ENTENDA DOS MOTIVOS DE CRISTINA KIRCHNER TER OPTADO POR SER VICE NA CHAPA PERONISTA EM OPOSIÇÃO AO MACRISMO BASURA E NEOLIBERAL NA ARGENTINA
Macri leva o povo argentino a viver nas ruas. |
1. https://www.pagina12.com.ar/194805-alberto-fernandez-no-hay-nada-mas-destructivo-que-el-macrism
2. https://www.pagina12.com.ar/194853-alberto-fernandez-nunca-hemos-pensado-en-dejar-de-pagar
3. https://www.pagina12.com.ar/194919-el-reportaje-completo-a-alberto-fernandez
4. https://www.pagina12.com.ar/194752-15-claves-de-la-formula-fernandez-fernandez
5. https://www.pagina12.com.ar/194849-con-respaldo-de-los-gobernadores
6. https://www.pagina12.com.ar/194824-jugadora-de-toda-la-cancha
7. https://www.pagina12.com.ar/194803-cristina-vice
8. https://www.pagina12.com.ar/194727-quien-es-alberto-fernandez
9. https://www.pagina12.com.ar/194733-cimbronazo
10. https://www.pagina12.com.ar/194733-cimbronazo
E ONDE MACRI ENFIOU A ARGENTINA: PROFESSORES ARGENTINOS VIVENDO NAS RUAS E ALGO SE REPETINDO TAMBÉM NO BRASIL - A DESGRAÇA NEOLIBERALISTA E FUNDAMENTALISTA DE MACRI E BOLSONARO (foto acima)
ENTENDA QUEM SÃO E O QUE QUEREM OS "COLETES AMARELOS" FRANCESES*
* Transcrito ao acordar neste domingo, 19/05, olhar pela janela do apartamento e observando a grossa neblina sob a cidade, vendo diminuídas as chances de bater perna na feira dominical tão cedo, daí sentei e batuquei essa incontida gileteada da Piauí.
Com a leitura de "Carta da França - Os manifestantes estão em pânico: O que querem os coletes amarelos?", de Jeremy Harding (colaborador da London Review of Books), longo texto publicado na edição de abril da revista mensal Piauí, algo a elucidar bem busca conhecer de fato o que vai pela cabeça desse instigante movimento francês. Eis o link para quem estiver disposto a ler o texto inteiro: https://piaui.folha.uol.com.br/…/os-manifestantes-estao-em…/. Eu compartilho frases grifadas por mim na revista e agora transcritas e compartilhadas por essa via a interessados de plantão:
- "Nós não somos nada. Nós queremos tudo. Abaixo os privilégios".
- Esses atos públicos contém ecos rituais de um longo passado francês de contestação, mas os coletes amarelos que convergem nas grandes cidades aos sábados são cidadãos plenamente inseridos no século XXI, negligenciados e deixados de lado pela globalização. O sucesso de seu protesto depende das mídias sociais".
- "...tornou-se uma revolta sem líder contra o presidente, o governo, os altos impostos e os baixos salários".
- "...ao aumentar um imposto genérico sobre os combustíveis, o governo mostrou que "acompanhar" os cidadãos mais pobres não era o que as autoridades tinham em mente".
- "...os manifestantes passaram a se empenhar cada vez mais no seu confronto com Macron".
- "...ameaças de morte foram lançadas nas redes sociais contra alguns dos coletes amarelos que haviam concordado em participar".
- "Os coletes amarelos repudiavam toda e qualquer narrativa de cujo conteúdo não fossem autores e responsáveis, com milhares de horas de uploads de fontes colaborativas inchando sua própria bolha de notícias. Eles eram a história e somente eles a contariam".
- "...abundavam sugestões para a redistribuição de riqueza, proteção da indústria nacional francesa, assistência aos idosos, apoio ao controle dos aluguéis, elevação do salário mínimo e da aposentadoria mínima, e a criação de um teto para os salários mensais, de 15 mil euros: para os coletes amarelos, a desigualdade de renda é como um nervo exposto".
- "Mas os coletes amarelos não estavam convencidos: por que humilhar os assalariados de baixa renda, perguntaram eles, recompensando os ricos com uma isenção de impostos?".
- "Sentimentos ultraigualitários são comuns entre os coletes amarelos e difíceis de contestar em um país onde a "igualdade" é emblemática".
- "...os coletes amarelos descobriram que finalmente eram visíveis; e nesse estágio o apoio da opinião pública era sólido e substancial". - "Foram na verdade pessoas em empregos mal remunerados, com contratos precários, pensionistas exasperados e pequenos empreendedores que desencadearam essa onda de impaciência".
- "...o crescente fosso entre as grandes metrópoles e a "periferia", a "terra esquecida das pequenas e médias cidades e áreas rurais, lar da maioria da classe trabalhadora". (...) ...esse vasto espaço abriga cerca de 60% da população. Esses franceses estão vivendo os piores efeitos da globalização e representam uma força que ameaça derrubar a ordem política existente".
- "...(uma pessoa é considerada pobre quando seu padrão de vida cai abaixo de 50% ou 60% da média nacional, um limiar que varia dependendo de quem faz a pesquisa)".
- "...por que as pessoas de ascendência africana não saiam às ruas. 'Por que devemos nos juntar a eles, se eles nunca se juntaram a nós?' (...) ...se os jovens negros se comportassem como os coletes amarelos no Centro de Paris, corriam o risco de ser mortos".
- "...as grandes cidades não são lugares em que se vai buscar solidariedade: nela você mostra seu rosto para cidadãos que normalmente não dariam a mínima para você. (...) ...a cidade é o bastião que eles estão cercando, sitiando simbolicamente, na esperança de serem reconhecidos".
- "...criado a oportunidade perfeita para uma revisão da política na França. baseada - a seu ver - na necessidade de se enfrentar a mudança climática, mas também de reafirmar a desgastada causa da 'justiça social'". - "...o presidente realmente acreditava, depois de dois meses de revoltas que tinham como fulcro os temas da riqueza e da disparidade de renda, que estava lidando com uma bando de jecas chauvinistas?".
- "O elemento mais nocivo tem sido o racismo espasmódico do movimento. (...) O antissemitismo se tornou o principal tipo de manifestação racista, mas não o único. (...) ...sentimentos 'arafóbicos' ou anti-islâmicos afloram nas mídias sociais".
- "...o movimento continua sendo uma reunião espontânea de cidadãos enraivecidos que vivem na pobreza e em precárias condições de trabalho".
- "Acadêmicos e gente de esquerda encontraram no movimento motivos de otimismo, incluindo a possibilidade de que uma massa de cidadãos clamando por justiça social se inclinasse, ao fim e ao cabo, a um programa radical progressista".
- "...a França se encontra numa situação 'em que aqueles no topo já não podem mais governar como antes, e aqueles na ponta de baixo não querem mais ser governados como antes'".
- "...não há como negar de que os coletes amarelos interferiram no relógio, diminuindo o ritmo da vida cotidiana e forçando uma espécie de hiato político".
- "O excesso no topo da pirâmide é tido como uma afronta. (...) ...não há código que proteja os mal remunerados contra os intermináveis insultos a que são submetidos por notícias de salários lunáticos e bonificações de banqueiros".
- "...é como se nos últimos quarenta anos nossas sociedades tivessem perdido o chão, ficado sem gravidade, alguns de nós suspensos em uma propriedade de outro mundo, outros girando devagar e impotentes á medida que os meios de subsistência e o hábitat flutuam para longe do nosso alcance".
- "...a raiva e a frustração que hoje se constatam na França muitas vezes dão a impressão de serem uma espécie de pânico do futuro sublimado - sejam lá quais forem os incômodos do presente".
ENTENDA QUEM SÃO E O QUE QUEREM OS "COLETES AMARELOS" FRANCESES*
* Transcrito ao acordar neste domingo, 19/05, olhar pela janela do apartamento e observando a grossa neblina sob a cidade, vendo diminuídas as chances de bater perna na feira dominical tão cedo, daí sentei e batuquei essa incontida gileteada da Piauí.
Com a leitura de "Carta da França - Os manifestantes estão em pânico: O que querem os coletes amarelos?", de Jeremy Harding (colaborador da London Review of Books), longo texto publicado na edição de abril da revista mensal Piauí, algo a elucidar bem busca conhecer de fato o que vai pela cabeça desse instigante movimento francês. Eis o link para quem estiver disposto a ler o texto inteiro: https://piaui.folha.uol.com.br/…/os-manifestantes-estao-em…/. Eu compartilho frases grifadas por mim na revista e agora transcritas e compartilhadas por essa via a interessados de plantão:
- "Nós não somos nada. Nós queremos tudo. Abaixo os privilégios".
- Esses atos públicos contém ecos rituais de um longo passado francês de contestação, mas os coletes amarelos que convergem nas grandes cidades aos sábados são cidadãos plenamente inseridos no século XXI, negligenciados e deixados de lado pela globalização. O sucesso de seu protesto depende das mídias sociais".
- "...tornou-se uma revolta sem líder contra o presidente, o governo, os altos impostos e os baixos salários".
- "...ao aumentar um imposto genérico sobre os combustíveis, o governo mostrou que "acompanhar" os cidadãos mais pobres não era o que as autoridades tinham em mente".
- "...os manifestantes passaram a se empenhar cada vez mais no seu confronto com Macron".
- "...ameaças de morte foram lançadas nas redes sociais contra alguns dos coletes amarelos que haviam concordado em participar".
- "Os coletes amarelos repudiavam toda e qualquer narrativa de cujo conteúdo não fossem autores e responsáveis, com milhares de horas de uploads de fontes colaborativas inchando sua própria bolha de notícias. Eles eram a história e somente eles a contariam".
- "...abundavam sugestões para a redistribuição de riqueza, proteção da indústria nacional francesa, assistência aos idosos, apoio ao controle dos aluguéis, elevação do salário mínimo e da aposentadoria mínima, e a criação de um teto para os salários mensais, de 15 mil euros: para os coletes amarelos, a desigualdade de renda é como um nervo exposto".
- "Mas os coletes amarelos não estavam convencidos: por que humilhar os assalariados de baixa renda, perguntaram eles, recompensando os ricos com uma isenção de impostos?".
- "Sentimentos ultraigualitários são comuns entre os coletes amarelos e difíceis de contestar em um país onde a "igualdade" é emblemática".
- "...os coletes amarelos descobriram que finalmente eram visíveis; e nesse estágio o apoio da opinião pública era sólido e substancial". - "Foram na verdade pessoas em empregos mal remunerados, com contratos precários, pensionistas exasperados e pequenos empreendedores que desencadearam essa onda de impaciência".
- "...o crescente fosso entre as grandes metrópoles e a "periferia", a "terra esquecida das pequenas e médias cidades e áreas rurais, lar da maioria da classe trabalhadora". (...) ...esse vasto espaço abriga cerca de 60% da população. Esses franceses estão vivendo os piores efeitos da globalização e representam uma força que ameaça derrubar a ordem política existente".
- "...(uma pessoa é considerada pobre quando seu padrão de vida cai abaixo de 50% ou 60% da média nacional, um limiar que varia dependendo de quem faz a pesquisa)".
- "...por que as pessoas de ascendência africana não saiam às ruas. 'Por que devemos nos juntar a eles, se eles nunca se juntaram a nós?' (...) ...se os jovens negros se comportassem como os coletes amarelos no Centro de Paris, corriam o risco de ser mortos".
- "...as grandes cidades não são lugares em que se vai buscar solidariedade: nela você mostra seu rosto para cidadãos que normalmente não dariam a mínima para você. (...) ...a cidade é o bastião que eles estão cercando, sitiando simbolicamente, na esperança de serem reconhecidos".
- "...criado a oportunidade perfeita para uma revisão da política na França. baseada - a seu ver - na necessidade de se enfrentar a mudança climática, mas também de reafirmar a desgastada causa da 'justiça social'". - "...o presidente realmente acreditava, depois de dois meses de revoltas que tinham como fulcro os temas da riqueza e da disparidade de renda, que estava lidando com uma bando de jecas chauvinistas?".
- "O elemento mais nocivo tem sido o racismo espasmódico do movimento. (...) O antissemitismo se tornou o principal tipo de manifestação racista, mas não o único. (...) ...sentimentos 'arafóbicos' ou anti-islâmicos afloram nas mídias sociais".
- "...o movimento continua sendo uma reunião espontânea de cidadãos enraivecidos que vivem na pobreza e em precárias condições de trabalho".
- "Acadêmicos e gente de esquerda encontraram no movimento motivos de otimismo, incluindo a possibilidade de que uma massa de cidadãos clamando por justiça social se inclinasse, ao fim e ao cabo, a um programa radical progressista".
- "...a França se encontra numa situação 'em que aqueles no topo já não podem mais governar como antes, e aqueles na ponta de baixo não querem mais ser governados como antes'".
- "...não há como negar de que os coletes amarelos interferiram no relógio, diminuindo o ritmo da vida cotidiana e forçando uma espécie de hiato político".
- "O excesso no topo da pirâmide é tido como uma afronta. (...) ...não há código que proteja os mal remunerados contra os intermináveis insultos a que são submetidos por notícias de salários lunáticos e bonificações de banqueiros".
- "...é como se nos últimos quarenta anos nossas sociedades tivessem perdido o chão, ficado sem gravidade, alguns de nós suspensos em uma propriedade de outro mundo, outros girando devagar e impotentes á medida que os meios de subsistência e o hábitat flutuam para longe do nosso alcance".
- "...a raiva e a frustração que hoje se constatam na França muitas vezes dão a impressão de serem uma espécie de pânico do futuro sublimado - sejam lá quais forem os incômodos do presente".
Thank you so much for the detailed article.Thanks again.
ResponderExcluirThanks again
ResponderExcluirHenrique - direto do mafuá