DROPS – HISTÓRIAS REALMENTE ACONTECIDAS (102)

ALGO SOBRE CÃES: NO DESFILE DE BONECOS, NA RECUSA DO CARGO E NA DESPESA ADICIONAL - E A NOVIDADE, TEREI MAIS UM...

Sábado, em sua maioria, são dias onde sobra sempre um bocadinho mais de tempo livre. Hoje foi ao contrário. Fiquei a manhã toda envolvido com a abertura do festival de Bonecos Bauru 2014, onde participei do grandioso desfile pelo calçadão da Batista (estou pegando gosto de desfilar por lá, o bloco carnavalesco e agora) dentro de um bonecão gigante. O que me coube foi o profeta Gentileza e junto de uma pá de bons amigos, subimos (ufa!) a Batista toda ao som do regional do Alemão da Kananga (sempre ele e seus intrépidos comandados). Galhardamente e suando em bicas dentro da batina (sic) do profeta cafalandense, alegrei e ocupei minha manhã de forma maravilhosa. De lá sai totalmente as pressas para levar meu pai almoçar, pois já eram quase 13h. Ana nos leva para o Convívio e lá traçamos uma feijoada. Pronto, estava feita a fermentação para o desmaio na sequencia, do qual acordei só no final da tarde. Pronto, daí o tempo esvaiu-se e pouco resta. Filho me cobrando atenção de um lado e eu querendo escrever sobre algo sobre cães.

Conto aqui três histórias de cães. Curtas, pois a rua me espera. Ainda do desfile dos bonecos gigantes, algo muito bonito foi um bonequeiro ter desfilado a Batista toda manipulando um minúsculo boneco representando um cão, desses pequeninos. Pois não é que num certo momento o cão se deparou com um de verdade, seguro por seus donos, mas mesmo assim gerando uma cena das mais risíveis. O cão mambembeado pelo bonequeiro dançava e o outro seguro pela corrente tentava de tudo quanto é jeito se aproximar. Foi um deus nos acuda, um tal de segurá-lo com todas as forças para não cheirar bem de pertinho aquele mano tão extravagante. Queria muito ter filmado a cena, mas estava dentro das vestes do Gentileza e nem foto pude tirar.

Mais duas. Na primeira logo no começo da semana quase se encerrando, algo me chamou a atenção na revista Carta Capital edição de sábado passado. Na seção Retratos Capitais, uma foto de um pomposo senhor ao lado de seu cão, tendo uma lareira ao fundo e a legenda: “Longe de Brasília, ao lado do totó – Angelino Garzón, vice-presidente da Colômbia (país de clima temperado, como se sabe), recusou o posto de embaixador no Brasil para preservar a saúde de seu pastor alemão. O calor, disse, poderia afetar o animal”. Veja isso: http://rederecord.r7.com/video/politico-colombiano-recusa-ser-embaixador-no-brasil-por-causa-do-cachorro-532ae53a0cf2df41d979217f/. Se para alguns isso pode passar despercebido, não para mim. Cães transformam a vida de uma pessoa, sei bem disso, quando para bem, ocorrem belezuras como essa.

A última foi quando mostrei a revista para o filho com a foto e ele me conta uma história de um senhor lá do bairro onde mora, o Gasparini. Diz-me ele que um carteiro, teve seu cão atropelado e todo quebrado defronte sua casa. Pegou o bicho ali em caco no asfalto e o levou para vários veterinários. Foi difícil encontrar um que quisesse fazer a cirurgia reparadora, tal o estrago feito. Incansável não desistiu e encontrou quem fizesse o serviço. Pagou os olhos da cara, valor referente a quase três meses de trabalho, por volta de R$ 6 mil reais, mas hoje não se arrepende, pois seu cão está vivo da silva e continua ao seu lado. A dívida contraída por causa do cão ele paga em suaves prestações e não está nem um pouco arrependido. Nem ele, nem o colombiano do pastor.

No mais vivo um dilema, ter ou não ter um cão. Já tivemos vários e hoje com meu pai aos 85 anos, não sei se seria a companhia ideal ou se daria mais transtornos e percalços, mas diante dessas historietas, decidimos: vamos abrigar mais um morador em nossa modesta residência. Falta só decidir que raça. Tchau, amanhã tem mais, como disse, dormi demais a tarde e a rua me espera. Inté.