Não sou dono da verdade e só de postar algo por essa via e meio estou sujeito a avaliações outras. Sempre que as faço, ou seja, todos os dias, sei estar sujeito a chuvas e trovoadas. Aprendi algo novo. Explico. Que fascistas ocuparam esse espaço, assim como tantos outros grupos e tendências, inegável. Todos estamos por aqui e cada um escreve o que quer, como quer e quando quer. Até quando não se sabe nada a respeito do que se se afirma ser especialista. Eu, se me indigno com esses contrários, não devo dar corda, insuflar ainda mais o que fazem alguns pelos quais discordo. Se o fizer estarei dando motivo para exercitar exatamente o intuito, o de criar um palco para ampliar o dito antes e com pouca repercussão. Cai na esparrela de comentar num desses posts e a resposta foi imediata. Se antes, os comentários eram poucos, diminutos, cresceram após minha participação e todos se voltando contra minha pessoa, inclusive com ataques no campo pessoal. Retruquei mais e a coisa se ampliou, ou seja, tudo o que queriam. Se antes teriam mínima repercussão, com o que fiz, criaram o ambiente para ampliar o leque.
Li o que não queria, de forma injusta, opiniões e inverdades a meu respeito. O que fiz? Engoli em seco e aprendi a lição. Toda vez que adentro um desses posts dou vazão para ampliação da bestialidade. Não é fácil se segurar diante de tanta perversidade, mas o melhor é não cair na armadilha. Eu cai, respondi e fui duramente agredido. Assimilei o golpe, a lição e percebo com isso algo muito simples. Eles não são muitos, possuem um clubinho onde os iguais se unem e quando invadidos se tornam mais agressivos. Quando vou lá provocá-los, se tornam mais irracionais e sei, faço o mesmo quando alguns deles vem aqui nos meus escritos. Respondendo à altura quando invadem meu espaço, por que não fariam o mesmo quando invadimos o deles? Existem muitos guetos dentro das redes sociais, cada um na sua, grupos mais que separados, antagônicos, sem nenhuma possibilidade de diálogo ou entendimento. Bem a cara do Brasil e do mundo hoje. Cada vez mais consolidada essa separação, desunião. Ao ler os comentários da mesma pessoa após alguns dias percebo lá o mesmo baixo nível, porém quase sem curtições e comentários. Postando por lá algo contra, pronto, estará aceso o estopim. Melhor manter a maior distância possível desses, tanto por aqui como pessoalmente. Pura perda de tempo discutir com essa legião de "sabe tudo", os que Umberto Eco tão bem previu como agora libertos para, mesmo sem saber do que se trata, se colocando como donos da verdade. Reagir é preciso, mas não a favorecer que o façam com a nossa contribuição.
OBS.: Aproveitando para espalhar frases outras do mesmo Umberto Eco.
A CADA DIA, ALGO A MAIS SOBRE O BLOCO DO TOMATE E SUAS ENTRANHAS
O Kananga do Alemão não é um grupo musical, é uma entidade e tudo nele relembra seu criado, o Alemão, falecido dois anos atrás. Os Tomateiros acompanham esse boêmio cidadão desde muito tempo, quando muitas décadas atrás ele abriu uma casa noturna com esse nome lé pelos lados do Nova Esperança e ali acontecia noites inebriantes, como a que um dia fez surgir nada menos que Rildo Hora, o famoso gaitista, de passagem pela cidade e não indo embora sem antes dar com os costados no que tínhamos de melhor em nome de lugar boêmio. Quando o bloco surgiu, ele já nos encantava, tocando em tudo quento é lugar, principalmente nas quebradas desta cidade. O encanto foi imediato e com o convite, o grupo passou não só a descer conosco Calçadão abaixo, como encantar nossas festas e refregas em diferentes lugares. Nos todos íamos atrás do Kananga e eles atrás de nós. É uma união que vem dando certo e tem tudo para continuar, "na alegria e na tristeza".
O Alemão se foi, deixou imensa saudade em todos, mas o que estava no seu sangue, teve sequência. Cleusa Madruga, a esposa, fez o possível e o impossível, enfim, depois de tanto pó de estrada, o fervo tinha que ter continuidade. O casal estava preparando o filho Nenê para tocar o barco e assim foi feito. Tudo continua como dantes e eles continuam levando o bom samba para diferentes lugares daqui e da região. No Sam's, lá na Elias Miguel Maluf, todo sábado, do almoço em diante, o samba deles reverbera a quilômetros de distância. E o bloco farsesco, burlesco e algumas vezes carnavalesco, o Bauru Sem Tomate é MiXto não se desgruda do Kananga, pois se entendem como verdadeiros irmãos. A pegada é conhecida de todos, a gente de reúne na praça Rui Barbosa no sábado de Carnaval, eles chegam com seus instrumentos, acoplam tudo na aparelhagem disponibilizada pela CUT e fazemos a festa em conjunto nas quadras do Calçadão. Virou tradição, festa consolidada. Ontem, o grupo se reuniu junto da voz do bloco, Tatiana Calmon e juntos gravaram a marchinha levando o tema deste ano, "Bauru - A Cannã das Capivaras", que como todos as demais cutuca fundo com os perversos desta varonil terra "sem limites".
Aqui a gravação da marchinha feita em estúdio, prontinha para ser irradiada pelas ondas e canais dispostos a discutir essa cidade com a devida seriedade (mas não é Carnaval?). Eis o link:
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