domingo, 27 de outubro de 2019

MÚSICA (178)


JUNTADA DE TENTATIVA ESCREVINHAÇÃO TEXTOS EM DIAS DE AGITAÇÃO NAS RUAS DE BUENOS AIRES E COM ELEIÇÃO EM CURSO


PINTOR SERGIO HORVARTH E SUA GALERIA NUM MERCADO POPULAR EM LA BOCA

Essa história eu a conto em detalhes para um jornal e aqui sai só um "ratito", como dizem aqui quando querem dizer algo de pequena monta. O conheço de outras andanças e visitas. Tem uma pequena galeria e nela mora enfurnado num canto do El Mercado, calle Olavarria, em La Boca, usando um dos box do mercado popular para armazenar livros, CDs, obras de arte e antiguidades, saindo vendendo por variadas feiras espalhadas por Buenos Aires. Não esconde suas preferências, sendo peronista de carteirinha, contrário à bestialidade neoliberalista eestando além das funções profissionais em campanhas de defesa de Cristina Kirchner e a esquerda argentina. Vou e volto ao pais e o procuro com certa regularidade, fone inesgotável de boa conversa e encaminhamentos para conhecer de fato algo da história deste envolvente país onde me encontro neste momento. Sergio mora só, 56 anos, um filho de 34, já encaminhado na vida e faz o que gosta, sem sonhar em enricar ou coisa parecida. Quer mais é ir tocando a vida, conspirando contra os cruéis e se reunindo politicamente com gente cujas ideias batem e se convergem. No prédio do mercado onde atua, todas as pinturas do teto são obra sua e mesmo após um incêndio no local anos atrás, algo ainda pode ser visto e apreciado no local. Esse o tipo de pessoas pelas quais gosto muito de ir trombando, conversando, criando amizades por onde passo. Juntei muitas de suas histórias em um belo texto, mas por enquanto ele tem que continuar inédito por essa via e meio. O tira gosto se dá com esses poucos dados aqui repassados.

LUIZ RAMON, SEU RESTAURANTE NUMA GALERIA ESCONDIDA EM LA BOCA E TERESA, A ESPOSA RETAGUARDA DO LUGAR

Circulei a manhã toda pelo bairro de La Boca e juntei boas histórias, algumas posso ir só escrevendo superficialmente, pois as encaminhei para publicações em revistas e jornais pela aí. Um restaurante popular nos fundos de uma galeria utilizada só pelos moradores, nenhum turista, mesmo o bairro sendo um dos redutos mais visitados na cidade de Buenos Aires. A história do Ramón é sui generis, pois ele serve a comunidade local com guloseimas preparadas por Teresa, a esposa, tudo feito como numa residência bem simples, panelas amontoadas pela cozinha, tudo ali bem exposto, sem nenhuma necessidade de esconder nada. Ramón é um baixinho espevitado e ao questioná-lo sobre como consegue torcer pelo River, com flâmulas espalhadas pelo bar, bem no coração de bairro onde reina o rival, Boca Juniors, ele ri e quem responde é um cliente, esse envergando a camisa do Boca: "Não fazemos nada com pequenos, crianças, só escapa por causa disso, pelo tamanho não merece nem uns tapas, a gente releva e quando crescer conversamos seriamente". O fato é que o casal faz a alegria de muitos no local, reunindo diariamente uma legião de aposentados, reunidos bem antes do almoço, todos vendo TV e aguardando a hora dos cozidos da Teresa ficarem prontos. Por lá come-se bem, tudo caseiro, rustico, sem elegância, mas dentro de um padrão de qualidade lá deles, tudo aprovado pelos clientes. Outro também peronista e votando em Cristina e Alberto no dia de hoje. Cada um desses todos onde circulei na manhã de sexta, 25 de.outubro tem histórias boas de ouvir, guardar e quando possível, passadas adiante,

ESSA PROPAGANDA ELEITORAL PODE SER TRANSFORMADA NUMA CÉDULA NA ELEIÇÃO ARGENTINA

Uma das surpresas que a maioria dos jornalistas btrasileiros presenciando a eleição argentina é esse imenso papel contendo a relação de todos os candidatos. Seu nome é "boleta" e é distribuida como propagando eleitoral normal, mas para surpresa da maioria, o eleitor argentino pode utilizá-la como o próprio voto, ou seja, a dobra e enfiar na urna, valendo normalmente. Nós, brasileiros estamos acostumados com esse tal de voto eletrônico, um sem muita confiança em tempos de fake news e outras coisas, mas antes dele tínhamos a cédula de papel e nela, em tamanho reduzido, os nomes dos canditados, bastando colocar um X no escolhido, quando não, espaço para escrever o nome e nada mais. Nas eleições por aqui, a propaganda distribuida nas ruas no período eleitoral vale como voto. O eleitor pode levar essa baita cola e até recortá-la, colar uma com outra e assim compor seu voto. Ontem na reunião com os jornalistas brasileiros, quando saquei da mochila alguns exemplares, eles fizeram o maior sucesso, percorreram de mão em mão, com as devidas explicações dos jornalistas argentinos, didáticos para conosco e dos estranhamento com todo um processo bem diferente do nosso. Ouço a história de eleitora que demorando para sair do espaço a ela dedicada para preparar seu voto, é chamada por funcionários atuando no pleito e se mostra incréula, pois não a deixando exercer seu voto sem ser importunada. HIstórias como essa eu estou juntando, formatando quando colocadas uma ao lado de outra, num imenso painel do que estou estudando e tentando alinhavar num texto para alguma publicação num órgão impresso. Poderia ser considerado um ajuntador de histórias, pois as reuno, ouço e guardo e depois tento contê-las todas dentro de algum textão. São tantas surpresas, a maioria merecedora de um compêndio escrevinhativo.

NO DIA DO ANIVERSÁRIO DE LULA UM ATO "LULA LIVRE" DIRETO DO OBELISCO, BUENOS AIRES

Hoje ocorreram atos espalhados mundo afora para homenagear Lula e comntinuar exigindo sua soltura, algo mais do que necessário diante de tantas irregularides já comprovadamente cometidas pela equipe da Lava jato, capitaneadas pelos insanos Moro e Dallagnol. Aqui onde me encontro, Buenos Aires o ato foi marcado para 17h, junto ao momunento mais famoso da cidade e contou com um número considerável de pessoas, dentre elas algumas personalidades como Aloizio Mercadante, Lindbergh Farias, Adriano Diogo, Chico Malfitani e outros. Uma reunião de gente a passeio, muitos trabalhando por aqui, brasileiros, argentinos e outros latinos, todos clamando por Lula. Algo bem frequente por aqui são os argentinos ao te perceberem brasileiro, ainda mais tendo alguma coisa reverenciando o ex-presidente, uma aproximação mais que rápida e muita curiosidade, com muitas perguntas e o início de longos bate papos. Nota-se claramente que Lula é muito bem quisto por aqui, estando no panteão dos grandes líderes latinos. Do ato, a maioria dos presente foram trodos para o Bunker da Cristina (isso mesmo, esse o nome dado para o comitê de campanha de Alberto e Cristina), acompanhar a apuração e festa pela eleição da dupla peronista, dando cabo ao neoliberalismo no país.

A ELEIÇÃO ESTÁ GANHA E A PERGUNTA FEITA PELOS ARGENTINOS AOS BRASILEIROS
Como já é do conhecimento geral Alberto Fernández e Cristina Kirchner ganharam a eleição por aqui, para felicidade geral da nação argentina, esperança maior de alavancar uma imensa batalha em prol da Pátria Grande. Tirei fotos das ruas de encher os olhos de muita emoção. Os argentinos estavam realmente alegres, radiantes pelas ruas e estravazavam cantando e dançando de uma forma estranha para nós, vivendo um momento dos mais insólitos da história do Brasil. Permaneci o temp otodo envergando uma camiseta vermelha, com uma monatgem ocupoando todo seu espaço, imagem inicialmente do Che Guevara, só que no lugar do seu rosto o de Lula. Fui abordado a todo instante, abraçado, apertado, papos variados surgiram por causa da identificação do ex-prersidente. Este da foto, sindicalista muito atuante aaqui em Buenos Aires permaneceu por um bom tempo ao meu lado e de Paulo José Oliveira Silva, perto da entrada do Bunker da Cristina (Comitê de Campanha de Alberto), junto de sua esposa e a filha, essa devidamente acomodada num carrinho de bebê. Matias Ceballos seu nome e me foi feito por ele uma pergunta repetida por muitos: "Enfim, o que falta para soltarem Lula? E o que falta para o brasileiro ir pra rua exigir a devolução dos direitos usurpados pelo Bolsonaro?". A gente até fica acabrunhado, mas responde assim mesmo; "Estamos reagindo, mas não a contento. Nosso sindicalismo hoje não é o mesmo de antes, nem o povo tem a consciência que deveria, a mídia cumpre um papel emburrecedor das massas e perdemos o poder de mobilizar as massas. Na junção disso e outrops fatores estamos perdendo o bonde da história e nos deixando ser dominados e governados pelos piores que temos". Eles ficam incrédulos, não entendem direito e querem nos dar força, impulsionar nossa necessária luta, algo que muito deveria nos envaidecer, pois os percebo preocupados com a situação, tanto de Lula, como dos destinos do país. Por fim, os vejo dizendo algo mais ou menso assim: "Nós estamos fazendo a nossa parte, dando cabo num governando cruel e isano, façam o mesmo com o seu".

GENTE QUE VALE A PENA SER OUVIDA
O argentino Sampaoli, hoje técnico do Santos, mas durante um bom tempo técnico da seleção nacional do Chile.

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