domingo, 27 de junho de 2010

UNS AMIGOS DO PEITO (39)

COMEMORAÇÃO NO BAR BRAZUCA E O SHOW DO ZECA BALEIRO
Vocês vão antecipadamente me desculpar, mas diante dos meus 50 anos, falo dele de forma repetida, hoje e em mais alguns dias. É que meus amigos mais chegados estão a me carregar por aí e estou meio que em estado de graça. Vagando por aí (seria melhor, flanando...). Na noite de quarta, o dia do aniversário, 23/06, após um dia estafante, cheio das correrias do trabalho e mais um pouco no começo da noite, por volta das 22h, querendo desistir, cansado da lida, sou arrastado pelo Duílio Duka e por Sivaldo Camargo para o bar Brasuka, na rua aviador Gomes Ribeiro, quase na esquina com Araújo Leite. Um bar diferenciado, cheio de camisas esportivas pelas paredes, todas ocupadas por posters e penduricalhos mil. No comando mãe e filho e a bagança organizada rolando sempre até altas horas. Lugar para se bebericar no meio da noite, até o sol raiar (não aguento mais isso). Lá estivemos e começamos a travar um duelo conosco mesmo. Colocar as conversas de cinqüenta anos em dia não é tarefa das mais fáceis e rápidas. E cevadas foram se achegando. E quem veio a seguir, juntando-se o grupo foi Ana Bia. E outro, que já estava por ali, o desenhista Gonçalez, fazendo caricaturas dos presentes no bar por módicos R$ 5 reais, achegou-se a mesa. Fez caricaturas de todos, menos a minha, que já havia sido retratado por ele, num desenho diante de um bolo dos meus cinquentinha. Armaram tudo às escondidas e quando menos espero chegam uns drinques coloridos (depois fico sabendo serem brindes da casa), com o meu em maior tamanho e logo a seguir, uma porção de batatas, enfeitada por bacons, representando um bolo de aniversário (foi o mais próximo que encontraram) e com duas velas, que a Ana havia trazido no bolso do colete, com os números 5 e 0. Isso foi motivo para prolongarmos as conversações até não mais poder. E “hablamos” de tudo um pouco, de projetos a realizar, de outros em andamento e com tristeza, dos abandonados no meio do caminho. Traçamos novos planos e trançamos a pernas. Teríamos assunto para muito mais, só não sei se o corpo agüentaria. Saímos de lá quase 2h30 de lá matina. Ana e seu GPS tomaram rumo de sua casa e fui levar os dois amigos nas suas. Desmaiei ao chegar na minha, não vi mais nada, pois o corpo queria mais é ser abraçado pela cama, que me chamava e me teve. Ploft! Eu nunca peço muito. Adoro continuar circulando por aí com amigos e chegados. Parando com isso, definho e deixo de ser o que sou. E assim toco meu barco.

No dia seguinte, 24/06, mais um show no SESC Bauru, dessa vez com ZECA BALEIRO. Fui e levei comigo o filho, 16 anos. Lá reencontro muitos amigos e acabo ficando o show inteiro ao lado de Tatiana Calmon e sua filha Dandara, 17 anos, amigos de toda hora. O filho e Dandara não se viam há uns dez anos, quando estivemos juntos, casais e filhos, num almoço italiano na praça Rui Barbosa em algo promovido pela igreja catedral. Tinha vagas lembranças deles todos sujos de macarronada. A Tatiana ficou de localizar essas velhas fotos e em breve elas estarão aqui. Os dois ficaram lá a papear e se esqueceram dos dois velhos, que embalados pela música do Zeca, cantavam e até tentavam agitar o corpo no espremido ginásio, abarrotado de gente. Cantei as que sabia e remexi o corpo nas mais dançantes. As letras das músicas do Zeca são únicas, cheias de citações desencontradas e inusitadas, dando um toque mais do que peculiar, um estilo só dele. E ele me fala coisas que gosto de ouvir. Todas suas músicas possuem frases marcantes, que me tocam. Ele possui uma sensibilidade que vai além da musical, indo para uma afinidade também no quesito da linha de pensamento. O show foi muito bom, contagiante e inebriante. A sua banda é muito boa e parece que flanava no ginásio ao escutar o som de uma gaita e uma sanfona, intercalada a guitarra e uma bateria. O melhor de tudo é que o filho gostou, pediu para voltar escutando coisas do Zeca no carro e me pediu CDs dele emprestado.

OBS.: Ontem, correrias mil, diante de uma feijoada para uns poucos amigos, parentes e chegados, faltei ao compromisso blogueiro. Bater cartão todo santo dia não é fácil. Volto hoje, com este post e outro, mais à tarde, sobre a tal feijoada... Fiquem com a música de Zeca.

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