Juntei as frases do livro lido com uma carta que enviei para a autora, ainda em janeiro e ainda sem resposta.
O LIVRO COM A VIDA DA GABRIELA, A DASPU E MINHA CARTA
Cara Gabriela Silva Leite – DASPU - att. jornalista Flávio Lenz
Terminei de ler teu livro, o “Filha, mãe, avó e puta – A história de um mulher que resolveu ser prostituta” (edit. Objetiva RJ, 1ª edição, 2008, 194 pgs), emprestado pela amiga em comum, a professora Ana Bia Andrade (que assumirá cátedra aqui em Bauru, na UNESP) e resolvi te escrever, uma conversa entre um leitor e a portadora de uma história conhecida e tão comentada. Acompanho o teu trabalho de organização das prostitutas brasileiras já faz um tempo e sempre tive muita curiosidade em ler teu livro, conhecer um pouco mais de todo esse envolvimento teu. Quase comprei o livro num sebo aqui de Bauru e a oportunidade se fez presente agora. E gostei.
Depois, além dos outros trabalhos todos veio a Daspu, que só pela sacada do nome já me conquistou de cara, numa alusão clara a Daslu, tipo a que a extinta revista Bundas teve ao se lançar no mercado, fazendo frente à gigante Caras. O motivo da escrevinhação é te consultar sobre as possibilidades de tua vinda até Bauru para uma palestra, ou um bate-papo, junto com algo da Daspu, um desfile talvez, aliado à venda de produtos da griffe. Bauru, você deve saber, possui uma relação muito forte com o mundo da prostituição, pois existiu aqui em Bauru um verdadeiro templo à essa prática, a famosa Casa da Eni (Eni’s Bar), localizado num sítio fora da cidade e que nos anos 50 até quase pouco mais dos 70 atraíram a atenção do país todo, tendo passado por lá desde políticos a personalidades variadas. Não existia quem não se hospedasse por aqui e não passasse por lá. Vinicius de Moraes foi habituê. A Eni Cesarino exercia a profissão do outro lado do balcão, era a cafetina e ti a que pegava o touro a unha, mas hoje, ao ler ambas as histórias, muita semelhança, apesar das posições diferentes.
Por aqui, o prédio onde foi a famosa Casa da Eni permanece em pé, todo judiado, somente com a área das piscinas revitalizado e sendo utilizado para locação de festas variadas. Discutiram anos atrás o tombamento daquela edificação e isso gerou uma polêmica danada na cidade, com os prós e contras. Por fim, a edificação não foi tombada, mas será mantida a área das piscinas. O jornalista e escritor Lucius de Mello escreveu um belo livro sobre a dona Eni e fala-se muito que já teria até vendido os direitos para uma mini-série de TV. O fato é que Bauru respirou esse tema por muitos anos e hoje, como em todo lugar, muitos querem sepultá-lo para sempre. Existem outros, como eu, que presidi o órgão de tombamento por quatro anos, loucos para prolongar essa discussão para outros patamares. Daí ao ler seu livro, tudo me volta à mente e algo com a sua presença, a da Daspu e um toque sobre a Casa da Eni seria algo a mexer com os brios dessa comunidade de quase 400 mil habitantes.
A carta inicial é para que pense no assunto e estudemos juntos uma melhor forma de te trazer para cá. Do seu livro, se me permite, recolhi algumas frases (como faço em todos que leio), relacionadas abaixo:
- “Dizia que homem que é homem não tem frescuras de chupar e meter dedo em boceta. Homem tem que funcionar com o pau duro e pronto”, pg. 39.
- “Não preparei nada para o parto nem para o nascimento. Não comprei sequer uma fralda, com medo de minha mãe ver e descobrir. É impressionante a solidão que pode existir entre pessoas que vivem sob o mesmo teto”, pg 41.
- “Enfrentei o inimigo pela primeira vez na vida e descobri que é insuportável guardar dentro do coração a ira e a indignação frente à hipocrisia e à maldade. Foi ali que descobri o quanto é maravilhoso falar”, pg 43.
- “Incrível a São Paulo do final dos anos 60! Talvez a melhor época da boemia paulistana. Diante do que acontecia ali, a São Paulo de hoje é um saco”, pg 55.
- “Depois tive outros clientes com deficiência física. (...) Nem todas percebem que esse é um privilégio da nossa profissão, que é uma das suas partes mais nobres, esse aprendizado da solidariedade, da quebra de preconceitos tão enraizados na sociedade, que cultuo o belo e exclui a diferença”, pg 71.
- “Atravessando a Avenida Brasil, pela primeira das muitas vezes que o faria, inúmeros sentimentos me invadiam. O Rio era lindo e, por acreditar nisso, não fazia nenhum sentido aquela avenida absurda e desconcertante. Miserável e tosca porta de entrada inadequada a um paraíso”, pg 97.
- “S. me disse que seu irmão tinha gostado muito de mim, mas não queria saber de se envolver com uma mulher que morava tão longe e que gostava de ser prostituta. Os homens são assim, são feitos de contradições! Tão frágeis em suas convicções e por isso mesmo tão maravilhosos e charmosos”, pg 100.
- “Minha primeira impressão sobre a Vila Mimosa foi de festa, de alegria e de cidade do interior. Engraçado uma cidade como o Rio de Janeiro conseguir manter até a bem pouco tempo uma zona antiga. Ela poderia tranqüilamente ter sido tombada pelo patrimônio histórico”, pg 106.
- “Não aceito a visão moralista de que uma mulher séria é aquela que tem um único homem e passa a vida recatadamente cuidando dos filhos”, pg 123.
- “Voltei a trabalhar, agora tendo que explicar aos novos clientes o que era aquela imensa cicatriz. Eles sempre achavam que era resultado de uma facada. Sim, porque puta, além de doença venérea, não tem outras doenças, somente seqüelas de brigas. Assim pensam as pessoas, é esse o estigma”, pg 132.
- “...desde então comecei a responder às mesmas perguntas que me fazem há vinte anos. Por que você entrou nessa vida? Você foi abandonada pela família? Você entrou na profissão por necessidade? E,a melhor de todas, a pegadinha: O que você acharia se sua filha fosse puta? Essa sempre acontece. Há pouco tempo, dei uma palestra numa faculdade e essa pergunta ainda não havia sido feita. No finalzinho, já me despedindo da platéia, me aparece uma moça bem jovem, tímida, lá atrás. Ela levantou o dedinho e mandou a pérola. Me dá arrepios a caretice dos jovens de hoje”, pg 134.
- “O deus inacessível, que julga e condena, não faz o menor sentido para mim. Deus é a natureza e os ancestrais. Acredito nas pessoas, nas coisas que se revelam na convivência”, pg. 141.
- “Eu penso que se você considera uma pessoa vítima é porque já estabeleceu uma relação de dominação com ela. Nesse particular, prefiro os conservadores. Eles são mais claros, menos ambíguos”, pg 143.
- “Uma prostituta não deve ter o direito de casar com um intelectual da classe média. A não ser que ela seja a personagem interpretada pela Julia Roberts. Uma prostituta não deve ter um homem disputado por mulheres bem formadas e inteligentes. A não ser que ela seja a Julia Roberts”, pg 171.
- “Na maior parte de minha vida me senti sexualmente livre. É péssimo ir para a cama com um homem sem estar com vontade de gozar. Por outro lado, nunca dormi com cliente. Considero um sacrifício. Mas fui cúmplice de cada um deles”, pg 188.
- “O mundo não é feito de vítimas. Todo mundo negocia. Alguns negociam bem, outros mal. Mas cada um sabe, o mínimo que seja, quanto vale aquilo que quer. E sabe até onde vai para conseguir o que quer. Com a prostituta não é diferente”, pg 190.
- “A amante quer ser esposa. A puta jamais vai aconselhar um homem a deixar a esposa e a família. Ela vai conversar com ele sobre tudo o que o sujeito não conversa com ninguém, e eu já vi muitas putas salvar famílias”, pg 191.
Ufa! É isso, li, gostei e tudo o que queria te dizer está tudo aí. Por fim, uma coisa a me atormentar, ainda sobre a leitura: gosto muito do Leonardo Boff e fiquei meio atônico ao ler os percalços que teve com ele e o órgão que representava. Ainda não acredito que Boff tenha feito em sã consciência aquele tipo de discriminação, já da instituição religiosa não tenho a menor dúvida, pois fazem coisas imensamente piores. Já o Boff!!!
Um grande abracito bauruense e desejos de que leia intensamente meu relato e iniciemos as tratativas para viabilizar a sua vinda num curto espaço de tempo.
Terminei de ler teu livro, o “Filha, mãe, avó e puta – A história de um mulher que resolveu ser prostituta” (edit. Objetiva RJ, 1ª edição, 2008, 194 pgs), emprestado pela amiga em comum, a professora Ana Bia Andrade (que assumirá cátedra aqui em Bauru, na UNESP) e resolvi te escrever, uma conversa entre um leitor e a portadora de uma história conhecida e tão comentada. Acompanho o teu trabalho de organização das prostitutas brasileiras já faz um tempo e sempre tive muita curiosidade em ler teu livro, conhecer um pouco mais de todo esse envolvimento teu. Quase comprei o livro num sebo aqui de Bauru e a oportunidade se fez presente agora. E gostei.
Depois, além dos outros trabalhos todos veio a Daspu, que só pela sacada do nome já me conquistou de cara, numa alusão clara a Daslu, tipo a que a extinta revista Bundas teve ao se lançar no mercado, fazendo frente à gigante Caras. O motivo da escrevinhação é te consultar sobre as possibilidades de tua vinda até Bauru para uma palestra, ou um bate-papo, junto com algo da Daspu, um desfile talvez, aliado à venda de produtos da griffe. Bauru, você deve saber, possui uma relação muito forte com o mundo da prostituição, pois existiu aqui em Bauru um verdadeiro templo à essa prática, a famosa Casa da Eni (Eni’s Bar), localizado num sítio fora da cidade e que nos anos 50 até quase pouco mais dos 70 atraíram a atenção do país todo, tendo passado por lá desde políticos a personalidades variadas. Não existia quem não se hospedasse por aqui e não passasse por lá. Vinicius de Moraes foi habituê. A Eni Cesarino exercia a profissão do outro lado do balcão, era a cafetina e ti a que pegava o touro a unha, mas hoje, ao ler ambas as histórias, muita semelhança, apesar das posições diferentes.
Por aqui, o prédio onde foi a famosa Casa da Eni permanece em pé, todo judiado, somente com a área das piscinas revitalizado e sendo utilizado para locação de festas variadas. Discutiram anos atrás o tombamento daquela edificação e isso gerou uma polêmica danada na cidade, com os prós e contras. Por fim, a edificação não foi tombada, mas será mantida a área das piscinas. O jornalista e escritor Lucius de Mello escreveu um belo livro sobre a dona Eni e fala-se muito que já teria até vendido os direitos para uma mini-série de TV. O fato é que Bauru respirou esse tema por muitos anos e hoje, como em todo lugar, muitos querem sepultá-lo para sempre. Existem outros, como eu, que presidi o órgão de tombamento por quatro anos, loucos para prolongar essa discussão para outros patamares. Daí ao ler seu livro, tudo me volta à mente e algo com a sua presença, a da Daspu e um toque sobre a Casa da Eni seria algo a mexer com os brios dessa comunidade de quase 400 mil habitantes.
A carta inicial é para que pense no assunto e estudemos juntos uma melhor forma de te trazer para cá. Do seu livro, se me permite, recolhi algumas frases (como faço em todos que leio), relacionadas abaixo:
- “Dizia que homem que é homem não tem frescuras de chupar e meter dedo em boceta. Homem tem que funcionar com o pau duro e pronto”, pg. 39.
- “Não preparei nada para o parto nem para o nascimento. Não comprei sequer uma fralda, com medo de minha mãe ver e descobrir. É impressionante a solidão que pode existir entre pessoas que vivem sob o mesmo teto”, pg 41.
- “Enfrentei o inimigo pela primeira vez na vida e descobri que é insuportável guardar dentro do coração a ira e a indignação frente à hipocrisia e à maldade. Foi ali que descobri o quanto é maravilhoso falar”, pg 43.
- “Incrível a São Paulo do final dos anos 60! Talvez a melhor época da boemia paulistana. Diante do que acontecia ali, a São Paulo de hoje é um saco”, pg 55.
- “Depois tive outros clientes com deficiência física. (...) Nem todas percebem que esse é um privilégio da nossa profissão, que é uma das suas partes mais nobres, esse aprendizado da solidariedade, da quebra de preconceitos tão enraizados na sociedade, que cultuo o belo e exclui a diferença”, pg 71.
- “Atravessando a Avenida Brasil, pela primeira das muitas vezes que o faria, inúmeros sentimentos me invadiam. O Rio era lindo e, por acreditar nisso, não fazia nenhum sentido aquela avenida absurda e desconcertante. Miserável e tosca porta de entrada inadequada a um paraíso”, pg 97.
- “S. me disse que seu irmão tinha gostado muito de mim, mas não queria saber de se envolver com uma mulher que morava tão longe e que gostava de ser prostituta. Os homens são assim, são feitos de contradições! Tão frágeis em suas convicções e por isso mesmo tão maravilhosos e charmosos”, pg 100.
- “Minha primeira impressão sobre a Vila Mimosa foi de festa, de alegria e de cidade do interior. Engraçado uma cidade como o Rio de Janeiro conseguir manter até a bem pouco tempo uma zona antiga. Ela poderia tranqüilamente ter sido tombada pelo patrimônio histórico”, pg 106.
- “Não aceito a visão moralista de que uma mulher séria é aquela que tem um único homem e passa a vida recatadamente cuidando dos filhos”, pg 123.
- “Voltei a trabalhar, agora tendo que explicar aos novos clientes o que era aquela imensa cicatriz. Eles sempre achavam que era resultado de uma facada. Sim, porque puta, além de doença venérea, não tem outras doenças, somente seqüelas de brigas. Assim pensam as pessoas, é esse o estigma”, pg 132.
- “...desde então comecei a responder às mesmas perguntas que me fazem há vinte anos. Por que você entrou nessa vida? Você foi abandonada pela família? Você entrou na profissão por necessidade? E,a melhor de todas, a pegadinha: O que você acharia se sua filha fosse puta? Essa sempre acontece. Há pouco tempo, dei uma palestra numa faculdade e essa pergunta ainda não havia sido feita. No finalzinho, já me despedindo da platéia, me aparece uma moça bem jovem, tímida, lá atrás. Ela levantou o dedinho e mandou a pérola. Me dá arrepios a caretice dos jovens de hoje”, pg 134.
- “O deus inacessível, que julga e condena, não faz o menor sentido para mim. Deus é a natureza e os ancestrais. Acredito nas pessoas, nas coisas que se revelam na convivência”, pg. 141.
- “Eu penso que se você considera uma pessoa vítima é porque já estabeleceu uma relação de dominação com ela. Nesse particular, prefiro os conservadores. Eles são mais claros, menos ambíguos”, pg 143.
- “Uma prostituta não deve ter o direito de casar com um intelectual da classe média. A não ser que ela seja a personagem interpretada pela Julia Roberts. Uma prostituta não deve ter um homem disputado por mulheres bem formadas e inteligentes. A não ser que ela seja a Julia Roberts”, pg 171.
- “Na maior parte de minha vida me senti sexualmente livre. É péssimo ir para a cama com um homem sem estar com vontade de gozar. Por outro lado, nunca dormi com cliente. Considero um sacrifício. Mas fui cúmplice de cada um deles”, pg 188.
- “O mundo não é feito de vítimas. Todo mundo negocia. Alguns negociam bem, outros mal. Mas cada um sabe, o mínimo que seja, quanto vale aquilo que quer. E sabe até onde vai para conseguir o que quer. Com a prostituta não é diferente”, pg 190.
- “A amante quer ser esposa. A puta jamais vai aconselhar um homem a deixar a esposa e a família. Ela vai conversar com ele sobre tudo o que o sujeito não conversa com ninguém, e eu já vi muitas putas salvar famílias”, pg 191.
Ufa! É isso, li, gostei e tudo o que queria te dizer está tudo aí. Por fim, uma coisa a me atormentar, ainda sobre a leitura: gosto muito do Leonardo Boff e fiquei meio atônico ao ler os percalços que teve com ele e o órgão que representava. Ainda não acredito que Boff tenha feito em sã consciência aquele tipo de discriminação, já da instituição religiosa não tenho a menor dúvida, pois fazem coisas imensamente piores. Já o Boff!!!
Um grande abracito bauruense e desejos de que leia intensamente meu relato e iniciemos as tratativas para viabilizar a sua vinda num curto espaço de tempo.
Em tempo: Abracitos grandiosos para seu companheiro, o jornalista Flávio Lenz, que lia no JB e agora fico sabendo é irmão de uma de nossas maiores poetisas, Ana Cristina César.
HPA - janeiro 2010
HPA - janeiro 2010
gabi e flavio são pessoas muito especiais. minha tese de doutorado versou sobre as visibilidades e invisibilidades femininas, tendo a daspu como tema. ao longo do tempo entrei pra família. no momento, davida/daspu está de mudança pro hotel paris. retomando origens na praça tiradentes - onde tudo começou. recomendo o site daspu.com.br ou qualquer coisa estou sempre disponível para informações a respeito. beijos cariocas - por enquanto - a todos. ana bia
ResponderExcluirhenrique
ResponderExcluirmuito embora comedida nos meu comentários, não posso deixar de exaltar sua sensibilidade. muito embora ainda não conhecendo gabi e flavio pessoalmente, sua escolha nas fotos foi primorosa. como, aliás é uma característica sua. não sei como encontrou a foto de gabi no bar do zé (que é um botequim frequentado por nós aqui no rio no bairro da glória). seu zé é uma figura a ser conhecida. e sua esposa também. também a foto de gabi com flavio que é muito especial pros dois e também a foto de gabi com o vestido que temos igual feita lá na antiga sede. enfim, enviei pra eles e pro rafa (rafael cesar cursando mestrado em letras na uff) - filho do flavio - o e mail com o link pra que possam acessar esta bela postagem sua no blog. que me inspira a escrever os artigos que devo publicar em breve. te prometo o livro da ana cristina quando chegar em bauru. recentemente o paulo josé com a kutner fizeram um belíssimo espetáculo chamado um navio no espaço em homenagem para ana c. no oi futuro de ipanema aqui no rio. fomos todos juntos a estréia. uma beleza ! e assim vamos indo. beijos da ana bia ainda carioca
Henrique
ResponderExcluirQue história foi essa dela com o Boff.
Adoro ele.
Gostaria de saber mais.
Pedro Paulo, Agudos
Henrique,
ResponderExcluirO livro não tem nem metade de tantas histórias. Eu sou um privilegiado receptor da transmissão oral, já há uns 20 anos, de tantos casos, reflexões etc. É realmente empolgante. Pela sua sensibilidade, espero que você possa conhecê-los em breve.
Um abraço,
Rafael.