terça-feira, 12 de abril de 2011

DOCUMENTOS DO FUNDO DO BAÚ (22)

A RETOMADA DO DESEJO DE SE TER UMA CARTILHA SOBRE O CODEPAC
Recordo hoje aqui uma história que está tomando novamente corpo, com reais possibilidades de concretização, a da viabilização de uma Cartilha com os imóveis tombados pelo CODEPAC – Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Bauru, histórico sobre o mesmo e informações básicas sobre o tema. Presidi o conselho por quatro anos, de 2005 a 2008 e vivenciei uma tentativa de viabilização da cartilha no último semestre de 2008, quando algo mais concreto foi conseguido. Relato aqui um pouco do que foi construído naquele momento, até como contribuição para que sua viabilização ocorra de fato nesse momento.

Em reuniões do Conselho foi estabelecido um grupo para discutir o tema, tendo eu e os conselheiros Nilson Ghirardello – UNESP e Márcia Nava – USC como membros. Márcia escreveu um texto inicial, Nilson disponibilizou um outro sobre a história da criação do Conselho, que usou na universidade e poderia ser adaptado para nossas necessidades e eu, fiquei inicialmente com a parte do contato com o apoio, que veio integral do Jornal da Cidade, assumindo então a responsabilidade pela impressão.

Paralelo a isso duas ocorrências. Na primeira, o CREA, com coordenação do arquiteto Nilson Ghirardello lança uma cartilha “Patrimônio Histórico: Como e por que preservar”, contendo conceitos sobre o tema e distruido por nós em vários segmentos da cidade. Na segunda, algo dentro da Secretaria Municipal de Cultura, quando a ainda estudante de arquitetura Luiza Yumi Bueno Sado, faz um estágio no setor de Patrimônio e apresenta a proposta de uma cartilha, a “Patrimônio Histórico do Município de Bauru – Edificações Tombadas”, dando um pontapé inicial de como a nossa poderia ficar. Nas discussões dentro do CODEPAC, a maior preocupação era como o conselho era visto pela sociedade e as informações desencontradas quando divulgadas. Nem o nome correto do Conselho era divulgado pela imprensa, cada hora de um jeito e as informações sobre os imóveis tombados, tinham que ser repassadas por nós a cada assunto levantado. A cartilha sanaria isso, não só para imprensa, mas para estudantes, historiadores e interessados de uma forma geral. Até hoje poucos entendem de fato a importância de imóveis serem tombados, em quais circunstâncias, como ocorre, benefícios e problemas.

Faltou perna. O meu tempo de permanência na Cultura expirou no início de 2009, o CODEPAC ficou sem vida ativa de janeiro até junho de 2009 e tudo foi deixado de lado. Assumo parte da culpa, pois centralizei algumas ações em minha mesa de trabalho, sempre atulhada de papéis e isso não navegou num mar de tranqüilidade. Com muitas outras coisas a fazer, essa acabou sendo mais uma delas. O problema maior foi a definição do texto final, que nunca chegou a passar pelo crivo final do Conselho, pois ainda estava recheado de termos técnicos. O JC imprimiria de 1000 a 2000 exemplares, com gráfica já definida e toda criação do design por conta da mesma, além de designar fotógrafo para tirar foto atualizada de cada imóvel (seriam duas na cartilha, uma antiga e outra atual). Tratativas foram feitas, preços definidos e tudo foi encerrado em 2009, após uma última tentativa.

A retomada é auspiciosa e necessária. Que o Conselho não deixe tudo nas mãos somente da Prefeitura, estabelecendo uma comissão para tratar do tema, com vários membros envolvidos na sua formatação e que os contatos sejam retomados. O que já foi feito pode servir de material inicial, pois hoje, os membros do conselho são outros e talvez, a linha de direcionamento desse trabalho tome também outros rumos. O mandato do atual Conselho é de 2009 a 2013 (Decreto Lei nº 10.937, de 08/05/2009), com renovação no cargo de direção de dois em dois anos e o importante é a retomada e a real possibilidade da concretização da cartilha. Torço e me coloco à disposição nesse sentido.

4 comentários:

  1. Prezado Henrique, embora vc não me conheça, fui vizinho de sua mãe e sua tia desde o tempo em que as mesmas sentavam debaixo da jabuticabeira com fito de estudar. Que saudades da dona Olivia e senhor João.
    Gostaria que vc entrasse em contato para que eu pudesse enviar umas fotos minhas para que vc entregasse a sua querida mãe e tia. Meu email é adv.jbarbosa@gmail.com
    Atenciosamente

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  2. Jair
    Com o maior prazer; Ainda ontem comentava com um amigo sobre a ex-jabuticabeira, que estava no exato lugar onde hoje é o escritório do Canfiança Falcão.
    Te envio um e-mail a seguir.
    Abracitos do
    Henrique - direto do mafuá

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  3. Henrique, como sempre este Mafuá nos informando e formando... agora entendi o processo da Cartilha, apareça para o cafezinho e um bom papo no Departamento... Obrigadão por tudo...bjs...Neli

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  4. Neli

    Tá tudo preparado para ser repassado para ti. Não fui hoje por causa da chuva forte. Sabes que sou da população ribeirinha.

    O Fábio Pallotta também me ligou achando que nós havíamos conseguido imprimir uma tiragem da cartilha em 2008. Longe disso. Ficamos na tentativa.

    Vc, Elson, Orlando, Gifalli, Alex, Losnak podem dar solução de continuidade nisso. Mas não deixe que sobrecarreguem vcs da Prefeitura, façam alguns outros conselheiros do Codepac assumirem encargos para agilizar essa viabilização. Deixando tudo fica sobre os ombros do pessoal da Prefeitura e isso é preocupante.

    A cartilha precisa vingar e vc, minha cara Neli, na frente disso, acho que vingará mais rápido do que imaginava.

    Abracitos e amanhã com chuva ou sol passo aí. O café é por tua conta (e risco).

    Henrique - direto do mafuá

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