sábado, 15 de maio de 2010

BAURU POR AÍ (38)

VIRADO À PAULISTA PODE SER PATRIMÔNIO ANTES DO SANDUÍCHE BAURU. COMO !?!?!
Fuço na internet algo sobre o processo de CERTIFICAÇÃO (o correto é isso, não tombamento) como Patrimônio Imaterial junto ao IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional do nosso SANDUÍCHE BAURU. Percebo que um longo processo iniciado na gestão anterior, a do prefeito Tuga Angerami, quando as secretarias municipais da Cultura e do Desenvolvimento Econômico realizaram ampla pesquisa, com o intuito de imortalizar o famoso sanduíche, encontra-se praticamente paralisado. Em 2007 recebemos aqui em Bauru até representante do IPHAN para agilizar o processo, mas com a mudança de governo, tudo foi engavetado e não se fala mais disso na cidade.

Não se fala por aqui, porque em outras regiões processos estão sendo agilizados, tudo com o intuito de imortalizar receitas, conceitos e valorizar ainda mais alguns conhecidos acepipes brasileiros. Reconhecidos já estão o ACARAJÉ e o QUEIJO DE MINAS. Outros tantos estão sendo trabalhados, com documentação correndo de um lado para outro. Por aqui, nem a tal da Certificação, instituída pela Prefeitura (Diploma e Selo de Autenticidade) para valorizar os que ainda fazem questão de revender a receita original continua sendo feito. Ninguém mais cuida disso nas hostes da Prefeitura. Naqueles anos até um site foi feito (com ajuda do André Petraglia) com o intuito de divulgar um dos mais famosos sanduíches brasileiros: http://www.sanduiche.baurusp.com.br/ . Desde 2007 nenhuma atualização foi feita, como nenhuma nova movimentação no intuito de dar continuidade no processo. Paradeira geral. Cynthia Bombini, funcionária da Cultura Municipal havia feito sob minha coordenação (e do secretário Vinagre, além de Wallace Sampaio, do Desenvolvimento) um imenso levantamento, com depoimentos mil, transcrição de entrevistas, catalogação de documentos, mas tudo acabou sendo engavetado. Falta de interesse, principalmente dos novos mandatários da Secretaria Municipal de Cultura, que acredito nem saibam que o processo exista. Escrevi até uma matéria para a mesma Carta Capital (edição 457, 15/08/2007), seção Brasiliana, com o título “Bauru DOCG*” (* é a denominação de algo com origem controlada e garantida), com uma linda foto área do Malavolta Jr, do JC (relembrei hoje pela manhã com ele essa história lá na gare da estação da NOB).

Paradeira por aqui e agilidade em outros locais. Leio na Coluna “Refogado”, do crítico gastronômico Márcio Alemão, Carta Capital 595, de 12/05/2010, que a cidade e a Prefeitura de Porto Feliz estão se movimentando para algo nesse sentido com o famoso e também suculento VIRADO À PAULISTA. Alemão faz troça: “Querem transformar o prato em patrimônio imaterial. Difícil será escolher a receita”. Isso mesmo, pois no virado várias coisas podem (e devem) serem introduzidas, como couve, toucinho, torresmo e até ovo frito. Já no caso do sanduíche não. A receita é uma, está pronta e acabada. Nosso processo é mais simples. Falta vontade de tirá-lo de alguma empoeirada gaveta e retomar no ponto onde foi paralisado. Alemão desconhecendo o engavetamento bauruense disse no texto: “O sanduíche bauru está há alguns anos aguardando seu título, que será ou não concedido pelo IPHAN”. Mal sabe ele que para isso ocorrer será necessário, no mínimo, dar continuidade ao processo. E nem isso tem sido feito.
OBS.: Cliquem em cima das matérias para vê-las grondonas.

2 comentários:

  1. Eu, como um grande degustador da boa mesa, não posso negar que o Bauru é o grande "prato feito" rotineiro, que salva tanto os intelectuais, estudantes, como o modesto operário. Mais do que justo ser patenteado o prato da "Cidade Comestível: Bauru". Grande abraço.
    Israel

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  2. Passei por aqui, degustei matérias, e deixo meus sinceros agradecimentos

    vou ali e volto já

    abração

    Barrinhos

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