sábado, 13 de setembro de 2014

O QUE FAZER EM BAURU E NAS REDONDEZAS (51)


DOIS ESTABELECIMENTOS FECHARAM SUAS PORTAS – AMIGOS QUE NÃO SEI MAIS ONDE SERÃO REENCONTRADOS...

Amigos e gente conhecida em empreendimentos bem sucedidos e outros nem tanto. Portas se abrindo e outras fechando. Diante disso, dois casos presenciados nessa semana, resolvo escrevinhar umas poucas linhas sobre como se processa aqui no meu cerebelo isso de ver gente próxima tendo que fechar as portas de seus estabelecimentos comerciais. Comércios, como todos sabem é um risco, ou dá certo ou dá errado. No meio termo, algo pode ser prolongado, mas com grande padecimento. Para tudo existe um limite, até onde se pode chegar. Isso vai do cacife de cada um. Eu, que já tive restaurante (Feitiço Capixaba na Duque) e acabei vendendo na bacia das almas, pois mesmo tendo presenciado momentos dos mais agradáveis, quando a sociedade sofreu um desgaste não houve mais remédio que abrandasse o inevitável da coisa. Acabei por me desfazer de tudo e fui fazer outra coisa na vida. Cada caso é um caso e aqui conto dois, dois desenlaces, um com final monitorado, premeditado, outro ainda para mim sem resposta.

CASO 1 – Ali na rua Alberto Segalla, uma quadra do Bauru Shopping até a lateral do Aeroporto (o verdadeiro de Bauru, o do Aeroclube), residência/apartamento da Ana Bia, uma banca de revistas ocupava o estacionamento defronte os prédios. Ela fechou e meses depois reabriu com outra roupagem, num Box, uma loja dentre tantas outras. Fui conferir, assuntar sobre quem seriam seus donos, pois banca de jornais e revistas é lugar de leituras e possibilidades mil. E lá atrás do balcão uma imensa pessoa, papo dos mais agradáveis e algo fazendo a maior falta nos tempos atuais, uma pessoa de mente aberta, pronta para o bom diálogo, inteligente, franco, objetivo e lúcido. Não o conhecia, mas a identificação foi imediata. Seu nome, RICARDO PESCE, jornalista e recém aposentado. Montou a banca para a filha, mas estava ali quase diariamente, tudo para incentivar e fazer o lugar vingar. Dia desses me disse queria ampliar tudo com um café, mas a Vigilância Sanitária colocou tanto obstáculo que brecou tudo. Queria espalhar mesas, unir gente para conversar e discutir, jogar conversa fora folheando as revistas e jornais.

Vingou, foi dando certo e sempre, ao estacionar o carro por ali, impossível não dar aquela paradinha para uma prosa. Ele se interessava pelos meus escritos, pedia ajuda para distribuir revistas que não lhe chegava às mãos, como a do meio sindical, Revista do Brasil. Pois não é que a tal da Banca do Shopping fechou suas portas. A filha, o motivo do negócio passou num concurso e foi fazer outras coisas e ele após tantos anos na labuta quer mais é sossego. Sua esposa me diz que existem alguns interessados em continuar tocando a coisa, mas sei que nada será como dantes. O bom papo propiciado pelo Ricardo não mais será possível assim tão fácil. E só agora, quando o vejo com as portas cerradas é que fui perceber o quanto perdi em não me aproximar mais dele. Hoje me arrependo de não ter parado mais ali para papos mais demorados, conversas mais aprofundadas, discussões mais abalizadas, etc e etc. O Ricardo não mais iluminará aquele pedaço de rua e o lugar com aquela porta fechada está triste de doer. Quando será que vai abrir a nova revistaria e será que seu novo proprietário tão gente fina como o antigo?

CASO 2 – O BRAZUKA BAR começou na aviador Gomes Ribeiro e foi ali que descobri a riqueza dos seus donos, filho e mãe, gente com uma candura no trato com o semelhante. O lugar ficava cheio de estudantes e bombou até ter problemas com vizinhos, pois o negócio deles não fechava cedo. Achou um novo endereço, ali pertinho e tudo foi removido para a avenida Duque de Caxias, quadra 9, pertinho do velho endereço, bem defronte a agência do Itaú, entre a Araújo e a Gustavo. Uma frente toda envidraçada e aquela fuzarca toda passou a acontecer ali. Durante uns tempos fazia umas panquecas de endoidecer, depois foi cozinhando os clientes com outros acepipes. O meninão ali atrás do balcão era o Colcci ou Eduardo ou Ruedas, nem sei direito, pois cada um o chamava por um nome. Ao seu lado e capitaneado o caixa do estabelecimento sua mãe, a Tia, com um sorriso divinal e encantador. O astral por ali sempre foi dos melhores e sempre via muitos estudantes dando aquela parada obrigatória após as aulas, tudo para capitalizar um bocadinho do alto astral proveniente do lugar.

Passei por ali várias vezes e hoje ao me deparar com as portas cerradas, espaço totalmente vazio e sem explicações coladas nas portas informando aos interessados dos motivos do fechamento, me bateu uma saudade e me questiono dos meus motivos de não ter ido mais ali mais vezes, de não ter marcado presença mais assiduamente em lugar tão maneiro e descolado. Das últimas vezes que ali estive foi para participar dos SLAMs, os festivais de poesias do minuto e sempre casa cheia e animação por tudo quanto é lado. Pode até ser que os Rueda fecharam ali e foram abrir suas portas em outras paragens e se isso ocorreu, divulgo por aqui do paradeiro de tão simpáticas pessoas. O via sempre lá pelas bandas do Noroeste, quando tínhamos jogos e sua casa possuía um colorido todo especial justamente por causa disso. Era mantido exposto, pendurados por tudo quanto é lugar camisas de quase todos os times do Brasil e até do exterior. Era um lugar dos mais saborosos para assistir jogos de futebol. Preços honestos e gente maravilhosa detrás do balcão. Cadê os Ruedas, hoje me pergunto? Quero muito saber do paradeiro deles? Onde vou tomar Pimenta de Macaco de agora em diante?

Um comentário:

  1. COMENTÁRIOS DO FACEBOOK:

    Wilson Luiz Monaco Junior Brazucas Bar abriu perto do Camélias, onde ficava o Bar Tradicional
    13 de setembro às 17:31 · Descurtir · 3

    Henrique Perazzi de Aquino Pô Wilson Luiz Monaco Junior, sendo verdade vou lá beber uma Pimenta de Macaco; Que boa notícia!!!
    13 de setembro às 17:39 · Curtir · 1

    José Carlos Brandão Olá, Henrique! O Brazuka está na Christiano Pagani 4-44, onde vai acontecer o próximo SLAM BAURU, dia 26-09.
    13 de setembro às 19:31 · Curtir

    Almir Ribeiro E o seu Orlando está passando o ponto...
    13 de setembro às 19:47 · Curtir

    Adriano Coelho Hernandes eu fico muito triste qdo vejo um empreendimento fechado ...
    13 de setembro às 20:01 · Curtir

    Henrique Perazzi de Aquino Almir Ribeiro, isso mesmo, ele me disse isso, a banca mais tradicional do centro, a mais movimentada de Bauru pode mudar de dono, pois seu Orlando está cansado. Passa o ponto, mas ali vale uma nota. A riqueza dali é que fazem uns trinta anos que le não faz modificação nenhuma na banca, até um poster velho do Super Homem, de uma edição hiper antiga continua na parede. Também gosto de ir lá na banca dele, na do Cláudio na Duque, na da Hilda perto do Aeroporto, na dos Tamião na Rodoviária. Nós somos frequentadores de banca.
    13 de setembro às 20:13 · Curtir · 2

    Wellington Leite É como a Nobel... uma pena!
    13 de setembro às 21:48 · Descurtir · 1

    Bruno Emmanuel Sanches Henrique Perazzi de Aquino, uma banca de jornais ali na praça dos expedicionários também fechou, estão ficando cada vez mais escassas!
    há 10 horas · Descurtir · 1

    Adriano Coelho Hernandes hoje a gente lê de tudo na NET, e as pessoas cada vez mais desacreditam os jornalistas... sempre qdo põe algo... já correm falar q é mentira, invenção de golpistas , etc...
    há 10 horas · Curtir

    Alberto Pereira Há jornais e jornalistas... os confiáveis e os nem um pouco..
    Precisa de capacidade crítica para avaliar...
    pena que nem todos o tenham. ...Ver mais
    há 10 horas · Descurtir · 1

    Narciso Do Tempo o Brazuca ta muito bom la no camélias, visita la
    há 7 horas · Descurtir · 1

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