segunda-feira, 27 de agosto de 2018
FRASES DE UM LIVRO LIDO (130)
O PRIMEIRO LULAÇO EM BAURU E O LIVRO “A VERDADE VENCERÁ – O POVO SABE POR QUE ME CONDENAM”
Falar e escrever de Lula é antes de mais nada entender algo dito por ele e reproduzido na contracapa desse belo livro, editado pela Boitempo: “Não fui eleito para virar o que eles são, eu fui eleito para ser quem eu sou. Tenho orgulho de ter sabido viver do outro lado sem esquecer quem eu era”. Lula se resume em frases, ditas por ele ou nas que dizem dele e com elas viajo por esses dias lendo o livro que ganhei de presente de aniversário (na verdade ganhei dois e um deles presenteei uma das pessoas que havia me dado e ainda não tinha lido). Que bela sacada da Boitempo, organizado pela Ivana Jinkings, com a colaboração do bauruense Gilberto Maringoni, Juca Kfouri e Maria Inês Nassif em realizar uma grande entrevista com o melhor presidente da República dos últimos tempos no país, um que logo de saída, deixa claro aos seus entrevistadores: “Eu não deixo pergunta sem resposta, eu falo de tudo e não escondo nada”. E assim foi feito. Gostar ou não de Lula é outra coisa, já no mínimo saber reconhecer o que foi feito é outra coisa.
Ontem em Bauru uma espontânea concentração no espaço mais democrático da cidade, a sua feira dominical e lá a manifestação dos que estão contra tudo o que é feito pelo conjunto dos atores do golpe para sacar Lula de ser candidato. Não se faz necessário repetir exaustivamente dos injustos motivos que o levaram à prisão, pois são do conhecimento até do reino mineral. Um LULAÇO, ou seja, algo despontando país afora, onde um músico, na maioria das vezes, um tocador de trompete sai entoando as duas canções mais famosas a lembrar campanhas e governos do PT, tendo Lula à frente e atrás dela uma legião de pessoas se alevantando e dizendo em alto e bom som: “Lula Livre”. O ato de Bauru, igualmente ao repetido país afora não é um ato com a presença de candidatos, não existe discursos, falatórios, mas sim e tão somente uma caminhada, uma demonstração da insatisfação pelo momento presente, do que fizeram com esse país, tão altaneiro durante os governos petistas e hoje, tão degradado e cada vez mais perdendo sua soberania e tudo o mais. Ou seja, um país a deriva.
Aqui o livro e a manifestação se juntam. O livro expõe Lula e o apresenta com detalhes. Detalhes esses que os manifestantes fazem questão de também evidenciar, mostrar e ressaltar. O meu mais sincero sentimento em ter participado de um ato tão importante nesse momento da vida política brasileira e na aldeia onde resido é de estar fazendo História, de não estar conformado com o que fizeram com o país e estar propondo nas ruas desfazer o golpe e reviver, fazer o país voltar a caminhar, ou seja, a luz no final desse túnel é Lula. Foi lindo o que vi acontecer ontem pela manhã na feira. Domingo, 26/08, uma concentração defronte o Bar do Barba, na esquina das ruas Gustavo Maciel com rua Julio Prestes, boca de entrada da Feira do Rolo é marcada para acontecer por volta das 10h30. O convite se faz de boca em boca, sem alarde, sem anúncios via internética. Um avisa o outro e o outro passa a mensagem adiante. Um grupo de músicos é contatado e o trompetista e até um tocador de bumbo, chegam ao local por volta das 11h. A aglomeração vai se consolidando e o furdunço começa às 11h30 com os instrumentos sendo acionados.
Quem estava disperso se juntou e o LULA LIVRE cresceu. Quem estava ainda a passear pela feira se junta aos demais e todos acabam por subir a feira até a Praça Rui Barbosa e depois retornando até o cruzamento com a Julio Prestes. O som se irradiou pelo ar, foi um espanto geral, essa a maior concentração eleitoral desta campanha na cidade de Bauru e deverá ser a maior, pois não existe nenhum outro partido com poder de levar espontaneamente gente pras ruas. Linda manifestação, até porque é sabido por todos que, ninguém desses hoje na feira gritando pelo Lula Livre recebeu nada para ali estar. A motivação é ideológica, uma grande causa, a do país voltar a ter resgatada sua soberania move a todos. O pontapé inicial do retorno dos petistas e de todos os envolvidos com as questões sensatas e relacionadas às liberdades para as ruas nessa campanha em Bauru foi dado ontem, em grande estilo e isso não deve parar. “Bate panela, pode bate, quem tira o povo da miséria é o PT”, esse o refrão provocativo mais cantado ontem, diante de tudo o que foi feito e a mais pura constatação, sem tirar nem por.
Muitas fotos e vídeos pipocam hoje pelas redes sociais e representam o passo a passo do que ocorreu. Eu fiz a minha parte e apresentei num álbum aqui lincado: https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/media_set?set=a.2271403716222958&type=3&fb_dtsg_ag=Adw6n008sho6c3ahNjb_D3U8mC0fm5ztdmSMA-XdjCgpog%3AAdz7KBWJmcackBfzaay8CDZxtgen838e5PI5OQqJ5O7ZIA. Apresento através das fotos um histórico de tudo, desde o início, no exato momento quando chego na feira e me deparo com o Barba também chegando do mercado e com ele algo mais para ser oferecido aos seus clientes. O esquentar dos tamborins, os primeiros aportando ao local combinado para concentração, depois o furdunço tomando conta, a banda ensaiando, a aglomeração consolidada, o som subindo e tomando conta de tudo, o povo se aglomerando junto dos músicos, a subida da feira, os cantos entoados por todos, a empolgação tomando conta das ruas e lá no cruzamento com a rua Primeiro de Agosto, a decisão coletiva de descer, continuar o chamamento até o ponto inicial. A receptividade de muitos, a rejeição muito contida, quase inexistente. Uma senhora me pergunta no caminho: "Quanto ganhou cada um para estarem ai?". A explicação que a deixa de boca aberta. Nos movimentos pró-libertação de Lula ninguém recebe nada, tudo espontâneo, algo que vem de dentro da pessoa, essa necessidade de ver o país caminhar novamente para algo onde a liberdade possa florescer e ir se espalhando, tomando conta de tudo e todos. A chegada, os abraços coletivos, a dispersão e os que ficaram um pouco mais para o bate papo. Tudo registrado pelas lentes deste HPA.
Misturei propositalmente o livro ainda não terminado com o LULAÇO nas ruas de Bauru, pois vejo em ambos algo singular: no livro a exposição deste país que de fato tivemos e hoje perdemos e nas ruas brasileiras, Bauru uma delas, uma movimentação de resgate, de busca por ter de volta aquele país, que mesmo nos defeitos, buscou acertar, avançar e conquistou a todos. E por que o destruíram? Luis Fernando Veríssimo, no texto inicial do livro deixa claro: “Temos uma oligarquia empenhada em se manter fechada e dominante. (...) A desigualdade brasileira não é uma fatalidade, tem autores identificáveis, pais conhecidos. (...) Até onde a casta dominante está disposta a ir para evitar que a esquerda prolifere, nós já vimos. (...) O patriciado, em eterna vigilância contra o nascimento de uma esquerda viável, deu-se conta da sua distração e agora se apressa em corrigi-la – até com o repetido sacrifício de convenções jurídicas e cuidados éticos”. O golpe foi dado para estancar o pequeno avanço proporcionado por Lula e os governos do PT junto as camadas populares. O livro escancara isso e nas ruas os que não se conformam com o país com a perda do país que tínhamos e o que temos hoje. Lutar, resistir, ir à luta se faz necessário e esses ontem na feira demonstraram de que lado estão. Eu estou envolvido nessa luta.
Ivana Jinkings, da direção geral da editora Boitempo, diz em sua apresentação do livro algo bem com a cara do que foi visto ontem nas ruas bauruenses: “Não fosse a dedicação desse time sem igual, este livro não estaria pronto neste momento dramático da vida nacional, que exige mais do que nunca a unidade das forças progressistas”. Ela conseguiu isso com a finalização do livro e os ontem nas ruas, na diversidade de todos ali se manifestando, algo dessa tentativa coletiva de salvar o país.
COMENTÁRIOS VIA FACEBOOK:
ResponderExcluirRosangela Maria Barrenha Por mim, faríamos todos os domingos!
Eliana Nunes Chiaradia #LulaLivreJá
#LulaaaaaPresidente
Maria Cecilia Campos Calçadão também!
Henrique Perazzi de Aquino Vamos nessa!!!!!!!!!!!!! E por que não dentro de um dos dos shoppings ou nos dois?
Beto Castilho
👏🏻
Mah Fernandes Eliza Carulo, como está?? Precisa vir conosco na próxima!!! 🙆🙆
Henrique Perazzi de Aquino Ela sabe. Se precisar eu vou buscá-la.
Paulo Henrique Ferreira · 20 amigos em comum
CALÇADÃO SERIA UMA BOA!
Fernando Redondo Obrigado pela acolhida e consideração
Beto Castilho Valeu MUITO, companheiro Henrique!
Henrique Perazzi de Aquino Espalhe a coisa como brasa ao vento...
Fatima Brasilia Faria Foi uma manifestação e tanto.
Antonio Luiz Ferreira Ramos bom dia amigo HENRIQUE eu não pude comparecer tinha compromisso em piratininga o CLAUDIO tinha me avisado peço desculpa
Cleide Portes Foi muito boooommm #LulaLivre
Maria Cecilia Campos Leve, alegre, com palavras que queriam sair de tantas gargantas, o Lulaco foi demais de bom!
Bkl Bruno Parabéns companheiras e companheiros!!! #L13