terça-feira, 11 de julho de 2017

FRASES (158)


TRÊS HISTORINHAS DAS RUAS BAURUENSES NO DIA DE HOJE


1.) A ILDA VOLTOU

Desde sábado ela está novamente à frente de sua banca de revista, jornais e afins, lá diante do verdadeiro aeroporto de Bauru, aos pés dele, bem debaixo de um protetora caixa d'água. Por quase 30 dias se ausentou do local, num pós cirúrgico onde amigos comandaram sua banca, cada um ao seu modo e jeito. Foi o maravilhamento das possibilidades só possíveis dentre os das classe populares. Quando rico deixa seu negócio ao cuidado dos amigos? Eu mesmo respondo: Nunca. Ilda não só deixou, como agregou mais gente ao seu lado. Hoje mesmo, quando passo lá para revê-la e pagar minhas pendengas compradas e só hoje quitadas, ela me conta várias histórias, muitas delas após a publicação de minha missiva na Tribuna do Leitor, quando a notícia se espalhou ainda mais. Conto só uma, deliciosa. Tidei de Lima, o ex-deputado e ex-prefeito, ao ler minha carta no jornal foi pra lá e deixou seu telefone com a Drika, a gerente de tudo na ausência da Ilda. "Deixo meu telefone e te peço do fundo do meu coração, eu quero ajudar. Pode me ligar e venho aqui dedicar umas horas do meu dia. É o que posso fazer por gente como Ilda", conta ele com os olhos marejados. Diz não ter sido o único e mesmo com uma equipe já constituída, outros tantos vieram e ali estiveram dando o seu quinhão. na edição de ontem do JC, caderno Segunda Feira uma nota na Coluna Sacadas!, fala de Ilda, cita meu texto e diz da solidariedade. Ela voltou, está lá, hoje toda de vermelho, linda, irradiando simpatia e irreverência. Chega cedo, sobre na banca e lá fica, sem poder ficar subindo e descendo, pois ainda lhe dói a cirurgia. Na saída, olho para um dos cantos da banca e peço a ela para regar algo ali existente, uma vistosa espada de São Jorge. Fluídos positivos para Ilda e o que representa dentro desse trilhar por um país mais justo e sensibilizado com o outro. A vida só é melhor quando o outro, o que vive ao meu lado também tem sua oportunidade e viceja. de que vale eu ter e o o do meu lado não ter nada? Vale nada. Ilda sabe disso e mais que isso, ela coloca em prática. Um bela lição de vida.

2.) DAS TROMBADAS DESTA VIDA...
Quanto mais eu escapulo pelas ruas, mais encontro uma ressonância só vista por causa disso, o escrever e estar pulsando pela aí. Estava lá na banca da Ilda hoje de manhã quando sou abordado por um jovem. Ele diz me conhecer, mas não o reconheço. Trata-se de Angelo Requena (Requena C C Angelo, assim está no facebook), primo do recém falecido jornalista Benedito Requena. Ficamos a conversar por instantes sobre as questiúnculas da feira e adjacências, um lugar onde o velho marujo Requena adorava estar. O Angelo chega cheio de histórias e pede para mim divulgar. O faço com contentamento. Depois da morte de gente colecionadora de objetos, o mais comum é ver tudo num curto espaço de tempo na sarjeta. Existe uma máxima apregoando que: "praga de colecionar se chama viúva, pois no dia seguinte tudo vai pra sarjeta". É um exagero, mas Angelo me diz da solução encontrada para a biblioteca do tio. Ou seja, todo o seu acervo foi doado para a Academia Bauruense de Letras, a BL e em breve deverá estar exposto lá na sala a eles designada na Estação da NOB. Não é só isso, diz também que a família restaurou seu piano, o objeto mais precioso da sala do tio e também o doou para a ABL. Já sabe que, essa peça fará parte do hall de entrada da sede da entidade. Ou seja, tudo devidamente preservado e garantido num lugar onde possa ter boa solução de continuidade. Ainda disse mais, que lá na casa do tio foi encontrado quase uns 1400 livros da edição do "Uma história que vem de longe", a história da saga dos Requenas e outras famílias e que, em breve farão um evento para relançamento do mesmo, num evento público e conta com minha divulgação. Está dado o recado, Requena, o introspectivo merece, pois dentro daquela quieta mente permanecia guardadas a sete chaves histórias incontáveis dessa Bauru "Sem Limites". Muitas delas se foram com elas, outras recontadas para gente do seu meio, um dia ainda virão à baila. A história eu conto como a história se foi contada.

3.) INÊS FANECO E A HISTÓRIA DO BANHO NO FRIO
Tomar banho no calor é para muitos, mesmo os que não gostam muito dessa história de adentrar debaixo de um chuveiro. Ali, nessa época do ano, algo incontrolável e reconfortante. Já no frio, nem tanto. Tem quem fuja do banho no frio. Conheço muitos com essa característica. No portão da casa da pipoqueira mais famosa da cidade, Inês Faneco, numa passagem por lá hoje, era esse o assunto da acalorada discussão. Ali fico sabendo e pasmado que, ela adora banhos e toma no mínimo três por dia, mesmo no maior dos frios. Rindo me diz: "É por isso que tenho a pele enrugada e as demais pessoas não". Ela deve ser sócia majoritária do DAE e conta estratosférica. Uma lindeza de pessoa humana, cheia de bom humor e com o dia sempre muito tomado de atividades múltiplas e variadas. Ainda do banho, ficamos a conversar sobre quantos tomamos nos frio. Tem quem nem goste de falar do assunto. Tem quem, como eu, tome somente um e poucos, como ela, se esbaldam, faça calor ou frio. E você, meu dileto (a) amigo (a), tomas muitos banhos por esses dias? Banho mesmo, precisamos dar em nós, de arruda, sal grosso e ervas variadas, para tirar algo encruado desse travamento existente em não estarmos conseguindo botar pra correr esses golpistas de merda que estão a infelicitar o país há um ano e sem querer sair do poder. Tudo são banhos. Escrever de Faneco é um alento, tanta singeleza diante desse mundo cada dia mais cruel e insano. Gente assim me recarrega e hoje, após momentos ao seu lado, acho que nem banho vou precisar tomar. Estou mais do que limpo. Ou não?

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