sábado, 8 de setembro de 2018

O PRIMEIRO A RIR DAS ÚLTIMAS (61)


O CORONÉ BAURUENSE NECESSITA DE PALANQUE
Fortuna retratou com exatidão os coronéis fardados.
No começo da semana, na sessão da Câmara de Vereadores ele sai lá do seu ostracismo, sobe ao púlpito (sic) e desfere bofetões aos que habitam e atuam na Estação da NOB, "lá nada de Cultura, lá só nóias". Quer produzir estragos e para tanto provoca, pois vive disso, de instigar e receber admoestações. Isso o alimenta. Quando se sente no ostracismo, fora dos holofotes, perde o sono e fica me revirando na cama, perturbando o sono até de quem dorme ao seu lado, pois inquieto enquanto não bola nada para voltar a receber as luzes dos refletores não sossega. Fica a bolar o que vai falar na segunda, quando lá, engravatado, diante das câmaras de TV, solta mais uma das suas e espera o retorno. Quando não acontece nada, sua semana estará irremediavelmente perdida. Já quando consegue, ufa!, se sente realizado, solta gritinhos e sorri com o canto dos lábios, algo estranho, meio mecânico, maquiavélico. O coroné é bolsonarista e está nas nuvens vendo seu mentor sendo bajulado pela aí e o momento em que o país vive, mais conservador, retrógrado e carola. Faz tudo para também conseguir seus momentos de glória. Essa da estação e do Hip Hop é só mais uma, dentre tantas que já aprontou. Para se tornar um verdadeiro e original bolsonaro se faz necessário, segundo ele, continuar agindo bestialmente. Convenhamos, possuidor de limitadas condições refletivas (não seriam reflexivas?), seu plano é esse, o de se manter em evidência, para assim ir conquistando mais e mais eleitores pensando como ele. Ele quer justamente isso, que levantem sua bola, pois assim se acha em condições de conquistar o lugar onde lhe é de direito (divino, ele crê). O melhor mesmo é ignorar, pois assim ele se desmilingue sozinho, derrete como gelo e desaparece mais rapidamente. Não levantemos a bola de quem não merece. Temos mais o que fazer. Se o desligarmos da tomada ele ficará sem utilidade, guardadinho lá no fundo do armarinho da despensa, até o dia em que, numa faxina de rotina, o joguemos definitivamente no lixo por absoluta falta de utilidade.

LONGE DE QUEM BUSCA FACADAS, VAMOS AO ENCONTRO DA BOA MÚSICA
Ontem, show de Borghetinho e Yamundu Costa, um na gaita outro no violão sete cordas, teatro Guaíra lotado, mais de 1200 pessoas se maravilhando em algo desse nível: https://www.youtube.com/watch?v=90Ayu-r2L-0. Compramos dois CDs, um de cada, ficamos até o final para o autógrafo, eles muito simpáticos, digo ao Yamandu que o assisti no Teatro Municipal de Bauru e tenho um blog, o Mafuá, mesmo título de um lindo CD que tenho dele. Ele sorri e diz, "que bom, mafuás são ótimos". Lembro o Borghetti, sempre sorridente, das vezes que esteve no SESC Bauru, lembro de duas, uma há poucos meses. Ganhamos a noite.

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