DIA INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS: ARTHUR, NOSSO ADVOGADO SEMPRE DE PLANTÃO E UMA DEMONSTRAÇÃO EXPLÍCITA DE CULTURA AUTORITÁRIA
Hoje é um dia especial e não existe como falar de tudo o que representa sem lembrar de alguns envolvidos na luta contínua pelos Direitos Humanos. Não existe como negar a carga de preconceitos a envolver o tema, vinda daqueles que costumam misturar alhos com bugalhos. Desmistificar isso é tarefa de alguns abnegados, os que fazem de suas vidas uma contínua batalha pelos direitos e reconhecimentos dos menos favorecidos, dos que lutam pelas causas sociais.
Hoje é um dia especial e não existe como falar de tudo o que representa sem lembrar de alguns envolvidos na luta contínua pelos Direitos Humanos. Não existe como negar a carga de preconceitos a envolver o tema, vinda daqueles que costumam misturar alhos com bugalhos. Desmistificar isso é tarefa de alguns abnegados, os que fazem de suas vidas uma contínua batalha pelos direitos e reconhecimentos dos menos favorecidos, dos que lutam pelas causas sociais.
ARTHUR MONTEIRO JUNIOR é um plantonista nesse quesito, pau para toda obra, pronto para auxiliar amigos e as pessoas com bons propósitos, em estado de contínuo alerta. Defensor intransigente das causas sociais, dentre as quais a dos Direitos Humanos, uma de suas especialidades, vive envolvido com essas questões e delas não mais consegue se separar. Como advogado trabalha para entidades sindicais, estudantis e atua predominantemente em causas a envolver imbróglios entre o que denomino aqui de Lado B versus o Lado A. O lado do oprimido e o do opressor, do fraco e do forte, do empregado versus o do patrão. Recentemente quando da demissão dos cinco funcionários da rádio Veritas, seu recado curto e preciso para um dos demitidos foi dessa lavra: “Patrão é sempre patrão”. Sem tirar nem por, assim como todos Arthur possui um lado, mas o diferencial é não esconder esse lado, exposto como um osso à flor da pele. Esse seu cartão de visitas, tanto que recentemente estudantes de Bauru o procuraram para fazer a defesa deles no caso de um processo movido por um professor a exigir indenização sobre seus escritos em informativo estudantil. Essa sua rotina, esse o motivo de brincar chamando-o de “nosso plantonista”. Hoje seu envolvimento é que, dia 10/12 é consagrado como Dia Internacional dos Direitos Humanos e estará à frente de muitas atividades para lembrar que a discussão desse tema é primordial nos tempos atuais. Nisso tudo ARTHUR é nosso ponta de lança, titular absoluto na posição.
Hoje em Bauru muita coisa acontecendo na data. Entrevistas aos dois jornais, às 11h entrevista ao vivo na rádio Unesp, pronunciamento na Tribuna Livre da Câmara de Vereadores na abertura da sessão de hoje e atividades noturnas no Teatro Edson Celulari, como: peça de teatro “Pai”, lançamento de três livros e um debate com os autores. Amanhã, terça, 11/12 na sede da OAB, na Nações Unidas, 8h, o lançamento do jornal “aGente – memória e verdade”. Durante toda a semana filmes nas TVs bauruenses e especificamente na rádio Unesp FM, dia 15/12, a série de programa “Controvérsias”.
Diante de tudo, algo a lamentar. É muito triste reconhecer que muitos ainda conseguem reproduzir e das mais diferentes formas algo para confundir as pessoas. Pelas ondas do rádio algo desmerecedor sobre o tema. Cito um caso repetido quase todas as manhãs de sábados pela rádio Auri-Verde, quando o locutor Chico Cardoso, frequentemente dá estocadas no ar no programa “Polícia Comunitária”, negativando ações a envolver os Direitos Humanos. Ele faz o mesmo nos comentários do noticiário das 18h., pois preconiza contra os DH, é totalmente favorável à atuação da PM paulista e do governo Alckmin, além de só enxergar erros nos governos petistas e enaltecer como santos figuras como FHC, Serra, Barbosa... A recomendação é simples e deixo a ele uma dica, leia a bela entrevista de Paulo Abrão, Secretário Nacional de Justiça, transcrita na última edição da revista Brasileiros (nº 64, novembro 2012, nas bancas). Aqui a reprodução de trechos: “Superar a justificação da violência é bem mais difícil do que a negação da violência. (...) Uma ditadura não se mede pela pilha de corpos que ela é capaz de produzir ao longo do tempo, mas sim pela cultura autoritária que ela projeta para a frente. Nesses termos, me parece que a ditadura brasileira foi muito violenta porque temos mais dificuldades para superar a cultura do medo e promover o acerto de contas com o passado. (...) O Estado tem o dever de tenatar minorar as perdas materiais e morais que as pessoas tiveram ao longo da vida. (...) Há um processo de estigmatização da reparação às vítimas tentando identifica-las em uma perspectiva economicista. (...) Abrir esse baú de histórias é reconhecer que nenhuma ditadura se sustenta por 21 anos pela simples força das armas. Houve uma adesão social à ditadura, em diferentes segmentos. No meio empresarial, no meio jornalístico, no meio cultural. Não devemos ter medo de enfrentar o passado. Somente se nos aproximarmos dessa história seremos capazes de construir os mecanismos para a não repetição no futuro. (...) Os crimes de lesa-humanidade podem ser apurados a qualquer momento. (...) O direito à verdade de toda a sociedade depende da disposição das vítimas em rever os seus traumas. E ainda ter de enfrentar todas as críticas. (...) A justiça de reparação oferece a oportunidade de as instituições se transformarem por dentro só ocorre quando elas são capazes de reconhecer publicamente seus erros. (...) Mesmo no ambiente democrático existem espasmos autoritários. Eles estão presentes no seio familiar, no trabalho, nas relações econômicas, políticas, educacionais, entre homens e mulheres por expressão do machismo, nos autos de resistência que justificam a violência nos dias hoje, nas tentativa de proibir manifestações culturais na periferia, como funk proibidão e determinadas letras do hip hop. Estão presentes também nas tentativas de se proibir manifestações em favor de qualquer teses, como a Marcha da Maconha e a Marcha das Vadias. A cultura autoritária é muito forte no nosso país”.
OBS.: Todas as charges são de autoria do carioca CARLOS LATUFF, que as espalha de forma guerrilheira (ou seria libertária) mundo afora e foram gileteadas via internet.
Henrique
ResponderExcluirNós dois gostamos muito de rádio. Sei que ouve muito a Auri-Verde, daí saber de quem faz isso ou aquilo. Sou igual a ti, pois ouço os noticiários deles, o esporte e alguns programas, além do padre Beto à noite. Gosto da maioria dos programas. O Nivaldo José é muito bom, ponderado, fala de tudo e não é igual ao Chico. O Franco Junior igualmente, mesmo quando emite opiniões faz sem se posicionar de forma autoritária ou a pender por um dos lados. O esporte, o único que acho igual ao Chico Cardoso e o Jota Augusto, com esse negócio igualzinho ao Chico Cardoso de ficar elogiando muito os caras tucanos e desmerecendo tudo o que venha do PT, do MST ou de qualquer coisa que resvale com a esquerda. Esses dois são cria do Silvestre, que dirigia a emissora e a deixou durante um bom tempo com essa cara direitona. O Alexandre Alves é mais arejado, moderno e ético na forma de fazer jornalismo.
Escrevi tudo isso para mostrar que lá dentro existem os que pensam de um jeito e os que são conservadores e ainda chamam o que ocorreu em 64, não de Golpe, mas de Revolução. Esses os resquícios de 64, o seu lado autoritário e medroso, dos que ainda prestam reverência aos militares. O programa do Chico pode ser um prestador de serviço, mas foi criado só para elogiar os policiais militares.
Eu também percebo essa animosidade do Chico com tudo isso que seu texto expõe. Achei interessante os trechos da fala do ministro, principalmente para mostrar o quanto ainda temos dentro de cada um de nós algo como resquício daqueles anos violentos, que precisam ser superados. Chico Cardoso e Jota Augusto, assim como o Silvestre sabem direitinho o que é Direitos Humanos, mas fazem questão de confundir os ouvintes e isso é péssimo. Que tal uma aula de Direitos Humanos para eles todos.
Alvarenga
Poxa, homenagem mais que merecida! Homem lúcido e advogado diferenciado. Bom amigo também!
ResponderExcluirWellington Leite
Este é o nosso Arthur! Demitido da prefeitura pelo sr. Izzo Filho, junto com outros companheiros de valor, como o Almir Basílio, em nossa luta para construir o SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS!Amigo de todas as horas, companheiro inigualável,doce, agradável, crítico, sensível...arthur,nós amamos você!
ResponderExcluirRosangela Maria Barrenha
Sensacional Henrique! Sensacional.
ResponderExcluirPode inlcuir mais esses e-mails no seu mailing, por favor:
"Lucas Grilli" ,
"Marcelo Cabala" ,
"Louise Akemi" ,
"Enxame Coletivo" ,
Acima, os e-mails dos enxames. E a baixo o da Lais, gestora do E-Colab e colaboradora ferrenha nossa aqui! :)
https://www.facebook.com/EcolabBauru?ref=ts&fref=ts
"Laís Semis" ,
tamo junto Aquino, parabéns pelo trabalho
ARTUR FALEIROS
Não conheço o programa de rádio, mas há um bombardeio aos direitos humanos no programa Polícia 24 horas da Band. Já assistiu?
ResponderExcluirFernanda Villas Boas
esses locutores que foram citados conhecem direitos humanos muito mais que eu e voce juntos ocorre que nos nao optamos por bajular poderosos.
ResponderExcluirlazaro carneiro