BAGNATO, UMA REUNIÃO SOBRE UM MUSEU E IMPORTANTES DECISÕES PARA A CIDADE DE BAURU
Eu sempre gostei muito da música do Geraldo Vandré, "Pra não dizer que não falei das flores". Seu refrão principal eu cantarolo até hoje, com aquela entonação de passeata, de reivindicação justa e necessária. "Então, vem vamos embora que esperar não é saber/ Quem sabe faz a hora e não espera acontecer", esse o trecho que quero ressaltar neste momento. Faço uso dela para dignificar uma luta das mais dignas que presencio dentro do atual momento vivido pela defesa do patrimônio cultural de Bauru. Com sua reprodução ressalto aqui o trabalho incessante de uma pessoa, o engenheiro RICARDO BAGNATO, secretário da Associação Bauruense de Ferromodelismo e de Preservação Ferroviária, que chegou em Bauru a pouco mais de três anos, vindo para revolucionar, ou seja, fazer e acontecer. A pessoa certa no lugar certo, e com capacidade de ação e de mobilização.
Aconteceu em Bauru na última segunda, 22/02, das 14 às 17h30 no Auditório da Prefeitura Municipal, uma ampla discussão envolvendo o projeto de criação de um grande MUSEU DO TREM, uma idéia fixa e que a cada dia ganha novos adeptos e cresce as possibilidades concretas de sua real viabilização. Bagnato conseguiu em torno da idéia de criação desse museu reunir em Bauru gente gabaritada para discutir outros temas. Daí a grandiosidade do acontecido. O encontro contou com o prefeito Rodrigo Agostinho, o secretário de Desenvolvimento Econômico Richard Vendramini, o presidente da Emdurb Nico Mondelli, a responsável pela àrea de Patrimônio da ALL Ivana Spears, o presidente do CODEPAC Sérgio Losnak, o Ministério Público Federal na pessoa de Pedro de Oliveira Machado, o representante do DNIT Naotaka, os advogados drs Clidnei e Ademir Gaspar representando a Inventariança da extinta RFFSA, diretores do Ferrovia para Todos, eu na qualidade de presidente da Associação dos Amigos dos Museus de Bauru e muitos outros interessados.
Dessa reunião, algo de muito importante para a cidade. Primeiro algumas definições e a apresentação do projeto do referido museu, depois algo onde a cidade saiu ganhando e sua decisão vinha sendo protelada, até por falta de uma oportunidade de reunir no mesmo espaço entidades e pessoas com poder de decisão sobre o destino de bens patrimonias que interessam à Bauru. Um destino honroso para que bens móveis e imóveis não venham a continuar sofrendo processo de sucateamento. O passo mais importante foi o do dr Pedro, quando diante de representante da ALL e do DNIT, praticamente decide selar um acordo de resgate desses bens num só local, os barracões das antigas oficinas da NOB, numa ação de responsabilidade coletiva. Outra coisa de real importância foi que a ALL está repassando para a Prefeitura praticamente todos os barracões das antigas oficinas, o prédio administrado em sua entrada e o da antiga escola da RFFSA. Tudo de uma só vez, aumentando a responsabilidade de sua utilização e manutenção daqui para frente. Foi muito bom ouvir Ronaldo Resch, cabeleireiro da Vila Paulista, um digno representante da população, que de forma consciente solicita áreas para a comunidade, algo bem propositivo e com projetos bem viáveis. A Prefeitura está assumindo os imóveis num termo de cessão até 2026.
Quer dizer, Bagnato foi grandioso, reuniu todos aqui para discutir uma coisa e aproveitou o ensejo para que decisões fossem tomadas em pról da cidade. Pessoas assim são imprencindíveis. A acrescentar só mais uma coisa. Ao final da reunião, Ivana da ALL sinalizava para representantes do projeto Ferrovia para Todos, um novo caminho das pedras para que a Maria Fumaça volte aos trilhos em Bauru. Tudo muito bom, mas nesse caso seria sempre bom não só ouvir a ALL e sim, principalmente a ANTT - Agência Nacional de Transporte Terrestre, que dita as normas não só para o Projeto bauruense, como para a própria ALL. Por fim, Bagnato se firma como uma liderança atuante, despojada e sabendo muito bem como atuar nos bastidores para conseguir seus objetivos. Vibro com sua disposição e força de vontade. Ao lado deste estarei sempre, até a vitória final, que com certeza, será a inauguração do Museu do Trem de Bauru.
Prezado amigo Henrique.
ResponderExcluirFico feliz em saber que posso contar com o nobre amigo sempre ao meu lado.
Não me esquecerei nunca que foi sua pessoa que me acolheu de braços abertos em meus primeiros passos em Bauru, na Secretaria Municipal de Cultura e na Prefeitura, durante gestão passada.
Acabou a gestão, mas a amizade e a cooperação continuaram vivas, nos dedicando juntos a projetos culturais relevantes para Bauru e sua população.
Lamento que hoje não possamos manter o mesmo relacionamento com o atual gestor da SMC, pois o mesmo, diferentemente da grande maioria de seus funcionários, não nos reconhece como uma Associação de Preservação Ferroviária, nos renegando sistematicamente.
Por outro lado, as portas estão se abrindo par a par, e os horizontes se ampliando de forma muito rápida e sustentável.
Temos tido grande reconhecimento por parte da opinião pública, do Executivo e Legislativo Municipal, das demais Secretarias e Autarquias, bem como de órgãos estaduais e federais.
A APFFB - Associação de Preservação Ferroviária e de Ferromodelismo de Bauru está crescendo, tomando corpo, maturando idéias, fazendo projetos, buscando ações eficazes e determinantes na concretização dos nossos ideais preservacionistas.
Amo esta cidade como se tivesse aqui nascido. Sinto-me feliz morando em Bauru com minha família e com os amigos que tenho.
Sabe que pode contar comigo sempre.
Muito obrigado por suas palavras.
[]s
Ricardo Bagnato
caro Henrique
ResponderExcluirProcede a informação de que a Secretaria Municipal de Cultura estaria perdendo de vez o projeto Ferrovia para Todos, o que fazia os passeios da locomotiva Maria Fumaça e aquela composição de mais alguns vagões. E que o destino deles seriam a Secretaria de Desenvolvimento Econômico ou até mesmo a Emdurb?
Seria possível isso? Procede a informação que circula nos bastidores e corredores da Prefeitura?
Funcionário do projeto
Respondendo ao amigo Bagnato: A admiração é recíproca, como pode perceber no meu texto. Admiro muito op trabalho de quem é despreendido, faz e acontece, não espera acontecer, não vê a banda passar. Bauru ganhou e muito com sua chegada e interesse de participação nos destinos dados ao patrimônio cultural. Resistir é preciso.
ResponderExcluirRespondendo ao questionamento de Funcionário do Projeto:
SIM,PROCEDE.
Henrique - direto do mafuá