UMA FEIJOADA NOS 50 ANOS DESTE HPA
Meus caros (as), volto ao assunto dos meus 50 anos (não é sempre que estamos a completar uma data assim) e assim sendo, marquei uma feijoada para ontem, sábado, 26/06, convidando umas cem pessoas. São tantas pessoas amigas, muitas conhecidas, ex-colegas de trabalho, que algo muito chato é compor uma lista de convidados. Que critérios usar para excluir alguém? Fui cada hora lembrando de nomes e colocando gente na lista. Dois amigos, o Jorge e o Yuri, da torteria Toda Torta, onde comi uma excelente feijoada, ficaram encarregados de preparar o acepipe para umas 100 pessoas e morria de medo de faltar. Faltava grana para fazer para mais pessoas. Uma quantidade de bebida também foi comprada e no convite um pedido para que as pessoas trouxessem mais alguma coisa. E assim foi feito, chegando o tal dia da festa. Para uma feijoada não cai muito bem esse negócio de ser servida à noite. Fiz aniversário na quarta e no sábado, a festa teria início por volta das 12, indo até "arroz secar", ou enquanto aguentássemos, como estava escrito lá no convite. Eu e Ana Bia ficamos encarregados de tudo e cada detalhe foi supervisionado por ela, pois percebeu logo de cara, que se deixasse para mim, sairia tudo mal e porcamente. No dia, eu, ela, meu filho, Duka, Rô, a mana Helena, o sobrinho Marcos e Cátia, uma incansável meninona que veio nos ajudar e ficou desde 9h até quase 23h por lá. Isso mesmo, após arrumarmos o salão, com bexigas e a instalação das frases por mim transcritas para o papel e fixadas num varal, tudo começou por volta das 12h20 e só acabou quase 21h. Depois ficamos por lá limpando tudo, com uns que se recusavam a abandonar o local. Apagamos as luzes mesmo já deviam ser mais de 23h30.
Acho que não irei me lembrar do nome de todos que por lá passaram (me dizem terem sido umas 150 pessoas) e também não tenho muita certeza de quem foi o primeiro a chegar. Terá sido o advogado João Bráulio? Se não foi ele, foi o Tristan ou o Paulinho, da Oficina Cultural, junto da namorada, ou o desenhista Gonçalez e o Zequinha, dos Correios. Ou teria sido o Reginaldo Tech? Dos parentes minha tia Edi e o Rubens (com seu lindo chapéu) trouxeram meus pais, Heleno e Eni. E daí perdi a noção, pois se tinha uma certa preocupação de aparecer poucas pessoas, por volta das 13h já tinha perto de umas setenta pessoas. No salão, com 14 mesas e quatro cadeiras cada, cheguei a ter medo, mas tudo foi se acomodando, mesas sendo juntadas e cada um foi se virando. Na mesa, umas entradinhas, com torresmo e patês e as bebidas cada um se virou e foi buscar no freezer ou numa tina cheia de gelo. Ninguém reclamou. Eu, confesso, parecida uma barata tonta, pois empunhando minha máquina fotográfica meia boca, com o disparador danificado, queria registrar tudo, com um improvisado encontrador do "ponto G" da dita cuja. Além do trabalhão, a maioria das fotos sairam tremidas.
Um carinho todo especial para meu tio Carlão Grandini, acompanhado da esposa Zu, que me presentou com o bolo da festa. Ele sabe o quanto gosto dele e de nossas conversas em defesa do governo Lula e da necessidade da Dilma emplacar. A amigão Ademir Elias veio acompanhado da Cláudia, filha de um craque noroestino, o Zé Carlos, que todo vermelhinho gosta demais. Me trouxe um livro que já tenho, o "1808", do Laurentino, ficou sem graça, mas lhe disse que um será meu e o outro do filho, que já leu e queria levar o que tinha para sua casa. Questão resolvida. Brindamos várias vezes juntos. Foi uma alegria ver o Chico Cardoso, lá do Gasparini, junto da esposa por lá. Ele, além de amigo, é um artesão de mão cheia e faz trens maravilhosos. O primão Beto Grandini, chegou do Rio de Janeiro na hora do almoço e nem bem parou em casa foi almoçar conosco, vindo junto da Nádia e da Núbia. Nem deu tempo de brigar com ele, eu na defesa do Lula, ele na do Serra. Bebemos juntos. E o PH, me cercava querendo contar histórias compridas e acabei não lhe dando a atenção devida. O Vinagre, véio de guerra, meu ex-chefe cultural, veio junto da Angela, do filhão Ivan e de mais pessoas, todas alegres. Brinquei com ele na entrada: "Tu me aparece com só uma dúzia de latinhas de cerva, quando sei que irás consumir três". Junto deles, o casal Elizete, lá da Cultura e o marido Sílvio Vieira, um cinéfilo de mão cheia.
Quem chegou fazendo barulho foi a Tatiana Calmon, junto do filho Thales (o marido Roque estava na convenção do PT em Sampa). Ela havia ficado encarregada de trazer a mandioca e chegou dizendo que a que trouxe não era a do Roque. No pescoço um colar verde-amarelo e dizendo: "fui eu que fiz". Quase ficou sem. O sobrinho Marco e a esposa Belinha além do trampo antes da festa, circularam de mesa em mesa. Outro festejado na chegada foi o mano Edson, que veio com a família toda, a Cleide, a Ana Carolina e os dois lindos meninões, que abraçaram o tio de uma forma muito carinhosa. A Ana Bia ficou atenta a cada detalhe e não me deixou ficar sem dar atenção a ninguém. A todo instante ficava me interpelando se já tinha ida numa mesa ou em outra. Foi minha guardiã. Deixou meu rosto marcado de batom e a careca do diretor teatral Carlos Martins. A Neli veio junto da filhona Paloma, muito maior que a mãe a viu desaparecer junto do meu filho, que abandonaram a festa para assistirem um filme no shopping, ali ao lado. A Rosana Zanni, fez caras e bocas para comer e depois que conheceu a Valéria Villaça, dela não se mais se separou. Enquanto isso o Gonçalez, lá fundão ira fazendo caricaturas das pessoas. Fez o maior sucesso, tanto que havia fila para ter sua cara maltratada pelo seu traço. O Ricardo Bagnato, veio com a esposa e a filha e acabou por sentar na mesa junto do Carlos Martins e da Margarete, engatando uma conversa sem fim sobre trens e teatro. Depois, quando fui cortar o bolo, quiz fazer uso da palavra, só para me emocionar. Queriam me ver chorar. Resisti.
O Tristan, companheiro de tantas batalhas petistas vai ficar "p" da vida, mas esqueci o nome de sua esposa e da filha dela, uma linda meninona com um aplique no cabelo. Brinquei muito com ambas, que foram retratadas numa caricatura de rosto colado e disse serem xipófogas. A mana Helena não parou um só segundo, foi uma incansável, junto da Cátia, que tive que implorar para abandonar seu posto por uns instantes para saborear a feijoada. O Kyn Junior e a Mariza Basso me encheram de alegria e pegaram as trufas improvisando um nariz de palhaço, além de me fazerem vestir a camiseta da companhia de teatro deles (achei linda e vou vestí-la no jogo do Brasil contra o Chile). Da festa foram para Sampa apresentar peças nos SESCs da vida. A Cleonice Prado, minha ex (hoje uma das melhores amigas) veio e foi logo agarrada pelo Duka, que não é bobo nem nada. Acabou ficando pouco, pois entrava no trabalho no hospital bem no meio da festa. A Rose Barrenha circulou pelo salão todo com um prato arrecadando dinheiro para consertar a máquina fotográfica e juntou R$ 38 reais, que fiz questão de colocar no bolso sem pestanejar. Do conserto, pouco posso dizer, mas que é mais do que necessário, isso lá é. A cubana Rosa Tolon veio para ficar uns minutinhos, mas conseguimos segurá-la por um tempão e me trouxe uma linda recordação de seu país, que ela sabe eu adoro em todos os sentidos. A Valéria Villaça foi desenhada e foi sendo paparicada pelo atencioso Zequinha. Enfermeira, ficou atenta para ver se alguém passava mal. Daria os primeiros socorros até a chegada do Samu.
Foi uma alegria incontida ver o maetro George Vidal e sua esposa a Célia, filha de minha madrinha na festa. Ele estava mais contente que nunca por constar do MySpace com destaque. A Célia me disse que estava espantada por ele não querer ir embora cedo da festa. Ficou um tempão e o vi comendo umas três pratadas de feijoada. Batemos um papo dos mais alongados. Passei apuros quando do corte do bolo, pois queriam que fizesse um discurso, porém a espevitada da Tatiana, mal começava a falar já me apupava. Perdi a carretilha e a linha. Falei algumas coisas inteligíveis, devido à emoção, pança cheia de feijão e de cevada. Lembro de algo sobre ser um burro velho, que se funcionei até agora de uma forma, não será agora depois dos 50, que irei mudar e passar para o lado de lá, mudar convicções e o meu modo de ser. Lembro também de ter sido apupado, mas acho que não foi pela eficácia do discurso e sim, por estar rodeado de amigos e a boca ser livre. O cunhado Paulão passou rapidamente por lá, com o carro quebrado e a mana Erci trabalhando na loja, tomou uma cerva e mal comeu uma pratada de feijoada, teve que sair às pressas. O filho voltou do cinema e trouxe consigo alguns colegas de escola, que ficaram mais um tempo e depois foram assistir a outro filme. Ganhei do Vinagre um livro do desenhista norte-americano Will Eisner, que o filho abocanhou e ficou a ler ali mesmo, quase sujando o dito cujo de feijão.
Eu queria ficar aqui escrevendo e postando fotos por muito mais tempo, mas esse já é o mais longo texto meu publicado no blog e estou com um sono danado, preciso trabalhar amanhã. A festa foi muito boa, me diverti como nunca, rodeado de gente querida. Batemos um record festeiro. Devo ter esquecido de citar um monte de gente, outro tanto justificou ausência, outro não veio e o pior, esqueci de muitos. Sei que muitos ficarão bravos, outros magoados, mas nem tudo é perfeito, muito menos eu, que aos cinquenta continuo dando murro em ponta de faca e me cortando barbaridade. Espero que os que lá estiveram tenham gostado e curtido o que pude lhes proporcionar. Um abracito do tamanho do mundo para todos e ainda nesta semana volto com outro post da festa, esse só com as frases. É que muitos quiseram levar algumas embora. Deixei, mas quiz fotografar todos e suas escolhidas. Vou reproduzir isso. Deixa eu dormir, gente... Só mais uma coisa, sem a Ana Bia ao meu lado eu não conseguiria realizar nada disso.
meu querido henrique e caros leitores do blog mafuá do hpa
ResponderExcluiragradeço henrique tantas meio verdades. você consegue fazer coisas muito bonitas, independentes da minha presença na sua vida. fico feliz, porque estamos felizes, faltou dizer que as tais trufas foram feitas de coração, por mimha aluna rebeca da unesp. acostumada aos pedidos pequenos da professora ora - a fim do consumo da formiguinha hpa.... - rebeca se surpreendeu com uma tamanha encomenda... lindas e embaladas e coloridas - com direito a legenda de sabores. henrique filho se apropriou em etiquetar adesivos com a caricatura so convite. eu, hoje, morta de cansaço - por conta do que denominamos pós-produção..... correr a cidade ainda desconhecida, mesmo com o apoio de ana maria (vulgo meu gps)..... devolvendo quase tudo o que nos foram graciosamente emprestados para comemorar os 50 anos deste HPA tão especial.... ressalto aqui a grande e imensa generosidade do sivaldo que nos emprestou as louças. cátia, indicada por rose - tudo de bom. rosana que chegou por aqui cedo pra organizar tudo ao nosso lado - obrigada. "mana" helena foi a chef para os patês e para ajudar. sem marcos, filho de helena, jovem e cheio de força física e disposição para o trampo... ui! sozinha em bauru, com a responsa batendo a porta. quem pariu meteus - a idéia de que comemorar os 50 de henrique não passaria em branco - queo embale. peço uma ajuda a todos os que aqui estiveram presentes com câmeras fotográficas que enviem a henrique fotos. ele está triste por ter algumas fora de foco com o equipamento danificado que é o utilizado no seu cotidiano. ossos do ofício hobbístico que ele escolheu. tão linda iniciativa para esta cidade.
estou com sono. depois escrevo melhor.
um beijo a todos e o meu muito obrigada
ana bia andrade
ps da ana bia:
ResponderExcluirtati a mandioca maravilhosa ! o moço do estcionamento que abriu especialmente para todos, aos porteiros do prédio que tanto nos acolheram, o bolo de abacaxi da tia, a mensagem de oração do ricardo ... e tantas outras coisas as quais poderemos agradecer pessoalmente ao longo da vida. desculpem o cansaço e o nervosismo da primeira vez querendo proporcionar um ambiente de harmonia, paz, afeto e de tudo de bom para uma comemoração tão importante. e, a família do henrique esteve em peso presente. como isto é importante para qualquer ser humano... e pra a minha pessoa longe de toda a minha. é pura emoção.
boa noite
ana bia
Parabéns Henrique pela magnífica festa!sem dúvida ficará como um dos maravilhosos momentos da sua história!vce merece tanto carinho!espero estar em condições de participar das próximas,me perdoe por essa!mais uma vez grata pelo carinho e continua feliz!bjo carinhoso!Marisa F.
ResponderExcluirHenrique só faltou a foto do panelaço de feijoada, que tenho certeza estava cheia e suculenta e foi se esvaziando lentamente ao longo do dia. Fiquei feliz em ver nas fotos tanta gente conhecida e também os parentes, agora, para completar esse calvário dos 50tinha,(haja botecos ...), te esperamos junto com Ana Bia (afinal queremos conhecê-la) aqui no Tocantins para brindarmos com muita comida típica e muita cerveja gelada ( esse segundo item eu garanto) na beira dos rios de água sempre quente... não pudemos comparecer a essa comemoração, afinal o que são 1.800Km???, mas tenho certeza que a animação da festa foi grande e que depois da comilança veio a enorme preguiça.
ResponderExcluirFica daqui o nosso abraço e saudade.
João Albiero e Célia Grandini
Grande Padrinho! Uma pena não podermos comparecer. Ossos do ofício... De qualquer forma um grande abraço a você e a todos daí. Foi ótimo rever, ao menos em fotos os queridos parentes. Grande abraço!
ResponderExcluirQuerido irmão !!!!
ResponderExcluirAcho que conseguimos deixar essa data inesquecível pra ti .... pelo menos tentamos ...rs....
Foi um prazer ajudar no que pude ...vc merece ...
Amei te ver feliz... cercado de amigos... foi uma recompensa muito boa.
Que Deus te proteja sempre !!!!
Beijosssssssss