorado egípcio,
tem um acidente de carro dentro de um túnel francês,
num carro alemão
com motor holandês,
conduzido por um belga,
bêbado de whisky escocês,
que era seguido por paparazzis italianos,
em motos japonesas.
A princesa foi tratada por um médico canadense,
que usou medicamentos brasileiros.
E isto é enviado a você por um português,
usando tecnologia americana (Bill Gates),
e, provavelmente, você está lendo isso em um computador genérico
que usa chips feitos em Taiwan,
e um monitor coreano
montado por trabalhadores de Bangladesh,
numa fábrica de Singapura,
transportado em caminhões conduzidos por indianos,
roubados por indonésios,
descarregados por pescadores sicilianos,
reempacotados por mexicanos
e, finalmente, vendido a você por chineses,
através de uma conexão paraguaia
Isto é, caros amigos, *GLOBALIZAÇÃO !!!*

Após uma pequena descontração de início de semana, volto o foco do refletor para nossa aldeia, a Bauru que moramos. Ela vive uma situação das mais sui generis. Janeiro é um mês de muita efervescência, onde a cidade recebe muita gente de fora e a maioria dos locais culturais são muito procurados. Vivem cheios. Na contramão disso tudo, algo fora da engrenagem é o que ocorre com a atuação programadíssima (sic) da Secretaria Municipal de Cultura, que até hoje, 11/01, não realizou um só ato cultural na cidade. O teatro está às moscas e para os que acreditam que possa estar passando por manutenção, não se deixem enganar, pois na verdade está é criando teia de aranha. A biblioteca central não empresta livros em janeiro e o Automóvel Clube, que mantinha sessões de teatro infantil aos domingos à tarde, simplesmente está de portas fechadas. Disseram que a descentralização seria feita e que os bairros seriam privilegiados com atividades. Nada, nem um mero Bibliônibus, uma apresentaçãozinha nas bibliotecas ramais, uma cantoria nos palcos das associações de moradores, um passeiozinho de Maria Fumaça, uma viola no coreto da praça. Tudo entregue às moscas e sem nenhuma atividade. Enquanto a cidade fervilha cultura, como pude comprovar pelas intensas atividades do final de semana lá no SESC, sábado com o Intervenções Aéreas e o Cine Família, só com filmes nacionais e no domingo com o teatro do grupo Pia Fraus e o grupo musical Barbatuque. Dia intenso num lado e marasmo total no outro.

No SESC reencontro Madê Correa, produtora e atriz local, rindo de orelha a orelha com o que presenciou por lá, mas triste pela situação fora do comum por que passa nossa cidade: "Janeiro a agenda do Automóvel Clube era do meu grupo teatral, teríamos os quatro domingos, mas tudo está fechado por lá. Resolveram que quando a cidade fervilha de gente em férias, bauruenses que ficam o ano todo fora de Bauru e passam algumas semanas por aqui, nada de diferente será visto por eles no quesito cultura pública. As portas me foram fechadas. Esse é o planejamento lá deles, uma vergonha assistirmos tudo isso sem reação. Quem está por lá não sabe a que veio e o que está fazendo. Estão mais perdidos que cego em tiroteio. No meu caso vou mais longe, as apresentações dominicais no Automóvel não geram gastos, pois os grupos levam tudo pronto. Nem assim as portas nos são abertas. Falta sensibilidade para atuar com Cultura e com os artistas locais. Já nem cobramos mais muito coisa de infra-estrutura, mas agora até o espaço nos é cerceado". Combino com a Madê de voltarmos na quarta ao SESC para o show gratuito com a orquestra cubana de Fernando Férrer, mas não sabemos se iremos, pois no mesmo dia lá pelos lados da Cultura local, onde magistralmente (sic) tudo é feito com muito critério, teremos o que mesmo. "Nada", me diz Madê. "E então, aonde iremos?", retruco cheio de dúvida. Caímos juntos na risada.

Um comentário:

  1. querido henrique

    e eu fugindo da tal da globalização... bem, sabes que não estarei aí ainda na quarta feira. infelizmente. mas parece que bauru tá precisando mesmo de alguma mexidinha na cultura..... espero poder contribuir com isto. que bom que você termina sua noite dando risada, porque seu humor contagia a minha vontade de finalizar minhas coisas aqui no rio pra estar o mais rápido possível por aí. daí, pensamos no que eu posso fazer. daspu já é uma idéia. o paulo betti ainda não me confirmou datas, mas como está retomando a temporada por aqui ainda deve demorar um bocadinho. contribuições meio cariocas - afinal tanto gabriela leite como paulo betti são do interior de são paulo.... por enquanto estrangeira sou eu. beijos da ana bia

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