OS QUE FAZEM FALTA E OS QUE SOBRARAM (38)
PRESENTES
Na edição 710, de 15/08/2012, da semanal Carta Capital, na seção O Som da Imagem, escrita quinzenalmente por Oliviero Pluviano, é reproduzida uma foto tirada por ele em uma avenida no centro nervoso da capital paulista. Com ela, Oliviero faz uma surpresa para o Diretor de Redação da publicação, o jornalista Mino Carta. “Tirei esta foto numa manhã de inverno na avenida São Luís, no centro de São Paulo. Alguns meninos de rua dormiam nos respiradouros quentes do metrô, enquanto uma garoa fina começava a cair. Transformei a foto em um pôster que dei de presente a Mino Carta e, agora, em uma moldura vermelha, está na redação de Carta Capital. É uma imagem muito triste, simboliza as misérias que ainda afligem esse nosso Brasil”, relata ele no início do artigo “Calmo e Dilacerante – O Miserere de Gregorio Allegri é uma obra-prima da polifonia renascentista”. O presente certo para a pessoa certa, pois Mino é, sem sombras de dúvida, um dos mais sensíveis a continuar escrevendo do fundo da alma sobre esse descalabro da miséria e suas causas.
Na edição 710, de 15/08/2012, da semanal Carta Capital, na seção O Som da Imagem, escrita quinzenalmente por Oliviero Pluviano, é reproduzida uma foto tirada por ele em uma avenida no centro nervoso da capital paulista. Com ela, Oliviero faz uma surpresa para o Diretor de Redação da publicação, o jornalista Mino Carta. “Tirei esta foto numa manhã de inverno na avenida São Luís, no centro de São Paulo. Alguns meninos de rua dormiam nos respiradouros quentes do metrô, enquanto uma garoa fina começava a cair. Transformei a foto em um pôster que dei de presente a Mino Carta e, agora, em uma moldura vermelha, está na redação de Carta Capital. É uma imagem muito triste, simboliza as misérias que ainda afligem esse nosso Brasil”, relata ele no início do artigo “Calmo e Dilacerante – O Miserere de Gregorio Allegri é uma obra-prima da polifonia renascentista”. O presente certo para a pessoa certa, pois Mino é, sem sombras de dúvida, um dos mais sensíveis a continuar escrevendo do fundo da alma sobre esse descalabro da miséria e suas causas.
Nessa semana permaneci na capital paulista por alguns dias e na quarta levei pessoalmente para o mesmo Mino o meu presente. Tive cinco textos publicados na revista, quase todos na seção Brasiliana, que abre maravilhosamente a revista com histórias comoventes de um Brasil pouco focado. Mino, que considero o maior jornalista brasileiro em atividade, alguém em quem me espelho e confesso, desavergonhadamente se utilizo de frases. A mais famosa é quando repete algo sobre as redundâncias à nossa vista e nem sempre observadas por muitos: “até as pedras do reino mineral sabem disso”. Depois, algo que faço questão de seguir e ele de citar, relembrar sempre, num martelar que dói para os que disso se afastaram: “escrevo dentro da verdade factual dos fatos”. É meu guru e mais que isso, escrevo regularmente a ele e mesmo com toda sua diária ocupação, lê e na maioria das vezes responde. Envio a ele os “abracitos bauruenses” (ao estilo de Carlito Maia) e ele retribui sempre com um “abraços mediterrâneos”.
Estive em Buenos Aires no começo de agosto e lá conheci outro que gosto muito, o muralista Miguel Rep. Abro diariamente o site do Página 12, primeiro para ver sua tira diária, depois para ler o jornal. Queria conhecê-lo, emeleiamos pelos meios internéticos e tivemos dois belos encontros no seu estúdio. Disso escrevi um texto e Mino o publicou na seção Plural, edição 712, 29/08, com o título, “O poder não está onde imaginam”. No contato com Rep expliquei do papel cumprido por Carta Capital no Brasil e quem era Mino Carta. Ele de bate pronto pegou um pincel e desenhou algo para ser entregue a ele. Colei o desenho tendo ao fundo uma contracapa do Página 12, emoldurei e nessa última quarta, 05/09, entreguei pessoalmente o quadro. Prazer enorme em conhecer a redação, rever, trocar abraços e bater um curto papo (estava fechando a edição que hoje chega às bancas) com Mino, com o redator chefe Sergio Lirio (estará em Bauru, palestra na Unesp em 19/10) e com duas simpáticas secretarias (não cito seus nomes por esquecimento). No texto do desenho de Rep, o mesmo significado, conteúdo e motivo que levou Oliviero a entregar similar presente a Mino, mesmo num contexto pouco diferente: “que la lectura nos haga libres”. Não preciso escrever mais nada, Mino nos move a fazer coisas desse tipo, pois se a verdade factual resiste, tudo se deve ao papel cumprido pelas publicações onde ele está presente. Ele é o cara.
"Valeu, Henrique...o Mino é um dos ilustres leitores de nosso Reginópolis - Sua História !"
ResponderExcluirFausto Bergocce
Obrigado Henrique,
ResponderExcluiragora estou na Italia mas quando volto vou te escrever e vamos nos ver. Um grande abraço
Oliviero
Que dupla! Mino e Henrique, duas pessoas que admiro muito.
ResponderExcluirGabriel Garcia Martinão