CHARGE ESCOLHIDA A DEDO (74)

DIA DO PROFESSOR: ISAIAS DAIBEM É O CARA - TORCIDA PELA SUA RECUPERAÇÃO

Hoje uma data mais do que especial, dia dos professores. Uma classe tão judiada e merecedora de melhor reconhecimento. Num dia como esse poderia lembrar-se de vários (as), principalmente alguns entre os quais tive o prazer de receber ensinamentos. Faço hoje algo diferente, uma justa homenagem a um que está hospitalizado e muito contribuiu para a educação em todos os sentidos. Ontem numa pequena nota no facebook a informação de sua hospitalização. Ligo para sua esposa e ela me confirma. Uma antiga cirurgia adiada e dela uma recuperação um pouco mais complicada. Rejeições inerentes ao retardo do corpo em aceitar o feito adiam sua saída do hospital e acaba por lá contrair uma pneumonia. São mais de vinte dias passados num ambiente hospitalar, alguns dias na UTI, onde sua recuperação poderá ocorrer com mais rapidez. Na preocupação de todos, a homenagem ao professor que tanto olha para os destinos, não só educacionais, como os de sua cidade e o país num todo.

ISAIAS DAIBEM é professor e de longuíssima data. Um político na acepção da palavra, construído no velho formato onde ainda era possível dizer-se socialista e católico. Juntou as duas coisas e construiu sua vida nesse triunvirato, a educação, a religião e o socialismo. Olha para sua cidade como os olhos transformadores e cheios de bons questionamentos. Sua última atividade como professor foi na Escola Agrícola de Cabrália Paulista, por onde anos ministrou aulas, vai e vem contínuos pela estrada de Piratininga. Um belo currículo, contemplando a função de vereador de forma exemplar, depois Secretário Municipal de Educação e Chefe de Gabinete da Prefeitura Municipal de Bauru por algumas administrações. Na última participação foi uma espécie de Consultor para temas problemáticos, desses que pela sabedoria não deixava o Executivo entrar em divididas mal ajambradas. Pulsa política 24h por dia, principalmente quanto toma seu cafezinho pelos bares da rua 1º de Agosto, em manhãs cheias de muita discussão e debates. Impossível dissociar sua pessoa da esquerda bauruense, da qual sempre fez parte, membro nato. Outro grande tema do qual nunca se furtou de participar foi a questão ferroviária, pois além de possuir o férreo sangue dentro de si, ouve o barulhinho deles passando ao fundo de sua casa todo santo dia. Gosta de afirmar que sua formação ao lado da Juventude Católica efervescente de décadas atrás foi o fator fundamental de sua formação humanística e social. Ao lado da esposa, Ana Daibem formam um casal de educadores que muito contribui para esse setor, ambos eternos atuantes e sintonizados com o seu lado mais humano. Vale a pena dar uma lida na bela entrevista que o JC fez com ele anos atrás:http://www.jcnet.com.br/editorias_noticias.php?codigo=116395&ano=2007. Isaias, resistindo e resistindo. Nossa torcida para vê-lo em breve pelas ruas atuando novamente e com a famosa pasta cheia de papéis debaixo do braço. Isaias e sua relação com o Mafuá, cliquem a seguir:http://mafuadohpa.blogspot.com.br/search?q=isaías+daibem&updated-max=2010-05-12T15%3A32%3A00-07%3A00&max-results=20&start=9&by-date=false . Ele foi também homenageado num Retratos de Bauru, o de nº 61, em 08/07/2009.

PARA NÃO DIZER QUE ACABEI ME ESQUECENDO DA ESTÁTUA – A repercussão da instalação em definitivo (será mesmo? toc toc toc) de uma réplica da Estátua da Liberdade (“liberdade, liberdade abre as asas sobre nós...”) em Bauru não para de render. CARLOS LATUFF, o cartunista mais engajado do planeta faz trabalhos regulares para o Colégio D’Incao de Bauru em suas publicações. Na última uma ótima versão de como os “coxinhas” veneram o monumento. Latuff, mesmo a distância, lá do Rio de Janeiro e diante de tanta ocupação que lhe dá Sergio Cabral com seu desencontrado governo, ainda encontra tempo para fazer algo engajado, mostrando-se atento e perspicaz, ácido e preciso com o que realmente de fato ocorre no entorno da estátua. Tem até um banquinho ao lado dela, algo para o incauto se sentir como se estivesse diante da original (falta a água do rio em volta, mas...). Ainda essa semana numa festa de aniversário, eu lá quietinho num canto, alguém me reconhece e o assunto vem à baila: “Fui lá e não é só a estátua que é kitsch. Fiquei impressionado e continuo cada vez mais adepto da Riachuelo, Pernambucanas, Marisa e até da Tânger”. Calado fiquei.

AMIGOS E AMIGAS – POR FAVOR, CUIDEM DE MIM (A Ana sozinha não vai dar conta) – Boêmio é bicho difícil de ser controlado, gosta da rua, prefere os cantos mais sórdidos de um botequim do que assistir novela na TV ou mesmo qualquer outra coisa, afinal, rua é rua. E saindo, bebe desmedidamente, come o que não deveria comer, se assanha fora de hora e de órbita, dorme pouco, mistura tudo e um dia tudo acaba emborcando. Fechar a boca é algo que não pensava em fazer tão já. No meu caso o dia foi hoje, 15/10 (inesquecível), quando após adiar até quanto pude fui ao médico, uma endocrinologista de responsa e ela ao ver meu estado, medir minha pressão, ouvir meus lamentos, botar aquele aparelhinho no meu peito, me olhar de cima em baixo com a devida atenção, não precisou nem pedir exames, decretando que fechasse imediatamente a boca para bebidas e comidas (principalmente as de botequim). Uma lata de cerveja e uma taça de vinho por semana, carne só grelada, assada ou cozida e sem vestígios de gordura, sem molhos e salamaleques. Tascou-me dois Glifages por dia e mais um Vytorin. Portanto quando me verem pela aí, tentando emborcar algo diferente, sejam violentos comigo, tirem o copo de minha mão e a batatinha do caminho de minha boca. Não vai ser fácil, mas se me verem pouco por aí é tudo por causa de uma doutora, que me cagou regra hoje (ouvi caladinho, ciente de que chegou minha hora de ceder) e me disse que do contrário vou durar menos que meu pai, que aos 85 e olhando para os dois tascou: “Seu Heleno, o senhor está dez, já seu filho...”. Começo a tentar a partir de agora. Contando...