quinta-feira, 10 de junho de 2010

BAURU POR AÍ (40)

JANIRA NA CULTURA E NO SESC, TONINHO FERRAGUTTI REVENDO PESSOAS
Após subir a fumacinha branca na Cultura municipal e o prefeito optar pela escolha da nova secretária, JANIRA FAINER BASTOS, decidindo por alguém técnico, em detrimento da escolha política, estamos todos desejosos de dias mais do que melhores no setor na cidade. Que a estagnação e o autoritarismo tenham fim. O ideal é dar vazão a todas as vertentes e influências, não se atendo a uma só lá existente. Do PSB, onde tudo é decidido por uma só pessoa, pois nem reuniões ordinárias o partido faz, tenho pena de pessoas como Izaías Daibem (por quem nutro o maior apreço e consideração), que lá permanecem. Por outro lado, a vida continua e mesmo que a cultura sofra de paralisão mórbida dos membros nas hostes municipais, ela continua fluindo em outros cantos da cidade. Ontem à noite, no SESC (Sempre ele. Ufa! Que seria de nós sem ele?) trouxe um show iluminado, dentro de um grandioso projeto ocupando todo o mês de junho, o "Encontros e Bandeiras", com nada menos que TONINHO FERRAGUTTI e NEYMAR DIAS, o primeiro um mestre no acordeon e o segundo na viola caipira. Da união dos dois instrumentos e da junção com um quinteto de cordas, saiu uma das coisas mais belas já vistas nos palcos bauruenses neste ano. Um público pequeno, mas caloroso e afetuoso, que do começo ao fim, ficou extasiado com o presenciado.

No final, encontros e reencontros. Ferragutti ao descer do palco revê SIVALDO CAMARGO, que juntos estiveram em shows encantadores no Templo Bar e em outros espaços interioranos. Do encontro acertaram irem terminar a noite no Templo, onde junto com Fernando devem terem visto o sol nascer (eu, cheio de compromissos na manhã de hoje, declinei). Outro encontro foi de encher os olhos. Toninho é velho conhecido de Bauru, tendo circulado muito por aqui nos anos 80/90, quando estudava em Botucatu. Vinha constantemente tocar na noite bauruense, sempre com seu acordeon debaixo do braço. Quem estava lá para o abraço fraternal e reviver uma infinidade de histórias era José Domingos Mucheroni, ou como todos o conhecem por aqui, simplesmente ZÉ DA VIOLA, do alto dos seus quase 70 anos, com o inseperável rabicó no cabelo e contando de como eram as incursões do Ferragutti nos bailões de forró pela cidade. Do Zé da Viola firmei um compromisso de contar sua história aqui e do Ferragutti, nada melhor do que deixar umas contas para trás e trazer dois novos CDs para delírio de meus ouvidos. Ficarei a ouví-los à exaustão nos próximos dias, onde a música a imperar nas TVs e rádios deverá ser os temas da Copa do Mundo, a iniciar-se hoje. Na minha vitrolinha dou é vazão aos Ferraguttis da vida. Sabem quanto paguei pelo show no SESC: nadica de nada, gratuito. E hoje tem mais, ZÉ GERALDO. Fiquem com um bocadinho do acordeon da fera.
PS.: A foto da Janira é do BOM DIA Bauru, as demais minhas. Só a que estou presente tem outra autoria, Ana Bia, companhia nas incursões noturnas.
Hoje, excepcionalmente publicarei outro post, esse sobre o começo da Copa do Mundo e minhas vãs expectativas.

4 comentários:

  1. Olá, Henrique. Gostei de ver o Zé da Viola no blog. Ele foi companheiro de meu pai [grande Caburé, seresteiro] em muitas noites bauruenses. Tenho um material dele(s)em áudio que estou remasterizando [a partir de um cassette]. Deixo aqui o link para uma das canções interpretadas por Caburé, com acompanhameto do Zé da Viola [chamada extra-oficialmente de "A Professora" - autor não identificado].

    http://www.youtube.com/watch?v=qq-xJj-PW3w&feature=player_embedded

    Abraços!

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  2. Henrique

    Sou obrigado a reconhecer e fazer o mesmo que o Eraldo, te elogiar por ver aqui algo sobre o Zé da Viola. Gosto de muitas coisas que posta no blog, mas quando conta histórias das pessoas, fica mais saboroso. Deixe aquele pessoal da Cultura se virar e relate mais coisas escondidas dessa cidade.

    Valéria

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  3. Cultura... Melhor um fim horroroso, do que um horror sem fim


    A palavra cultura é derivada do latim cultura ou cultus (habitar, cultivar o solo, ou honrar), porém tenho acompanhado pela imprensa fatos ligados a Secretaria de Cultura onde o desfecho com o ex Secretário Sr. Pedro Romualdo, infelizmente apresentou a população um roteiro de um Bang-Bang pastelão de mal gosto protagonizado pela omissão do nosso prefeito Sr. Rodrigo Agostinho desde o início dos problemas ocoridos dentro da pasta da cultura.

    Os motivos de tal omissão só interessavam a ele prefeito e ao então ex secretário da cultura, creio que pelos acordos politicos da coligação da vitoriosa eleição de 2.008 havia o compromisso de manter na pasta da cultura o ex secretário . A indiferença, menosprezo e a falta de diálogo com a classe artística mais uma vez faz com que o executivo delibere análises sem reflexão que retornam muitas vezes nos pressupostos passados.
    Cultura geralmente refere-se à atividade humana; as diferentes definições de cultura refletem diferentes teorias para a compreensão ou critérios para a atividade humana. Já que a cultura se aprende, percebo que o sr. Prefeito ainda não se adaptou ao aprendizado cultural. O conhecimento evolui com o tempo, mas a ambição política local busca olhar para os erros do passado e persiste em repeti-los no presente, é impossível que alguns políticos acreditem que a humanidade perde a memória reflexiva, crítica e inquiridora, que busca a verdade.

    Grotesco, simplesmente grotesco o fato em que se encontra a Secretaria de Cultura. É além do normal! Frustraram as expectativas, algo profundamente estúpido, violento, ridículo e perigosamente exercido pelos excessos de autoridade. É no mínimo alarmante! Mas, este foi o perfil formatado da Secretaria de Cultura pelo Sr. Prefeito Rodrigo Agostinho... GROTESCO!

    PARTE 1

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  4. Enquanto os Prefeitos eleitos na nossa cidade de Bauru persistirem não dar relevância e importância a Secretaria de Cultura, os problemas continuarão, eternamente. A quem interessa a cultura?

    Acusaram as instituições que assinaram um tal manifesto não ter nenhuma relevância cultural. E o Ex - Secretário que ocupava a Pasta da Cultura, teve no seu passado alguma relevância, importância ou atuação na área da cultural? Quem deve sentar nesse trono? Alguém que tenha o perfil empreendedor ou alguém que está na fila pelo cargo que diga-se de passagem tem um ótimo salário.
    Digo publicamente que não tenho nada contra o Pedro, Pedrão ou simplesmente Pedrinho.

    Divergências políticas resolvemos com as praticas do exercício da democracia. O “coronelismo” é símbolo de autoritarismo e impunidade, fenômeno social e político típico da República Velha, caracterizado pelo prestígio de um chefe político e por seu poder de mando que confunde o público e privado.
    Não está na hora de ouvir a classe artística que por muitos anos nessa cidade não é respeitada profissionalmente por nossos políticos? Não está na hora de saber o que se pode fazer na área cultural, buscar opiniões de artistas e estudiosos?
    Buscando o sentido prático e objetivo da aplicação do princípio da eficiência, temos que buscar entender o que é “Política Cultural”. É preciso considerar a composição da população, elaborar pesquisa sobre a produção, atividades e dinâmica cultural local para elaborar uma política adequada.

    A política cultural é a ação do poder público que se baseia em operações, princípios, procedimentos administrativos e orçamentários. Esta política serve para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos através de atividades culturais, artísticas, sociais e recreativas. Deve ter um objetivo amplo pelo fato de ser uma ação voltada para todo o município e não apenas para alguns estratos sociais.

    Acredito que ser Secretário de Cultura de Bauru seja desafiador por se um cargo “sem importância e relevância” politicamente, apesar de muito cobiçado. Só será possível vencer esse desafio com muita vontade, determinação, eficiência, competência e união, seria o velho: “um por todos e todos por um”, ou “A união faz a força”.
    Se a voz do povo é a voz de Deus, então foi melhor um fim horroroso do que um horror sem fim!

    Luiz Joaquim Junior (Kyn Junior) Produtor Executivo,Consultor e Publicitário.
    (R.G.: 9.490.753-5)
    PUBLICADO COM AUTORIZAÇÃO DE KYN JR.

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