A “GERAÇÃO COCA-COLA” DO RUSSO NÃO ADERE AO “QUANTO MAIS MELHOR” DA COCA-ZERO
Eu aos 52 posso ser considerado cada vez mais um velho demodê. Assumo isso sem problemas. É que cada vez mais não consigo estar inserido em algumas campanhas publicitárias e participar delas como se nada estivesse acontecendo. A última coqueluche do momento é uma da Coca-Cola, a tal de “Quanto mais melhor” (http://www.cocacolazero.com.br/pt/index.html). São latinhas de Coza Zero e nelas escritos 150 nomes dentre os mais populares do país e sair à cata do seu virou febre. Não para mim. Dia desses fui empurrado numa dessas lojas de postos de combustível por alguns apressadinhos espalhando latas pelo local em busca de uma com seus nomes. Fiquei espantado. Sou de uma geração que repudiava esse envolvimento explícito com esse refrigerante, pois se associar a algo visto como um dos símbolos máximos do capitalismo e do imperialismo americano era impensável. Os tempos mudaram mesmo, menos para mim, pois continuo achando ser desprezível possuir uma latinha dessas aqui em casa com uma inscrição do tipo: “Quanto mais HENRIQUE melhor”. Teria, no mínimo, vergonha.
Confesso não ter abandonado a bebericagem de uma coca vez ou outra, mas sem ostentação, muito menos fazendo propaganda gratuita, numa participação que só faz aumentar o consumo de algo, que todos sabemos, não faz bem nenhum para a saúde. Isso tudo me faz lembrar uma música que cantarolo até hoje e sei a letra de cor, a GERAÇÃO COCA-COLA, do LEGIÃO URBANA, que na voz de RENATO RUSSO (que diria ele disso tudo?) nos alertava para os perigos de nos deleitarmos nas benesses de um injusto sistema. Tenho o LP da Legião aqui no Mafuá, rodando sem parar na minha vitrolinha e achei esse vídeo no youtube: http://letras.mus.br/legiao-urbana/45051/. Assistam lendo a letra abaixo: “Quando nascemos fomos programados/ A receber o que vocês/ Nos empurraram com os enlatados/ Dos U.S.A., de nove as seis./ Desde pequenos nós comemos lixo/ Comercial e industrial/ Mas agora chegou nossa vez/ Vamos cuspir de volta o lixo em cima de vocês/ Somos os filhos da revolução/ Somos burgueses sem religião/ Somos o futuro da nação/ Geração Coca-Cola/ Depois de 20 anos na escola/ Não é difícil aprender/ Todas as manhas do seu jogo sujo/ Não é assim que tem que ser/ Vamos fazer nosso dever de casa/ E aí então vocês vão ver/ Suas crianças derrubando reis/ Fazer comédia no/ cinema com as suas leis/ Somos os filhos da revolução/ Somos burgueses sem religião/ Somos o futuro da nação/ Geração Coca-Cola/ Geração Coca-Cola/ Geração Coca-Cola/ Geração Coca-Cola/ Depois de 20 anos na escola/ Não é dificil aprender/ Todas as manhas do seu jogo sujo/ Não é assim que tem que ser/ Vamos fazer nosso dever de casa/ E aí então vocês vão ver/ Suas crianças derrubando reis/ Fazer comédia no cinema com as suas leis/ Somos os filhos da revolução/ Somos burgueses sem religião/ Somos o futuro da nação/ Geração Coca-cola/ Geração Coca-cola/ Geração Coca-cola”.Eu aos 52 posso ser considerado cada vez mais um velho demodê. Assumo isso sem problemas. É que cada vez mais não consigo estar inserido em algumas campanhas publicitárias e participar delas como se nada estivesse acontecendo. A última coqueluche do momento é uma da Coca-Cola, a tal de “Quanto mais melhor” (http://www.cocacolazero.com.br/pt/index.html). São latinhas de Coza Zero e nelas escritos 150 nomes dentre os mais populares do país e sair à cata do seu virou febre. Não para mim. Dia desses fui empurrado numa dessas lojas de postos de combustível por alguns apressadinhos espalhando latas pelo local em busca de uma com seus nomes. Fiquei espantado. Sou de uma geração que repudiava esse envolvimento explícito com esse refrigerante, pois se associar a algo visto como um dos símbolos máximos do capitalismo e do imperialismo americano era impensável. Os tempos mudaram mesmo, menos para mim, pois continuo achando ser desprezível possuir uma latinha dessas aqui em casa com uma inscrição do tipo: “Quanto mais HENRIQUE melhor”. Teria, no mínimo, vergonha.
Fuçando na internet, achei algo mais no site www.blogsdoalem.com.br/russo e recomendo a leitura, pois lá uma mais letra mais do que atualizada. Entrem, leiam e opinem. Fiquei mesmo velho, arcaico ou somos mesmos uns bestas e fazemos tudo o que nos pedem, tudo para sermos moderninhos? Voltei de uma viagem ao Maranhão e lá descobri que um refrigerante sempre fez a cabeça do maranhense. Seus nome, JESUS. Uma gasosa, muito adocicada, de cor lilás e que não gostei, mas vende muito por lá. Sabe o que aconteceu com o Jesus? A Coca percebeu que ganharia muito com a tal marca e comprou a fábrica e hoje nas latinhas de Jesus, estampados o nome do novo fabricante e com visual mais bonitinho. A Coca não brinca em serviço, faz tudo por dinheiro e conquista até os antes esclarecidos para participarem gratuitamente de suas campanhas e hoje no facebook, o que mais se vê são postagens de alegres pessoas a estampar a latinha com seu nome, como um troféu.
Demodê...kkkkkkk tu ja esta quase no museu heim....kkkkkk
ResponderExcluirNeli Viotto
Quanto mais Vô melhor! rsrsr
ResponderExcluirCezão Grandini
Meu amigo, não sei se os velhos estão tão demodê assim, se olharmos para essa canção nos anos 80 ela se encaixava perfeitamente a letra, até no que cabe a revolta em não fazer o jogo sujo(resistência), mas atualize para os dias de hoje, geração facebook, que já foi orkut, agora a moda das trocas informativas virtuais é o facebook, amanha será empurrado outro e as pessoas exibindo perfis e suas vidas gratuitamente nas redes onde o bombardeio aleatório de rasas informações levam a um vício por um fast-food de palavras onde junta-se um grande emaranhado de informações para o processo final disso ser praticamente zero.
ResponderExcluirE o que é pior em relação a década que ainda se ouvia os ecos da contra-cultura, é que essas algemas enlatadas dos USA além de tirar a revolta contra a sujeira, tornou-se os modernos guetos do fascismo do século 21, e o mais preocupante é ver as pessoas desejando por tudo isso.
Quando se quebra dessa forma as relações materiais, veja como estacionamos na capacidade de aumentar nossa visão de mundo, e é uma pena que essa nova geração nem sequer tenha provado da forma que absorvíamos o mundo.
Tecnologia, é importante, é evolução, mas há algumas que precisam de um controle e dosagem correta, senão é se perder na certa.
Reflita mais friamente sobre os mecanismos dessas redes tipo facebook, como são organizadas as suas ferramentas de comunicação, diferentemente dos emails, elas são feitas para processar muita "informação" em curtas palavras e imagens, dando uma velocidade as pessoas em que além de não se aterem para analisar profundamente um tema, fora o esgoto de babaquices, traz um grau de excitação onde não se tem freio para parar e aprisionamos não só o nosso tempo, mas a cabeça.
Vejo em muita gente que viciou nisso onde já perdeu um tempo precioso onde poderia esta lendo mais, absorvendo mais a real vida para entender, resistir e até transar mais ao invés de punhetar informações pela rede.
Tai um ponto para refletir.
Um abraço meu amigo e te espero na sede, afinal é sempre um prazer falar contigo, e sou bom de conversa e péssimo em teclas, prefiro nossas boas e velhas conversas.
Marcos Paulo
Comunismo em Ação