ACOMPANHAMENTO EM FOTOS DE COMO SE DÁ A QUARENTENA BAURUENSE*
* Mantenho em minha página no facebook a publicação de uma foto por dia ititulada Cena Bauruense e aqui espécie de Diário da Pandemia, ou melhor, como fui enxergando o dia-a-dia na cidade em registros coletados aqui e ali, quase todos de autorias variadas e múltiplas. Confira abaixo.
01. Em 01/04: "Atendimento de emergência hoje (segunda, 30/03). O elevador do escritório é o local com maior probabilidade de contaminação, mas existem situações jurídicas urgentes que não podem esperar, portanto vamos em frente", com essa singular legenda e indumentária, o advogado Hermann Schroeder Junior se prestou a voltar ao seu local de trabalho, quebrando a quarentena, sala no edifício Caravelas, centro de Bauru, rua Primeiro de Agosto, entre a Treze de Maio e a Virgilio Malta.
02. Em 02/04: Na banca de jornais e revistas do aeroporto, debaixo da caixa d'água do DAE, Ilda Viegas é o único local aberto nas imediações, mudou sua rotina, abre somente das 8h às 13h, tomando todos os cuidados no atendimento dos clientes: enquanto um está dentro, ela fica do lado de fora. 03. Em 03/04: Acostureira profissional Fatima Cardoso, trabalhando desde sua casa no Gasparini para as mais famosas griffes desta cidade, parou com tudo e agora se dedica a produzir de forma comunitária para hospitais as tais máscaras, praticamente esgotadas nas lojas especializadas, atendendo dentro do possível um ou outro pedido particular. Neste momento, só para os hospitais está a finalizar pedido de duas mil máscaras, com entrega para próxima segunda, tornando seu final de semana todo envolvido com esse trabalho. 04. Em 04/04: Aposentado do setor energético, cansado de tanto subir em postes mundo afora, sem poder sair de casa, seguindo à rica as recomendações dos seus e da esposa que não o deixa botar os pés na calçada, Lazaro Carneiro Carneiro, morador dos altos do jardim Bela Vista se refestela em seu trono residencial, longe da TV, cada vez mais perto dos livros, tirando o atraso e com a verve poética cada vez mais afiada. 05. Em 05/04: Parte da terceira idade está reclusa, fechada em copas, não saindo do seu quadrado, como Plinio Scriptori, tempos atrás pessoa influente nas hostes da NOB, hoje aposentado e ciente dos seus limites, querendo viver mais, resignado, triste, acabrunhado, porém esperando a tormenta passar com consciência de que o "Não saia de casa" é a luz no final do túnel para chegar lá. Aqui na área de lazer do prédio onde reside, sempre de máscara no rosto. 06. Em 06/04: Na foto de Paulo Henrique Gouveia Gouveia, noite de domingo, grupo de pessoas se predispõe a produzir e distribuir alimentação para desassistidos, aqui em fila na praça Machado de Mello, local conhecido de concentração humana dos ditos invisíveis de Bauru. 07. Em 07/04: Parque montado, vazio, semi-abandonado, sem funcionamento, lacrado em tempos de pandemia, instalado na rotatória ao lado da escola Ada Cariani, no Mary Dota, aguardando o fim do período de quarentena para ver como poderá se dar o retorno do funcionamento de sua roda gigante, também a da vida. 08. Em 08/04: O francês Eric Schmitt (foto dele) escolheu um lugar paradisíaco para viver ao lado da esposa, Malu, porém, vez ou outra o sossego é perturbado pela ação externa, como dias atrás, eles lá tranquilos, foragidos da pandemia, se veem envoltos em chamas. Fogo em todo entorno do Parque das Fadas, 4km da rodovia Bauru/Arealva, "fazendo a gente quebrar muito esse isolamento para combater o fogo e consertar os estragos. Bom, pelo menos a casa não foi atingida...". Ninguém escapa, nem os que dela se escondem, da ação dos intempestivos fogueteiros deste mundo. 09. Em 09/04: Numa foto gileteada do facebook, registro de fila defronte única loja aberta ontem na Rodrigues Alves, entre a Virgilio e a Azarias, a Casa do Biscoito, cujo chinês proprietário era rigoroso no controle do ingresso de clientes, demonstrando ter ciência do que está em curso. 10. Em 10/04: Natália Cristina descendo a rua Gerson França se depara com um pequeno cartaz fixado num portão e o fotografa como registro solitário de perspicaz morador. 11. Em 11/04: Jardim Manchester, um lugar quase desconhecido pela imensa maioria dos bauruenses, mas muito real e aqui numa cena retratada dias atrás pelas lentes e ação junto aquela comunidade de Tatiana Calmon Karnaval, demonstrando como se dá de fato a quarentena para quem pouco tem. 12. Em 12/04: Wagner Fatore e esposa se virando nos trinta em tempos de pandemia, aqui numa foto dele, ela diante de um condomínio na cidade, no ato da entrega de pães caseiros, especialidade da casa e dessa forma, dando o seu jeito para a necessária sobrevivência.
02. Em 02/04: Na banca de jornais e revistas do aeroporto, debaixo da caixa d'água do DAE, Ilda Viegas é o único local aberto nas imediações, mudou sua rotina, abre somente das 8h às 13h, tomando todos os cuidados no atendimento dos clientes: enquanto um está dentro, ela fica do lado de fora. 03. Em 03/04: Acostureira profissional Fatima Cardoso, trabalhando desde sua casa no Gasparini para as mais famosas griffes desta cidade, parou com tudo e agora se dedica a produzir de forma comunitária para hospitais as tais máscaras, praticamente esgotadas nas lojas especializadas, atendendo dentro do possível um ou outro pedido particular. Neste momento, só para os hospitais está a finalizar pedido de duas mil máscaras, com entrega para próxima segunda, tornando seu final de semana todo envolvido com esse trabalho. 04. Em 04/04: Aposentado do setor energético, cansado de tanto subir em postes mundo afora, sem poder sair de casa, seguindo à rica as recomendações dos seus e da esposa que não o deixa botar os pés na calçada, Lazaro Carneiro Carneiro, morador dos altos do jardim Bela Vista se refestela em seu trono residencial, longe da TV, cada vez mais perto dos livros, tirando o atraso e com a verve poética cada vez mais afiada. 05. Em 05/04: Parte da terceira idade está reclusa, fechada em copas, não saindo do seu quadrado, como Plinio Scriptori, tempos atrás pessoa influente nas hostes da NOB, hoje aposentado e ciente dos seus limites, querendo viver mais, resignado, triste, acabrunhado, porém esperando a tormenta passar com consciência de que o "Não saia de casa" é a luz no final do túnel para chegar lá. Aqui na área de lazer do prédio onde reside, sempre de máscara no rosto. 06. Em 06/04: Na foto de Paulo Henrique Gouveia Gouveia, noite de domingo, grupo de pessoas se predispõe a produzir e distribuir alimentação para desassistidos, aqui em fila na praça Machado de Mello, local conhecido de concentração humana dos ditos invisíveis de Bauru. 07. Em 07/04: Parque montado, vazio, semi-abandonado, sem funcionamento, lacrado em tempos de pandemia, instalado na rotatória ao lado da escola Ada Cariani, no Mary Dota, aguardando o fim do período de quarentena para ver como poderá se dar o retorno do funcionamento de sua roda gigante, também a da vida. 08. Em 08/04: O francês Eric Schmitt (foto dele) escolheu um lugar paradisíaco para viver ao lado da esposa, Malu, porém, vez ou outra o sossego é perturbado pela ação externa, como dias atrás, eles lá tranquilos, foragidos da pandemia, se veem envoltos em chamas. Fogo em todo entorno do Parque das Fadas, 4km da rodovia Bauru/Arealva, "fazendo a gente quebrar muito esse isolamento para combater o fogo e consertar os estragos. Bom, pelo menos a casa não foi atingida...". Ninguém escapa, nem os que dela se escondem, da ação dos intempestivos fogueteiros deste mundo. 09. Em 09/04: Numa foto gileteada do facebook, registro de fila defronte única loja aberta ontem na Rodrigues Alves, entre a Virgilio e a Azarias, a Casa do Biscoito, cujo chinês proprietário era rigoroso no controle do ingresso de clientes, demonstrando ter ciência do que está em curso. 10. Em 10/04: Natália Cristina descendo a rua Gerson França se depara com um pequeno cartaz fixado num portão e o fotografa como registro solitário de perspicaz morador. 11. Em 11/04: Jardim Manchester, um lugar quase desconhecido pela imensa maioria dos bauruenses, mas muito real e aqui numa cena retratada dias atrás pelas lentes e ação junto aquela comunidade de Tatiana Calmon Karnaval, demonstrando como se dá de fato a quarentena para quem pouco tem. 12. Em 12/04: Wagner Fatore e esposa se virando nos trinta em tempos de pandemia, aqui numa foto dele, ela diante de um condomínio na cidade, no ato da entrega de pães caseiros, especialidade da casa e dessa forma, dando o seu jeito para a necessária sobrevivência.
Não queria tocar no assunto não, mas constatamos algo. Todas as pessoas que solicitaram nossos produtos são "esquerdistas" ou tem uma mentalidade mais aberta, pessoas humildes e que sempre expõe postagens de bons atos e gestos nas redes sociais. Gente do bem!
ResponderExcluirNenhum direitista, liberal ou desses preocupados com a economia comprou nossos produtos. É só pose e ranço!
Muito obrigado a todos que estão nos ajudando nessa fase tão complicado para todos nós. Um forte abraço e Deus abençoe cada um de vocês! 🙏☕🍞
#fiqueemcasa #pães
Sou o Wagner Fatore, o que o Henrique publicou a foto de hoje, nº 12.
Henrique, sabe se o livreiro carioca vende seus produtos em algum lugar além da feira?
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