terça-feira, 9 de fevereiro de 2016
PRECONCEITO AO SAPO BARBUDO (99)
O PRÉDIO REFORMADO PARA “CULTURA” VAI ABRIGAR DETIDOS DA JUSTIÇA Utilizo os estertores do Carnaval para reverberar a notícia menos auspiciosa por esses dias pelas plagas bauruenses. O (des)governador paulista Geraldinho ALCKMIN resolve às vésperas dos festejos de momo demonstrar mais uma vez toda sua isensibilidade administrativa. Decide finalmente sacramentar a sessão do que antes foi a hoje extinta e sepultada Oficina Cultural Glauco Pinto de Moraes, edificação recém reformado ali na rua Amazonas. Será repassada para uma função administrativa do Judiciário, um inédito Departamento de Inquérito no interior paulista.
O problema, no caso de Alckmin e seus asseclas (dentre os quais o deputado local Pedro Tobias) reside justamente nas decisões, todas de Gabinete e de algibeira, de cima para baixo e sem nunca dar ouvidos a clamores no sentido oposto. Pelo visto odeia ficar ao lado de céleres decisões ao gosto popular, as justas, comedidas e sensatas. Concilia e decide sempre a favor de seus pares, interesses e conveniências. É sua maneira de agir, conhecida por todos. Quando decidiu pelo fim de algumas das Oficinas, inclusive a de Bauru, agiu assim e como a grita foi de pequena monta, venceu a queda de braço. Já no caso do fechamento das escolas públicas estaduais, só se vergou pela força inaudita vinda das ruas. Foi vergado, porém não vencido. Deve estar tramando nova fórmula de danar com a Educação de todos nós e piorar o setor, tudo para, segundo ele, ter ampliadas as reservas financeiras do Estado. Sabe a história do Tudo por Dinheiro? Com Alckmin tudo é realidade. Ele só pensa nisso. Chego a vislumbrar seus olhinhos brilhando com o tilintar no caixa, mesmo que isso venha a danar mais um bocado essa São Paulo governada sob cabresto curto por suas oleosas mãos.
O tal do Fórum, se necessário, clamor dos juízes e de gente do setor, poderia muito bem ser pensado para outro lugar. Por que não o antigo prédio da Polícia federal ali perto do Bar do Português? Alguma edificação dentro da antiga CESP lá na rodovia perto do Gasparini? O pre´dio da rotunda dentro das oficinas da NOB, até pouco tempo ocupada pela ALL? O prédio elefante branco Ali na Bandeirantes com Treze de Maio, edifício garagem nunca inaugurado? Uma escola começada pelo mesmo Governo e nunca terminada lá no Bauru XVI, hoje abandonada e com mato tomando conta de tudo? Os andares superiores do prédio do INSS ali na Azarias? Pensando um pouco mais, a lembrança de muitos outros locais. Alguns podem até me dizer: mas existirá todo um custo de transferência e reforma nesses lugares? Sim, mas onde vai ser instalado também, sendo que se repassado para a Cultura já estava pronta e acabada, só utilizar. Irão, pode ter certeza, ocorrer adaptações mil com estratosféricos custos, como sempre ocorre nessas oportunidades. De um prédio todo refeito para abrigar CULTURA, agora recebendo DETENÇÃO PROVISÓRIA. Já imagino os gastos e salas antes pensadas para aula de ballet sendo transformadas em celas provisórias. Muito dinheiro público também em questão, não só a mera e simples transferência.
Não esperava nada diferente de Alckmin e de nenhuma outra decisão vinda das hostes tucanas. No caso do já comprovado mensalão da AHB, grana mensal desviada para gente conhecida de nossa cidade e todos amigos do deputado estadual tucano. O mesmo imbróglio agora se repete no caso do desvio de alta grana da merenda Escolar estadual, quando já se sabe que as decisões eram tomadas de dentro do Palácio do Governo, local de trabalho também do próprio governador. Primeiro a Saúde, agora a Merenda e em todas, provas inconteste da insensibilidade e ganância desenfreada nos procedimentos. Isso tudo vem a calhar com algo muito simples: uma mera acomodação dessas bem surreais e só possíveis dentro de administrações comandadas por pessoas já completamente no desvio e prumo de alguma possibilidade de ainda possuírem atos sensíveis.
Nada sendo feito e já, Alckmin apronta mais essa na cabeça dos bauruenses e tudo será logo esquecido e até aplaudido por muitos, que nem conhecem nada sobre o tema, mas fazem questão de bater palma até quando o governador vai obrar em banheiro público. Sou pela OCUPAÇÃO imediata do prédio por agentes culturais, grande movimentação a envolver tudo e todos no entorno do que seja CULTURA na cidade. Ou isso, ou a consumação da bestialização como ela sempre nos é armada, planejada e executada. Não contem com ninguém do seio tucano para se opor a esse tipo de decisão. Naquelas hostes ninguém se opõe a uma decisão tomada pelos caciques do partido. A coisa tem que vir de fora, das ruas e das lutas, a única linguagem possível de reconquista do lugar para algo cultural.
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