Mafuá do HPA

CENA BAURUENSE (65)

ARNALDO ANTUNES, O IÊ IÊ IÊ E A OPÇÃO POR BOA MÚSICA

Noite de quinta, 12/08, a música de reconhecida qualidade rolava no palco do SESC Bauru, dessa vez com a presença de Arnaldo Antunes e banda (e que banda), no seu novo show intitulado Iê Iê Iê. O ginásio não estava completamente lotado, enquanto do outro lado da cidade, com certeza, um outro palco o estava, mas se assim querem seus realizadores, dá-lhe música de péssima qualidade para as massas, enquanto que o SESC continua com uma programação primorosa, daquelas a só merecerem elogios. Vou com a namorada Ana Bia e Fátima Pavanato, amiga de uns 30 anos. Ficamos na boca do gargarejo, bem debaixo do palco, quando pudemos presenciar tudo como se de camarote estívessemos. Demos todos a maior sorte, pois bem em cima dos nossos pescoços um dos maiores guitarristas brasileiros, Edgard Scandurra. Sem palavras para expressar a grandiosidade do som emitido pelas cordas magistralmente tocada por esse músico, o que de melhor existe no mercado brasileiro. Puro êxtase.

Arnaldo acerta em cheio com a escolha de um repertório sobre o tema do iê iê iê e mais algumas de temática brega, com um toque mágico de alguns músicos escolhidos à dedo. Vieram com ele, Betão Aguiar no baixo, Chico Salem no violão e guitarra, Curumim na bateria, Marcelo Jenice no órgão e o Sacandurra na guitarra. Foram momento magicos vividos por ali, quando mais uma vez, reconhece-se que existem sim, musicas de muito boa qualidade neste país. Uma pena é a baixa qualificação dos programadadores de eventos, shows e espetáculos, que mesmo diante de tanta coisa boa, preferem, na maioria das vezes, continuar insistindo em produzir "merda". Abro os jornais e vejo que na Feira Agropecuária de Jaú desse ano, realizada nesse momento, num dia terão Sérgio Reis e Renato Teixeira. Ainda nos jornais, leio que em Jaú só agora, durante algo denominado por eles como Inverno Musical, estiveram por lá, Jorge Ben Jor, João Bosco, Inezita Barroso, Hermeto Paschoal e Francis Hime. Por aqui, de forma gratuita, um festival de horrores. Estão vendo essa foto de um moço alegre, fazendo positivo para a foto, é o Renato e seu filho, são de Bariri. Ele é o dirigente cultural de Bariri e me convidava para estar por lá no final de semana, quando ocorreria em praça pública um Festival Mazzaropi, com filmes e peças de teatro. Renato, além da função cultural, toca guitarra na melhor banda cover do Legião Urbana que conheço e sabe do que estou falando quando reclamo boa música.

Gente, eu não quero me estender mais. Hoje estou muito reclamão. Queria desabafar um pouco e o fiz. Ainda bem que existe o SESC a nos salvar em Bauru. Que seria de nós aqui na cidade sem ele? Foi vibrante presenciar a garra do Scandurra, que já esteve conosco numa Virada Cultural, tocando na Estação Ferroviária, quando fez da Maria Fumaça seu camarim. Repetiu a noite vibrante na quinta, junto de uma voz a me empolgar, Arnaldo Antunes. O casal da foto é Pedro e Fátima Pavanato, mãe e filho, ambos de Pirajuí e radicados aqui. Reclamem que publico mais fotos do Scandurra, mas é que a noite foi dele, só deu ele e assim sendo, um vídeo do trio de cordas, comandado por ele. Para mais sobre esse show e o Arnaldo, nada melhor do que consultar seu próprio site: http://www.arnaldoantunes.com.br/. Salvei a semana!!!!!!

MAIS E MAIS: Tenho na fila de publicação aqui, algo sobre o lançamento da candidatura do Roque no GREB, um Memória Oral com o pessoal do Espaço Cultural Sertanejo, uma ida Bariri presenciando um dia na vida de uma equipe da ESPN, filmando um documentário sobre o Centenário do Noroeste e um Retrato de Bauru com Amilton, o presidente do SOS Cerrado. Vamos devagar, pois tenho que estar domingo na reabertura da Feira de Artes junto ao MIS/Estação Paulista, ir na Agrifan ver o que o pessoal do assentamento Terra Nossa está aprontando e rever Mariza Basso no SESC. Haja folêgo e isso tudo com reformas aqui em casa (tô cheirando tinta) e um mafuá todo de pernas para o ar.