terça-feira, 24 de setembro de 2019

O PRIMEIRO A RIR DAS ÚLTIMAS (77)

A CASO EU CONTO COMO O CASO FOI*
* Eu sempre quis me utilizar desse título para um dos meus escritos. É o título de um livro que li quando com uns 30 anos, do Paulo Cavalcanti - Da Coluna Prestes à Queda de Arraes. Me utilizo dele nesse momento para os casos que ando ouvindo pelas ruas:

AUSPICIOSO DIA DO MAFUENTO, RUIM PARA O BOZO EM NY
O cínico Bolsonaro faz o país passar vergonha na abertura da assembléia Geral da ONU em Nova York e o mafuento HPA ao sair para pagar contas e fazer comprinhas de praxe para seu consumo e necessidades é abordado, primeiro na fila da casa lotérica por um senhor do Mary Dota e este ao me ver com botton do LULA LIVRE, pergunta onde pode encontrar algum igual. Tiro e lhe dou, mas com uma condição, a de colocar na hora em sua camisa. Ele fica com o botton. Na sequência vou pro Tauste e lá Jussara Nabuco Canella me desponta num dos corredores e com a mesma pergunta. Eu mesmo coloco o que tinha em sua blusa. Espero distribuir mais uns dez hoje, pois tenho mais um tanto de compromissos para cumprir até o final da tarde. Enquanto isso, o Bozo, por não ter com quem jantar ontem vai comer pizza num lugar qualquer antes de falar abobrinhas e despejar idiotices para o mundo todo, dessas que ninguém mais acredita. Vexame dele, orgulho pelos bottons distribuídos pela aqui.
Em tempo: Não só distribuo, mas vendo R$ 5 cada para ajudar a causa do Núcleo de Base DNA Petista de Bauru.

NA PADARIA, SEMPRE ELA E SEUS PERSONAGENS
Quando não é no elevador, comigo aqui pelos lados da Zona Sul bauruense, os fatos ocorrem na padaria da esquina,
reduto de vetustos senhores (as), quatrocentões bauruenses (sic, mas não temos pouco mais de 120 anos?). Na fila do pagamento do pão certo senhor se sente incomodado com meu botton Lula Livre, pigarreia, olha incrédulo para meu lado e sem parcimônia me dirige a palavra:

- O sr não acha que esse Lula já passou da hora de esquecermos dele de uma vez por todas?

- Discordo - começo minha resposta. Diante de todos os fatos, creio eu o que já passou da hora é a gente continuar contemporizando com gentalha do tipo desse Moro ou do Dallagnol, gente da pior espécie a denegrir com o Judiciário, algo que sei o sr defendeu ardorosamente durante bons anos de sua vida.

- Esses senhores são de grande valia, veja o papel valoroso da Lava Jato - me retruca meio alterado.

- Discordo novamente e justifico. O conheço é advogado, sei que atuou um via inteira dentro dos tribunais. Quando presenciava um juiz já chegando com a sentença definida contra o que defendia, tudo construído da forma mais pérfida possível, não necessitando nem ocorrer o julgamento, o ser agiria como? É isso o que o Moro e o Dallagnol fizeram e isso está provado no caso Lula, construíram um julgamento já cientes de que a única opção era condená-lo, mesmo com provas contundentes contrárias. Isso vem contra todos os preceitos jurídicos existentes desde os primórdios tempos, mas vejo hoje, para meu espanto, gente como o sr a defender essa prática como normal. Daí quem se assusta sou eu, pois vejo que o sr, antes defensor de uma regra básica jurídica, hoje pensa e age ao contrário. O que o fez mudar de lado dentro da concepção do Direito?

O dono da padaria que tudo presenciava e estava até então calado, mas pronto para defender um dos seus mais antigos clientes, tenta interferir e apressar o final da contenda, se dirigindo a mim numa forma ríspida:

- Sua conta é tanto. Vamos fazer a fila andar.

Pago e deixo os dois confabulando às minhas costas, mas antevejo de soslaio tê-los deixado tanto desconcertados, desconectados e desparafusados diante da resposta. A resposta a mim não saiu enquanto ali permaneci, mas com certeza, desfiaram a roseira quando sai do estabelecimento ainda sob o silêncio reinante no recinto.

"Esse pão pode me causar problemas estomacais", penso com meus botões.

JOGO RÁPIDO
Ainda os bottons do LULA LIVRE. O DNA Petista me solicita confecção de 50 unidades, de Agudos me chegam pedidos, pelo facebook três pessoas reservam e pelo Whatts mais dois. No supermercado a moça do caixa de um dos grandes da cidade me vendo com um alfinetado na camisa abre um sorriso. Correspondo e ao esboçar retirar o meu e lhe entregar, pede que não o faça, pois naquele ambiente tudo é observado, olhos atentos gravam tudo e se o fizer vai ter problemas. Me fala sem olhar diretamente para mim, olhos fixos no seu trabalho. Me desculpo e ela sem esboçar alteração me pede: "Aceito, de bom grado, mas me faça um favor, se puder, vire a esquina e na rua lateral tem um vendedor de churrasco, ele tem um carrinho de lanche. Seu nome é João, entregue a ele e diga que a Maria do caixa vai passar pegar. Ele é meu amigo, vai guardar para mim". Assim o fiz.

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