domingo, 7 de junho de 2020

COMENDO PELAS BEIRADAS (88)


JUNTANDO OS CACOS E RESGATANDO ALGO DE VITAL IMPORTÂNCIA, PEÇA POR PEÇA

1.) EIS O QUE ME ENCHEM DE ORGULHO - ESTÃO NAS RUAS CONTRA OS RACISTAS, FASCISTAS E PELA DESTITUIÇÃO DE BOLSONARO
Manifestantes diante do SinComércio, um propondo abertura geral.

O barulho e os gritos deles invadiram minha janela e foi a melhor coisa a mim ocorrida nesta tarde. Os manifestantes bauruenses estão nas ruas e fazendo o que toda pessoa sensata deveria estar a fazer neste exato momento, lutando pelo reestabelecimento da democracia já perdida com o advento da chegada do miliciano desGoverno de Jair Bolosnaro. Os vejo subindo a Nações Unidas e fico radiante, me posto na janela de onde moro e me ponho a bater fotos deles aqui de longe, o mínimo que posso fazer para prestar apoio. Faço mais, acompanho até onde os vejo e quando percebo eles na virada dos altos da avenida, adentrando o espaço da Havan, com aquela ridícula estátua, o coração bate mais forte e ouço daqui os gritos de "Fora Bolsonaro" entoados em tom bem alto, com o peito aberto, volume máximo. Ocupam o estacionamento e contornam a estártua. De lá, pouco mais consigo ver, muitos prédios os encobrem. A própria fachada da Havan não me permite ver se estão indo para a rodovia Rondon ou se estão se manifestando ali mesmo. Vez ou outra os gritos ecoam bem de longe e percebo que só assim, saindo as ruas, como vejo acontecendo nos EUA hoje é que conseguiremos transformar e mudar as coisas neste país. Quiçá (toc toc toc) eu possa estar presente nas próximas e dar minha contribuição pessoal para algo tão engrandecedor para este país, a derrubada de uma coisa que nunca deveríamos ter permitido chegasse perto do Brasil. São todos valorosos cidadãos, cientes do que fazem e dando o pontapé inicial para a reviravolta que certamente acontecerá, enfim, somos mais de 70% e não deixaremos que o país seja orientado por esses 30% reacionários, fascistas, nazistas e pregando o ódio mortal pelo restante do país. Estar com esses hoje nas ruas é pensar o melhor para o futuro do Brasil. É o que faço aqui de minha janela. Depois, os vejo descendo a Nações, caminhando no sentido do parque Vitória Régia. O que acontece aqui está espalhado hoje país afora e deve ser a mola mestra, o fator a reerguer essa nação em torno de um único objetivo, a derrubada do fascismo, sacar o quanto antes estes denegrindo nossa nação mundo afora e propondo um fechamento à direita, um golpe dentro do golpe. Não podemos esse momento de aglutinação de forças e partir para o ataque, reavendo as ruas, as pessoas e depois o país. Coração apertado por não estar junto destes nas ruas, me conformo de compartilhar o sucesso e poder ajudar daqui escrevendo e multiplicando as ações. Estou pronto para contribuir com o que estiver no meu alcance. OBS.: Publico na sequência, um álbum com algumas fotos das ruas e as minhas aqui de minha janela. Achei essa dos manifestantesdiante do SinComércio muito significativa.

2.) QUER SABER COMO O VÍRUS CIRCULOU DO LADO RICO PARA A PERIFERIA? EIS UMA PEQUENA AMOSTRAGEM...

Tatiana Calmon Karnaval relata o ocorrido com uma pessoa bem próxima de todos nós e tudo acaba ficando por isso mesmo e o transmissor finge não ter sido ele o causador da desgraça de uma família. Este o lado mais pérfido de parcela significativa dos "abonados", os que trouxeram o vírus ao país e hoje, quando ele se espalha pela periferia, muito bem protegidos, se escondem. País bolsonarista de merda!:


"Relatos da pandemia.... - Um amigo, prestador de serviços, que luta com a vida, e que por essas e outras não consegue contribuir com a previdência, foi contratado para trabalhar numa casa elegante. Nesta casa, alguns de seus moradores, foram contaminados pelo covid. Uns assintomáticos, uns com pequenos desconfortos, e um que ficou em estado grave, sendo bem tratado e recuperado em hospital particular. Quando contrataram o serviço, já sabiam da contaminação, mas, como o caso grave não se manifestara, trataram o assunto como uma gripezinha, e não tiveram nenhum cuidado para proteger quem lhes prestaram serviços. Meu amigo adoeceu, sem plano de saúde, perambulou pelas Upas e a situação foi se agravando. Em dado momento, precisou ser internado, em estado gravíssimo no hospital Estadual. Mais de 20 dias de UTI, muitos diagnósticos errados até que fez o teste do covid, que deu positivo. A partir desses instante, o tratamento mudou, ele se recuperou, ficando com várias sequelas, que só muito tratamento, fisioterapia e o tempo diminuirão. Sem previdência, sem auxílio doença e debilitado. A esposa, precisou se afastar do trabalho para poder cuidar do marido. A renda, acabou. Ela, talvez receba, daqui uns meses o auxílio desemprego. Não tem direito aos 600 reais. Ele tá com o benefício em análise. Os remédios, quando tem no posto, tudo bem, quando não tem, não tem, o que fará com que a recuperação seja ainda mais lenta. Quem contratou irresponsavelmente os serviços, não se dignaram a fazer uma visita, ou oferecer algum tipo de ajuda. Não se sentem responsáveis. Pagaram pelo serviço.... E fica assim. Expor alguém a risco de contágio é crime? Como responsabilizar essa gente que se sente acima do bem e do mal, e que a lei, nunca alcança?", Tatiana Calmon.

3.) O PT BAURU TEM PRÉ-CANDIDATURA PRÓPRIA À PREFEITO, JORGE ANTONIO SORIANO MOURA

Ocorreu ontem, com a presença de aproximadamente 50 pessoas, reunião virtual, Encontro do Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores, onde foi decidido por aclamação o nome do advogado Jorge Antonio Soriano Moura como o pré-candidato do partido ao próximo pleito eleitoral. A decisão pela candidatura própria, mais do que uma necessidade neste momento de reestruturação da sigla a nivel nacional, com alguém em cada localidade em condições de fazer a plena defesa da sigla, dos avanços conseguidos não só na cidade, mas a nível nacional. Jorge se pronuncia ao final e afirma: "Essa eleição vai ser diferente de tudo o que já vimos. Ela pode nos colocar novamente no cenário, com condições de demonstrar tudo o que já foi feito pela sigla nos seus diferentes níveis, reconquistando desta forma a confiança e apreço popular". Tem início a partir deste momento, provável coligação com o partido Rede, tendo como vice Maria Flor Di Piero. É o início de uma longa caminhada, uma proposta nova para esta cidade. Gente, muitas considerações a mim encaminhadas via reservado e até por fone/e-mail e para todos reafirmo algo bem simples, até redundante: Isso da candidatura única do PT em Bauru, ninguém pode esquecer isso, faz parte deste novo momento do partido na cidade, o Novo PT Bauru, onde Claudio Lago é o presidente e eu faço parte da Executiva, como Secretário de Comunicação. Depois de muito tempo sem reuniões ordinárias, só neste curto período já foram realizadas mais reuniãos que nos últimos dez anos de PT Bauru na cidade. Isso está me parecendo uma revolução e ela sim pode alavancar a pré-candidatura de Jorge Antonio Soriano Moura para as cabeças. As pessoas percebem o novo momento em curso.

4.) MEUS ENCONTROS COM CARLOS LESSA NO RIO DE JANEIRO, DEBAIXO DE UM VIADUTO
Sim, eu tive o prazer de conhecer pessoalmente CARLOS LESSA. Dele, Logo pela manhã fico sabendo de sua morte, pelo posto do amigo Gilberto Maringoni: “Faleceu o grande professor Carlos Lessa, ex-reitor da UFRJ, autor fundamental, nacionalista, antigo colaborador do dr. Ulysses, ex-presidente do BNDES e amante incondicional do Rio de Janeiro”. Ele foi tudo isso e dentre tudo o que fez, esse termo, “nacionalista”, hoje praticamente inexistente entre os homens públicos, todos envolvidos em se desfazer do país. Lessa foi um grande cidadão e o encontrei em alguns sábados num lugar insólito dentro da diversidade da cidade do Rio de Janeiro. Eu ia ao Rio regularmente para vender minhas chancelas e em algumas vezes, enrolava os de casa e os convencia de ter que permanecer um dia a mais, o sábado também por lá. E quando lá estava, todo sábado ia numa feira de antiguidades na Praça XV, começando bem debaixo de um viaduto que hoje não mais existe e seguia bem lá pra frente. No começo as antiguidades mais refinadas e lá no final, bancas no chão com mascates oferecendo tudo o que encontravam no lixo e ali expunham para ganhar algum. Eu circulava por tudo e me maravilhava com o nível dos colecionadores. Ali reconheci aquele senhor de cabelos brancos, dele escrevi algo num texto publicado no meu blog em 16/05/2008, o “Duas feiras, duas idéias muito parecidas”. Eis o link: https://mafuadohpa.blogspot.com/search?q=DUAS+FEIRAS%2C+DUAS+ID%C3%89IAS+MUITO+PARECIDAS.

A parte em que cito Lessa é esta: “A fama e abrangência da feira só cresce e dentre os seus habituais frequentadores está o economista Carlos Lessa, ex-presidente do BNDES e um dos maiores incentivadores da recuperação do patrimônio histórico do Rio Antigo. Ele comparece quase todos os sábados e não circula por todo o espaço, possuindo algumas barracas de sua preferência, dentre elas uma de selos, postais, fotos antigas e similares. Conta com a amizade dos expositores, pois adentra a parte interna das barracas, onde já encontra uma pré-seleção do que procura. Ali, faz suas escolhas e paga, quase sempre em cheque. Depois, acaba se informando das novidades e sai meio na surdina. No sábado, dia 10/05/2008, uma manhã chuvosa, fez o trajeto habitual e antes das 10h já estava de partida, quase sem ser notado. E saia satisfeito, com variadas compras efetuadas. Assim como Lessa, muitos vão para a feira sabendo exatamente o que querem e onde o encontrarão”.

Um dia me aproximei e me apresentei. Ele sentado na cadeira do dono da banca, folheando algo que lhe interessava. Disse ser historiador, de Bauru SP e que o admirava. Foram uns vinte minutos de boa conversa, ele começa me perguntando quantos anos tinha Bauru. Estava, após se aposentar envolvido com as questões de recuperação de sua cidade. Não me deixou falar de política, preferiu conduzir a conversa para falar de sua cidade, ainda maravilhosa e de sua mania de colecionador. O vi naquele dia ao separar o que lhe interessava, chamar o dono da banca e a do lado e dizer: “Só tenho uma folha de cheque hoje e assim sendo, somo as duas dívidas, preencho o cheque e vocês dois, que são amigos, resolvam como vão fazer para descontar na segunda”. Sua casa deve estar abarrotada dessas pequenas preciosidades, pois criterioso, meticuloso, detalhista, sabia escolher e reconhecer a boa peça só de bater os olhos, intuição. Muitos ali agiam assim. Fiquei o acompanhando com os olhos, ele pegou suas comprinhas, guardou numa bolsa pendurada entre os ombros e saiu a caminhar pelo largo que o levaria até a avenida Primeiro de Março. Ele passou a me reconhecer e em outras oportunidades, quando me via, não mais conversamos como da primeira vez, mas sempre dizia: “Oh, Bauru, tudo bem? Você não sai daqui, hem! Nem eu”. Bons tempos. De uma coisa tenho a mais abosluta certeza: ele amava muito o Rio.

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