segunda-feira, 30 de maio de 2016

OS QUE FAZEM FALTA e OS QUE SOBRARAM (87)


O TRABALHO PÓS-FEIRAS DEVE SER LEMBRADO E RESSALTADO: É DOS MELHORES
Fizemos uma festa ontem na feira dominical, a da Gustavo Maciel, para comemorar o aniversário de Fátima Brasília. Tudo correu a contento e até a chuva amainou durante a contenda. A feira, como ocorre todo domingo, fluiu maravilhosamente, constituindo-se num dos locais de maior congraçamento público dessa cidade de aproximadamente 400 mil habitantes. Trata-se de mais do que um espaço de reunião pública, mas da junção de todas as baurus, quando elas todos acabam convergindo para aquelas quadras. Sempre li algo assim do futebol, quando o pobre sofre e torce ao lado do rico, até com um leve esquecimento das diferenças existentes entre todos os lados das muitas questões em disputa. Na feira um outro momento e se, diferente dos campos de bola, ali circulam as muitas classes sociais, cada um ali por seus motivos, uns atrás da xepa, outros em campanha política, busca de um lazer pouco existente dentro da urbanidade atual, etc e etc. E é claro comprar alimentos ali comercializados, seu principal motivo.

A feira reúne também vários tribos e elas convergem para esses lugares por um motivo muito simples. Dessa reunião de gente, na soma quantitativa, uma massa que não pode ser desprezada. E não o é. Aquele candidato que nunca vai à feira, quando se aproxima a eleição ali aparece. O comerciante que quer lançar um produto diferente o faz por ali, pois sabe que o povo ali está presente. Institutos de pesquisa adoram preencher seus questionários dentre os presentes. A distribuição de folders de lançamentos dos mais variados, desde imobiliários, automotivos e quetais também ocorrem por ali. Manifestações artísticas culturais das mais diferentes também se sucedem nesses espaços. Enfim, um espaço dos mais democráticos, muito mais daqueles onde estão localizados as discussões e reuniões políticas.

Feiras são locais de grande concentração e nesse domingo, noto dentre os presentes na festa aqui citada um algo mais. Ela transcorreu durante o seu momento de pico e ali permanecemos até seus estertores, ou seja, quando tudo já estava vazio, deserto. A primeira observação é de como tudo é muito organizado nas feiras. Cada um sabe seu lugar e mesmo com fiscais, poucos são os que ousam entrar em espaços alheios. Cada um respeita a demarcação estabelecida para um e outro. Na maioria das vezes, aparentemente, essas questões são resolvidas sem grandes sobressaltos. Algo notado também é que, mesmo com toda a organização, muito lixo é produzido na feira, despejado pelos seus cantos. E não vem só do público consumidor, mas também do feirante. Parece estar implícito para tudo e todos que, terminada a feira, surgem assim do nada os intrépidos servidores municipais da EMDURB e devolvem toda a bagunça com a sujeira e lixo à normalidade de antes. Isso realmente acontece, mas não sem antes merecer observações variadas e múltiplas.

Primeiro os PARABÉNS efusivos para o belíssimo trabalho desenvolvido pelos profissionais da Emdurb, que mal terminada a feira fazem uma faxina geral e num curto espaço de tempo. Acredito que, tudo deva ocorrer da mesma forma em todas as demais feiras municipais. Um trabalho pouco visto e que, não custa enaltecer como primoroso. Sobre isso de continuarmos jogando lixo nas ruas, algo a merecer uma ampla discussão, pois se não jogamos lixo no chão dos shoppings centers, por que o mesmo ocorre nas ruas? Isso merece um tratado, não só curtos comentários. Mas a intenção desse texto é a de também provocar outra discussão. Num momento em que vejo a Emdurb ser duramente criticada, no caso da dificuldade da manutenção do até então seu espaço para depósito de lixo urbano, quando muitos maldosamente tentam demonstrar isso não ser mais possível, empurrando tudo para mais uma privatização, venho aqui bater palmas para o serviço público.

A privatização é um dos males desse momento vivido pelo país (capitalismo mais do que selvagem), quando uns bestiais acreditam que tudo o que é público deve ser passado para mãos privadas, ditas por eles mais eficientes. Precarizar tudo é o mote, para facilitar o serviço sujo. Na limpeza pública, por mais que o serviço tenha sua deficiência, o vejo audaz, eficiente e satisfatório. Percebo isso pelo que vi na eficiência da limpeza demonstrada pela empresa municipal e seus eficientes trabalhadores. Nas fotos aqui publicadas, principalmente no enfoque que procurei dar, não só para as ruas sujas, mas para o trabalhador na sua atividade, valorizo a todos e como o ali ocorrido foi executado por algo público, continuo defensor dessa e de muitas outras atividades nas mãos de órgãos públicos.

Isso tudo, para reforçar essas questões e também fazendo questão de continuar vendo o trabalhador mais valorizado, reconhecido e atendido quando trabalhando para empresas públicas, ainda respeitando leis trabalhistas, do que nas terceirizadas, outro mal do momento e a desgraçar com conquistas tão duramente conquistadas no passado e sendo esmerilhadas pelo golpista Governo de Michel Temer e seus asseclas. No congraçamento junto a esses servidores, nós festando e eles trabalhando, tivemos uma rara oportunidade de conhecer de perto como se dá essa primordial atividade, não só de limpeza, mas de saúde pública.

Não deixemos que a privatização alcance tudo à nossa volta, como querem os capitalistas e seus nefastos interesses.

Um comentário:

  1. COMENTÁRIOS VIA FACEBOOK

    Claudia Coelho Lindas, felizes e eficazes!!! Tivemos a honra de presenciar essas guerreiras, tbm em nossa companhia.

    Claudia Clérigo Mario Augusto Camargo olha dona Elena nas fotos. Sogra famosa!

    Isabel Raphael Tobias · 3 amigos em comum
    Pessoas guerreiras!!! # PARABÉNS

    Rose Rodrigues Del Rey · 8 amigos em comum
    E muito bom ver nosso trabalho ser reconhecido, parabéns meninas guerreiras👏👏👏👏😘

    Moisés Luceli Bastos Nós Feirantes da parte hortifrutigranjeiros fazemos a nossa parte de limpeza, seguimos o lema o que eu não quero em frente da minha casa não faço em frente da casa que me cede o espaço para ganhar o meu pão; por isso fazemos campanhas para os frequentadores das Feiras jogarem lixo no lixo para termos uma BAURU cada dia melhor para se viver, e uma Feira Livre modelo em qualidade,atendimento e limpeza.
    Moisés & Lú

    Henrique Perazzi de Aquino Vocês são dez. E o pessoal da EMDURB melhor ainda. Juntos dão MIL.

    Fatima Brasilia Faria Cadê minha foto com as meninas da limpeza Henrique Perazzi de Aquino?

    Henrique Perazzi de Aquino Não fui eu que tirei, mas ela vai aparecer... Quem tirou vai ler isso aqui e vai postar pra gente...

    Feiras Livres Bauru - AGRADECIMENTO
    Nós Feirantes, clientes e vizinhos do entorno das Feiras.
    Queremos agradecer este trabalho árduo e cansativo, que deixa nosso espaço limpo e digno de uma Cidade como BAURU. Esses trabalhadores são heroes, imaginem nossa cidade sem o trabalho deles. Parabéns Henrique Perazzi Aquino pelo reconhecimento.
    Obrigado Henrique Perazzi Aquino
    Pelo bonito e verdadeiro texto.
    Moisés & Lú

    ResponderExcluir