sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

FRASES (98)

AINDA A SITUAÇÃO DA RÁDIO VERITAS E DA TV UNESP, COM FOTOS DE UMA SITUAÇÃO MUITO VISTA EM NOSSAS RUAS
Fora de Bauru por alguns dias tento escutar rádio por onde ande. Na estrada Bauru/São Paulo poucas são as audíveis. A grande maioria toca música inaudível (além das criminosas pregações religiosas), ao estilo de uma ótima definição do mestre Zuza Homem de Mello para a revista Brasileiros (nº 65, dezembro 2012): “Uma jornalista me pediu para definir Michel Teló. Eu disse: É um pum. Uma coisa mal cheirosa, que incomoda as pessoas e que desaparece dali a cinco minutos”. Disse mais uma coisinha sobre essa percepção de música boa, aproveitável e outra desprezível: “Então, com o passar dos anos, as pessoas vão dar conta de que aquilo que estavam ouvindo era uma coisa passageira, e vão começar a perceber quanta música boa existe e existiu, nas quais eles precisam se ligar.Isso é inevitável”.

 
Lembro de tudo isso na estrada e sinto uma saudade danada da programação da Veritas FM Bauru, com uma primorosa programação de qualidade e que, sua direção, de forma capciosa decidiu dar um breque. O que quero mesmo fazer com a USC é o que vejo muito aqui no Rio de Janeiro, as pessoas que saem na rua e se transformam no ‘BLOCO DO EU SÓZINHO’. Elas sozinhas são o próprio protesto, com uma fantasia e um cartaz botam a boca no mundo. É o que pretendo fazer e instigar outros a fazerem comigo no primeiro dia de aula na USC, alguns blocos do eu sozinho espalhados pelos corredores da universidade protestando contra o fim de algo que dava tão certo. Junto a tudo isso uma outra mensagem lançada ao mar, como nessas garrafas que viajam de um lugar a outro até encontrar o seu destino. Vejam o texto do que recebi pelo e-mail:

“Caros, eu sei que o momento é um tanto inoportuno, mas eu não conseguiria sair em férias sem externar tal preocupação. Creio que a situação da TV UNESP não será resolvida apenas pela ação do dep. jurídico da Reitoria. Também pressinto que os setores da Universidade que são contrários à manutenção da emissora conseguiram um argumento concreto para extinguir o projeto. Portanto, a manutenção do mesmo só será possível se houver mobilização política e social ampla, a partir de iniciativas lideradas conjuntamente pelo Curso de Comunicação e pela Diretoria da FAAC. Do contrário, teremos o mesmo fim silencioso e trágico, que ocorreu com a Rádio USP/Veritas. Afinal, não vejo uma preocupação social ou política concreta e voluntária com o desenvolvimento e a manutenção das rádios e tevês públicas”, professor Antonio Francisco Magnoni, FAAC Unesp Bauru.

A situação da Veritas foi premeditada e com o texto do Magnoni, uma sugestão de que algo nesse mesmo caminho possa estar ocorrendo lá pelos lados da TV Unesp. Tem algo de muito estranho pairando no ar nisso tudo.

OBS.: Todas as ilustrações do texto de hoje são fotos tiradas por mim, sentado num bar na grande São Paulo, saindo da avenida Paulista, descendo a Augusta, na primeira à esquerd. Um barzinho com cadeiras na calçada, onde a cidade passa a sua frente. Num certo momento um senhor com um terno puído, circula de mesa em mesa vendendo crucifixos e deixa todos meio acabrunhados. Expõe a todos das dificuldades de sobrevivência no meio da selva de pedra que é o nosso mundo, principalmente aos mais idosos. As fotos dizem por si mesmo e são mais tristes ainda quando vividas ao vivo.

2 comentários:

  1. Henrique

    Cadê as fotos. Tá só o texto.
    Corrija aí.

    Bom final de ano e a luta sempre continua, meu caro e dileto amigo.

    André Ramos

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  2. caro André

    Falha nossa, tudo corrigido. Verifique aí...
    Henrique - direto do mafuá

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