O QUE FAZER EM BAURU E NAS REDONDEZAS (10)
O CARNAVAL DE BAURU TENTA MOSTRAR A QUE VEIO - EU NO MEIO DISSO TUDO
Gosto muito de toda e qualquer manifestação e envolver o nome CARNAVAL. Sei muito bem separar o joio do trigo e não me peçam para estar em atividades ditas carnavalescas a envolver axé, Telós e afins. Isso é uma coisa, Carnaval (sempre com letra maiúscula) outra. Não gosto também de quem compara essa que é a nossa mais rica manifestação cultural com festins outros. Exemplo: A barafunda que conseguiram transformar o “DAE de Bauru é um verdadeiro Carnaval”, como se a festa fosse um lugar onde tudo pode acontecer, de bom e de ruim. O que fizeram do DAE é outra coisa, uma bestialidade sem fim e denunciar quem conseguiu transformar o que antes era um primor na confusão administrativa de hoje, precisa terem seus nomes divulgados, pregados em cartazes nos postes públicos, para execração municipal. Faremos isso. Mas não é disso que trato hoje aqui nesse mafuento espaço.
Sou um carnavalesco, inveterado amante dessa manifestação autêntica de nossa cultura. Sofri demais quando da interrupção dos festejos em Bauru, mas entendi que tudo havia tomado uma proporção esquisita, talvez até sem sentido, com a valorização de algumas pessoas, que foram as que o derrocaram. Chegou-se ao fundo do poço. E de lá, aos poucos, com iniciativas feitas ano após ano, vejo uma luz no fim do túnel. Gente a fazer uso do advento Carnaval sempre existirá, como em tudo nessa vida. A Mocidade mesmo recebeu verba ano passado e não desfilou, nem ensaiou, mas não devolveram a grana, que acabou ficando lá para nem sei quem. Nesse ano, nada mais justo, terão que sair sem verba até provar seriedade. Leio muito sobre a movimentação de nossas escolas. Ouvi todos os programas, “Casa de Bamba”, que o Tuba e a Léia revivem na Auri-Verde, quando dão voz aos sambistas e relembram histórias maravilhosas, com belas entrevistas. Liguei num deles para relembrar de um carnavalesco de fato e de direito, GUILBERTO CARRIJO, que hoje dá nome ao Sambódromo e me ensinou a gostar disso tudo, principalmente do Carnaval carioca. Esse mora no meu coração.
Quando me perguntam algo sobre o Carnaval desse ano, pouco sei, pois pouco presenciei. Sábado passado estive na Batista com o Chiquinho Saez, da Tradição do Mary Dota e sei de sua luta. Faz o que pode, como pode e transformou sua casa numa extensão da escola, com instrumentos espalhados por cada cômodo. Quer maior dedicação que isso. Podem até dizer, “mas ele levou tudo para sua casa, misturou tudo”. Se não tivesse feito isso, tudo estaria definitivamente perdido e hoje teriam que começar do zero. Parabéns a ele. Ouvi dele uma reclamação, que sei deve ser o grande problema do Secretário de Cultura, o Elson Reis. Nenhuma Escola de Samba de Bauru recebeu o valor da verba de forma antecipada e dessa forma fica difícil, pois estão roendo osso e fazendo sopa de pedra. Elson deve estar atento e pronto para corrigir isso nos próximos anos. A única escola que fui espiar um ensaio foi a dele, numa pastelada domingo passado e fiquei boquiaberto com o improviso, a forma como conseguem resolver os pequenos problemas, todos na base da gambiarra. Tem muito amor envolvido nisso e valorizo essas pessoas.
Conheço também a Cidinha do Azulão, o Pascoal da Cartola, o Avelino do Geisel, mas samba mesmo fui aportar num ensaio do Bloco Pé de Varsa, lá na vila Falcão, onde até hoje me vejo menino. No meio do quarteirão do Bar do Ditão (japonês é o dono, mesmo com esse nome), no quintal da casa do presidente, o samba corria solto na noite do último domingo. Eram quase 22h e dei o ar da graça. A Cláudia Coelho, da direção do bloco me ciceroneou, além de dois amigos, a Elizeth da Cultura e seu marido Silvio Vieira. Revi também velhos amigos, a advogada Zanza e seu marido Fernando, levando a filha que sairá no bloco. Fui lá porque quero desfilar. Irei eu, meu irmão Edson, sua filha Maria Carolina e provavelmente meu filho Henrique. A camiseta custa R$ 30 reais. Lá também o meu primo, Beto Grandini, destaque do bloco, aos moldes do que fazia nos áureos tempos da Mocidade. Vou estar em casa nesses dias e gastar um pouco da sola dos meus sapatos. Todas as fotos desse post foram tiradas nesse ensaio. Primeiro uma sambista, a rainha da bateria do bloco, que não sei nome, nada alémdo sambano pé, mas a vi sambando e sei que fará bonito na avenida. Depois algo singelo, um garoto observando o bloco a batucare vendo um instrumento abandonado num canto, vai até ele e faz dele uso no ritmo da batida. Cliquei isso em vários momentos e também nada sei dele, quem seja, filho de quem, essas coisas. Achei lindo os dois momentos e com eles dou meu pontapé inicial no quesito Carnaval de Bauru.
OBS.: Nesse ano o SESC tem algo muito singelo sobre Carnavais antigos. Alguns poucos bailes, inclusive alguns da Terceira Idade, revivem o Carnaval à moda antiga. O da Hípica é mais tradicional, até porque traz de volta a Banda da Folia, cujos Carnavais acompanhei anos a fio no extinto BAC. Os na rua baterei cartão. E se der tempo quero conhecer o de Torrinha, que possui um desfile de bonecos gigantes, algo único na região. Quem irá me ciceronear será o maestro George Vidal, que é de lá e não perde uma festa naquela cidade. Estarei por aqui, em exposição, "feito sardinha de balcão" (frase do AldirBlanc). Curtam o vídeo de um trecho com a batida do samba do Bloco Pé de Varsa, da vila de minha infância, a na beira dos trilhos, a Falcão:
Henrique, meu caro
ResponderExcluirSua lembrança do bardo carnavalesco, o insubstitível Guilberto Carrijo é algo para mover a moviola de nosso cerebelo. Vai amar assim o Rio lá na pqp. Igual a esse nunca vi, nem a portelense Cida, que voce retratou aqui. Toda vez que adentro do Sambódromo dou uma mijadinha num canto em homenagem a ele. E a faço dessa forma, não com menosprezo, mas com as horarias de praxe de que era merecedor. Mijando eu o reverencio.
Daniel
Pô, Daniel, mijadinha para homenagear uma pessoa querida. Essa nunca vi. Mas acredito que o tenha feito na melhor das intenções, dentro da jocosidade da festa que se aproxima e também como crítica por lá não existirem tantos banheiros públicos assim. Eu nunca pensaria nessa inusitada forma para homenagear o querido Guilberto. Talvez um porre, desses homéricos, mas como a coisa foi na base do elogio, que assim seja. Vamos ao Carnaval...
ResponderExcluirHenrique – direto do mafuá
DEPOIS DE TANTO TRABALHO, CAÍMOS EM UMA DITADURA.
ResponderExcluirA LEI FICHA LIMPA da maneira como foi interpretada pelo
Supremo Tribunal Federal atira de maneira torpe e leviana
dois princípios constitucionais da nossa suposta
carta de direitos e garantias fundamentais
Cláusulas Pétrea da CONSTITUIÇÃO.
XXXIX -
não há crime sem lei anterior que o defina,
nem pena sem prévia cominação legal;
XL -
a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
É isso que todos os "ficha-limpistas" estão aplaudindo,
a desmoralização do estado democrático e a insegurança jurídica.
Cabe ao SENADO FEDERAL, abrir o devido processo contra o STF,
pois isto é crime de responsabilidade contra a Pátria e a Sociedade.
CãRiùá TaTaRaNa