sábado, 8 de setembro de 2012

PALANQUE – USE SEU MEGAFONE (28)

O IMPOSTRÔMETRO E JURÔMETRO, DA ACISP E FIESP SÃO GRANDES ENGODOS – VEJAM A COMPROVAÇÃO
Na edição de 05/09/2012, no bauruense Jornal da Cidade, um título chama a atenção no alto da página 7: “Impostômetro atinge R$ 500 milhões – Marca em Bauru foi atingida nesta terça-feira com a arrecadação de impostos federais, estaduais e municipais em 2012”. Leia o texto completo clicando a seguir no http://www.jcnet.com.br/Economia/2012/09/impostometro-alcanca-r-500-milhoes-em-arrecadacao-em-bauru.html. Para quem se interesse por ver como índices são ajustados aos interesses de quem muito possui e quer sempre pagar pouco, cliquem no  www.impostrometro.com.br . Contesto isso do imposto ser alto e o causador de problemas para os detentores dos altos negócios no país, pois existe um outro lado, pouco revelado, mas a comprovar a farsa dos que reclamam de barriga mais do que cheia.
TEXTO PROVA Nº 1: "Impostômetro instalado pelas elites empresariais na Av. Paulista, em São Paulo é um blefe - Elites do Brasil enriqueceram com paraísos fiscais”, texto do Correio do Brasil - 22/7/2012: “Um estudo inédito, que, pela primeira vez, chegou a valores depositados nas chamadas contas offshore sobre as quais as autoridades tributárias dos países não têm como cobrar impostos, mostra que os super-ricos  brasileiros somaram até 2010 cerca de US$ 520 bilhões (ou mais de R$ 1 trilhão) em paraísos fiscais. Trata-se da quarta maior quantia do mundo depositada nesta modalidade de conta bancária. O estudo mostra que ricos brasileiros chegaram a ganhar até US$ 520 bilhões em paraísos fiscais. O documento "The Price of Offshore Revisited", escrito por James Henry, ex-economista-chefe da consultoria McKinsey, e encomendado pela Tax Justice Network, cruzou dados do Banco de Compensações Internacionais, do Fundo Monetário Internacional, do Banco Mundial e de governos nacionais para chegar a valores considerados pelo autor. O relatório destaca o impacto sobre as economias dos 139 países mais desenvolvidos da movimentação de dinheiro enviado a paraísos fiscais. Henry estima que, desde os anos 1970 até 2010, os cidadãos mais ricos desses139 países aumentaram de US$ $ 7,3 trilhões para US$ 9,3 trilhões a “riqueza offshore não registrada” para fins de tributação. A riqueza privada offshore representa “um enorme buraco negro na economia mundial”, disse o autor do estudo. Na América Latina, chama a atenção o fato de, além do Brasil, países como o México, a Argentina e Venezuela aparecerem entre os 20 que mais enviaram recursos a paraísos fiscais. Além dos acionistas de empresas dos setores exportadores de minerais (mineração e petróleo), os segmentos farmacêutico, de comunicações e de transportes estão entre os que mais remetem recursos para paraísos fiscais. “As elites fazem muito barulho sobre os impostos cobrados delas, mas não gostam de pagar impostos”, observa Christensen. “No caso do Brasil, quando vejo os ricos brasileiros reclamando de impostos, só posso crer que estejam blefando. Porque eles remetem dinheiro para paraísos fiscais há muito tempo”.

TEXTO PROVA Nº 2: “A evasão fiscal mundial: dez vezes o PIB da França”, artigo do Le Monde, jornal francês, edição de 23/07/2012: “Imagine a riqueza nacional anual produzida nos EUA e no Japão. Esta será o valor do montante da evasão fiscal acumulada ao fim de alguns anos por pessoas físicas. De acordo com dados obtidos com o Banco Mundial, com o Fundo Monetário Internacional, com as Nações Unidas e com os bancos centrais, os ativos financeiros pertencentes a pessoas físicas desviados  para os paraísos fiscais alcançariam 17 trilhões de Euros. O autor do estudo, James Henry, estima que seus números estão provavelmente subavaliados: a verdadeira soma poderia, segundo ele, situar-se em torno de 26 trilhões de Euros, ou seja, dez vezes o PIB francês. Enquanto os governos europeus não param de aumentar a carga fiscal sobre seus cidadãos para reduzir suas dívidas públicas  e os países mais pobres lutam para poder pagar as suas, o Tax Justice Network se interroga sobre o déficit dos estados. O estudo usa como hipótese de trabalho que esses bilhões desviado sem impostos rendam a cada ano 3% para seus proprietários. Supondo que os governos fossem capazes de taxar essa renda a, digamos, 30%, então entre 155 e225 bilhões de Euros retornariam a cada ano aos cofres públicos, ou seja, um valor superior ao orçamento anual da ajuda ao desenvolvimento. "Há um enorme buraco negro na economia global", diz o autor do estudo. O buraco negro é visível nas estatísticas financeiras elaboradas pelas principais organizações internacionais. "As estatísticas padrão, como as do FMI, revelam inconsistências fundamentais, afirma o economista aThomas Piketty, especialista em desigualdades. Em termos globais, a balança de pagamentos deveria ser zero, mas não é: é sempre negativa. Vários pontos do PIB são perdidos anualmente. Dirigir uma crise financeira global nestas condições é um desafio. A Europa,  neste respeito,  tem se comportado como uma verdadeira peneira, porque não tem a influência política de países como a Suíça ou as Ilhas Cayman. Deve, portanto, parecer óbvio que não se pode ficar rico negociando com os seus vizinhos enquanto estes drenam as suas receitas fiscais. Neste déficit colossal para todos os países do mundo, devemos ainda acrescentar ativos não financeiros dos "multimilionários" (obras de arte, imóveis, ouro ...), não abordados neste estudo e dinheiro de empresas que são legalmente isentas de impostos, através de programas de incentivo e renúncia fiscal”.

4 comentários:

  1. Henrique

    Só mesmo nesse país para um trabalhador se colocar ao lado de uma entidade como a FIESP, dos donos do negócio e da Associação Comercial, também dos donos do dinheiro e acreditar na enganação que eles tentam passar como verdade. Pensam só nois lucros deles e ainda pedem para os trabalhadores, os lesados por eles, para ficarem do lados deles. E tem quem caia nessa. Essa do impostrômetro é pura conversa para boi dormir

    Paulo Lima

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  2. HENRIQUE, você ainda acredita em alguma coisa nas administrações brasileiras ?
    MURICY DOMINGUES

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  3. Querido Henrique,



    Muito bom esse post, pois eu sempre achei que fosse uma farsa, mas não tinhas as provas necessárias!



    Parabéns!



    Abs



    Sandra Sposito - CRP



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  4. karaka,nunca tinha pensado sobre isto!
    Rose Barrenha

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