INTERVENÇÕES DO SUPER-HERÓI BAURUENSE (75)

EMPREITEIRAS PARALISAM OBRAS DA ESTAÇÃO DA PAULISTA (E DO VIADUTO INACABADO) – A PRAGA DO TERMO ADITIVO

Alguns afirmam que Guardião, o super-herói bauruense pega demasiadamente no pé de algumas instituições nativas, mas o negócio não é bem assim. O fato é que algumas dessas tais “instituições nacionais” (sic) é que não param de pisar no pé (não seria no corpo todo?) de nós todos, com suas mais que abusadas provocações. Veja o caso descoberto pelo intrépido e sempre atento herói dessas plagas, quando em seus vôos panorâmicos diários observa um imenso telhado descoberto bem no centro da cidade. Das averiguações de praxe descobre mais um descabido aprontamento das tais EMPREITEIRAS, essas que primeiro ganham uma concorrência por um preço “Xis”, depois como dizem que o mercado da construção está aquecido, postergam o começo das obras até quando podem e depois, ao começarem dão mais um Golpe de Mestre (não seria de Oportunismo?) e param a obra deixando-as com as vísceras abertas. O motivo é mais do que explícito: QUEREM RENEGOCIAR O VALOR PAGO. Isso tem nome e sobrenome, chama-se PRAGA DOS ADITIVOS.

O mais recente fragrante descoberto pelo Guardião está em plena vigência lá pelos lados da antiga Estação da Cia Paulista, onde hoje funciona parte da Secretaria Municipal de Cultura, mais precisamente as futuras instalações do MIS – Museu da Imagem e do Som e do Museu Histórico Municipal, com entrada ali no cruzamento das ruas Julio Prestes e Rio Branco (coração da Feira do Rolo). “Os empreiteiros pegaram a obra, começaram tudo, destelharam o prédio todo e agora, sem mais nem menos, pararam tudo e se retiraram do lugar, sem deixar pistas do seu paradeiro e sem prestar contas dos reais motivos. Simplesmente escafederam-se assim como num passe de mágica. Com certeza os trabalhadores que ali estavam foram deslocados para outras obras. E por que fazem isso assim do nada e sem explicações? São uns sacanas, a maioria deles. Do outro lado da linha férrea ocorre o mesmo, quando nesse as obras do viaduto inacabado sob os trilhos, unindo a Nuno de Assis à vila Falcão também sofrem paralisação pelo mesmo motivo. Da outra feita, os tais empreiteiros queriam reajuste nos valores, o tal do TERMO ADITIVO, algo conseguido e agora qual seria o motivo? O da obra nem bem começada lá na estação parece padecer do mesmo mal? E a cidade vai ficar caladinha com isso tudo?”, questiona Guardião, meio que emputecido da vida com atitudes descabidas de lógica (qual seria a deles, hem?) e de bom senso (esses seriam capazes disso?).

“O fato é que a estação está lá toda descoberta, sem janelas e sem teto, como a casa do Vinicius na velha canção, “não tinha teto, não tinha nada” e todos nós nas mãos de gente sem compromisso com nada, além dos seus próprios, que com certeza não são os nossos. Algo precisaria ser feito para impedir a reprodução de fatos como esse a todo instante, hora e momento. Esses empreiteiros se acham donos de tudo, nem regateiam mais, fazem e acontecem ao seu bel prazer e não possuem um mínimo de responsabilidade. Código de Ética inexiste entre esses, algo do tipo prescrevendo que obra abandonada dessa maneira, ainda mais sendo prédio histórico, a possibilidade de sua degradação é eminente. Que sejam acionados todos os órgãos competentes para encurralar esses malversadores das obras públicas. Não é possível tudo hoje estar refém desse tipo de ação”, conclui Guardião, subindo nas tamancas de tão nervoso.

Existem muitas outras obras na mesma situação. E nada será feito? É o Brasil na mão desses caras. Até quando? Se para a retomada dessa obra e a do viaduto for solicitado mais um TERMO ADITIVO (para conseguir isso eles alegam tudo e tudo vira um grande festim), podem chamar a polícia e mandar prender todo mundo.