sábado, 24 de setembro de 2016
O QUE FAZER EM BAURU E NAS REDONDEZAS (81)
AGORA É TUDO A MESMA COISA - HISTORINHAS JUNTADAS COMO AS CERVEJARIAS
1.) Tudo começou no portão aqui de casa. Chego da rua e vejo um folheto enfiado no portão. Um jornal colorido, grandão, propaganda política de Estela Almagro PT. Muita coisa para ler, mas nenhuma lembrança ao PT, o partido a qual pertenceu uma vida inteira a agora candidata. Conferindo não encontro também nada da cor vermelha, antes tão ressaltado nas relações dela com o partido e sim, algo em grená, puxado para o desbotado vinho. Minha conclusão: A cor vermelha desbotada deve ter sido causada pela exposição ao sol ali no portão de casa.
2.) Chego na praça Rui Barbosa para um Ato contra o Racismo, marcado pelo Conselho da Comunidade Negra de Bauru. Ouço o barulho de tambores, vou ver de perto e me deparo com uma banda, que num primeiro momento achei ser escoteiros, mas para minha surpresa aérea, eis um verdadeiro batalhão de jovens da Igreja Adventista. Em formação militar, uniformizados como tais desceram a Batista marchando. Deu medo, cara de milícia.
3.) O Ato contra o Racismo começa a sair e abro a faixa “Diga não ao Golpe”. Sou abordado por duas senhoras, uma fico sabendo a nova presidenta do citado conselho, junto de conselheira. Ambas são taxativas: “Não sairão com a faixa no meio do grupo”. Tento argumentar e digo a elas serem os negros os que mais sofrem com o golpe. Sem acordo. Falo com várias pessoas e ouço que deveria ter “negociado antecipadamente”. Não aceito isso, pois até para protestar tenho que negociar. Saímos, eu e Ricardo Santana, do Sindicato dos Jornalistas, cada um segurando numa ponta, fechando a marcha, numa posição até de melhor destaque. Enfim, luta contra o racismo tem tudo a ver em luta contra o golpe e golpistas. O novo momento do Conselho, não reflete a linha de pensamento da maioria dos seus membros, mas sim da presidência, da linha evangélica conservadora.
4.) Na descida da Batista cruzamos com três grupos diferentes de candidatos, Raul do PV/PSDB, Purini em carreata do PMDB e o Emirates do PRB/PT, nesse um batalhão de gente, não de cabos eleitorais como antigamente, daqueles regiamente pagos, mas agora todos fiéis evangélicos, em sua maioria da Universal. No meio deles, o ex-comandante da PM, Garcia, hoje na reserva, motoqueiro e fazendo questão de ostentar junto aos seus a famosa boina da Rota de lado em sua cabeça. Segui no sentido contrário.
5.) No teatro Municipal hoje à noite tem Vera Fischer, ela que encantou uma geração de hoje marmanjos como esse assumido admirador. Vem com a peça “Ela é o cara” e eu, depois de tantas homenagens a ela prestadas no meu tempo de adolescente, tinha vontade de ir vê-la, eterna miss Brasil. Ana me convence a não ir, pede para me olhe no espelho e diz da ação do tempo sobre as pessoas, daí usa o argumento fatal para me segurar ao seu lado: “Não prefere continuar com a imagem dela do passado em sua mente?”. Preferi.
6.) Fechando o dia de sábado, teremos um debate na TV Preve entre candidatos a prefeito de Bauru, mas não com todos. Excluíram dois, a Flor do PSOL e o Osmar do PCO. Por que? Claro, existem os tais motivos legais, mas o que se encaixa melhor para os acontecimentos é de que, o melhor mesmo para os quatro restantes é não contar no encontro de hoje com perguntadores de inconveniências. Preferiram seguir sem transtornos e assim se entenderão melhor. São umas gracinhas.
7.) A resposta a tudo isso junto e misturado é uma só, muito parecida com a dúvida que tive hoje no horário do almoço diante de três marcas diferentes de cerveja no balde gelado. Um que me acompanhava define bem a situação: “Por que a dúvida, tome qualquer delas, pois todas são feitas hoje via Ambev e no mesmo lugar”. Nada mais assusta e os dias tenebrosos se instalam definitivamente sobre tudo, todas e todos.
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