Mafuá do HPA

PRECONCEITO AO SAPO BARBUDO (34)

DESAVENÇAS VIA MISSIVAS À TRIBUNA (DO LEITOR, DO JORNAL DA CIDADE)*
* Essa carta foi enviada ao Jornal da Cidade em 14/03, conforme explico abaixo e em resposta a textos anteriormente publicados no jornal. Não foi publicada, pois a postura do JC é não prosseguir com polêmicas. Dão uma réplica e encerram o assunto. Achei melhor sua reprodução aqui e para um melhor entendimento se faz necessário a leitura desses textos, leitura essa que pode ser feita clicando nos links logo após cada citação.

Não é necessário ser petista, lulista, dilmista ou até mesmo esquerdista para concordar ipsis litteris com a carta publicada nessa Tribuna em 10/03 por Pedro Valentim (http://www.jcnet.com.br/busca/busca_detalhe2011.php?codigo=202913 ) e contrário ao escrito por Ricardo Coube em 06/03 (http://www.jcnet.com.br/busca/busca_detalhe2011.php?codigo=202771 ). Basta ter bom senso, entender o país sem a malversação de estar atrelado a um caolho modo de enxergar o país e mais, sem a maldade peculiar dos que apostam no caos e querem o retorno em período integral do neoliberalismo e do pensamento único a dominar o mundo capitalista. Fujo desses últimos, pois representam um país dominado por uma casta, os ditos privilegiados, que se acham enviados divinos, letrados e únicos a terem a sapiência para comandar os destinos de todos os brasileiros. Vimos no que isso deu. “Conheço esse filme, a gente morre no fim”, diz a música.

Iguais a esses, dois outros, assim como eu e Pedro, useiros e vezeiros em escrevinhações nessa Tribuna. São eles, Márcio M. Carvalho (http://www.jcnet.com.br/busca/busca_detalhe2011.php?codigo=203129 ) e João Guilherme Ortolan (http://www.jcnet.com.br/busca/busca_detalhe2011.php?codigo=203134 ), cartas publicadas em 13/03, com a diferença de que esses fazem a defesa desbragada do período FHC, com certeza aos mais de 16 anos do tucanato a governar São Paulo e apoiaram (sem pestanejar, tripudiar e contestar) tudo o que Serra produziu de retrocesso durante a última campanha eleitoral. Fazem parte de algo a entristecer os que baseiam seus escritos em dados sérios, com fundamentação. Repudio gente que defende algo dessa forma, falseando a verdade ao seu bel prazer, tudo para prevalecer seus interesses e pontos de vista.

A última é apregoar que o governo do sapo barbudo infelicitou esse país, deixando herança maldita para Dilma, quando até as pedras do reino mineral sabem que o ocorrido foi exatamente o contrário. Ainda não se deram conta de algo e assim sendo é sempre bom lembrá-los que Dilma não faz e nunca fará qualquer tipo de oposição à Lula e por um simples motivo. O governo dela, aquela que chamavam até ontem de feroz guerrilheira é a continuação do governo de Lula e segue na mesma linha. Enxergar isso e entender o novo momento vivido pelo país, dando crédito positivo a quem de direito é um mínimo exigido. Será que eles já se deram conta de que o Serra perdeu a eleição? A ficha deles precisa cair.

ALEGRIA DOMINICAL - Como faço sempre fui ontem ao Alfredo de Castilho. Motivos existiam para deixar de fazê-lo e o primeiro uma suculenta feijoada no bar SAUDOSA MALOCA, que por volta das 15h, quando abandonei o local meio que as escondidas, fervia de gente e agitação. Um Carnaval a invadir o período quaresmal, regido por uma banda em plena calçada, fazia ESPANHOL, driblar fiscais: "Só hoje passaram três, mas digo a eles que meu irmão, o proprietário está ausente". Ninguém dormia naquele horário, por volta das 14h de um sábado, mas a fiscalização, que em outros lugares se mostra lenta, ali fazia marcação cerrada. Sai de lá ouvindo da boca de dois noroestinos, professor Sinuhe e o jornalista Leonardo de Brito que venceríamos o jogo aos 46', na prorrogação. A esperança estava conosco. Fui com a Ana, dou uma passadinha na sede da Sangue Rubro e o espanto é com a pequena quantidade de torcedores. "Somos e seremos os mil de sempre", me diz um na fila. Mas até quando? Pelo menos até termos um time melhor contratado, escalado e oferecido ao público, pois grana existe no momento, mas qualificação para escolha dos jogadores, nenhuma. Nas arquibancadas torcedores até da Sangue Capital. O jogo é sofrível, falta conjunto, nem o experiente técnico, Lori Sandri possui o time na mão. Aparenta não entender o que se passa. Numa jogada de rara felicidade, uma disputa entre Otacílio e o goleiro da Ponte Preta, o gol, aos 46' do primeiro tempo. Enlouqueci junto da Sangue, aproveitando para xingar nesse momento, abafado pelos gritos da massa, todos os que estavam engasgados, jogadores, políticos e os "merdas" de sempre. Não ousamos quase nada no segundo tempo. Seguramos o resultado como pudemos, com a ajuda de nosso ótimo goleiro e ganhamos, saindo assim, temporariamente da zona do rebaixamento. Alma lavada, nem voltei para terminar a feijoada e a constatação de que o gol saiu sim aos 46', como previsão feita no bar, mas do primeiro tempo. O sofrimento não acabou e o novo round é na quarta, 23/03, contra o Grêmio Prudente, o último lugar do campeonato. Ufa, dormi tranquilo, mas o time é ruim demais, porém, ganhamos e era isso que precisávamos. E como Ivan Lins sai cantarolando: "Desesperar jamais/ afinal de contas, não tem cabimento/ entregar o jogo no primeiro tempo..." (http://www.youtube.com/watch?v=cW1ZnIrPAzI ).