quarta-feira, 18 de julho de 2018

O PRIMEIRO A RIR DAS ÚLTIMAS (58)


A PEDALADA DE DILMA PERTO DA AGORA PROFERIDA PELA EMDURB É CAFÉ PEQUENO

Eu até tento não escrevinhar mais nada sobre a atual administração da Prefeitura Municipal de Bauru, mas eles nos municiam de tantos bons motivos e daí, não resisto. Volto à carga. Não pego pesado com eles, pois já estive do lado de lá e até entendo algumas atitudes. Outras não irei entender nunca. Vicejou neste insano e doente país até bem pouco tempo quase um consenso, a de que Dilma Rousseff pedalou e tudo foi feito para ser impedida, expulsa sem antes terminar seu governo (o que ocorreria no final deste ano). A pedalada dela foi por propósitos justos, explicados e não entendidos (por que não quiseram). Emprestou daqui para cobrir ali e depois quando entrasse ali, cobriria e tudo ficaria como dantes. Não a permitiram. Implacáveis os abutres. Escrevo de outra pedalada, essa bauruense e mais grave, mas sei que não haverá ninguém clamando nas ruas para que o prefeito caia por causa deste motivo. Enfim, o que serve para Dilma não serve para os demais. Já vimos isso com Lula. “Ordem judicial é para ser cumprida”, valeria para todos, menos para com Lula. Com ele vale tudo, menos o cumprimento da lei.

Falemos da pedalada bauruense. Ela deu no rádio e continua comentada pelos quatro cantos da cidade, caiu na boca de tudo, todas e todos (mais uma). A EMDURB é mesmo um problema, sua caixa não bate e a Prefeitura necessita prover sempre mais e mais, todo mês para suprir o buraco. Não entro no mérito da questão do motivo da pedalada, mas conto a sugestiva ideia repassada no ar por uma pessoa das mais importantes do seu meio jurídico, ou seja, um expert nos assuntos de fechamento de caixa e orientação jurídica. A empresa foi pega com a mão na botija aumentando desmedidamente uns preços de produtos, recebendo bem acima do que custavam os mesmos, tudo devidamente contabilizado, porém algo fora da lógica a reger a roda em girar. Se a coisa custa tanto, que se venda por esse preço, já vender por um preço muito acima, além de nada ético, resvala em algo não aceito, o vale tudo, os tais meios para se chegar aos fins. Leiam isso: https://grupobomdia.com.br/mp-abre-inquerito-para-investig…/.

Pois o tal do entendido das coisas públicas se dirige ao distinto público e afirma algo assim: “A Prefeitura sempre está cobrindo o buraco da EMDURB e agora quando ela recebe acima do valor e isso serve para contrabalançar seu caixa, contribui para diminuir a diferença, ótimo”. Seria simples se não fosse ilegal, trágico e insano. Cobrar a mais, lesar quem paga, tudo bem, desde que ajude a tapar o buraco. O capitalismo é mesmo surpreendente. Não existe mais o tal do preço justo, do valor de mercado, pois se os fins justificam os meios, o liberou geral está institucionalizado e no cada um por si, cada um tapa o seu buraco como lhe convier. Não precisaremos mais de arbitragem, de regulação, nem de gente chata fiscalizando. O que Dilma fez é café muito pequeno para o que rola por aí nos bastidores dos que hoje nos comandam em todas as esferas, mas ela mereceu ser mesmo defenestrada, pois não aceitou fazer parte do jogo como era e é jogado. Desculpem, não escrever mais nada sobre o assunto, vou ter que me ausentar por instantes. Vou até ali vomitar e volto logo.

OBS.: A charge do Fernandão Dias no JC de hoje é um prenúncio de que o fogo arde em Bauru de forma inclemente.

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