‘PARAGATAS’ NOS PÉS, REVIVO ALGO DOS ANOS 70 E 80 NA ARGENTINA
Nos anos 70 e 80 era muito comum andarmos por aí ostentando nos pés uma aconchegante “Alpargatas”, que a grande maioria chamava carinhosamente de “paragatas”. Feitas de lona e com o solado de corda, uma gostosura. Tive várias, de cores e texturas diferentes. Com o passar dos anos, pelo menos pelos lados de cá, caiu em desuso e acabou no esquecimento. Anos atrás fui encontrar alguns exemplares sendo vendidas novamente em Bauru na famosa Loja do Hippie, antes do seu falecimento, ali na rua Primeiro de Agosto, quase esquina com Virgilio Malta. Eram bem mais caras, deixaram de ser feitas no Brasil, uruguaias. Fiquei com água na boca e não comprei. Hoje a loja dos herdeiros do Hippie é lá no começo da Getúlio e nem sei se revende as famosas alpargatas, mas que isso é a cara daquela loja, isso é. Teve uma época que não as tirava dos pés. E não me venham dizer que isso é pisante de mulher, nada disso, assumo sem preconceitos a praticidade do seu uso. Meus pés adoram.
Pois bem, nesses dias que passei em Buenos Aires no final de julho, circulando com os meus à noite pelas imediações do hotel, numa feira de ambulantes no meio de um calçadão, vejo as tais alpargatas. Essa feira lá dos argentinos, pelo menos nesse local, num trecho da rua Cullen é toda e tão somente de peças de artesanato, desde artigos de couro, pinturas, artes, bolsas, bonés, bottons, etc. Por ali, estendidos em panos no chão não vi nada de importados. As alpargatas me chamaram a atenção desde o primeiro momento que as vi. Bateu aquela saudade gostosa de tempos vividos, uma nostalgia a martelar a alma. Tudo vem a calhar, pois nessa viagem fiz algo que decididamente não se deve fazer em algumas delas onde se irá caminhar muito, que é o fato de estrear um pisante novo. Fiz isso com um tênis e meus pés ficaram em frangalhos. Queria mais é ficar de chinelos e as “paragatas” vieram bem a calhar.
Pois quase no último dia, na sexta, 29/07, ao retornar de minha ida na FM Urquiza, com um vento cortante invadindo aqueles lados da cidade, descemos os três, eu, Ana e o filho, caminhamos algumas quadras e vamos fazer negócio, ou seja, acabamos por comprar três, uma para cada. Ana e o filho nunca tiveram uma e se deliciaram com a gostosura nos pés. Um simpático chileno nos explica que tudo é feito por ele mesmo, da forma mais artesanal possível, sendo que o solado atual, teve que partir para um de borracha, aumentando sua durabilidade, pois naquele antigo sistema de cordas, encharcava demais e acabava dando somente para uso doméstico. Mesmo com o vento, permanecemos mais de meia hora ouvindo as histórias sobre como veio parar na cidade, como encontrou esse nicho de mercado, muito popular em todos os países do cone sul, diz ele e até nos passa dicas internéticas da história de seu país. Viajamos e de lá, deixamos as comprinhas no hotel e vamos dar uma nova passada num dos locais que mais estivemos na capital argentina, um bar chamado El Federal (conto essa história fotográfica aqui qualquer dia desses), fazendo a estréia das “paragatas”. Dia seguinte, a viagem foi feita com o pisante novo nos pés. Os pés voltaram calmos e não esboçaram nenhum reclamo. Ainda acho que existe um mercado aqui no Brasil para elas, mas não vejo ninguém fazendo algo no sentido de reativar uma febre do passado, mesmo a “Alpargatas” possuindo uma linha no mercado. O que gosto mesmo é dessas, feitas à mão. Saudosista extremado voltei a ter a minha.
UM EVENTO QUE JÁ FOI DAQUI E COMEÇANDO HOJE NA BARRA BONITA:
O Festival Interamericano Árabe CIAD Brasil - I Edição Barra Bonita, hoje 17 de Setembro, com início às 15h30, lá no Teatro Municipal Profa Zita de Marchi - R. Luis Begnato s/nº, numa realização da Márcia Nuriah, Aisha Latifa e do CIAD - Confederação Interamericana de Danças. Em sua 1.a edição na Barra Bonita, após 12 anos em Bauru, pois neste ano o teatro de Bauru passou por reformas que impediram o agendamento na cidade dentro do prazo da CIAD. A Organização elegeu Barra Bonita para sediar o evento por sua infra-estrutura e atrativos como estância turística e capacidade do teatro local. O evento terá característica regional, com cerca de 40 grupos selecionados por limitação de inscrições e será a seletiva brasileira para os festivais Mejores CIAD 2011 e Fórum Mundial de Danza 2011, ambos realizados na Argentina .
Contará com participação especial de Esmeralda Colabone (Bailarina brasileira com carreira no Oriente Médio, dançou vários anos em Dubai ), Jade Suhaila (Bailarina integrante do grupo Folclórico Nuriah , professora de dança do Ventre e Tribal) e Luy Romero (Professor de danças indianas, tribais e de salão em SP, co-diretor do grupo Athala Tribal e Ganesha). Neste ano o festival estará fazendo uma grande homenagem ao Mestre Ally Hauff, trágica vitima da irresponsabilidade no trânsito na cidade de Sao Paulo, atingido por um participante de "racha" em via pública. Estaremos também fazendo um alerta e um apelo a paz e a responsabilidade no transito no evento. Outros nomes: Clarice e Beto Bonini (revelação em danças árabes de casal) e Patrícia Tsumotto (professora integrante do GF Nuriah, premiada em Primeiro lugar no Festival Mercado Persa de SP. Maiores informações: aishalatifah@hotmail.com e marcianuriah@hotmail.com , pelo telefone 14 3227 2027 e na Secretaria de Cultura de Barra Bonita. Márcia Nuriah é uma artista na acepção da palavra e merece todos os elogios por tudo o que sempre fez pela dança.
Pois bem, nesses dias que passei em Buenos Aires no final de julho, circulando com os meus à noite pelas imediações do hotel, numa feira de ambulantes no meio de um calçadão, vejo as tais alpargatas. Essa feira lá dos argentinos, pelo menos nesse local, num trecho da rua Cullen é toda e tão somente de peças de artesanato, desde artigos de couro, pinturas, artes, bolsas, bonés, bottons, etc. Por ali, estendidos em panos no chão não vi nada de importados. As alpargatas me chamaram a atenção desde o primeiro momento que as vi. Bateu aquela saudade gostosa de tempos vividos, uma nostalgia a martelar a alma. Tudo vem a calhar, pois nessa viagem fiz algo que decididamente não se deve fazer em algumas delas onde se irá caminhar muito, que é o fato de estrear um pisante novo. Fiz isso com um tênis e meus pés ficaram em frangalhos. Queria mais é ficar de chinelos e as “paragatas” vieram bem a calhar.
Pois quase no último dia, na sexta, 29/07, ao retornar de minha ida na FM Urquiza, com um vento cortante invadindo aqueles lados da cidade, descemos os três, eu, Ana e o filho, caminhamos algumas quadras e vamos fazer negócio, ou seja, acabamos por comprar três, uma para cada. Ana e o filho nunca tiveram uma e se deliciaram com a gostosura nos pés. Um simpático chileno nos explica que tudo é feito por ele mesmo, da forma mais artesanal possível, sendo que o solado atual, teve que partir para um de borracha, aumentando sua durabilidade, pois naquele antigo sistema de cordas, encharcava demais e acabava dando somente para uso doméstico. Mesmo com o vento, permanecemos mais de meia hora ouvindo as histórias sobre como veio parar na cidade, como encontrou esse nicho de mercado, muito popular em todos os países do cone sul, diz ele e até nos passa dicas internéticas da história de seu país. Viajamos e de lá, deixamos as comprinhas no hotel e vamos dar uma nova passada num dos locais que mais estivemos na capital argentina, um bar chamado El Federal (conto essa história fotográfica aqui qualquer dia desses), fazendo a estréia das “paragatas”. Dia seguinte, a viagem foi feita com o pisante novo nos pés. Os pés voltaram calmos e não esboçaram nenhum reclamo. Ainda acho que existe um mercado aqui no Brasil para elas, mas não vejo ninguém fazendo algo no sentido de reativar uma febre do passado, mesmo a “Alpargatas” possuindo uma linha no mercado. O que gosto mesmo é dessas, feitas à mão. Saudosista extremado voltei a ter a minha.
UM EVENTO QUE JÁ FOI DAQUI E COMEÇANDO HOJE NA BARRA BONITA:
O Festival Interamericano Árabe CIAD Brasil - I Edição Barra Bonita, hoje 17 de Setembro, com início às 15h30, lá no Teatro Municipal Profa Zita de Marchi - R. Luis Begnato s/nº, numa realização da Márcia Nuriah, Aisha Latifa e do CIAD - Confederação Interamericana de Danças. Em sua 1.a edição na Barra Bonita, após 12 anos em Bauru, pois neste ano o teatro de Bauru passou por reformas que impediram o agendamento na cidade dentro do prazo da CIAD. A Organização elegeu Barra Bonita para sediar o evento por sua infra-estrutura e atrativos como estância turística e capacidade do teatro local. O evento terá característica regional, com cerca de 40 grupos selecionados por limitação de inscrições e será a seletiva brasileira para os festivais Mejores CIAD 2011 e Fórum Mundial de Danza 2011, ambos realizados na Argentina .
Contará com participação especial de Esmeralda Colabone (Bailarina brasileira com carreira no Oriente Médio, dançou vários anos em Dubai ), Jade Suhaila (Bailarina integrante do grupo Folclórico Nuriah , professora de dança do Ventre e Tribal) e Luy Romero (Professor de danças indianas, tribais e de salão em SP, co-diretor do grupo Athala Tribal e Ganesha). Neste ano o festival estará fazendo uma grande homenagem ao Mestre Ally Hauff, trágica vitima da irresponsabilidade no trânsito na cidade de Sao Paulo, atingido por um participante de "racha" em via pública. Estaremos também fazendo um alerta e um apelo a paz e a responsabilidade no transito no evento. Outros nomes: Clarice e Beto Bonini (revelação em danças árabes de casal) e Patrícia Tsumotto (professora integrante do GF Nuriah, premiada em Primeiro lugar no Festival Mercado Persa de SP. Maiores informações: aishalatifah@hotmail.com e marcianuriah@hotmail.com , pelo telefone 14 3227 2027 e na Secretaria de Cultura de Barra Bonita. Márcia Nuriah é uma artista na acepção da palavra e merece todos os elogios por tudo o que sempre fez pela dança.
Henrique,
ResponderExcluirque história é essa?
eu sempre achei Alpargatas e sempre as usei.
a linha masculina é que deve ser mais difícil.
gostosissímas de usar.
pés velhos de guerra descansam suavemente nelas.
quando quero dar um descanso para o salto alto, coloco uma.
tenho umas quatro.
Aurora