segunda-feira, 30 de junho de 2014
FRASES DE UM LIVRO LIDO (80)
AS FRASES DE “NINGUÉM ESCREVE AO CORONEL”, DO COLOMBIANO GABO - ALGO DE UM JOGO E DO MEU FILHO Estaremos frente a frente com a seleção da Colômbia na próxima sexta, 04/07 e diante de um problemão sem fim. Eles, até o momento jogam melhor do que nós nesse Mundial da bola. Como o futebol é como dizem, uma “caixinha de surpresas”, torço e tento ser otimista. E já que a Colômbia será nosso adversário, volto aos meus alfarrábios e resgato um dos primeiros livros que li de um colombiano, esse “Ninguém escreve ao Coronel” (editora Record, numa edição de 1968), do Gabriel Garcia Marques. O li antes mesmo do famoso “Cem anos de solidão” e aqui o tema é a burocracia de ditaduras que nos assolaram por décadas, com toques de recolher, placas proibitivas por todos os lugares, a morosidade no atendimento público. Livro curto, para ser lido de uma só sentada. Eis o pensamento de alguém enfurnado nos rincões do que antes éramos e que muitos parecem querer que voltemos. Nem o Brasil é socialista hoje, muito menos a Colômbia, que acaba de reeleger um convicto direitista, porém, não tão tacanho como o que por pouco não voltou a governá-los, alguém representando a ultra-direita. Tanto lá como cá, algo disso com: “se com a direita é ruim, imensamente pior ficará com os ultra direitistas no poder”. Se com Obama o caos está estabelecido nos EUA, saibam que Bush Jr está pronto para voltar numa versão ainda mais piorada com os republicanos do Tea Party. E relembrando a Colômbia de antanho, leiam umas poucas frases desse belo livrinho de um dos nossos maiores escritores:
- “Quais são as novidades?, pergunta o coronel ao médico, e este lhe responde: Não se sabe, é difícil ler nas entrelinhas o que a censura permite publicar”.
- “Espere que eu vou esquentar um café. E o médico responde: Não, obrigado. Nego a senhora, terminantemente a oportunidade de me envenenar”. - “Para os europeus, a América Latina é um homem de bigodes com um violão e um revólver. Não entendem nossos problemas”.
- “Toda 6a feira, o correio chega de barco e o Coronel vai esperar o carteiro. Ouve impiedosamente a frase “Ninguém escreve ao Coronel” quase toda vez que pergunta se tem algo para ele”.
- “O coronel comprovou que quarenta anos de vida em comum, de fome em comum, de sofrimentos comuns, não lhe bastaram para conhecer sua mulher. Sentiu que também no amor alguma coisa tinha envelhecido”.
- “Achegue-se, compadre. Quando fui procurá-lo não achei nem mais o chapéu. E ele respondeu: Eu não uso para não ter que tirá-lo na frente de ninguém”.
- “Pobreza é o melhor remédio contra diabetes”.
- “Você também tinha direito a um cargo quando lhe botaram para moer ossos nas eleições – disse a mulher. Também tinha direito a uma pensão de veterano, depois de arriscar a pele na guerra civil. Agora, todos estão com a vida assegurada e você, morrendo de fome, completamente só”.
Terminei de ler esse livro em 23/06/1980, dia do meu aniversário de 20 anos. Tinha por hábito transcrever minhas impressões sobre o que ia lendo e anotar frases, hábitos não perdidos e felizmente, passados ao filho. Eu grifo todos meus livros com essas canetas marca textos, ele não, anota tudo num caderninho à parte. O que me conforta, 34 anos depois dessa leitura é que continuo o mesmo (agora com 54), esgrimando em busca dos mesmos ideais e mais ainda, por ter conseguido transmitir o espírito libertário ao filho. Não os abandonei, não mudei de lado, nem me deixei vender e incuti isso em pelo menos mais um. Sempre na luta e assim estarei até que, um dia tudo se finde. Ele, assim como eu, não temos a Colômbia como um inimigo a ser batido, tripudiado, mas só alguém a ser vencido no campo de jogo e depois tudo continuará como dantes. Eu e ele amamos esse Gabriel, o autor desse livro.
domingo, 29 de junho de 2014
COMENTÁRIO QUALQUER (127)
COLCHA DE RETALHOS DOMINICAL RETALHO 01 - Chico Buarque de Hollanda, um dos compositores que mais aprecio dentro da MPB acabou por completar 70 anos de idade. Seu posicionamento sempre foi contundente ao lado dos que fizeram algo pelo lado social desse país. Nunca foi um omisso. A montagem pode não ser verdadeira, mas sempre saberei que Chico nunca estará do lado de lá. Essa minha homenagem a ele... RETALHO 2 - PROJETO LIVRO BAURU - 30 textos sobre Bauru em forma de crônica, poesia... Convidaremos 30 pessoas, 15 eu e 15 Sinuhe Preto. Juntos estamos bolando uma espécie de livro/revista anual, para a cada ano ir escrevinhando algo sobre nossa Bauru. Se der certo, o primeiro sai esse ano e ainda em tempo de fazer parte das comemorações do aniversário da cidade. A lista de cada um é daquelas de doer, pois muitos estão sendo lembrados e outros terão que ser deixados para outra edição, existe os que se recusam a participar, os que não querem e tudo o mais. Algo mais a seguir... Estamos bolando tudo e logo mais estaremos divulgando o que está a fermentar nossas cabeças.
RETALHO 3 - O DISSE-ME-DISSE DAS COPAS
Num texto do jornalista de todas as Copas, Carlos Leonam, na saborosa coluna CARIOCAS, da melhor revista semanal brasileira, a Carta Capital, eis algo mais do que trivial, uma rara lembrança nos dias de hoje de alguém mais do que excelente, JOÃO SALDANHA. Hoje relembro João, ontem o fiz com Trajano, dois insuperáveis colunistas de ótima cepa. Leiam isso: "João Saldanha uma vez me disse que, se os torcedores soubessem o que está por trás de certas coisas aparentemente inexplicáveis do futebol mundial, nunca mais poriam os pés num estádio".
Magistral, porém, a maioria, dentre os quais me incluo continua torcendo, apesar dos pesares. Fossemos levar na pinta o escrito nem um mero joguinho do nosso Noroeste, o time cá de minha aldeia, poderia mais assistir, pois aqui, mesmo em recesso, continuam acontecendo coisas estranhas nos bastidores de um time supostamente sem grana. Imagina onde a grana corre em maior escala, os acontecimentos superam tudo o que possa imaginar nossa vã filosofia. Falcatrua não é exclusividade da Copa, nem do Brasil, muito menos do PT, nem de Barcelona e Noroeste, mas do capitalismo. O capitalismo não vive sem corrupção, irmãos siameses. João, o Saldanha sabia muito bem disso, tanto que esteve futebolando (no seu lado bom) até o último momento de sua vida.
PS.: A foto é de quando do lançamento de um livro com a biografia do João (se meu amigo Rodrigo Ferrari lá do Folha Seca tiver, eu quero um, viu!), cartão exposto aqui no meu mafuá num empoeirado mural, de onde não o tiro de jeito nenhum. Esse João mora no meu coração. Sinto muito a falta de jornalistas como ele nos dias atuais. E de histórias como as que João viveu, todas intensamente. RETALHO 4 - ESSE UM DOS CARAS MAIS DIGNOS DA CRONICA ESPORTIVA BRASILEIRA - SALVE A INDEPENDÊNCIA CRIATIVA DO JOSÉ TRAJANO!!! - José Trajano ataca os Gurus do Ódio da Grande Mídia Reacionária e Golpista.
Magistral, porém, a maioria, dentre os quais me incluo continua torcendo, apesar dos pesares. Fossemos levar na pinta o escrito nem um mero joguinho do nosso Noroeste, o time cá de minha aldeia, poderia mais assistir, pois aqui, mesmo em recesso, continuam acontecendo coisas estranhas nos bastidores de um time supostamente sem grana. Imagina onde a grana corre em maior escala, os acontecimentos superam tudo o que possa imaginar nossa vã filosofia. Falcatrua não é exclusividade da Copa, nem do Brasil, muito menos do PT, nem de Barcelona e Noroeste, mas do capitalismo. O capitalismo não vive sem corrupção, irmãos siameses. João, o Saldanha sabia muito bem disso, tanto que esteve futebolando (no seu lado bom) até o último momento de sua vida.
PS.: A foto é de quando do lançamento de um livro com a biografia do João (se meu amigo Rodrigo Ferrari lá do Folha Seca tiver, eu quero um, viu!), cartão exposto aqui no meu mafuá num empoeirado mural, de onde não o tiro de jeito nenhum. Esse João mora no meu coração. Sinto muito a falta de jornalistas como ele nos dias atuais. E de histórias como as que João viveu, todas intensamente. RETALHO 4 - ESSE UM DOS CARAS MAIS DIGNOS DA CRONICA ESPORTIVA BRASILEIRA - SALVE A INDEPENDÊNCIA CRIATIVA DO JOSÉ TRAJANO!!! - José Trajano ataca os Gurus do Ódio da Grande Mídia Reacionária e Golpista.
sábado, 28 de junho de 2014
AMIGOS DO PEITO (92)
Ontem na sessão da Câmara de Botucatu que acabou livrando a cara de um declarado sonegador de impostos, os vereadores em sua maioria votaram para que o cara continuasse exercendo o cargo e meus amigos DUÍLIO DUKA DE SOUZA e ROSANA ZANNI, por legitimamente protestaram contra o descalabro do que ocorre naquela cada de leis (sic), acabaram sendo levados para o plantão policial dentro de um veículo policial. Estou ao lado dos amigos detidos e aguardando posicionamento de botucatuenses a respeito. A Câmara de Vereadores de Botucatu dá uma demonstração inequívoca de acobertamento a alguém comprovadamente desqualificado. Desculpem, havia me esquecido, o cara é tucano e esses não são cassados, muito menos presos...........
ASSISTAM AOS VÍDEOS E TIREM VOCÊS MESMO SUAS CONCLUSÕES:
UM
http://g1.globo.com/sp/bauru-marilia/tem-noticias-2edicao/videos/t/edicoes/v/cassacao-de-vereador-por-fraude-acaba-em-pizza-em-botucatu/3460196/
DOIS
https://www.facebook.com/photo.php?v=869547766393273
Eis a fala do Duka hoje a tarde: "O vereador Carmoni foi processado por FRAUDE, sendo enquadrado na Lei da Ficha Limpa, e condenado à perda dos direitos políticos e do mandato, porém, seis vereadores seus comparsas, votaram CONTRA a sua CASSAÇÃO! Vejam quem são os sete Vereadores TRAIDORES DO POVO de Botucatu. Guarde bem os nomes deles para as próximas eleições varrermos a IMORALIDADE E A CONIVÊNCIA COM A FRAUDE, desses que traíram a confiança de seus eleitores e da população em geral".
MEUS TEXTOS NO BOM DIA BAURU e PARTICIPI (282, 283 e 284)
DO MEU LADO PODE, DO DE LÁ NÃO – Texto nº 282, publicado em 13/06/2014 - Participi nº 3, 16/06/2014.
“Ao invés de gastar dinheirama com a Copa, por que não em postos de saúde?” ou “Essa é a Copa mais cara da história”, dois argumentos rolando por aí. Sim, ambos incontestáveis, porém dependendo de quem deles se utiliza e também pela forma como o faz, merecedor de respostas (e até estocadas). Seria ótimo ouvir isso vindo de quem estaria a propor uma verdadeira virada de mesa, mas não é isso o que de fato ocorre. A imensa maioria dos críticos do momento não contesta o sistema político excludente, a crueldade do capitalismo. Ótimo pessoas engajadas em lutas revolucionárias contra a falência do mundo como o conhecemos. Isso poucos ainda topam discutir. Quando vejo criticas por causa dos elefantes brancos das construções e do preço da Copa, o negócio é cutucar a corrupção, mas a do adversário (também inimigo) e só. Empreiteira é ruim, mas na obra do outro, não na sua. O mesmo que critica não enxerga seu telhado de vidro. Tudo está dominado e em todos os âmbitos, seja federal, estadual ou municipal e poucas agremiações políticas deixam de praticar o que condenam no oponente. E daí a pergunta que não quer calar: Com que deslavada cara só se cobra dos adversários algo que nem é cumprido no seu próprio terreiro? Um é devidamente cobrado e o outro acaba escapulindo pelas arestas, brechas, atalhos e vistas grossas. Problema mais sério do que se imagina. Daí, de nada adianta tirar de campo o ruim e em seu lugar adentrar um piorado. Não seria melhor uma luta coletiva para mudar tudo, execrando o regime que nos infelicita, no caso o capitalismo. Não esperem nada diferente em governos dentro da prática usual capitalista. Isso é meramente impossível. A corrupção é inerente a eles, esse seu modus operandi. Tanto faz se num estádio, num posto de saúde, num porto ou num mero puxadinho. Na manutenção do sistema vigente, mesmo com figurinhas diferentes no comando, o que muda é só a cara dos executores. A prática continuará sendo a mesma e ainda pode vir de forma piorada. Pairando no ar sob nossas cabeças algo com essa conotação.
DE ONDE NASCE ESSE ÓDIO DE CLASSE? - Texto nº 283, publicado em 23/06/2014 - Participi nº 4, de 23/06/2014. Bem evidente um ódio tomando conta de parcela significativa do brasileiro, algo latente nos dias atuais. Olhando para um passado não tão distante, isso realmente se efetivou de forma sistemática há bem pouco tempo. Hoje, odiar o adversário e fazer questão de expor isso é tão trivial quanto piscar os olhos. Sentir raiva do oponente, desdizer a todo instante do país onde se vive parece ter virado algo corriqueiro. Virou bordão de fácil explanação e também digestão, mas reparem bem, tudo não nasceu e chegou ao patamar atual assim do nada. Alguém incentivou para que um procedimento tão insano pudesse ser tratado como normal. O vai da valsa foi insuflado propositalmente. Poucos são os ainda conseguindo sustentar um breve diálogo com algum oponente. Uma latente intolerância não mais permite que a explanação se finde e já são soltos os cachorros, gatos, ursos e tudo seguido de muitos impropérios. Mas como tudo isso começou? Bem, diria que os antagônicos lados opostos nunca se entenderam nesse país, somente se toleravam. Existia até então um civilizado código de conduta. Iam se agüentando, até o momento em que alguém deixou claro que o vale tudo seria permitido e a porteira foi escancarada. As regras do bom senso, os ditames de uma convivência até então beirando algo harmonioso, com mínimo respeito entre quem pensasse X e os do lado Y possuíam tênues, mas vigentes ditames. Poucos excediam dos limites, pois algo os coibia nesse sentido. Vivia-se num estado onde o “amarelo” do sinal mantinha a todos ainda respeitando uma regra maior. Isso tudo prevaleceu até o exato momento em que um certo senhor veio e insuflado por um segmento social meteu o pé na sinaleira, gesto brusco e violento. Foi um divisor de águas. A partir daí o desentendimento passou a vigorar como regra. O nome desse hoje quase imperador, acima da própria lei que diz defender e pela qual fez juras de exercê-la sem excessos é Joaquim Barbosa, o atual presidente do STF. Percebam que todo esse clima existente no país hoje só foi possível por causa de seus excessos. Os que hoje o aplaudem, o fazem movidos por ignóbeis interesses. Tomara que tudo isso tenha volta, pois o descalabro atual, além do ódio já difundido, pode gerar problemas mais sérios. Muitos ainda pouco entendidos e discutidos.
FUNDO ABUTRE É UM INSANO PREDADOR – texto nº 284, publicado na edição de hoje, 28/06/2014 - Participi nº 5, de 29/06/2014. Isso que está a ocorrer com a Argentina nesse momento, quando tribunais norte-americanos estão a penalizando de uma forma totalmente injusta, merece não só o repudio, mas uma bela de uma manifestação contra o que representam esses tais de fundos abutres. Primeiro uma explicação, necessária para entendimento da questão. O Governo argentino negociou tempos atrás e vinha cumprindo o estabelecido em relação a suas dívidas. Propôs um parcelamento aos seus credores, aceito pela maioria desses e tudo transcorria normalmente até meses atrás. Dentro desses credores uma minoria resolveu vender a dívida para outros, esses especuladores e o fez na bacia das almas, ou seja, com imensos descontos. São esses os que hoje exigem o pagamento imediato e integral de todo o montante. Na verdade, o país vizinho não lhes deve nada, mas hoje alguns dos seus títulos estão nas mãos desses, cruéis manipuladores do capital mundo afora. A Suprema Corte dos EUA estará decidindo sobre isso nos próximos dias, mas algo já é mais do que certo, a Argentina não terá cacife, ou seja, caixa suficiente para quitar todo o montante da dívida de uma só vez. Estará estabelecido o “calote” e a partir daí, suas conseqüências. A Argentina não pode pagar somente a esses que a cobram nesse momento, pois seu contrato com todos rege que, ou paga-se a todos ou nada. E o mais sensato é continuar pagando pela forma inicialmente acertada. Mudar a forma de um contrato durante sua vigência é insanidade capitalista. De tudo, uma conclusão bem simples. O capitalismo propicia o surgimento e manutenção de verdadeiros abutres, sanguessugas, exploradores ao máximo do dinheiro em circulação. Esses são os que não produzem mais nada, somente sugam, exploram, seguindo uma só regra, a da inescrupulosa ganância. O caso expõe a olhos nus o baú de maldades desses, os que sem nenhum tipo de responsabilidade social, investem contra países e os querem vergados a qualquer custo. Se a decisão da Justiça norte-americana não for revertida, estará declarada a irracionalidade de decisões domésticas com aplicação no plano internacional. Dentro da sensatez das relações humanas, a união de apoio à Argentina nesse momento é o mínimo que todos os países podem fazer. Felizmente, o Brasil já a fez.
sexta-feira, 27 de junho de 2014
UMA MÚSICA (109)
OS TRAILERS DOS POBRES MOLAMBENTOS – O ÓDIO, A COPA E OS SALTIMBANCOS
Excessos ocorreram para a realização da Copa do Mundo no Brasil e isso é ponto pacífico. Ser contra esses excessos é o mesmo que ser contra todos os outros excessos, a endêmica corrupção, etc e etc. O que não suporto são os que, tentam a todo custo demonstrar erros só no quesito Copa e encobrem os demais. A caolhice me irrita. Antes da Copa uma onda pessimista, não dos interessados em resolver nosso atávido problema de corrupção, mas fazendo de tudo e mais um pouco para encurralar Dilma, como se vivêssemos nos piores dos mundos. Aquele papinho “cerca lourenço”, de que os aeroportos não estavam preparados, os estádios cairiam, o país não tinha condições de receber os turistas, tudo coordenado e fogo centrado no enfraquecimento do Governo. Nada mais que isso.
A crítica séria continuou sendo feita e precisa mais do que nunca continuar, sempre. Fácil separar quem produz uma e quem está engajado na outra, luta secular contra todas nossas mazelas. Os que se decepcionaram com os aeroportos funcionado bem, os estádios idem e o congraçamento dos turistas com os brasileiros já buscam um novo discurso, pois o intento agora é ver o Brasil perdendo a Copa, esquentar o clima pro lado da Dilma e lhufas para a corrupção. Mudaram até o discurso e leio por esses dias algo novo, uma transformação camaleônica para que possam continuar desdizendo de tudo, só espezinhando e botando mais lenha na fogueira.
“E nessa Copa, pena que vieram muito mais turistas mulambos da América do Sul, do que os endinheirados da Europa, os que o Brasil tanto precisava . Não vieram os turistas de grana, vieram os que dormem em carros e na praia. Passou na TV. Os ricos, os que trazem a grana mesmo, ficaram com medo da violência... infelizmente, até os ricos latinos não vieram. A turistaiada que o PT queria, os aeroportos nem movimento tiveram.... correram privatizar e nem precisa de tanta pressa . E não é preconceito, é conceito formado vendo o noticiário”, essa uma junção de alguns pequenos textos que juntei do escrito de alguns mais que pessimistas, diria, negativistas contumazes.
Adianta discutir com gente assim? Decididamente não. Pura perda de tempo. Quando não for mais isso, será outra e depois mais outra coisa. Para esses nunca poderá ser estabelecido um diálogo plausível, dentro dos limites do razoável. Tudo já está preconcebido, mais do que formatado dentro de suas cabeças. A única coisa que faço no caso desses, cheio de muita ironia é afirmar que se os pobres vieram e estão se esbaldando, ótimo, missão mais do que cumprida. Eu, por mim, quero mais é que os pobres possam viajar, passear, festar, possuir, interagir, trocar, gozarem a vida e no mesmo lugar antes só exclusivos aos ricos. E quando isso ocorre e se ocorre no ambiente da Copa, para mim, a constatação de quem nem tudo está definitivamente perdido nesse mundão veio de guerra. Afinal, sempre tive comigo, que a solução desse mundo está nas mãos dos pobres e não dos ricos. Ah, se eu tivesse um trailer e pudesse lotar de amigos e passear por aí fazendo e acontecendo. Seria o homem mais feliz do mundo, mesmo sem um tostão no bolso.
Daí proponho algo ao meu modo e jeito. Quero juntar isso tudo com uma música, uma que não me sai da cabeça desde meus tempos de moleque. O musical infantil “Saltimbancos”, peça do Chico, tem momentos onde os animais abrem mão de uma vida mais abastada, tudo para viver no meio dos seus. A história da gata que tinha todo o conforto na casa da madame e abdica tudo para estar nas ruas festando no que denomina de “gataiada” é bem a cara do que ocorre hoje nas ruas das cidades onde ocorrem jogos da Copa, mais no Rio de Janeiro. O “nós, gatos, já nascemos POBRES/ Porém, já nascemos LIVRES”. Vejam a letra toda e a ouçam sentindo-se como os gatos, no meio da rua e percorrendo trechos em trailers, como os latinos que alegremente invadiram esse país, alegrando um bocadinho mais nossas ruas e praças:
A HISTÓRIA DE UMA GATA (Saltimbancos): “Me alimentaram/ Me acariciaram/ Me aliciaram/ Me acostumaram./ O meu mundo era o apartamento/ Detefon, almofada e trato/ Todo dia filé-mignon/ Ou mesmo um bom filé...de gato/ Me diziam, todo momento/ Fique em casa, não tome vento/ Mas é duro ficar na sua/ Quando à luz da lua/ Tantos gatos pela rua/ Toda a noite vão cantando assim:/ Nós, gatos, já nascemos pobres/ Porém, já nascemos livres/ Senhor, senhora ou senhorio/ Felino, não reconhecerás: De manhã eu voltei pra casa/ Fui barrada na portaria/ sem filé e sem almofada/ Por causa da cantoria/ Mas agora o meu dia-a-dia/ É no meio da gataria/ Pela rua virando lata/ Eu sou mais eu, mais gata/ Numa louca serenata/ Que de noite sai cantando assim/ Nós, gatos, já nascemos pobres/ Porém, já nascemos livres/ Senhor, senhora ou senhorio/ Felino, não reconhecerás”. Vejam isso: http://letras.mus.br/os-saltimbancos/173787/ e na voz de Nara Leão.
Fica a dica para os conservadores e pessimistas de plantão: Baixemos um pouco a bola, rolemos a mesma mais pelo chão e sejamos mais pobres, ou melhor, livres, leves e soltos. O mundo dos ricos é muito cheio de amarras, condicionamentos e regras. Um saco! Quando assumirmos nossa pobreza, seremos ricos.
quinta-feira, 26 de junho de 2014
PALANQUE - USE SEU MEGAFONE (58)
PADRE SEVERINO E A COMISSÃO DE JUSTIÇA E PAZ DA IGREJA CATÓLICA SÃO CONTRA A CRIMINALIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS – EU TAMBÉM
Conheci tempos atrás um padre pra lá de porreta, bom de briga e nas lutas sociais desse país dos pés à cabeça. Seu nome SEVERINO LEITE DINIZ, 60 anos, padre em Promissão SP, uma das cidades com um dos mais ativos assentamentos de reforma agrária do país. É desses que não se omite, põe a cara para bater, expõe nas próprias vestes o que pensa e como age. Cliquem a seguir e leiam o que já escrevi dele no blog do Mafuá: http://mafuadohpa.blogspot.com.br/search?q=PADRE+SEVERINO. Recebo dele um documento, que hoje faço questão de repassar, um recentemente difundido por um dos órgãos mais sérios da igreja católica, remanescente do que sobrou da ótima Teologia da Libertação. Severino luta por um país melhor e estou ao seu lado em todas suas lutas, essa uma delas. Abaixo o documento com o pedido para que o divulgue e disso não me furto, espalho como posso. E o faço hoje, um dia após publicar acontecimentos esquisitos na questão da terra em Bauru. Uma coisa é uma coisa e a continuidade da luta é outra:
CARTA ABERTA À POPULAÇÃO
O Movimento Contra a Criminalização dos Movimentos Sociais, que agrega várias entidades e organizações de luta pela defesa do direitos humanos, vem a público para denunciar os constantes desrespeitos aos direitos humanos no Brasil daqueles que se colocam contra as graves injustiças sociais no Brasil, notadamente das pessoas oriundas dos movimentos sociais ou, quando não, ...contra os pobres em si.
A origem dessa sistemática violação dos Direitos Humanos reside no aparelhamento do Estado Brasileiro para a defesa de interesses de poderosos grupos econômicos, levando ao estabelecimento de uma mentalidade negativa de tudo que possa, de alguma forma, questionar o “status quo” desses beneficiados pelo sistema.
Os movimentos sociais, como forma legítima de intervenção política dos excluídos da riqueza nacional, dessa forma, vêm sendo vítimas de criminalização, notadamente quando da realização de manifestações pacíficas, duramente reprimidas, justamente por se colocarem como “inimigos internos” dessa situação da distribuição da riqueza gerada
socialmente, mas apropriada por pequenos grupos.
É impossível não se perceber que esse aparelhamento do Estado leva a atitudes de muitos de seus agentes, sejam nas forças policiais ou na esfera administrativa, de efetivo desrespeito aos direitos humanos com absoluta sensação de impunidade, na medida em que sentem que os cidadãos pobres não são destinatários da ação estatal, mas sim,
repita-se, seus inimigos.
Nesse sentido, é de se constatar que a obsessão de confundir presença do Estado com intervenção meramente policial leva a uma situação anacrônica: o crescimento vertiginoso da violência e, consequentemente, das práticas de crimes e a disseminação de áreas de anomia, onde a presença de aparelhos do Estado como Escolas, Hospitais, equipamentos urbanos, etc, é igual a zero e onde grupos criminosos exercem o poder de fato. O grave é quando se nota que agentes do Estado, notadamente os policiais, passam a integrar esses grupos criminosos ou, mesmo quando aparentemente se opõem a esses grupos, criam “milícias” onde a violência e a prática rotineira de crimes contra os pobres apenas aumenta a sensação de insegurança.
Essa situação é tão grave que mesmo a execução, por um desses grupos na cidade de São Paulo, do Coronel PM José Hermínio Rodrigues, então comandante do policiamento na Zona Norte de São Paulo, que tinha noticiado que combateria esses grupos, não foi apurada até a presente data. Se nem na morte de um Comandante da PM não houve apuração dos fatos, o que se dirá dos inúmeros jovens pobres e negros da periferia, vítimas de contínuos homicídios, quando não de chacinas.
O mesmo acontece com a população de rua, continuamente vítima de agentes do Estado (notadamente dos Municípios e dos Estados) que são vítimas de medidas de higienização com transferência forçada de lugares de pousada. Crianças e adolescentes das ruas ficam a mercê da violência travestida de assistência social. Da mesma forma que se observa a criminalização dos movimentos sociais, também se observa uma constante criminalização da população pobre, sem recursos, sem ter onde morar e a
quem recorrer quando necessário.
O Movimento Contra a Criminalização dos Movimentos Sociais manifesta, assim, o seu repúdio à intervenção estatal de repressão aos despossuídos, inclusive aos movimentos sociais, quando deveriam, tanto as autoridades federal, estaduais e municipais, ser agentes da instituição de um Estado de Direito Democrático, onde os Direitos Humanos sejam respeitados como inerentes a todos os seres humanos.
São Paulo, 11 de junho de 2014 - CJP - Comissão Justiça e Paz - SP
quarta-feira, 25 de junho de 2014
UM LUGAR POR AÍ (52)
O fato é o seguinte. Uma nuvem de fumaça invade a cidade vinda dos lados da Bauru/Iacanga. O que seria isso? Ontem uma reintegração de posse às margens da rodovia retira do local cerca de 100 pessoas de um grupo que ocupava o lugar, uma área em litígio, demanda aguardando decisão para reforma agrária. O local também é residência de pequenos agricultores e de um desses recebo duas cartas, uma ainda quando do primeiro incêndio e outra agora. Lamentos que devem ser entendidos e analisados. O francês radicado em Bauru, ERIC DA COLINA é pessoa ligada a tudo o que se refere a movimentos progressistas aqui e alhures e seu texto merece ser melhor analisado e entendido. Vamos a eles:
TEXTO 1 – Recebido em 24/06: “Boa noite, Aproveitando a paralisia total do pais durante o jogo do Brasil contra Camarões, um novo incêndio (o quinto) foi iniciado agora a partir da mesma região que no dia do meio ambiente e a fumaça estava visível no crepúsculo enquanto as barracas brotam sem parar na parte já queimada... Coincidências estranhas, né ? Podem dormir tranqüilos, ou festejar felizes... o Brasil vai se qualificar, e a natureza vai cair fora da Copa... Um abraço triste, Eric e Malu”.
TEXTO 2 – Recebido em 10/06, quando do primeiro incêndio: “Bom dia, Quinta feira, aconteceu uma tragédia ambiental pertinho da Colina... Depois de três incêndios "limitados" o mês passado, nós assistimos, chocados e apavorados a um incêndio descontrolado desde meio-dia até tarde na madrugada e apesar de ficar mais fraco, nos pudemos conferir até ontem, pequenos pontos de chamas e fumaça, indicando a violência do evento inicial... Nunca ouvimos um ruído tão forte, umas chamas tão altas que durante essa tragédia, crepitou ate tarde na madrugada, uma moita de bambu literalmente explodiu as 23h30, provocando barulhos semelhantes aos fogos de artifício... O incêndio atingiu a cerca de nossos vizinhos e o fogo não se estendeu mais na nossa direção graças aos esforços deles para conter as chamas...
Reproduzimos aqui uma carta escrita pelo nosso amigo que foi na frente do combate contra esse incêndio e apesar de divergências de opinião sobre alguns outros assuntos, consideramos ele como uma pessoa do bem, sempre pronto a ajudar na conservação e na manutenção das infra-estruturas e do meio ambiente da região. Testemunhando direito a instalação desde domingo de uma barraca (ver a foto) no meio da zona destruída pelo fogo, nos temos as mesmas perguntas que ele... mais uma: porque a mídia esta minimizando o tamanho da tragédia, falando, por exemplo que o fogo foi contido as 20h quando pudemos ver ele se estender até pelo menos meia noite ? Não vamos deixar essa tragédia sem reagir. Por favor, espalhem essas reflexões importantes para que isso não aconteça nunca mais... O cerrado agradece !! Um abraço da Eric e Malu
PS: Se você esta sabendo de ações ligadas a esse crime ambiental, por favor, informe a gente, porque estamos preocupados da inatividade a volta desse acontecimento gravíssimo...".
TEXTO 3 – A carta do amigo do Eric, agricultor: “TRÁGICO DIA DO MEIO AMBIENTE - O dia do "Meio Ambiente" 05/06, e ainda hoje (focos ainda em chamas), continuam sendo comemorado pelo "Movimento Social dos Sem Terras", que pela segunda vez invadiram e ocupam a área, e, pela quarta vez atearam fogo na Fazenda Santo Antônio, situada na Rodovia SP 321-Bauru-Iacanga Km 353, propriedade do Frigorífico Mondelli, causando um espetáculo de horror e destruição da natureza, com a morte e a carbonização de animais silvestres como veados, capivaras, tucanos, quatis, tatus, jacus, tamanduás e outras espécies que não conseguiram escapar, além é claro da debandada geral daqueles animais que tiveram sorte de escapar do holocausto. Árvores centenárias de reserva de APP (área de preservação permanente) e RL (reserva legal) da fazenda com centenas de espécies de árvores do cerrado foram dizimadas e outras ainda continuam queimando, decorridos três dias do início e sem previsão de acabar, cuja fumaça pôde ser vista na cidade de Bauru e região, tudo amplamente mostrado pela televisão e jornal. Tudo isto, sem contar, é claro, o transtorno e o prejuízo causado aos vizinhos da área que precisaram mobilizar pessoas e equipamentos como tratores, arados, grades, pás carregadeiras e outros implementos com o objetivo de conter o incêndio, até hoje vivo. Foram mobilizados ainda o Corpo de Bombeiros, avião-tanque e a Polícia Militar de Bauru, além da imprensa, que, aliás, foi impedida pelos invasores do "Movimento Social dos Sem Terras" de entrar na Fazenda para fazer a cobertura do incêndio.
Por que será que eles não deixaram a imprensa entrar na propriedade? Certamente é porque qualquer pessoa que lá for poderá verificar que as áreas queimadas anteriormente e as de agora, já estão com demarcações de lotes e barracos. E o fogo é o meio mais rápido e sem custos para fazer uma "limpeza", principalmente porque o capim estava muito alto dificultando as demais demarcações. (...) No caso da Fazenda Santo Antônio, do Frigorífico Mondelli, é a segunda vez que é invadida. A empresa passa por um processo de recuperação judicial, portanto está "sob-judice". Existe um "Interdito Proibitório" uma medida jurídica emitida pela justiça, que proíbe a invasão destas terras. (...) Ironicamente dia 05/06 foi o dia do "Meio Ambiente", a destruição da natureza na Fazenda era visível e perceptível pela fumaça que invadiu a cidade de Bauru, e, no entanto, apesar de ser a quarta vez que o "Movimento Social dos Sem Terras" queimam a fazenda, até agora nenhuma medida PUNITIVA foi tomada contra os invasores e destruidores da natureza.
A Lei Federal do Meio Ambiente nº 9.605/98 prevê no seu artº 38 "Destruir ou danificar floresta considerada de preservação permanente, mesmo que em formação, ou utilizá-la com infringência das normas de proteção": "Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente"; e ainda, no Artº 41 "Provocar incêndio em mata ou floresta: "Pena - reclusão, de dois a quatro anos, e multa". Segundo reportagem do Jornal da Cidade de Bauru dia 08/06 página 8, o relações públicas interino do 4º Batalhão de Polícia Militar do Interior (4ºBPM-I), disse: "que aguarda posicionamento do Estado e que, por conta da demanda da Copa, a reintegração provavelmente seja cumprida após o campeonato mundial". A demora para cumprir o mandado só alimenta a expectativa dos invasores em atingir seus objetivos. E com certeza o restante da Fazenda com 1.375,16 hectares serão dizimados.
Algumas perguntas: Por que a Polícia Militar não cumpriu de imediato a reintegração de posse que já foi emitida há mais de 20 dias? E o Ministério Público do Meio Ambiente, o que poderia fazer efetivamente para punir os devastadores? E o secretário do Meio Ambiente de Bauru? Será só o perímetro urbano considerado Meio Ambiente? Experimente podar ou cortar uma árvore em frente a sua casa, sem autorização da SEMMA, para ver o que acontece! E o prefeito, ambientalista e ecologista de primeira ordem preocupado com questões ambientais, e cujo Cerrado mingua a cada dia no município, o que fez neste caso? E as ONGS protetoras dos animais e os ecologistas e ambientalistas de plantão, onde estão? Serão só os gatinhos e os cachorrinhos que merecem atenção e dedicação das ativistas? Por que não foram ainda ao local do incêndio ver a tragédia e a morte dos animais silvestres e o caos causado pelos Sem Terras aos animais? Ou área rural não existe para esta gente? E o Partido dos Trabalhadores-PT que docemente denomina os "Sem Terras" como "Movimentos Sociais", por que fomentam as invasões? Por que não excluem os "companheiros" invasores de seu programa de governo, não dando mais subsídios públicos a este segmento destruidor? Enfim: por que esta omissão, esta leniência, esta complacência, este acobertamento e tolerância com os invasores? A Reforma Agrária é pra ser feita assim, na marra, destruindo tudo? Para que existem Leis neste País? - Carlos Eduardo S. Padilha (Produtor Rural) cespadilha@uol.com.br”. Assim como Eric, discordo de muitos pontos levantados pelo Sr Carlos, porém, entendo muito bem o que passa pequenos sitiantes, como o Eric e a Malu, desesperados e no meio desse verdadeiro fogo cruzado. A divulgação do texto do Eric sai aqui em forma de lamento e a do Sr Carlos, aguardando uma resposta convincente expondo o outro lado da questão. E daí, isso tudo sai aqui e que a discussão séria e esclarecedora se estabeleça. Assim como Silvio Selva, em frase postada hoje nas redes sociais, penso da mesma forma e jeito: “eu apenas acho que o incêndio na fazenda ocupada foi proposital, mas não foi causada pelos ocupantes como já estão querendo dizer”. Muita água deve passar por debaixo dessa ponte, pois que comece agora.
Por que será que eles não deixaram a imprensa entrar na propriedade? Certamente é porque qualquer pessoa que lá for poderá verificar que as áreas queimadas anteriormente e as de agora, já estão com demarcações de lotes e barracos. E o fogo é o meio mais rápido e sem custos para fazer uma "limpeza", principalmente porque o capim estava muito alto dificultando as demais demarcações. (...) No caso da Fazenda Santo Antônio, do Frigorífico Mondelli, é a segunda vez que é invadida. A empresa passa por um processo de recuperação judicial, portanto está "sob-judice". Existe um "Interdito Proibitório" uma medida jurídica emitida pela justiça, que proíbe a invasão destas terras. (...) Ironicamente dia 05/06 foi o dia do "Meio Ambiente", a destruição da natureza na Fazenda era visível e perceptível pela fumaça que invadiu a cidade de Bauru, e, no entanto, apesar de ser a quarta vez que o "Movimento Social dos Sem Terras" queimam a fazenda, até agora nenhuma medida PUNITIVA foi tomada contra os invasores e destruidores da natureza.
A Lei Federal do Meio Ambiente nº 9.605/98 prevê no seu artº 38 "Destruir ou danificar floresta considerada de preservação permanente, mesmo que em formação, ou utilizá-la com infringência das normas de proteção": "Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente"; e ainda, no Artº 41 "Provocar incêndio em mata ou floresta: "Pena - reclusão, de dois a quatro anos, e multa". Segundo reportagem do Jornal da Cidade de Bauru dia 08/06 página 8, o relações públicas interino do 4º Batalhão de Polícia Militar do Interior (4ºBPM-I), disse: "que aguarda posicionamento do Estado e que, por conta da demanda da Copa, a reintegração provavelmente seja cumprida após o campeonato mundial". A demora para cumprir o mandado só alimenta a expectativa dos invasores em atingir seus objetivos. E com certeza o restante da Fazenda com 1.375,16 hectares serão dizimados.
Algumas perguntas: Por que a Polícia Militar não cumpriu de imediato a reintegração de posse que já foi emitida há mais de 20 dias? E o Ministério Público do Meio Ambiente, o que poderia fazer efetivamente para punir os devastadores? E o secretário do Meio Ambiente de Bauru? Será só o perímetro urbano considerado Meio Ambiente? Experimente podar ou cortar uma árvore em frente a sua casa, sem autorização da SEMMA, para ver o que acontece! E o prefeito, ambientalista e ecologista de primeira ordem preocupado com questões ambientais, e cujo Cerrado mingua a cada dia no município, o que fez neste caso? E as ONGS protetoras dos animais e os ecologistas e ambientalistas de plantão, onde estão? Serão só os gatinhos e os cachorrinhos que merecem atenção e dedicação das ativistas? Por que não foram ainda ao local do incêndio ver a tragédia e a morte dos animais silvestres e o caos causado pelos Sem Terras aos animais? Ou área rural não existe para esta gente? E o Partido dos Trabalhadores-PT que docemente denomina os "Sem Terras" como "Movimentos Sociais", por que fomentam as invasões? Por que não excluem os "companheiros" invasores de seu programa de governo, não dando mais subsídios públicos a este segmento destruidor? Enfim: por que esta omissão, esta leniência, esta complacência, este acobertamento e tolerância com os invasores? A Reforma Agrária é pra ser feita assim, na marra, destruindo tudo? Para que existem Leis neste País? - Carlos Eduardo S. Padilha (Produtor Rural) cespadilha@uol.com.br”. Assim como Eric, discordo de muitos pontos levantados pelo Sr Carlos, porém, entendo muito bem o que passa pequenos sitiantes, como o Eric e a Malu, desesperados e no meio desse verdadeiro fogo cruzado. A divulgação do texto do Eric sai aqui em forma de lamento e a do Sr Carlos, aguardando uma resposta convincente expondo o outro lado da questão. E daí, isso tudo sai aqui e que a discussão séria e esclarecedora se estabeleça. Assim como Silvio Selva, em frase postada hoje nas redes sociais, penso da mesma forma e jeito: “eu apenas acho que o incêndio na fazenda ocupada foi proposital, mas não foi causada pelos ocupantes como já estão querendo dizer”. Muita água deve passar por debaixo dessa ponte, pois que comece agora.
terça-feira, 24 de junho de 2014
INTERVENÇÕES DO SUPER-HERÓI BAURUENSE (71)
OS PESSIMISTAS E UM DAQUI, ELEITO POR GUARDIÃO COMO EXEMPLO DE EXCESSOS VARIADOS E MÚLTIPLOS
Alceu tira uma no pessimismo |
Guardião concorda com Selva, não se segura nas calças e solta um: “Hipócritas. Foi a Grande Mídia tupiniquim que criou a ideia de que a Copa seria um caos e que o Brasil iria passar vergonha perante o mundo. A mídia internacional deu crédito para essa fajutice e repercutiu isso para o mundo todo. Ainda estão esperando um desastre qualquer, triste isso! Pessoas torcendo para que outras fracassem, essa é a maior prova de egoísmo e incompetência!”. O Brasil, infelizmente está mais do que cheio de gente pensando e agindo assim, apunhalando o próprio país pelas costas, tudo para fazer valer seus interesses. “Uma vergonha, algo abominável e que precisa ser escancarado. Quem seriam esses? Quais seus interesses? Seria o bem do país ou o que esses querem é trocar seis por meia dúzia e ainda recolocando no lugar agentes públicos piorados?”, pergunta Guardião.
Jota "Pessimista" Augusto |
Para responder isso, uma pesquisa foi feita e após intenso vasculhar entre tanta baboseira produzida por todos os cantos e meios, chegou-se a alguns nomes. “Aqui em Bauru um dos que faz questão de apregoar que tudo é ruim, nada dá certo, que todos os males desse país residem na presidenta Dilma, em Lula e no PT é o radialista JOTA AUGUSTOS, da rádio Auri-Verde. Até seus próprios colegas, em alguns momentos o ironizam, tamanha é a perseguição. Dias antes da Copa começar parecia que vivíamos no pior dos mundos, o estádio ia cair, o aeroporto não suportaria, o país não estava preparado, a revolta nas ruas estava prestes a derrubar o governo e o melhor mesmo era torcer contra o Brasil, pois se ele ganhasse algo, uma chance maior de tudo o que ele renegava continuar ocorrendo. Pelo visto deu com os burros n’água, pois hoje seu discurso abrandou, mas não foi alterado. Ele chegou a contaminar seus colegas de microfone e muitos foram no vai da valsa e deram prosseguimento a mesma ladainha de Jota. Esse foi um dos momentos mais tristes da rádio bauruense dos últimos tempos. A isenção foi para as cucuias”, diz Guardião.
O arrazoado de Jota pelas ondas do rádio é tão gritante, tão repetitivo, tão pessimista, que muitos foram os que reclamaram. Não foi só Guardião e esses dois arteiros por detrás de sua criação (Gonçalez e HPA) a observarem isso. “Tudo o que é demais enche o saco. Quando passa dos limites, algo precisa ser feito, primeiro pelo bem do jornalismo e depois da própria verdade dos fatos. A traulitada que Jota e outros na mesma linha estão levando é no sentido de que o excesso foi prejudicial até para a credibilidade da rádio. Criticar é uma coisa, fazer pregação contra uns e nadica sobre outros é perceptível até para os surdos. Jota havia deixado de comentar sobre sua especialidade, o futebol e passou a só pregar contra o sucesso do evento Copa no Brasil. Esquecia do futebol e hoje, quando a Copa já é mais do que um sucesso, dentro e fora dos campos, tem que arrefecer a crítica, para não ser motivo de galhofa”, conclui Guardião.
De tudo, servindo para esses pessimistas de plantão, no final do editorial da revista Brasileiros desse mês, algo para fechar a tampa do caixão: “Nós aqui da Brasileiros, estamos torcendo para o Brasil na Copa. Torcer muito. Sem que, com isso, deixemos de continuar a lutar por um país melhor, mais competitivo, socialmente mais justo, com mais e melhores hospitais, mais e melhores escolas, menos e menos violência. À vitória”. É que tem gente que não critica mais, cospe ódio e isso pega muito mal.
"Será que é dessa forma que alguns esperam resolver os problemas do país?", questiona para finalizar Guardião.
segunda-feira, 23 de junho de 2014
BAURU POR AÍ (100)
OS TIMES DO INTERIOR DENTRO DA COPA DO MUNDO – MAS COMO?
Eu tenho diletos amigos na vizinha Jaú (esse um deles), terra do também imortal XV de Jaú (e como nós, noroestinos, também na 4ª Divisão do Paulista de Futebol), o TIAGO PÁTARO PAVINI. Já escrevinhei dele algumas outras vezes por aqui e hoje repito a dose, pois ele juntou suas coisas e foi aportar em Cuiabá nessa Copa do Mundo. Conseguiu entradas para todos os quatro jogos realizados por lá e está num congraçamento com as torcidas de todos os países que por lá estão passando, dessas de dar gosto. O inusitado é que, sendo jauense, levou consigo um escudo feito à mão, improvisos de última hora com as cores do time de sua aldeia e não desgruda do amuleto. Está aparecendo em fotos mil por tudo quanto é lugar e tirando outras tantas com gente igual a ele, que levam pára os estádios algo do time de sua cidade. Já tirou fotos com gente envergando bandeiras do XV de Piracicaba e do Marília, além de muitas outras dos times brasileiros considerados grandes e com todas as torcidas estrangeiras.
Fui perguntar se não havia visto nenhum do glorioso Noroeste de Bauru, pois o time é muito conhecido lá pelos lados mato-grossenses. E daí Tiago me perguntou: “Por que o Noroeste é conhecido por aqui?”. Disse que por causa da ferrovia que nos unia ao resto da América Latina, com conexões mil pelo interior do Mato Grosso, daí Cuiabá estar infestado de bauruenses e gente que gosta do Noroeste. Ele disse ainda não ter visto ninguém com nossas cores, mas que continuará procurando. Daí deixo a pergunta para quem me aqui me lê: Será que nenhum bauruense que foi assistir jogos da Copa esse ano não levou uma bandeira, camisa ou escudo do nosso Noroeste? Se o fez ainda não vi nada e se existir, quer tal divulgar? A platéia de uma Copa do Mundo é palco surreal, onde cada um não vai lá de forma bem comportada e uma parcela significativa vai fantasiada e até com algo do time de sua aldeia. As TVs mostram isso a todo instante e em vezes outras vimos algo sobre Bauru na telona, esse ano, ainda nada. Cadê os noroestinos de plantão? Nesse dia de jogo classificatório contra Camarões, me ajudem a pesquisar se algum maluco noroestino foi fotografado por aí.
Querendo mais acessem o link do blog, o www.trivela.uol.com.br, abrindo espaço para alguns dos seus textos. Leiam a seguir um texto exclusivo dele para o Mafuá:
“O fato de acontecer uma Copa do Mundo aqui no Brasil me aproximou de realizar um de meus sonhos, tanto pessoal quanto profissionalmente: assistir (e porque não, cobrir também) ao maior evento futebolístico do mundo. Esporte esse que foi um dos grandes pesos na balança que me fez seguir para o jornalismo. A escolha de Cuiabá foi, na verdade, um plano B: tentei ingressos em São Paulo e até mesmo Belo Horizonte, porém sem êxito. Sendo assim, adquiri os 4 ingressos aqui na Arena Pantanal. E ainda bem que eu não consegui os ingressos em SP ou BH, pois seria uma tragédia! Não consigo imaginar melhor palco para uma “estreia” minha em copas do mundo do que um jogo da seleção chilena. Os torcedores chilenos invadiram a cidade de Cuiabá, dizem que vieram mais de 20 mil, e fizeram uma festa maravilhosa! Durante os 90 minutos, apoiaram seu time, jogando bem ou mal. E comemoram muito a vitória ao final do jogo. Houve até rojões e fogos de artifício na comemoração. Muitos podem dizer que foi errado, mas eu acredito que engrandeceu a festa. Deu um toque de “Padrão Libertadores” na Copa do Mundo. E nada mais justo do que uma “libertadorização” em uma Copa do Mundo realizada na América do Sul, após 36 anos de . E está sendo assim na maioria dos jogos de times de nosso continente. Uruguaios, argentinos, colombianos e equatorianos estão fazendo a festa também. A Copa do Mundo é algo sensacional, a atmosfera criada em torno dos jogos é mágica. E posso até dizer que os arredores do estádio em dias de jogo é mais legal do que dentro dele! Fora do estádio é permitido bandeiras com mastro, trompetes, bumbos, rojões e tudo mais.
Mas eu só pude concretizar essa vinda para Cuiabá graças aos meus amigos de longa data e que até me viram nascer, Edisson e Samara, e seus filhos Felipe e Ana Laura (estão trabalhando como voluntários nessa Copa), que me receberam em sua casa aqui no “celeiro do mundo” (como a cidade é conhecida) de braços abertos e estão me oferecendo hospedagem. Até o momento, fui em 3 jogos na belíssima Arena Pantanal: Chile x Austrália, Rússia x Coréia do Sul e Nigéria x Bósnia. Falta apenas o jogo entre Japão x Colômbia, que também comparecerei. Em todos eles, fiz e farei questão de ir uniformizado com a camisa do meu time de coração, o XV de Jaú, e com uma bandeira que eu improvisei em uma cartolina com o emblema do Galo da Comarca. E em todos os jogos, faço questão de chegar no mínimo 3 horas antes e tirar fotos com as diferentes bandeiras que os estrangeiros trazem, sejam de seus países eu de seus times nacionais. Torço para que as fotos tiradas com o emblema do XV circulem os outros países, e o Galo se torne cada vez mais conhecido. E para minha surpresa, encontrei duas pessoas com bandeiras de times do interior paulista: Marília e XV de Piracicaba. O futebol do interior paulista ainda vive, e está espalhado por todo o Brasil. E até mesmo pelo mundo!”.
domingo, 22 de junho de 2014
ALFINETADA (123)
DE CINCO EM CINCO, MAIS TEXTOS MEUS N’0 ALFINETE, NOV/DEZ 2001
O intrépido O Alfinete, “pica mas não fere”, nas mãos de Marco Pavanato publicava crônicas minhas e de tantos outros. Deixou saudades e na junção daquilo tudo, um belo retrato das possibilidades de um arrojado jornalismo. Eu fiz parte daquele rico período e hoje, 13 anos depois, sinto uma gostosa saudade daquilo tudo. Os exemplares daquele semanários pirajuiense merecem um livro...
Crônica Edição nº 142 – “Um vendedor que vende”, 17/11/2001
Crônica Edição nº 143 – “A lenda do quanto mais próximo melhor”, 24/11/2001
Crônica Edição nº 144 – “Nada como ser banqueiro”, 01/12/2001
Crônica Edição nº 145 – “O cinema nacional revigorado”, 08/12/2001
Crônica Edição nº 146 – “Futebol, o ópio do povo”, 15/12/2001
E mês que vem mais cinco...
quinta-feira, 19 de junho de 2014
AMIGOS E AMIGAS NOVOS E ANTIGOS - Caio na estrada com uma serviçaiada danada pela frente e não sei se terei mais condições de adentrar facebook, internet e outros quetais até o próximo domingo. O dever me chama. A luta para cobrir minha conta bancária se faz presente. Tchau e até mais ver. Volto, talvez no dia do próximo jogo do Brasil ou se conseguir numas frestas do arretado trabalho. Sei que poucos sentirão minha falta, mas a justificativa está apresentada. BYE do HPA
DROPS - HISTÓRIAS REALMENTE ACONTECIDAS (104)
ENTENDENDO O PSTU – MAS COMO, ONDE E POR QUE?
Papo de feira dominical é pra lá de vantajoso, além de ser feito ao ar livre, ambiente buliçoso, cheio de possibilidades, inegável que a Banca do Carioca, o livreiro mor da feira, lá na Feira do Rolo atrai de tudo um pouco. Nós (dentre os quais me incluo), os atraídos por aquele edificante lugar, sabemos que tudo pode ocorrer nos fortuitos encontros ocorridos a cada novo domingo. Nesse último, 15/06, éramos quatro no papo e dali conto o que se sucedeu. Eu, o vereador Roque Ferreira - PT, o professor e pensador Almir Ribeiro – PSTU, Zé Maria o assentado especialista em bambus no Terra Nossa em Aymorés e em passagem rápida seu Mário da Paz Pereira, presidente da Associação dos Aposentados de Bauru (estávamos bem defronte essa sede). Só mesmo ali, tudo por obra e culpa do acaso. Muito foi conversado, papo vai, papo vem e acabou dando nisso.
Almir nos explica algo da linha de ação do PSTU. Foi mais ou menos isso: “Eu nas discussões sou as vezes mais duro com os amigos, com aqueles que ainda podem ouvir e até mudar de opinião, do que aqueles onde não vejo mais esperança nenhuma. Acham que vou perder tempo com aqueles, por exemplo, que vaiaram a presidenta no Itaquerão? Nem perco mais tempo. Existem os irrecuperáveis, com linha de pensamento e ação já mais do que definidos. Já com os militantes, muitos desses dentro do PT tento demonstrar seus erros, discuto de forma dura, pois esses são mais conscientes, podem vir a enxergar tudo por outra vertente. O toque mais duro é com o intuito de sensibilizar e para abrirem seus olhos. Assim como a Esquerda Marxista não sai de dentro do PT, o PSTU não sai das ruas. Apanhamos dos mais exaltados nas manifestações do ano passado e não saímos das ruas, nem mudamos de posição. Estamos ali, muitas vezes nos mesmos atos dos que nos agrediram. Esse nosso papel, essa nossa luta. O black blocker chegou a isso que chamam de radicalização por exclusão. Não foi encontrando mais onde por pra fora sua forma de ação e deu no que vemos nas ruas. O Black não se sentindo representado por nada dentro do quadro político brasileiro, querendo fazer algo, até desorientado, tenta ao seu modo se mostrarem presentes”.
Roque Ferreira dá sua versão também para as FARCs colombianas (estávamos às vésperas da eleição que reelegeu o direitista Santos, mais palatável, do que o ultra-direitista Zuluaga, amiguinho dos paramilitares). Eis o que disse: "O mesmo ocorre na Colômbia. A maioria dos militantes hoje das FARCs está lá hoje menos pelo espírito revolucionário e mais por absoluta falta de opção política. Não encontram outras vias. Ficando isolados em suas lutas seriam mortos e daí a escolha pela luta armada. O black também não está se sentindo representando por nada existente no nosso quadro político".
Os encontros dominicais na feira propiciam isso e muito mais, mas estava com pressa no último domingo e por ali permaneci pouco menos de uma hora, depois fui distribuir a edição do Brasil Atual nº 2, que já está nas ruas. Boa discussão, não? Que ela venha de forma plausível...
quarta-feira, 18 de junho de 2014
RELATOS PORTENHOS (10)
Publicado ainda agorinha a tira diária do Miguel Rep no Página 12 argentino sobre algo notado por ele lá no seu país, uma união nacional na torcida pela Argentina, dentro do campo de jogo (o de futebol, que fiquemos bem claro) de todos os matizes e logo a seguir, findado a contenda futebolística, o pau voltando a comer e feio entre os lados oponentes no questionamento político, social, campo das ideias e ações. E o mesmo não ocorreria por aqui? Sim, do mesmíssimo jeito e maneira. Normal isso? Acredito que sim, sendo o futebol um dos únicos redutos ainda possíveis de congraçamento entre desiguais. Até quando?, outro questionamento, pois já se percebe certo desentendimento até nesse último bastião de união nacional. No restante, ou na maioria deles, o pau come e feio, sem possibilidade de acordos e entendimentos...
Coisas do HPA
DICAS (123)
PIRULO DE TAPA – MARADONA: “Me siento orgulloso de haber dicho que soy cristinista, le está poniendo una garra a algo en lo que ella no tiene nada que ver. Viví cuatro años en Cuba con Fidel Castro y él le peleaba a todo, por eso me atrevo a hablar de los fondos buitre y bancar a Cristina. Es muy rastrero querer ganar un voto de un argentino pegándole a la Presidenta por algo que ella quiere resolver. Estoy con la Presidenta, hay que pelearlos aunque quieran pisarnos la cabeza.” (De Diego Maradona, en el programa De zurda de ayer, en la Televisión Pública.) Texto extraído do diário argentino Página 12, edição de ontem, 17/06.
Primeiro li essa curta notinha hoje no Página 12 e já gostei. Depois ao abrir minha caixa de e-mails, num do amigão MARCOS PAULO, o eterno Camarada Insurgente, um que me dá toques homéricos para que não cai de boca e de vez na tentação desse mundo do capital. Leiam sua DICA: “Gosto muito de assistir o canal Telesur, excelente canal latino com coisas bem legais em sua programação e ótimos debates, nesse período de Copa desde o dia 09 de junho está no ar todas as noites o programa De Zurda (De Esquerda), apresentado diretamente do Brasil com ninguém menos que Diego Armando Maradona, o melhor de todos os tempos e o famoso jornalista uruguaio radicado há anos na Argentina, Victor Hugo Morales. A música de abertura do programa é linda demais, o programa não fala apenas do futebol da Copa, mas também de política esportiva e social. Maradona é sensacional, meu ídolo desde garoto, fala o que pensa, assume tudo o que faz, um dos melhores amigos do Comandante Fidel Castro, um sujeito raro hoje em dia. No programa pós jogo do Brasil, fizeram da sacada de uma casa em Itaquera, foi muito divertido pois torcedores brasileiros ao perceberem a presença de Maradona na sacada o infernizaram o programa todo e era possível ouvir os gritos "elogiosos" e a tensão dos apresentadores, coisas do humor futebolístico. O legal também nesse programa foi a participação também na sacada do presidente do Equador Rafael Correa. Fica a dica para quem consegue sintonizar a Telesur, ‘De Zurda’ sempre após o último jogo da rodada”.
Fui conferir aqui: https://www.youtube.com/watch?v=rLwlONhk3TM. Gamei e irei procurar assistir todos os demais pelo youtube ou mesmo pelo site da Telesur.
Ótimos e com a cara dessa América Latina. No mais, dando uma corrida de olhos em todas as equipes esportivas da TV brasileira, escolhi a minha, a melhor segundo minha opinião, a da ESPN, com José Trajano, Juca Kfouri, Rincón, Sorin, PVC, Loco Abreu, Ballack, Valderrama, Zé Elias e outros. Um time não só com a cara do Brasil, mas de toda nossa América Latina. Não reclamem antes de vê-los em ação. Depois conversamos...
http://www.cartacapital.com.br/revista/804/quem-sao-os-bandidos-4254.html