quinta-feira, 8 de outubro de 2020
UM LUGAR POR AÍ (141)
O CONLUIO EM AGUDOS IMPEDE QUE VEREADORES SE MOVAM E OUSEM CASSAR MANDATO DE UM DELES, PRESO POR ALICIAR ALGUNS OUTROS - MUITOS PLEITEIAM A REELEIÇÃO Esse caso de Agudos é uma síntese do país hoje, praticamente dominado pela sacanagem mais explícita do mundo onde prevalece o dinheiro acima de tudo. Quando o dinheiro é o mandante, tudo é possível e a pessoa se torna escrava, comete coisas mais que inusitadas em seu nome. Na vizinha Agudos, parede meia com Bauru, um espertalhão demonstrou para alguns vereadores como estes poderiam enricar com desvios feitos junto à Saúde. Toparam e receberam altas comissões para dar aval à entrada dessa organização criminosa na cidade. Ela atuava numa boa, até o momento em que o prefeito notou a coisa e barrou a auspiciosa iniciativa proveniente de alguns vereadores. Foi o que bastou para ser cassado duas vezes, descaradamente. Hoje, com um vereador preso e muitos outros com o __ nas mãos, desbarato o conluio, a maioria ainda, mesmo denunciados e indiciados, não têm seus nomes divulgados. Dias atrás foi levado para a mesma Câmara um pedido de início de processo de cassação do vereador preso, cujas denúncias irrefutáveis praticamente comprovam sua participação no delito, mas os nobres vereadores preferiram não cortar a própria carne. Evidente que, querem esse assunto longe da discussão e da pauta, pois cassando um, o fio da meada será puxado e todos os demais serão também denunciados, incriminados e tudo desfeito. Isso tudo ocorreu diante dos olhos de toda uma cidade, toda uma mídia, inclusive a de Bauru, onde muitos deram guarida para integrantes hoje encralacrados no meio da fogueira e nada acontecia, tinham poder, exerciam algo de cima para baixo, de forma violenta, coercitiva, na base do grito, da violência, muitas vezes até física. Deu no que deu, um dia o barraco cai, como está caindo, mas aos poucos, não no todo, pois algo ainda permanece em pé e querendo atuar, vendo como poderá escapar disso tudo e continuar pela aí, fazendo o que sempre fez. Agudos vai permitir isso? Enfim, quais os outros vereadores envolvidos na maracutaia? A quanto tempo faziam isso e quanto conseguiram roubar do erário público? Quem são eles? Não é só a cidade de Agudos que precisa tomar conhecimento de todos os detalhes do ocorrido, pois a ramificação também se dá por aqui e por vários outros lugares. Muita água ainda vai passar por debaixo dessa ponte e até nas matérias jornalísticas percebe-se quem quer e quem não quer informar de fato. Nesta aqui, o jornalista Alexandre Colim, da TV Record dá nome aos bois, mas outros não o fazem, omitem nomes, parte das investigações e até fogem da pauta, dão como algo trivial, pouca valia. Estão encobrindo o que? Tapando o sol com peneira por que motivo? AGUDOS PRECISA SER PASSADA A LIMPO, eis o momento.
Eis o link para assistir matéria da TV Record: https://www.facebook.com/priscila.vito.1/posts/3305955846139719
USAR ALPARGATAS NAS RUAS VIROU SINAL DE NÃO SER MACHO: TÔ DANADO...Eu faço uso de alpagatas desde muito tempo, décadas atrás quando descobri a comodidade proporcionada por ela aos meus cansados pés. As uso em cores variadas e múltiplas, cores aberrantes e estampas que muitas vezes não combinam com as vestes. Uso até roer, ou seja, desgatar pelo tempo e tenho uma das primeiras até hoje guardada, pois queria colocá-la num quadro e fixar na parede lá do Mafuá, exibindo-a como peça de museu. neste vídeo aqui compartilhado um monte de perversidade reunida, todas mais que perversas e a demostrar a bestialidade e boçalidade destes tempos. Um bando de covardes agride um jovem negro e seu cão, primeiro por causa de sua não masculinidade, expressada também pelo uso das tais alpargatas. Chegamos a este ponto e se nada for feito, passaremos daí para algo mais, a própria execução. Já existe uma permissividade para atos desta natureza. São tolerados e encarados como de ajuste para enquadrar os "fora da nova ordem mundial". Eu sempre fui fora dessa ordem e assim pretendo continuar, mas não sei até quando isso será permitido se for dado continuidade a desGovernos como este que hoje está encastelado em Brasília. Caímos mum poço sem fundo, onde o pior ainda está por vir. Isso que se vê é só o primeiro reflexo da merda que foi solta e está circulando livremente nas ruas e querendo impor a forcéps seu modo e visão tacanha do mundo. Vamos permitir isso? Vamos tolarar isso? Não vamos agir? Até quando? O que mais precisa ser feito para que algo ocorra? Pior, vamos continuar votando em quem propaga isso como a mais absoluta normalidade? Cansado disso tudo e já colocando minha alpargatinha nos pés e saindo rpas ruas com meu bastão de beisebol no bolso, pronto pra tudo.
Eis o link para assistir a aberração da violência despontando nas ruas: https://www.facebook.com/manu.santtos.18062/posts/823669571728397
MESMO CÉTICO DE QUE ESSE DINHEIRO VENHA A SER DISPONIBILIZADO DE VERDADE, CÁ ESTOU PARTICIPANDO DO GRUPO DE TRABALHO DA LEI ALDIR BLANC DE BAURU Foi hoje pela manhã a primeira reunião desse grupo de acompanhamento e fiscalização da implantação da Lei Aldir Blanc, versão Bauru. Fazem parte do grupo pessoas indicadas pelo poder público municipal e várias entidades ligadas à Cultura na cidade. Estou lá participando como suplente, indicado pelo Amigos da Cultura de Bauru, que tem como titular a atriz Regina Ramos. A reunião se deu de forma presencial, diretamente do Teatro Municipal e também on-line, a forma pela qual participei. Um apanhado de tudo o que já foi feito, todo o trabalho desenvolvido, seguindo as regras estabelecidas e o que ainda está em curso, sendo feito, viabilizado e implantado. Muita coisa sendo discutida e com informações ainda sigilosas, porém nada, até o presente momento que mereça o caráter de privado. No momento em que cada um pode fazer uso da palavra, na minha participação, ressaltei o quanto ainda, mesmo com tudo o que já foi feito, creio estarmos fazendo algo para nada, pois "sou cético quanto a tudo o que venha deste desGoverno Federal. Se a lei era para o atendimento de algo emergencial, já perdeu o sentido e mais e mais coisas são solicitadas, cada vez mais detalhes, novos dados para serem inseridos. Nada me tira da cabeça que, a lei existe de fato no papel, o dinheiro idem, mas a dificuldade para conseguir concretizar sua vinda é algo intransponível". Disse também, reafirmando o que outro membro já havia questionado, ter "sentido a falta de projetos envolvendo os técnicos e os profissionais atuando por detrás dos artistas, estes os que mais necessitam e pouco amparados. Faltam editais para os braçais, os com menor chance de serem atendidos, os que atuam nos bastidores culturais". O Secretário de Cultura, Rick Teixeira pediu a todos, algo concreto também para estes e no próximo encontro, já definido para a próxima quinta, 15/10, também às 10h, desta feita, totalmente on-line. Vamos ver até onde isso tudo vai dar. Mesmo com toda boa vontade da Secretaria Municipal de Cultura, ainda creio estamos levantando a bola para alguém que inventa a existência de dinheiro para a Cultura, mas na hora do vamos ver, ele se mostrará inviável de ser alcançado e será devolvido aos cofres federais. Ver para crer. Tomara seu ceticismo não vingue e a cidade possa de fato ser contemplada com esses mais de dois milhões de reais para artistas e entidades onde atuem, socorrendo a todos nesse momento de real necessidade. Toc toc toc...
UMA BELA HISTÓRIA DE SOLIDARIEDADE PARA ENCERRAR O DIA
O dia em que o Falcão socorreu o passarinho Quintana. O Hotel Majestic mostrou a Mario Quintana o olho da rua, colocou-o para fora.
A miséria chegou absoluta ao universo do poeta. Ele não foi feito para a riqueza, quando muito conquistar uma princesa com seus versos, depois voltar ao pântano. Uma cidade que expulsa um poeta pode te transformar em estátua de sal.
Mario está só, o Correio do Povo faliu, o passado faliu, as palavras faliram.
Um império sem homens e sem sentimentos. O porteiro aproveita e joga um agasalho que tinha ficado no quarto.
“Toma, velho!”
Mario recita ao porteiro: A poesia não se entrega a quem a define.
Mario estava só.
Cadê os passarinhos?
A sarjeta aguardava o ancião.
Paulo Roberto Falcão fora avisado do acontecido.
Quando chega em frente ao hotel, observa aquela cena absurda, triste.
Estaciona e caminha até o poeta com as malas na calçada.
“Sr. Quintana, o que está acontecendo?”
Mario ergue os olhos e enxuga uma lágrima, destas que insistem em povoar os olhos dos poetas.
Quisera não fossem lágrimas, quisera eu não fosse um poeta, quisera ouvisse os conselhos de minha mãe e fosse engenheiro, médico, professor.
Mas ninguém vive de comer poesia.
Mario lhe explica que o dinheiro acabou.
Está desempregado, sem família, sem amigos, sem emprego.
Restaram apenas essas malas nas ruas de Porto Alegre.
Mario observa Falcão colocando suas malas dentro do carro em silencio. Em silencio, Falcão abre a porta para Mario e o convida a sentar.
No silencio de duas almas na tarde fria de Porto Alegre, o carro ruma na direção do arquipélago, na direção do infinito.
Falcão para o carro no Hotel Royal, desce as malas, chama um dos empregados:
“O Sr. Mario agora é meu hóspede!”
“Por quanto tempo, Sr. Falcão?”
Falcão observa o olhar tímido e surpreso do poeta e enquanto o abraça comovido, responde:
“Por toda a eternidade”.
O poeta faleceu em 1994.
Por Caco Marcos
A verdadeira história entre Falcão e o poeta Quintana
ResponderExcluirPOR HENRIQUE MANN
Prezados amigos, gostaria de esclarecer algo importante sobre o que corre na internet a respeito do meu querido parceiro e Mestre Mario Quintana.
Está sendo divulgado um texto que diz que o Mario foi despejado do Hotel Majestic e teve suas malas colocadas na calçada; que o "porteiro" teria dado-lhe um casaco e dito-lhe "toma velho" e que o jogador de futebol (Falcão, pessoa por quem tenho a maior admiração, respeito e gratidão) teria passado naquele exato momento e recolhido-o como a um mendigo.
Isto NÃO É VERDADE ! Com todo o respeito e admiração que tenho por Paulo Roberto Falcão (um dos maiores jogadores da história do Brasil e da Itália… e do mundo), pessoa boníssima e de grande caráter, generoso como só os grandes como ele podem ser, a "estória" descrita por um autor que desconheço, não corresponde à verdade.
Realmente, Falcão acolheu de forma graciosa e vitalícia, o Poeta em seu Hotel Royal, mas não foi deste modo humilhante descrito. Suponho que o autor, de boa fé e intenção, tenha "romantizado" por "licença poética" a verdade dos fatos.
Mas, devido à importância vital para a história do Brasil e do Mundo, que envolve o mais proeminente Poeta do RS e também um dos maiores atletas futebolistas e até mesmo Treinador da Seleção Brasileira, cabem esclarecimentos: quando o Hotel Majestic faliu e foi fechado, Mario foi morar no Hotel Presidente (isso foi por volta de 1982) e ficou em situação precária, até porque este hotel também estava em fase falimentar. Isto tudo ganhou grande difusão nos meios de comunicação. Mario ainda passou por outros hotéis, como o " Residence", onde sempre obteve carinhosa acolhida.
Ele nunca foi "abandonado" com "malas na calçada" e jamais um porteiro do Majestic (hoje Casa de Cultura Mario Quintana) diria a ele "toma velho" algum casaco.
Ele foi apoiado e cuidado por pessoas maravilhosas como a sua sobrinha-neta Elena, teve apoio da Sandra Ritzel, da Dulce Helfer, das empresas Samrig e Ipiranga, mas, fundamentalmente, de um homem de extremo valor chamado Enio Lindenbaum, à época à testa do antigo Banco Maisonave.
Foi através deles, Elena e Enio, que conheci o Mario e tive a maior graça musical de minha vida, por tornar-me seu parceiro no disco "Quintanares & Cantares", lançado em 1986 pela Riocel, com produção da Ribalta (de Paulo Satt).
Falcão, o majestoso craque do futebol mundial, foi SIM, uma das pessoas mais importantes nisso tudo. Mas não é verdade que tenha encontrado o Poeta "com as malas na calçada".
Até porque, como sabemos, a recepção do Hotel Majestic fica na atual "Travessa dos Cataventos", só entram lá carros que sejam destinados ao hotel… jamais Falcão poderia ter passado acidentalmente ou por acaso ali e defrontado-se com esta cena. Também o Mario nunca seria abandonado pelos gaúchos da forma como foi descrita...
...Eu tornei-me seu parceiro musical em 1985. Em 1986 lançamos o projeto do LP no Museu de Artes do RS e em 1987 o disco pronto, com a maior formação instrumental do RS, o Grupo Raiz de Pedra e uma seleção das maiores cantoras da época. Foi o disco independente mais vendido da história do RS, se somadas as versões em LP e CD.
ResponderExcluirSou eternamente grato ao Paulo Roberto Falcão, por sua generosidade em acolher o Poeta em seu Hotel Royal, que fica (até hoje) na mesma rua Marechal Floriano, onde eu morava (o que facilitou muito a nossa parceria musical).
Mas acho injusto que seja "criada" uma lenda, uma história inverídica, sobre a vida de um dos maiores poetas do idioma português. E, mais ainda, que sejam sonegadas as importâncias das empresas que o apoiaram naquele momento de aflição e PRINCIPALMENTE de duas pessoas que JAMAIS permitiriam que o Poeta passasse por esta situação humilhante descrita no texto inverídico que corre na internet: Elena Quintana (já falecida) e Enio Lindenbaum foram seus "guardiães" incansáveis e inquebrantáveis até o último de seus dias. Sou testemunha disto. Assim com a Dulce Helfer foi sua amiga, tanto quanto a Dª Mafalda Veríssimo e seu esposo Érico.
Olha, gente, eu admiro demais o Falcão por sua carreira no futebol, por sua atitude nobre, por seu carater, por sua generosidade em socorrer o Poeta, meu parceiro, na hora em que foi mais urgente… mas este texto que corre na internet não é verdadeiro e é até injusto para dois gigantes da nossa história como Mario Quintana e Falcão.
Que seja reestabelecida a VERDADE dos fatos em nome dos dois! Ambos são grandes demais e não precisam de inveracidades para o engrandecimento de suas biografias… são muito maiores que isto!
Se restarem dúvidas, ainda, basta ler aqui o depoimento do próprio Falcão sobre o assunto:
Eu estava em Roma quando a sobrinha do Mario falou com meu irmão que ele tinha deixado outro hotel, e fizemos questão que ele ficasse hospedado conosco. Um tempo depois, eu vim para o Brasil e coincidiu de ele estar no hospital, após ter se submetido a uma cirurgia na vista. Fui visitá-lo e, ali, pude ver a humildade impressionante que o Mario tinha – recorda Falcão, ao diário Lance!.
O ex-meia dimensionou o quanto foi marcante o encontro com Quintana. Segundo ele, o futebol não entrou em pauta.
– Diante de uma pessoa admirável como ele, você escuta mais do que fala, né?! E ele sempre humilde, fazendo piadas sobre a cirurgia. Mario é um poeta muito intuitivo, escreve com naturalidade sobre a vida – disse.
Falcão detalhou alguns dos versos de Quintana que mais ficaram marcados em sua memória.
– Tem uma frase dele que acho belíssima: "A amizade é uma espécie de amor que nunca morre". Agora, uma divertida é em relação aos chatos. "Há duas espécies de chatos: os chatos propriamente ditos e… os amigos, que são nossos chatos prediletos" (risos). A outra é aquela "Quando alguém pergunta ao autor o que este quis dizer, é porque um dos dois é burro" (risos). É tudo de uma simplicidade impressionante! – afirmou...
...Falcão endossa a crítica à atitude da Academia Brasileira de Letras (ABL) em relação a Mario Quintana.
ResponderExcluir– É de se lamentar que ele nunca tenha conseguido uma cadeira da Academia Brasileira de Letras. Com uma obra tão bonita, tão vasta, com a facilidade que tinha para escrever seus versos, foi uma grande injustiça – disse.
Mario Quintana se candidatou por três vezes a uma cadeira na ABL. Entretanto, não conseguiu em nenhuma delas alcançar os 20 votos necessários para se eleger. Ao ser convidado para uma quarta candidatura, o poeta recusou. Logo depois, lançou o "Poeminha Do Contra", que tem os versos:
"Todos esses que aí estão
Atravancando meu caminho
Eles passarão…
E eu passarinho".
Aos olhos de Paulo Roberto Falcão, a "injustiça" com Quintana foi parecida com a que ocorreu a com um ex-treinador do meia no Inter.
– O Rubens Minelli era um grande treinador, e conduziu o Internacional aos títulos do Brasileiro de 1975 e 1976. Depois, ele foi para o São Paulo e ganhou seu tricampeonato brasileiro. Nada mais natural que ele treinasse a Seleção Brasileira na Copa de 1978. Não foi o que aconteceu. Injustiça da Seleção como o Minelli, e da Academia com o Mario – declarou.
O ex-volante detalhou em qual setor acredita que Mario Quintana jogaria se trocasse as letras pela bola.
– Mario escrevia de maneira intuitiva. Da mesma forma que há jogadores que têm capacidade de pensar a partida, adivinhar para onde irá a jogada, ele foi com as palavras. Acredito que atuaria no meio de campo, não como marcador, mas para distribuir as jogadas, tentando encontrar o caminho do gol – acredita.
Em meio à pandemia do novo coronavírus, na qual grandes jogos são reapresentados, outros versos de Mario Quintana cabem perfeitamente na forma como a memória dos esquadrões do futebol nacional não pode ser deixada de lado: "Se me esqueceres, só uma coisa, esquece-me bem devagarinho".